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História Por quem não se apaixonar - Treinadores com ABS me fazem de trouxa


Escrita por: Hall e busanct

Notas do Autor


Bundinha, bundona e Boa noite meus filhotinhos de vespa favoritos. Cumé que cês tão?

[ Eu falo um monte de nhenhenhé aqui, desculpem. Só venho avisar que esse capítulo ainda não foi betado, então desculpem pela formatação e uso de Underline, serão corrigidos em breve]

Eu nem demorei, né?

Peraí, eita! ABAIXA ESSA FACA!

Relaxa as teta aê, povão, porque eu não demorei atôa! Acontece que o Enem estava chegando e eu parei de fazer tudo para me focar, o que é claro que não serviu de nada. Mas o importante é qu eu voltei e que o próximo capítulo está praticamente pronto, e inclusive vai sair nesse ou no outro domingo (Vou tentar voltar para o período de uma semana para as postagens, se não conseguir eu vou mudar para quinze dias.). <- isso parece um bumbum.

Eu não queria postar um capítulo avisando que iria demorar porque eu acho crueldade alguém achar que é um capítulo e tomar um olé na face.

Enfém, ignorando as notas iniciais quilométricas, vamos ao que interessa.


// Dedicado principalmente à Beta7 e Marida Hoseok_Baby que quase me abusaram com um canivete pela demora. (Midíra, amo vocês.) //

Capítulo 4 - Treinadores com ABS me fazem de trouxa


Fanfic / Fanfiction Por quem não se apaixonar - Treinadores com ABS me fazem de trouxa

Ele fez.

 

 

Sim, crianças. O puto me beijou.

 

Uma de suas mãos agarrou minha nuca, a outra minha cintura. Seus dedos bem distanciados e firmes, como se ele quisesse ter certeza que eu não sairia dali nem se me esforçasse muito. E eu realmente não conseguiria afastar ele.

 

Não que eu estivesse gostando, pelo contrário, lembrando que eu sou hétero, mas eu fiquei tão assustado que não tive nem a reação de fechar os olhos.

 

Eu também estou exagerando, não foi um super beijo foi só um selinho, demorado, mas um selinho.

 

— Me desculpem, achei que fosse outra pessoa. — Disse a ameixa em decomposição.

 

— Essa juventude é tão romântica, não é querido? — Ouvi a voz da velha se afastando.

Romântica o caralho sua lambisgóia, aposto que se soubesse que são dois homens estaria me chamando de tarado. Porra.

 

Eles tinham ido embora. Tae ainda tinha os lábios colados aos meus, minhas mãos estavam em seu peito, mas não tinha como afasta-lo e ele ainda estava me beijando.

 

—Hyung...— tentei dizer sobre sua boca.

 

Mas ao invés de me afastar, ele me aproximou mais, seus lábios forçando os meus, como se ele tentasse extrair ouro da pia. Não entendi a dele.

 

-A few moments later-

 

Alguns segundos depois ele se separou minimamente, apenas desfazendo o pseudo beijo e apoiando sua testa na minha ainda com os olhos fechados. Eu hein.

 

— Tae, o que você...

 

— Eu gosto de você. — Oi? Aliás, foi esse olhar que eu direcionei ao alien à minha frente: "Oi?"— Você acha que é hétero, não é? — suspirou. O olhei com uma sobrancelha levantada em minha melhor expressão de "amigo, vai se tratar". — Já entendi. — Ele se afastou saindo da fenda e atravessando a cortina. — Vem logo, nós ainda temos treino.

 

Eu levei ainda vários minutos para entender o que diabos tinha acontecido ali, e tive que sair correndo porque o vagabundo nem para me esperar, ele já estava na metade do morro e eu tive que descer correndo para alcança-lo. O que deu bosta, claro.

 

Ele estendeu o braço para impedir meu tombo, nossos olhos se cruzaram naquele momento Crepúsculo e ele me colocou em pé, seguindo em frente. Eu até pensei em perguntar sobre o que ele disse, mas senti que ele não queria falar, então apenas tentei não cair muito no caminho e fazer piadas do tipo que ele geralmente ri, mesmo sem ter graça.

 

Felizmente o brilho de filho de Hermes ainda estava em seu olho, e cheguei à conclusão de que ele não estava triste, seja lá o motivo que ele tivesse para estar.

 

Chegamos no treino atrasados por bosta e o lindo do treinador além de fazer um discurço sobre nossa falta de compromisso ser um dos motivos de termos perdido os três jogos, tivemos que fazer 50 flexões com todos gritando frases de "incentivo" para nós dois, e é claro, não chegamos nem ao 40.

 

Depois de certo tempo treinando pesado já que o treinador queria elevar bastante o nosso nível, tivemos finalmente uma pausa.

 

Eu estava morto e faminto, ou seja, famorto. (?)

 

Entendam minha situação sofredora, eu tive uma manhã de merda e não almocei na esperança de não me foder no caminho para casa, e então vim todo feliz com meu amiguinho de infância na esperança de me alimentar antes do treino. E isso aconteceu? Não, eu fui obrigado a fazer flexões e treinar por duas horas seguidas sem me alimentar mesmo depois de ter sido perseguido por dois idosos maratonistas e beijado pelo meu amigo de infância.

 

"Beijado pelo meu amigo de infância."

 

É a frase premiada do meu dia. 

