Eu ainda estava meia confusa com tudo aquilo, mas é melhor eu deixar para pensar melhor depois.
-Rafael, melhor irmos depois de amanhã, assim que pegarmos os livros, para não perder tempo.
-Eu... Posso ir com vocês?
Eu e Rafael ficamos meio que sem reação, não por não querermos que ele vá, e sim por ser inesperado.
-Lucas, eu não sei, você perguntou a sua mãe?
-Mãe! - ele foi atrás dela e voltou para o quarto com ela - Iai, posso?
-É o que, criança? - ela quis rir, mas se segurou pois sabia que o negócio era sério.
-Mãe, a senhora sabe que eu vou conseguir andar por aí, eu tenho o Ninetales.
-Você já sabe minha resposta.
Ele ficou realmente chateado, mas é melhor deixar quieto, eu sei como é isso. Enquanto isso, vou coletar mais informações do pokémon lendário, indo a polícia. Irei perguntar o que essa névoa é, mas antes, conversei com Ana, para informa-la das coisas, ao acabar, convenci a Lucas ir conosco. Chegando lá, a névoa começou a aparecer de novo, e essa era a chance de saber o que ela é. Eu ia sair da delegacia, mas um policial alertou para eu não ir.
-Mas eu tenho que saber o que ela é. - falei para o policial.
-Não, isso é nosso trabalho, saber o que é. - ele disse.
Rafael pareceu ter uma ideia e eu resolvi não falar mais nada para não atrapalhar.
-Nossa, a polícia é realmente muito esperta, instalou câmeras de segurança no lado de fora, assim não precisam correr risco indo lá para ver o que que tem lá.
-É sério? - Lucas entrou na conversa, ele também parecia ter entendido o plano, mas eu só sei que eles estão puxando assunto para conseguir intimidade para conseguirmos as informações - Que inteligente. - O policial ajeitou a gravata.
-É, se vocês perceberem, também colocamos na praça da frente.
-Caramba, até na frente, assim tem mais alcance de visão. - falei, já tinha entendido o plano, vamos convence-lo que achamos a polícia muito esperta, para depois conseguir as informações - Eu vi vocês guardando o carro, pra que?
-Ah, - ele passou a mão no cabelo e pós as mãos para trás - Isso é pra caso um ladrão tente aproveitar a névoa para roubar o carro, escondido de todos. Essa ideia foi minha, sabe, temos que sempre pensar nessas coisas.
-Vocês pensam em tudo! - Rafael falou - Aposto que já sabem o motivo desta névoa estar aqui...
-Verdade, nem os professores pokémon sabem, a polícia com certeza vai esclarecer o que é isso logo, logo. - Lucas falou. Todos nós agimos naturalmente. O policial parecia desconfortável agora e começava a olhar para os lados, como se quisesse que algum de seus colegas viessem lhe ajudar.
-É, a gente, já tem uma ideia do que seja... - se ele souber muito, irá contar um pouco, mas se souber pouco irá falar qualquer coisinha que saiba sobre o assunto - pode ser um pokémon.
-É, foi o que um cara que encontramos na esquina disse. - Rafael fez cara de desapontado e o policial ficou mais preocupado ainda.
-A gente já tem quase certeza, quase pegamos ele ontem. - ele pode estar mentindo...
-Sério? Estranho, ninguém falou nada no jornal de hoje... - Lucas falou.
-É que depois iremos liberar informações do pokémon.
-Como ele era?
-Nada igual ao que tinha visto antes. - ele olhava aterrorizado para a janela. A névoa foi ficando fraca e eu percebi que tínhamos pouco tempo.
-Mas como vocês não conseguiram? Vocês são muito fortes!
-Sim, mas ele usou um ataque diferente de qualquer outro que já tenha visto. - a névoa foi embora e ele falou logo em seguida - Agora, vocês podem ir, não tem perigo.
-Foi bom conversar com você. - Rafael falou - Fiquei menos preocupado agora. - saímos de lá e fomos à praça.
-Policiais pokémon são treinados para conhecer pelo menos todos os pokémon do Brasil, se esse pokémon não for lendário, é um pokémon novo. - Lucas disse - Esse pokémon deve ser muito forte, para derrotar os pokémon dos policiais...
-Mas ele pode ter mentido. - Falei.
-Sim, mas é a única possível pista do pokémon lendário que temos, não podemos descarta-la.
Meu telefone começou a receber ligação, eu atendi.
-Oi! - falei.
-Luiza, sou eu, sua mãe, e estou no laboratório! - a mamãe estava ofegante.
-Você está bem?
-Luiza, não se preocupe comigo, preste atenção: passe esse telefone para algum adulto com Internet. - Eu fiz sinal para irmos para a delegacia e então seguimos para lá (apesar de Lucas ter demorado um pouco pra vir).
-Cheguei na delegacia. - falei.
-Passe o telefone para algum policial daí.
-Moço, atenda esse telefonema por favor! - o mesmo policial de antes atendeu e logo correu para um computador na bancada. Após uns minutos ele me devolveu o celular, onde só pude escutar mamãe falando:
-Eu amo vocês... - Então ela desligou.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.