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História Polaroid - Stan - 13h23


Escrita por: caulaty

Capítulo 9 - Stan - 13h23


Eu já estou sentado nesse banquinho há uns cinco minutos, embora pareça muito mais do que isso. Meu pé bate repetidas vezes no chão de terra coberto por folhas secas, fazendo com que toda a minha perna direita também trema. De algum jeito esquisito que eu não sei explicar direito, estar ao ar livre sempre me acalma. Isso acontece desde que eu era criança. Nunca entendi direito como falar sobre sentimentos ou coisa do gênero pode ajudar; Kyle sempre disse que eu precisava aprender a fazer isso, mas para ser honesto, o que me faz sentir melhor mesmo é sair andando por aí. Quando pensei que fosse embora de South Park, eu achei que só sentiria falta das pessoas, não da cidade em si. Mas aqui no Stark Pond, sentado de frente pro lago que fez parte da minha vida inteira, observando a paisagem marrom e alaranjada do outono, eu me dou conta de que sentiria muita falta desses locais isolados que uma cidade pequenininha no meio das montanhas pode te oferecer. Acho que não seria feliz em uma cidade grande, de qualquer forma.

O lago está tão calmo que chega a parecer um espelho refletindo a variedade de cores das árvores ao redor. O céu continua tão azul quanto de manhã, com algumas nuvens brancas bem finas formando desenhos típicos do outono. É minha época do ano preferida.

Eu posso ver um cervo do outro lado do lago. Ele cheira um pouco a grama antes de se aproximar com suas pernas finas e elegantes para beber água. Enquanto eu o observo, esqueço o que vim fazer aqui e consigo até esboçar um sorriso. O cervo levanta a cabeça e me vê. Geralmente os cervos saem correndo quando percebem movimentação de gente, mas como eu estou sozinho e distante, ele não parece se incomodar. A aceitação do cervo me traz algum tipo de conforto idiota.

Trago a mão ao meu próprio rosto, esfregando meus olhos, sentindo meu nariz gelado roçando contra a palma. Depois, levo-a para trás da minha cabeça e toco com a ponta dos dedos a região que bati na noite passada. Eu não me lembro exatamente da queda, mas reconhecer o hematoma concretiza essa lembrança vaga do que parece ter sido um sonho absurdo. Meu rosto fica quente só de pensar. Dói quando eu toco, por mais leve que seja, então eu afasto a mão e encolho o nariz numa careta. Já tive aniversários melhores, vou admitir.

Então eu me lembro do bolo que minha mãe fez para o café da manhã, querendo me acordar com uma surpresa. Meu peito dói um pouco quando o rosto dela me vem à mente ao me ver dormindo no chão, só de cueca, com uma perna da calça ainda enroscada no pé e a boca suja de vômito. Depois de um banho de duas horas tentando retomar a minha dignidade, beber dois litros de água e tomar dose de remédio para dor de cabeça que seria capaz de derrubar um cavalo, senti-me bem o suficiente para descer. Então, ela e meu pai cantaram parabéns e eu até assoprei uma vela. Foi minha irmãzinha que me deu o primeiro abraço de aniversário. Ela parecia tão empolgada por minha mãe tê-la deixado ser a pessoa a entregar meu presente de aniversário, uma figura ultra-realista do Gollum que meu pai comprou pelo Amazon e do qual se gabou a manhã inteira. Durante aquelas horas, eu até me senti feliz.

-Ei. - Ouço uma voz vindo de trás. Viro meu tronco no banco e, como esperado, é o Kyle. Eu não estava preparado para vê-lo tão próximo assim de repente. Esqueci como se diz oi. Parece que ele também, uma vez que nós fazemos contato visual.