 

Não é um acontecimento tão ruim, considerando que salvou minha pele de ser linchada por dois velhos, não teria problema nenhum se tivesse sido apenas isso. Mas ele disse que gostava de mim. Como ele podia gostar de mim? Éramos dois garotos, não? Quer dizer, todos dizem que eu sou um menino... Puxei minha calça e chequei, só para ter certeza. E graças à Odin meu amiguinho ainda estava ali, e só para garantir dei uma leve cutucada nele, e sim. É de verdade.

 

Olhei para o lado e vi uma criança me encarando com os olhos arregalados. Mostrei-lhe a lingua  balançando a cabeça enquanto soltava a calça e apertava meu pipi por cima dela como um bom ser humano adulto provocando uma menina de dez anos de idade.

 

Preparem-se, hoje é dia de se traumatizar.

 

Enquanto caminhava em direção aos bancos e pegava minha mochila onde se encontrava minha carteira para poder comprar comida na lanchonete do clube, virei minha cabeça para o lado, onde ele se encontrava me acompanhando, provavelmente faminto também.

 

Era um pouco mais alto que eu e apesar de parecer maduro para conseguir me salvar dessa minha sorte premiada, ele é uma criança. E quando eu digo uma criança é uma criança mesmo, ele é viciado em pirulitos, tipo esse que ele está na boca nesse exato momento e ele acabou de tirar, agora ele está rodeando com a língua, agora ele deu uma chupadinha encima, agora ele está com a língua rosadinha parada na ponta dele me encarando de canto como se me perguntasse "O que diabos tu está encarando pivete?"

 

— Tenta não babar muito Jungkook, nós ainda vamos treinar nesse chão. Se eu escorregar na tua baba eu vou babar no teu cu.

 

— Nossa Suga, que bom humor todo é esse? — A criança do pirulito direcionou um sorriso quadrado à criança da boca suja. — Você conseguiu dizer duas frases com só um palavrão? Que progresso! — Completou colocando a toalha no pescoço e secando o suor do rosto.

 

Suor que estava escorrendo por seu pescoço forte e invadindo sua regata do Thunder, que era inclusive muito transparente para alguém que quer manter a sanidade ficar vendo... Não eu, claro. Eu sou hétero.

 

— Eu não estava babando. — Revidei depois de me recuperar, peguei minha toalha e segui o Taehyung que já se encaminhava à lanchonete.

 

Eu caminhava ao lado de Tae, meio desconfortável e Suga seguia-nos de perto, provavelmente com muita preguiça para acelerar e nos alcançar.

 

Voltei a olhar para o Et do Minecraft, dessa vez tentei ser mais discreto. E é oficial, ele é uma criança, não caminhava como um ser humano (até porque ele não é um) mais sim saltitava feito uma gazela que acaba de comer arco-íris. Como nunca percebi que ele é gay? Minha falta de atenção é imperdoável.

 

Arranquei ultrapassando até mesmo a coisa afeminada que pulava feito uma fadinha da terra do nunca e me direcionei à bancada onde se encontravam vários salgados, tortas, pizzas, bolos e minha baba, que no momento escorria sobre o vidro de onde se encontrava essas comidas maravilhosas que se não fosse a falta de dinheiro eu compraria todas sem me importar com a dieta que o treinador nos obrigava à seguir.

 

— Eu vou querer-— Preparei-me para pedir algo bem gorduroso quando fui interrompido por uma voz angelical e risonha.

 

— Nada do que está aí. Nem pense nisso Jeon. — Sua voz soava autoritária porém carinhosa, como uma mãe dando bronca no filho.

 

— Mas Hyung, eu não almocei! — Choraminguei com minha melhor voz de criança birrenta para o jovem que no momento se encontrava sentado numa pose de rainha com as pernas cruzadas e vestia uma camisa social cor-de-rosa coberta por um suéter branco, afeminado como ele era, mas que eu com certeza (e talvez fosse a única pessoa que recebesse esse tipo de tratamento não homofóbico de minha parte) nunca iria zoar por isso. Tenho certeza de que se eu chamasse Jin de bixinha ele iria me dar um bom puxão de orelha e me colocaria de castigo.

 

— Eu sei, a Noona me contou. — Ele virou sorrindo com os lábios gordinhos.

 

Ele tirou de trás de seu notebook que se encontrava sobre a mesa em que ele estava provavelmente digitando algum trabalho da faculdade uma vasilha grande e destampou, no mesmo instante o cheiro delicioso invadiu meus sentidos e fui correndo me sentar seguido de Tae que tinha resmungado junto comigo quando ele me proibiu de fazer o pedido e avancei nos sanduiches de Jin.

 

Gente é lanche natural.

 

E do Jin!

 

Como que não avança?

 

Suga chegou em seguida se sentando conosco e usufruindo da comida que a Omma Jin fez para mim.

 

Tá, não foi exatamente para mim, mas eu decidi que foi então foi. Fiz uma careta para ele que se sentava todo relaxado quase deitado na cadeira que parecia pequena demais para caber toda a sua preguiça. Ele sempre funciona no modo marcha lenta.

 

— Cara feia para mim é fome. — Disse com um sorriso cínico de canto e dando uma mordida em um dos meus lanches logo em seguida. Destaque o meu, por favor.

 

— E é fome mesmo! — Devolvi fazendo uma careta ainda pior.

 

Ouvi Jin segurar uma risada antes de bronquear:

 

— Não precisam brigar, eu fiz bastante. — Sorriu fraternalmente e virou-se para o lado no banco, tirando de dentro de uma bolsa térmica que se encontrava ali uma garrafa de suco, provavelmente de laranja, meus olhos brilharam acompanhando-o colocar aquilo na mesa e tirando copos descartáveis de um pacote.

 

Já disse o quanto eu amo ele?

 

— Uoou! EU TE AMO OMMA! — Disse o alien que se encontrava silencioso demais antes disso, considerando que ele é o que mais fala entre nós.

 

— Já disse para não me chamar de Omma!

 

— Mas você é nossa mãezinha querida. — Resmungou o preguiçoso.

 

— Seu cínico! — Revidou Jin. E é claro, nós caímos na gargalhada.

 

Ele tinha uma mania estranha de chamar as pessoas de cínicas, que eu ainda não entendi. Então não me perguntem sobre isso.

 

Olhei ao redor enquanto mastigava meu quinto ou sexto lanche, eu não estava contando, estava mais preocupado em comer, e finalmente entendi porque Taehyung estava tão silencioso. Ele mastigava um sanduiche atrás do outro, completamente esganado.

 

Suga era silencioso mesmo, e comia tranquilamente o que eu acredito ainda ser o primeiro que ele pegou, deve ser por isso que é tão magro, ele é lento demais para comer rápido.

 

E Jin digitava em seu notebook, completamente distraído, ele nem tocara na vasilha para pegar um para ele, mas tinha um copo de suco o acompanhando e vez ou outra dava um gole.

 

— Ei Omma— Ele me olhou de sobrancelha franzida pela forma que o chamei, mas ignorei e continuei. — Depois eu te pago pelos ingredientes.

 

Sua careta se desmanchou no mesmo instante, se transformando num sorriso gentil.

 

— Não se preocupe com isso, Kook, eu fiz na sua casa, foi um pedido da sua tia. — Ele estava sentando de frente para mim, senão provavelmente teria atrapalhado meu cabelo, era uma mania sua. Coisa de mãe.

 

Depois disso um silêncio desconfortável se instalou na mesa, o que era estranho, isso raramente acontecia quando estávamos juntos, já que normalmente Tae começava a falar de jogos e coisas sem nexo que quase ninguém entendia, Suga diria por meio de palavrões para parar de falar em línguas alienígenas e Tae mostraria a língua para ele, os dois começariam a discutir e Jin iria interromper a birra deles. E eu? Estaria estatelado no chão. Rindo, claro. Ou não, as vezes eu tinha um surto de gravidade e caia no chão. Normal.

 

Isso é muito específico? Sim, demais. Só que costumava acontecer ao menos uma vez por dia, e esse era o momento exato para acontecer, por que esse silêncio?

 

Direcionei minha atenção novamente à criança que se encontrava sentada ao meu lado e percebi que os outros dois tinham feito o mesmo que eu, talvez esperassem que ele começasse à falar sobre battlefield com a boca cheia. Eu esperava.

 

Mas não, ele se encontrava com a cabeça baixa, encarando seu sanduiche como se ele tivesse acabado de perder o gosto, pude ver através de sua franja comprida que ele apertava os lábios.

 

— Taetae, tudo bem? — Jin teve a iniciativa, já que eu e Yoongi não fazíamos ideia de como reagir à essa reação.

 

— Han? — Ele levantou o olhar, alheio ao fato de estarmos todos o observando, e quando percebeu isso, endireitou-se na cadeira e entalhou em seu rosto um sorriso quadrado como de costume, mas que não chegava aos olhos, parecia amargo. — Está sim, estava só lembrando que tenho um trabalho para entregar amanhã.

 

Seus olhos ainda brilhavam, mas dessa vez era de lágrimas. Ele não estava chorando, mas dava para ver que estava se esforçando muito para isso.

 

Olhei para Jin com uma sobrancelha arqueada, com meu melhor olhar de "Você não vai cair nisso, vai?" E ele apenas olhou novamente para a criança, jogando os cabelos do ombro.

 

— Tudo bem se não quiser contar, mas se quiser, nós podemos ouvir, ok? — Disse o mais velho, sorrindo carinhoso.

 

Depois da frase dele, Tae olhou de canto de olho para mim, como se pensasse "Ele não pode ouvir" E Jin virou-se para mim no mesmo momento, com um olhar 43 de "O que o senhor fez para ele, Jeon Jungkook?" E eu apenas me encolhi.

 

— Ei gente, Vocês sabem o que o Taehyung disse para seus amigos antes de vir para cá?

 

Olhamos na direção de Suga, que quando dizia algo completamente sem palavrões, era motivo de se concentrar completamente. Ele completou, já que ninguém se disponibilizou à responder.

 

— ET logo.

 

Sabe aquele cri cri de quando fica todo mundo esperando alguém rir da piada?

 

Eu olhei para Jin, que olhava para o Tae que olhava para mim, esperando que alguém risse. Nada. Então eu olhei para Tae, que olhou para Jin, que olhou para mim. Ninguém riu. Digo, nenhum dos três.

 

Logo após nossa troca de troca de olhares (?) Suga soltou um berro. Não, não foi uma risada, não é possível que aquilo seja uma risada, aquilo estava mais para uma porca parindo que uma risada. Não é possível que isso seja uma risada.

 

É claro que nós três rimos junto.

 

A risada de Jin me dava a sensação de estar vendo um vídeo seu apanhando, só que em câmera acelerada, e a cada soco ele soltava um "Ha" que mais parecia um "Tê"… Sei lá como se explica esse som, negócio estranho. A risada do Tae também não dá para descrever, é para dentro, grave... Rouca, sei lá. Imagina uma risada para dentro naquela voz grave dele. Até arrepiaria, se eu não fosse hétero.

 

Não vou descrever a risada do Suga porque eu estou ocupado rindo e acabei não prestando atenção.