Ele usa a mesma roupa de ontem, um pouco mais amassada. Sua aparência não é exatamente a de alguém que não sabe o que fez na noite anterior, apesar disso. Ele parece bem descansado, com um leve inchaço nos olhos como se tivesse acabado de se levantar da cama. Os cachos estão um pouco mais bagunçados do que de costume, mas parecem bem limpos e tem um cheiro gostoso vindo dele que invade as minhas narinas. Parece ser de capim-limão ou alguma coisa do tipo.

-Senta, cara. - Eu digo. A voz sai meio débil da minha garganta seca. Minhas mãos parecem amortecidas e eu não tenho certeza de que conseguiria movê-las se quisesse. Ele coloca suas mãos nos bolsos do casaco e dá a volta no banco para se sentar; eu deslizo para o lado, criando um espaço vazio entre nós dois. Meus olhos permanecem fixos no cervo, porque não consigo encarar Kyle sem que uma ardência horrível tome conta do meu peito.

Nós passamos cerca de dez segundos assim, sentindo esse abismo que parece tão impossível de atravessar. O que faz meu coração bater mais rápido é a ansiedade de não saber o que ele está pensando. Eu me atrevo a olhá-lo, e é um alívio perceber que ele está encarando as folhas no chão, mas a sua sensibilidade faz com que ele vire o rosto para mim e eu desvio rapidamente, pigarreando.

Nós falamos ao mesmo tempo: ele chama meu nome enquanto eu peço desculpas. Isso faz com que ele solte um riso baixo, constrangido, e eu não consigo oferecer mais do que um sorriso tímido. Porra, isso é tão difícil.

-Fala. - Ele diz.

-Eu nem sei como… - Começo. Meu pé continua batendo ansiosamente no chão, mas então ele para. Eu respiro fundo. Ergo um pouco a cabeça para encarar as folhas das árvores sobre nós. - As coisas que eu disse… - Eu cubro o rosto com as mãos e me inclino um pouco para frente, esfregando a minha cara. Eu não sei com que cara eu vou falar com o Kenny.

-Eu não me preocuparia com isso se fosse você. - Ele me diz. Eu viro para olhá-lo e pego um relance de um sorriso fraco, reconfortante. - Ele se sente tão mal quanto você.

Ninguém é capaz de se sentir tão mal quanto eu pelo que houve, disso eu tenho certeza. Não é a primeira vez que eu me deixo levar por uma mesquinharia por causa do álcool, e provavelmente não será a última, mas nunca foi tão ruim assim.

-Eu duvido muito disso.

Ele passa um tempinho sem dizer nada, porque não há o que dizer. Eu não sei até que ponto o Kenny contou sobre a briga, mas ele com certeza se lembra melhor do que eu. Eu nem sei exatamente qual foi a natureza das coisas que eu disse, mas me lembro vividamente desse sentimento ruim me comendo pelas entranhas, um ciúme doente, uma sensação de estar perdendo os dois ao mesmo tempo, de impotência. Remoendo todas as coisas que Kyle disse sobre minha relação com Wendy. Bêbado e machucado daquele jeito, parecia imperdoável que ele estivesse feliz com Kenny num banheiro sujo. Tudo parece tão claro agora, como se eu fosse uma pessoa diferente.

-Olha só. - Ele diz de repente, sentando-se de lado para me encarar de frente, algo que eu não sei se tenho condições de fazer ainda. Minha cabeça continua doendo e meu estômago não está nas melhores condições. - A gente devia ter te contado. Você disse umas merdas, sim, mas você se sentiu traído. E você queria me proteger. O Kenny sabe disso, ele não tá com raiva de você.

-Não, cara. Sinceramente, não. Vocês tão sempre passando pano pras coisas que eu faço. Eu não queria te proteger, é óbvio que eu sabia que o Kenny não tava se aproveitando de você. Isso foi a minha desculpa imbecil. Eu tava com muita raiva de você, e aí quando o Cartman me contou… - Eu interrompo a frase na metade, meu tom se tornando muito mais revoltado do que eu pretendia. - O Cartman, Kyle! Eu tive que ouvir isso dele, de todas as pessoas. Você sabe como eu me senti?