 

— Ei vocês! — Ouvi uma voz próxima de nós, provavelmente o treinador tirando satisfação da nossa demora, já que devem fazer uns 15 minutos que estamos rindo do ET logo. Aliás, não é nem do ET logo, é da risada aleatória de Suga, mesmo que não tivesse graça nenhuma, não tem como não rir junto quando a pessoa do lado está tendo um ataque epilético de tanto rir. — Jin?

 

O treinador chamou o mais velho ali, que foi o primeiro a se acalmar, ainda dando uns solavancos pela tentativa de segurar a risada, o que era engraçado, já que seus lábios gordinhos e fofos mas que não me interessam por eu ser hétero se apertavam na tentativa de parar o som de sola de sapato chorando em chão liso (?). Logo em seguida eu abaixei o volume tentando ser menos escandaloso, já que a mulher da mesa ao lado se levantou com o filho e migrou para a mesa mais distante da nossa. Mulher louca eu hein.

 

E felizmente o brilho infantil tinha voltado aos olhos de Tae, que apertava as mãos sobre a boca, em uma tentativa falha de esconder o som grave de sua risada. Ele era fofo.

 

Não que isso fizesse diferença na minha vida, muito pelo contrário. Informação completamente inútil.

 

— Olá pai. — Jin disse fazendo uma reverencia ainda sentado, com um sorriso que tocava muito seus olhos. Por algum motivo seu sorriso me lembrou a pessoa de rosto gordinho que tinha me dado aula de dança no dia anterior, um sorriso que não só tampava os olhos, como escondia-os por trás da bochecha.

 

Mas afastei esse pensamento, já que também era inútil.

 

— Vocês precisam voltar, eu vou discutir a formação. — Disse depois de cumprimentar Seok com um aceno de cabeça, ainda sério. Pessoa fria, credo. — Você vem, filho?

 

Ele concordou com a cabeça, já se levantando e organizando suas coisas.

 

Sinceramente, quando você olha para uma pessoa máscula como o treinador, de ombros exageradamente largos, absurdamente malhado e com um tanquinho que... Digo, ele tem um corpo bacana. E era muito jovem para alguém que era pai. E Jin... Bem, Jin estava vestindo uma camiseta cor-de-rosa da princesa do Mario domingo.

 

Não que ele não fosse bonito, Jin tinha os mesmos ombros largos expressão autoritária (mas só quando bravo) e seu corpo não deixava de ser bem trabalhado, mas perto do pai ele parecia uma criança.

 

Não que eu ficasse secando Jin...

 

Nem o pai dele... Eca.

 

Quer dizer, eca por secar o Jin também, eu sou hétero afinal, não?

 

Ué, tive a sensação de ouvir alguém gritando "Não!"… Que estranho.

 

Eu e Tae, ainda com uma risada nos lábios, eu meio assustado por ter encarado a camiseta do papa Jin colada pelo suor em sua barriga tonificada (Sério, mesmo se eu não fosse hétero isso seria assustador) mas ainda sem conseguir segurar muito a gargalhada, fomos em direção à quadra novamente, eu levemente traumatizado.

 

Nunca mais foco no tanquinho do tio.

 

Tae parecia mais à vontade, fomos lado à lado, apesar de ele não estar se esbarrando em mim como geralmente acontece quando estamos caminhando juntos.

 

E pensando bem, eu estava falando do tanquinho do Papa Jin, e ele não deu nem um miado para interromper minha narrativa... Tem caroço nessa manga.

 

Qual é, Taetae, aposto que você queria aparecer aqui e dizer que eu te chamei de gatinho por dizer que você miava, não é? Não é?...

 

...

 

Taehyung?

 

Estou com saudades do veado que está andando do meu lado. Digo, veado não... Ou sim né?

 

E agora? Eu chamo ele de veado? Mas e se ele ficar ofendido?

 

Mas se ele é mesmo não vai se ofender, não é?

 

Mas ele é?

 

Eu não sou uma menina... (Muito bem observado.) Tae? É você seu puto?? (Não, é o Jin, presta atenção no que o treinador está dizendo, parece importante.) Affu, Omma!

 

— ...sso placar, que ficou muito mais abaixo dessa vez. O que significa que teremos que fazer algumas mudanças drásticas na formação e no treinamento do time. Perder é normal, mas com aquela diferença e em três jogos consecutivos é um estupro do nosso time praticamente. — Ele parou os olhos em mim como se tentasse entender porque diabos eu tinha três cabeças. Taehyung me puxou.

 

Basicamente estava o time todo em pé, lado a lado com uma postura correta, como se fossemos militares, e ele o sargento da porra toda.

 

Mas é claro que Jungkook é o diferente aquariano, que além de estar um passo à frente de todos ainda estava de lado, como se tivesse parado do jeito que chegou enquanto pensava na morte da bezerra.

 

O que não é mentira, contando que você batize uma bezerra com o nome de "Amizade entre Kook divo delícia e gostoso e Taehyung.".

 

Eu não daria esse nome para a minha bezerra, mas eu não tenho uma, que seja. (Presta atenção, caralho!) Eita porra... Foi mal.

 

...

 

Jin disse caralho?

 

(Não, é o seu torrãozinho de açúcar preferido. Sua narração está me desconcentrando. Economize copos e vá tomar no cu. Já aproveita e usa essa boca de merda para chupar um pau ao invés de narrar essa baralha.)

 

Mas eu não uso a boca para narrar...

 

(Foda-se.)

 

Grosso.

 

(E grande. Cheio de veias.)

 

Eca.

 

(Até parece que não gosta.)

 

Vai dar, suga!

 

(Vem me comer.)

 

...

 

...

 

Enfim.

 

— Por isso que eu vou tirar essas pessoas do time principal. Espero que entendam. Agora vamos treinar. — Encerrou o tio do tanquinho criador do meu mais novo trauma. Será que a tia Seo ainda está disposta à pagar um psicólogo para mim?

 

Han, o que?

 

Sinto que perdi alguma informação importante. Mas aposto que não é nada demais.

 

Os jogadores se dividiram entre o time principal, o infantil e o secundário, de forma que o infantil iria correr ao redor da quadra, o secundário iria para a área da academia, ficar birr, vem monstrão e tal e o principal iria praticar arremesso.

 

Ao menos era o que o treinador gritava para que fossemos cada qual para seu respectivo lugar.

 

Caminhei em direção à fila que se formava em frente à uma das três cestas na lateral da quadra, que eram usadas apenas para treinar arremessos e senti alguns olhares sobre mim, fiquei curioso quanto a isso. Mas percebi que eu andava lentamente e desanimado, o que era estranho para mim, já que eu tenho geralmente uma compulsão por correr e gastar uma energia de algum galão interno que só Zeus sabe onde fica.

 

Resumindo: eu tenho uma energia da porra.

 

E provavelmente eles estranharam meu momento vegetativo mais conhecido como Min Yoongi. (Vai tomar no centro disso que você chama de cu), me obrigue. (Vamos ao banheiro que eu obrigo.). Eita...

 

E da saga “Traumatizado com o treinador” vem aí: “Traumatizado com o coleguinha”. Em Janeiro nos cinemas.

 

Me posicionei na fila já me animando um pouco mais. Estava pronto para lançar, meus problemas com o Tae eu deixaria para resolver depois.

 

Dei alguns pulinhos para aquecer o corpo que havia esfriado durante essa pausa e senti o sangue voltar à correr em minhas veias. Como eu amo essa sensação, tem coisa melhor que suar como um porco numa sauna e sentir todos os músculos de seu corpo tensionados e queimando enquanto você se exercita mais do que aguenta? (Sim.) Ninguém pediu a opinião dos tarados. (Você ainda não me viu ser tarado.) Nem quero. (Não é o que você vai dizer.) Ah é? Quando? (Quando você menos esperar.)

 

...

 

Ai, meu cu.

 

(Sim.)

 

Enfim, a bola chegou às minhas mãos, e novamente senti olhares sobre mim.

 

Teríamos que lançar três vezes e na quarta sairíamos da frente para o próximo da fila pegar a bola ainda caindo. Me preparei, flexionando levemente os joelhos, mas meu impulso foi impedido por uma mão forte em meu ombro, me puxando para o lado.

 

— Senhor Jeon, o que está fazendo?

 

— Err... Acho que praticando, Hyung.

 

Ele me direcionou um olhar de pena.

 

— Nós podemos conversar um pouco? — perguntou cuidadoso, como se esperasse levar um soco no estomago por ter me perguntado isso. Eu não, prefiro manter minhas mãos bem longe dessa barriga.

 

Acenei positivamente enquanto lhe entregava a bola, já que suas mãos estavam estendidas na expectativa de pegá-la. Ele está muito estranho... Se me levar pro cantinho eu fujo.

 

Girou no calcanhar com a graça de uma fusão entre um dançarino de tango e um levantador de peso olímpico. Não posso me esquecer de pegar o telefone do psicólogo do Jin, alguém por favor, queima a camiseta desse homem?

 

Depois que ele tiver vestido outra, né? Pelo amor de Alá.

 

Caminhamos em direção a uma extremidade reservada da quadra, perto da entrada lateral para a academia, de forma que não ficássemos no caminho dos garotos que corriam. Mas eu logicamente consegui ser atropelado por um pivete maratonista com meio Jungkook de altura que me mandou prestar atenção para onde eu ia. Mostrei a língua para ele.

 

— Então, Kook... — Iniciou, cauteloso, enquanto eu me preparava para enfiar o dedo que o pirralho me mostrava pela goela do próprio. Virei-me rapidamente em sua direção, fazendo cara de quem nunca asfixiaria uma criança com seu respectivo dedo. — Como se sente? — Arregalei os olhos do tamanho de uma bola de tênis e engoli em seco ao sentir sua mão repousar em meu ombro. — Sabe que pode se abrir para mim.

 

Ai caralho.

 

Já fui beijado por um homem hoje, não pretendo ser abusado. Meu bumbum agradece.

 

— Abrir? Pra vo-você? — estava com tanto medo que fiquei mais branco que o Yoongi. (Meu pau.) Sim, ele também deve ser muito branco.

 

— Sim. Veja bem, sabe que já fui treinador de grandes ligas, não? — Assenti com a cabeça, ainda um tanto estático. — Mas mesmo com toda a minha experiência, eu não tenho sido aceito como treinador de nenhuma, e você sabe por quê? — Fiz que não freneticamente — Porque eles querem dar uma chance aos novos. — Fiz uma leve careta, mas movimentei a cabeça como quem diz para ele seguir adiante. — E eu, como um ser humano adulto e maduro sabe o que fiz? — Fiz que não, já cansado desse joguinho. Estava perdendo tempo de treino. — Eu não coloquei piolhos na roupa íntima dele. Não, não. Nem mesmo liguei para a esposa do celular dele e coloquei um vídeo pornô para rodar... Isso seria muito imaturo. — A essa altura meus olhos tinham dobrado de tamanho. Ele falava de forma que se não tivesse realmente feito essas coisas, não teria nunca pensado nisso. — E pensar que aquele patife iniciante tirou o meu lugar...