E ele já está de olhos fechados, sacudindo a cabeça, correndo os dedos pelos cabelos pra coçar o escalpo como se a sua cabeça doesse.

-Eu sei… Eu sinto muito. Mas eu nem sabia que tinha o que contar, não era como se nós estivéssemos juntos pelas suas costas. - Ele faz uma pausa. - Eu tava muito chateado também. Ele foi lá fora e começou a cuidar de mim… Sei lá, Stan, aconteceu.

-Mas não foi a primeira vez. O Cartman disse que vocês ficam há anos. E sabe, me parece que todo mundo sabia disso, menos eu. Não foi só porque você não quis contar, vocês deliberadamente esconderam isso de mim. Vocês acharam que eu não ia ficar feliz por vocês?

-Não, não era assim. Não acontecia sempre. E eu achei que… Sei lá, que isso pudesse mudar as coisas entre nós três. Que seria esquisito. Eu nem achei que eu gostasse dele de verdade até… Até ontem.

Isso me faz franzir um pouco a testa e pensar a respeito. De repente, o aperto dentro das minhas costelas afrouxa como se nunca tivesse existido. Eu relaxo os ombros, recostando as costas para trás no banco. Viro-me para ele da mesma forma que ele fez antes, apoiando um braço no encosto do banco de madeira, meus lábios entreabertos como se quisessem dizer alguma coisa. Tem alguma coisa sobre ele que me faz sentir diferente agora. Só então eu percebo uma luz estranha em seus olhos que provavelmente estava ali o tempo inteiro. Pode ser o jeito como os raios de sol passam pelos galhos das árvores e banham o rosto dele, deixando seus cabelos com esse brilho dourado, mas há algo de tão sereno no seu rosto e ele simplesmente parece feliz.

-Você tá apaixonado por ele? - Pergunto sem pensar.

-O quê?

Eu não repito a pergunta porque ele me ouviu. Esse é só o reflexo dele toda vez que não sabe como responder a alguma coisa. Ele desvia o olhar e solta um riso visivelmente nervoso, encolhendo os ombros.

-Sei lá, Stan. Isso não importa.

Continuo olhando para ele sem dizer nada, mas não porque espero alguma coisa além disso. E sim porque tô pensando. Algumas coisas começam a se movimentar na minha cabeça, pequenas peças e fragmentos que, juntos, começam a fazer sentido completo. Por algum motivo, meu cérebro acessa a lembrança da festa de ano novo do ano passado que nós fizemos na casa do Craig porque seus pais foram pra França no final do ano. E eu me lembro de uma cena bastante específica: Kyle tinha acabado de começar as aulas de alemão e passou a noite inteira soltando palavras aleatórias. Quando começou a tomar champanhe, ele já dizia frases inteiras inventadas. E houve esse momento em que Kenny o olhava com um sorriso tão largo, fazendo perguntas para que ele respondesse nesse alemão inventado dele, um brilho tão forte nos seus olhos só de ver Kyle solto daquele jeito. Então Kenny disse: “eu podia me casar com você” e Kyle gargalhou. Eu nunca pensei nada sobre isso, nunca achei que fosse algo importante. Assim como eu nunca achei que fosse importante o jeito que Kenny sempre guardava o último biscoito do pacote pro Kyle, ou como ele sempre insistia que Kyle sentasse quando nós pegávamos ônibus juntos e só tinha um lugar sobrando. Eu nunca estranhei o cuidado especial que eles tinham um com o outro, nunca estranhei que o tom de voz deles mudava pra dizer o nome do outro. Isto é, até ouvir o jeito que Kyle falava dele agora.

Eles não sabiam que estavam apaixonados um pelo outro, é bem possível, mas todo mundo já sabia. Todo mundo, menos eu e eles. Talvez isso tenha me deixado com mais raiva do que tudo, o fato de que meus dois melhores amigos… As pessoas que eu mais amo no mundo se sentem assim um pelo outro e eu não fui capaz de perceber.

-Na verdade - Digo – isso é tudo que importa. Eu fui muito imbecil com vocês dois, eu sinto muito.

Ele sorri pra mim. Sai um pouco de vapor da sua respiração. Eu abraço meu próprio tronco para me esquentar, mas sob a luz do sol, não está tão frio assim.

-Bom, se nós vamos assumir a culpa… - Ele fala num tom manso, seus olhos cheios de carinho. Me alivia perceber que ele também não sabe direito como lidar com isso. Brigar não é exatamente algo novo pra gente, mas eu nunca me senti tão desconfortável pra fazer as pazes quanto agora. - Eu não tinha direito nenhum de dizer aquelas coisas sobre você e a Wendy, Stan. Se você tá tão disposto a fazer dar certo, eu fico muito feliz por você. De verdade.

Agora isso me dói um pouco na boca do estômago. Estreito um pouco os olhos, por conta do sol, lançando um olhar ao outro lado do lago. O cervo já não está mais lá. Eu junto as mãos sobre as minhas coxas e seguro meu próprio pulso, pensando no quanto eu gostaria de poder evitar esse assunto.

Diante do meu silêncio, ele continua:

-Eu odeio pensar que você vai embora. Foi só por isso que eu…

-Eu não vou embora, Kyle. - Interrompi.

Foram poucos os momentos em que eu o vi desse jeito, sem saber o que dizer. Ele para um segundo com a boca ainda aberta, franzindo a testa e me encarando como se eu estivesse mentindo ou dizendo algo para provocá-lo. A desconfiança de Kyle é sempre um pouco agressiva, mas isso não é culpa dele. Ele nem responde, apenas espera que eu me explique. Não tenho vontade de dizer nada.

-Stan? - Ele chama.

Eu só encolho os ombros.

-Não gosto de praia mesmo. - É tudo que digo, esperando que ele ria. Não funciona. - Cara, o que você quer que eu diga? Você tinha razão. Foi a ideia mais idiota da minha vida.

-Você não mudou de ideia por causa do que eu disse, né?

-Claro que não. - Respiro fundo, mantendo meus olhos fixos nessa paisagem deslumbrante ao nosso redor. Falar sobre isso me causa menos ânsia do que eu imaginei, talvez porque seja uma dor já calejada dentro de mim. Não sei explicar. Há sempre algum alívio em parar de arrastar um cavalo morto pra todo lado. Eu já estava tão acostumado com o peso da minha relação com Wendy, é algo que eu carrego comigo desde criança. Só agora, decidido a abrir mão de tudo aquilo que não faz mais sentido, eu consigo respirar melhor. Não tenho como fazê-lo entender isso. Mas eu me sinto em paz. - Você só me disse o que eu já sabia.

Por um momento, eu acho que ele vai insistir. Talvez tentar me convencer de que ele estava errado ontem, que eu e a Wendy nos amamos de verdade ou alguma porcaria do gênero que ele nem acredita, mas é convincente o bastante para me fazer acreditar. Ao contrário, ele não diz nada disso. Apenas me encara com seus olhos grandes cheios de compaixão e ergue a mão para tocar o meu ombro, apertando de leve, depois segura minha nuca e massageia um pouco.

-Eu sinto muito, Stan.

É, eu também.

Hoje vai ser um dia um pouco deprimente, não importa o que eu faça a respeito. Mas também, talvez faça sentido que eu me sinta diferente no meu aniversário. Eu sinto no ar que alguma coisa mudou e isso não me assusta mais quanto ontem.

-Sabe, eu realmente odeio brigar com você. - Digo, voltando a olhar para ele. Agora, ele está sentado bem perto de mim, o braço sobre os meus ombros caídos, me puxando junto dele.