 

— Hyungnim!

 

O homem estava doidão galera, sério. Ele tinha me agarrado pelo colarinho e me olhava como se eu fosse uma boneca de vodoo e ele planejasse me queimar com um ferro em brasa. Eu hein.

 

— Ah, sim. Me desculpa garoto. — Ele me colocou corretamente no chão e deu leves tapinhas em meu ombro — Enfim. Deve-se ter maturidade e aceitar quando alguém experiente diz que você não está pronto para algo. É até melhor você ir devagar e reestabelecer a sua base. — Franzi as sobrancelhas, esperava que ele não estivesse falando sobre o que eu achava que ele estava falando. — Não que você vá voltar a ser um iniciante, longe disso. Mas tem muitos outros garotos que estão se saindo melhor que você agora. E no time principal precisamos só dos melhores.

 

Quê?

 

— Eu... Fui tirado do time principal?

 

— Espero que não se chateie.

 

— E porque eu sou ruim?

 

— Não é que você seja ruim... — Disse com o indicador levantado, como se fosse o maior filósofo contemporâneo da Ilha do Bananal. — Só que tem gente muito melhor capaz de fazer o que você não fez no nosso último jogo.

 

Porra, esse ser é pai do Jin?

 

— Muito delicado o senhor.

 

— Eu sei. — Deu o maior sorriso Colgate, fazendo uma pose que apertava seus músculos de monstrão de meia-idade. Eca. — Agora vá lá treinar com a sua nova galera.

 

Porra do cacete do caralho.

 

Quem ele pensa que é para me colocar no time secundário?

 

Cu.

 

Saí pisando forte em direção à academia, mas fui parado novamente por uma mão no meu ombro. Me virei de uma vez já preparado para dar uma voadora de três pés no São Jeofrôsino que vinha me perturbar.

 

— Que é caral... — mordi minha língua para não completar a frase ao ver que era o treinador.

 

— Onde vai?

 

— Academia. — Estava impaciente demais para dar respostas longas.

 

— Não, não... O time infantil está correndo ao redor da quadra agora.

 

— E eu com isso?

 

Ele arqueou uma sobrancelha como se não entendesse meu problema.

 

— Jungkook, você chegou a ouvir o que eu falei àquela hora? — Fiz uma expressão de dúvida. — Jeon, quantos anos você tem?

 

— 18?*¹

 

— Sim, e você sabe que o time principal tem jogadores que vem tanto do infantil quanto do adulto... — Gesticulei para que prosseguisse. — Jungkook, você é do time infantil.

 

Não respondi porque eu acho que meu queixo quebrou quando bateu no chão.

 

Virei meu corpo estático em direção ao local onde o maior grupo de pirralhos se aglomerava em uma corrida desajeitada.

 

Depois de um tempo vendo-os correndo, quando eles já passavam por mim, senti uma mão me empurrando e com o tranco, arranquei quase caindo, mas não cheguei a ir ao chão, já que me apoiei em um dos garotos que corriam. Levantei meu rosto observando a expressão irritada do mesmo garoto que tive o desprazer de conhecer mais cedo.

 

Mano... 

 

Sabe o cu? Manda o mundo tomar nele.

 

— ...ungkook! Kokinhoooo... — Apesar da minha vontade de esfolar nádegas no asfalto, Yoongi parecia estar se divertindo muito com minha raiva. Apertei o passo para que ele saísse da minha cola com aquele sorriso gengival de masoquista que quer que eu corte a cabeça de baixo. — Ei bebê, vem cá! Kook! — Acelerei mais meus passos. — Senhora, senhora, por que está correndo, senhora??!

 

— Vai dar, Min Yoongi. — Disse quando o senti abraçando minha cintura pelas costas, o que ele com toda a minha certeza não estaria fazendo se não quisesse me irritar.

 

— Já disse que se você quiser me comer é só combinar. — Fiz uma careta tentando soltar suas mãos de minha cintura. — Pensando bem, não é só combinar não. Não sou tão pedófilo à ponto de ser comido por uma criança.

 

Depois dessa fala grotesca, soltei seu abraço de minha cintura de forma rude e marchei como se eu fosse um titã pisoteando Atenas.

 

— Ei, bebê, cuidado para não matar algumas formigas. — ainda de costas mostrei-lhe meu magnificíssimo dedo do meio. — Adoro.

 

Arg.

 

Ouvi uma risada cínica e me virei, perplexo. Sério que Taehyung passou o dia todo com cara de ânus de ogro (Faz urro) para rir de minha face justo nesse momento que minhas mãos estão se coçando de vontade de atingir algum rostinho de porcelana alheio?

 

-Propaganda da Jequiti-

 

Aquele rostinho lisinho e perfeito parecia ótimo para deixar todo vermelhinho com a marca exata de meus dedos.

 

Ignorem a parte que isso pareceu erótico. Não era a intenção.

 

Jin também o olhou assustado, mas sorriu em seguida. Yoongi, depois de seu breve momento de socialização já tinha pego seu celular.

 

Aposto que está vendo os vídeos educativos que o Namjoon passa para eles mas que não me deixam ver, sinceramente, como se eu tivesse dez anos de idade, é claro que eu sei o que é um pornô! Mas mesmo depois de ter dito isso para eles, ainda não me deixavam ver, mesmo que até Jin tivesse visto.

 

Aqueles depravados.

 

Apertei o passo caminhando enquanto passávamos por uma daquelas ruas cheias de barraquinhas e lojinhas do Bairro Myeongdong*². E como um ser humano inteligente que já teve desgosto demais para uma semana inteira, passei a ignorar tudo o que falavam ao meu redor, mas deveria ao menos ter prestado atenção quando Jin disse para alguém parar aquele moleque, porque logo em seguida senti as mãos frias de Yoongi agarrando meus cabelos pela nuca e literalmente me agarrando de volta para algum lugar pelo qual eu já havia passado.

 

E eu entrei no modo retardado tentando me soltar dele igual um peixe faz para tentar se soltar quando estão tirando ele do anzol, mas ele acaba caindo no chão.

 

E adivinha para onde eu fui?

 

Oi, chão. Que saudades que eu estava, mozão.

 

— Por que caralhos voadores você pensa que tem o direito de me arrastar, seu monte de estrume?

 

Levei um pedala que me fez voltar para o chão no momento em que eu me levantava. Oxi.

 

— Você me respeita que eu sou seu hyung, seu puto filho da mãe!

 

— Por que caralhos voadores o senhor pensa que pode me arrastar, seu monte de estrume-senpai?

 

— olhe aqui, seu pivete! O senhor que pegue essa falta de respeito e enfie no seu...

 

— Olá, meninos! — O branquelo se interrompeu assim que ouviu a voz do nosso idoso favorito, o único que ainda não tentou me matar. E acreditem, velhos tentando me matar são mais comuns do que deveriam ser.

 

— Boa tarde, Ajushi-nim! — Dissemos num perfeito coro em uníssono.

 

Ele nos deu aquele sorriso carinhoso e vimos Jin vindo de sua barraquinha com uma sacola cheia daqueles espetinho de churros, o que parece muito estranho, mas que é delicioso.

 

Não consigo entender como um espeto pode deixar uma comida tão deliciosa... ou talvez não deixe, pode ser que aquele velhinho Chinês sorridente simplesmente seja muito bom no que faz.

 

— Oh, Tao-ssi! — O senhor rapidamente mudou sua expressão para uma de espanto. — Como vai?

 

— Ótimo. — Disse seco enquanto passava os olhos por nós, mas nos ignorando logo em seguida como se não valesse a pena interagir com meros mortais. — Eu fiz as entregas essa semana. Quero meu dinheiro.

 

— Ora, Tao-ssi, você só trabalhou uma semana, tínhamos combinado duas.

 

Um olhar raivoso tomou conta do jovem que puxou a gaveta em frente a cadeira do senhor, tirando diversas notas dela tão rápido que nós só conseguimos ficar sem reação. Quando o senhor tentou segurar seu braço, levou um soco forte em seu rosto, foi então que consegui me movimentar, avançando no rapaz mais alto que eu.

 

Segurei a mão esquerda dele enquanto Yoongi agarrava seu outro braço, mas antes que Taehyung conseguisse pará-lo, senti um chute no estomago e me abaixei, resmungando. Tae desviou dele vindo perguntar se eu estava bem e ouvi Yoongi emitindo um som de dor, e nós dois olhamos em sua direção à tempo de ver o Chinês correndo entre as pessoas da rua, que paravam para ver o que acontecia. Ajudar que é bom ninguém quer, né?

 

— Tudo bem, hyung? — Perguntou Taehyung, me ajudando a levantar e estendendo a mão para o mais velho, que apenas concordou com a cabeça inexpressivamente.

 

Olhamos em seguida para trás, onde Jin se encontrava verificando o estado do Ajusshi.

 

— Vão passear, seus urubus de esgoto. — Suga expulsava os que paravam para ver a treta, que eu não entendi direito. O que aconteceu aqui?

 

— O senhor está bem mesmo? — Dizia Jin, enquanto o mais velho apenas concordava, tentando se livrar logo do outro. — Se ele voltar o senhor promete me ligar? — e foi seguido de mais acenos positivos dele.

 

— Vamos, hyung, ele quer ficar sozinho. — Dizia Taehyung com seu sorriso quadrado correspondendo ao velho que mesmo após o ocorrido mantinha um sorriso doce nos lábios.

 

Todos sorríamos de volta enquanto nos despedíamos do homem de cabelos pretos e grisalhos.

 

Caminhamos em silêncio, credo, que tensão...

 

— Parece que tem uma nuvem negra sobrevoando a gente... — Falei olhando para os lados.

 

— É mesmo... Fecha essa boca, Suga hyung! — Disse Tae e eu gargalhei.

 

— Vai tomar na pupila do olho de seu cu. — Respondeu Yoongi, docemente.

 

Olhei para o lado e vi que Jin ria junto de mim, não chegava a ser aquela sua risada escandalosa, mas era uma risadinha. Pelo menos ele melhorou. Seokjin tem o hábito de pegar o sentimento das pessoas ao seu redor para ele. Aposto que estava se sentindo culpado pela forma como o Ajusshi era tratado por seu neto. Mas é obvio que ele não tinha culpa de nada.

 

Acontece que esse ser humano é mais teimoso que o Taehyung na lojinha de miniaturas querendo comprar a coleção toda de Star Wars, sendo que só um daqueles já custa meu rim e não tínhamos rins suficientes.

 

Mas também, para que querer comprar aquilo? Aposto que ele estava com saudade de casa.

 

Finalmente chegamos à uma rua larga, bem menos movimentada e eu diria que quase deserta. Com pouquíssimas construções em uma distância de um quilômetro além de uma fusão de café, fliperama e loja de música. E do outro lado da rua uma pracinha com uma fonte em formato de relógio, que depois de passar um tempo sem água, acabou com várias plantas aleatórias crescendo ali, não era feio, mas atrapalhava um pouco a beleza do local. De um lado da praça havia uma espécie de parquinho também muito destruída e do outro, uma pista de skate bem velha e toda pichada.