-Nossa, nem me fale.

Nós passamos mais de um minuto nesse silêncio confortável, sentindo o calor da perna um do outro, ouvindo os passarinhos cantarem. Anda frio demais, então as pessoas já não fazem mais piqueniques perto do lago nessa época do ano, não com tanta frequência. A solidão é a melhor parte. Digo, quando se tem tanta intimidade com alguém como eu tenho com o Kyle, estar com ele é o mesmo que estar sozinho. Eu não digo isso de um jeito ruim, muito pelo contrário. A presença dele, como dos animais, não me incomoda. Não me faz sentir que eu preciso ser outra pessoa. Isso faz algum sentido?

-Nós vamos ficar bem? Nós três, digo. - Ele pergunta. - Não vai ser estranho, vai?

Eu penso por um instante.

-Se vocês não me obrigarem a segurar vela pra vocês.

Ele ri, tira o braço do meu ombro e me dá um soco no braço de brincadeira. Eu também sorrio, e é genuíno.

-Bom, ainda é seu aniversário. A gente pode fazer alguma coisa quando o Kenny sair do trabalho, só nós três. Se você ainda quiser.

É engraçado. Normalmente, se eu tivesse tentado socar qualquer outra pessoa na noite anterior, eu acharia um pouco cedo pra estar comendo fritas e tomando milkshake juntos no dia seguinte. Mas com Kenny e Kyle, as coisas ruins desaparecem muito rápido. Eu acredito nele quando diz que Kenny não ficou puto, ele é esse tipo de pessoa, não só comigo. E quando penso nisso, deixando as implicações do meu egoísmo de lado por um momento, eu sinto uma tranquilidade muito grande por Kyle estar envolvido com um cara como ele.

-Acho que esse é o melhor jeito de passar o meu aniversário. - Respondo.

Me parece uma boa ideia ter algumas horas de felicidade despretensiosa antes de ter uma conversa muito desagradável com a Wendy. Algumas coisas podem esperar.

Kyle e eu nos levantamos pra ir caminhando até o centro. Falamos sobre comprar um pacote de doritos, mas meu estômago dói só de pensar em comer. Minha ressaca ainda não passou. Depois de alguns minutos andando, eu me lembro:

-Cara, você não vai acreditar.

Ele me olha confuso, fechando os botões do casaco.

-Em quê?

-Eu fui embora com o Token ontem, né? Eu nem conseguia andar sozinho, eles me colocaram no banco da frente. Aí eu desmaiei uma parte do caminho, e quando eu acordei, eu vi pelo retrovisor o Cartman e o Butters tavam se pegando no banco de trás.

-Pelo amor de Deus, Stan.

-Eu juro!!! Pera, acho que eu tirei foto, não tenho certeza.

Começo a tatear os meus bolsos procurando o meu celular, mas Kyle começa a rir e me empurra de leve enquanto a gente caminha.

-Eu não quero ver isso, tá louco?!

-Eu achei que estivesse na twilight zone, foi absurdo.

Procuro na galeria do meu celular, mas tudo o que encontro são fotos de uns borrões que não fazem qualquer sentido. Kyle diz que eu provavelmente sonhei, ou estava bêbado demais pra saber o que eu estava vendo. Pode ser. Nós vemos juntos as fotos da noite anterior que postaram pelo instagram e facebook, a maioria delas postadas pelo Butters com a hashtag “aniversário do Stan”, o que eu acho incrivelmente idiota. Rimos juntos da nossa própria cara de bêbados e, principalmente, dos outros. Só a sessão de fotos de Clyde amando um poste de luz já valiam a pena.

Enquanto nos caminhamos pela calçada estreita do centro de South Park, debaixo de um sol reluzente celebrando os meus 21 anos, eu olho de relance para ele e sorrio aliviado. Tem muita coisa mudando, muita coisa que ainda vai mudar, mas aquilo que é importante continua exatamente igual.



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