 

Além da pracinha o que tinha era apenas um declínio que dava diretamente em um dos grandes centros da cidade, mas que não existia nenhum louco a ponto de tentar descer aquilo nem mesmo de trenó na época que neva, é praticamente uma queda livre.

 

Caminhamos enquanto Tae, que parecia um pouco mais tranquilo com relação à mim, me obrigava a contar a história da cueca.

 

Pelo amor de Alá, né colega?

 

— Mano! — risadas interromperam o branquinho. — Como você conseguiu... — umas risadas e futuramente meu soco nesse nariz albino para interromper mais um pouco. — se ferrar tanto num dia só? ‘Cê deve ter um cu de ouro para todo mundo querer te foder desse jeito.

 

— Cara, você ainda não viu nada. A gente chegou atrasado hoje porque os velhinhos do ônibus resolveram perseguir esse aí!

 

Riso geral.

 

Cuzões.

 

— Mas e esse seu professor, Kookie, ele te levou até em casa mesmo?

 

— Parece que nosso João Bolacha arrumou um namoradinho. — Jin soltou mais uma risadinha, mas Taehyung que ria constantemente parou nesse momento.

 

— Mas o.... Quê? Yoongi hyung, pare de cheirar Nesquik. E pare de ouvir aquelas músicas Brasileiras, juro que a maioria das vezes eu não consigo entender nada do que diz!

 

— Ei, não vem falar mal das minhas músicas! Funk é cultura. E não vem me atacar só porque o crush não te notou. É como diz o ditado: se me atacar eu vou meter a porrada. E vê se desapaixona antes de tomar na cara, pelo que você falou ele está babando litros na sua tia.

 

Enruguei a testa olhando para baixo. Será que ele gosta mesmo dela?

 

Não que eu me importe. Afinal, a vida é da minha tia, e ela faz o que quiser...

 

Mas ele tem uma aparência de bebê. Parece ser mais novo que eu. Ele é pequeno e tem bochechas fofas, seria estranho imaginar alguém assim com Seo-Noona. Eu me sentiria sobrinho de uma pedófila.

 

Olhei de lado e vi que Taehyung me observava com uma expressão chateada, movi meus lábios formando um “O que foi?” silencioso e ele tomou ar para me responder mas paramos imediatamente assim que ouvimos uma voz fina vindo de dentro da loja.

 

Ver aquela silhueta definida fez meus pés colarem como se eu tivesse acabado de pisar em um litro de Super Bonder. Senti Jin e Yoongi pararem atrás de nós, enquanto o segundo citado me chamava de mula empacada do caralho.

 

Pronto, fodeu.

 

— Você não pode deixar ele te manipular desse jeito. — Dizia Namjoon atrás do balcão no fundo da lojinha.

 

— Eu vou encontrar algo para usar contra ele. — Respondeu o baixinho e ao meu lado ouvi Taehyung... Rosnar?

 

— Oh, vocês chegaram! — Exclamou Namjoon animado, mas ele apenas olhava para Jin. Aff, se comam.

 

— Jeon? — O outro se virou em nossa direção assim que ouviu a frase de Namjoon.

 

— Professor...

 

Atrás de mim ouvi Jin comentar “Então é ele?” provavelmente para Suga, e ao meu lado Tae soltar um grunhido de horror.

 

— Seu olhar correu pelos garotos ao meu lado, parou por um instante em algum ponto perto ao meu lado, arregalou os olhos, se recuperou e, em seguida, voltaram-se para mim, como se esperasse algo.

 

Os garotos ao meu redor me olham em expectativa, eu apenas entortei minha cabeça para o lado com a minha melhor expressão de criança bugada.

 

Ouvi alguém estalar a língua no céu da boca, e Jin deu um passo à frente.

 

— Prazer, sou Kim Seokjin, amigo do Jungkook. Estes são Yoongi e Taehyung. — após a última palavra, vi meu professor passar a língua nos lábios, nervoso, abaixando a cabeça em seguida. — E você, quem é?

 

— Eu sou Jimin. Err, Park. — Ele parecia meio desesperado, não pude deixar de achar sua reação fofa. Ele mexia com os dedos nos fios soltos de sua calça desfiada, — Digo, boa ta...arde, meu Park é nome, e o seu Jimin? Não... Vocês já se apresentaram. O que eu quero dizer...

 

Ouvi uma risada de escárnio bem grave, do tipo que eu só conheço uma pessoa capaz de fazer.

 

E no caso a pessoa que conheço é Yoongi, mas quem ria assim era Taehyung. Como assim? Nunca tinha presenciado uma reação assim vinda dele.

 

— Ei Tampinha. — Disse Taehyung. Vi Jimin, que eu havia acabado de descobrir o nome, dar um pequeno salto de susto ao ouvir a voz grave. — Como vai a sua mãe? — Como assim, eles se conhecem?

 

E eu, assim como Jin e Suga viramos nossos rostos em direção ao pequeno, esperando sua resposta, mas ele apenas encolheu s ombros um pouco mais, completamente diferente da figura enérgica e veemente que eu tinha conhecido no dia anterior.

 

Taehyung adentrou mais a lojinha, indo em direção à uma das cadeiras altas de bambu enfeitadas com pinturas de aparência indígena, que junto da grande iluminação do lugar causada pelo imenso número de janelas, divisões, portas, e mesmo paredes, feitas unicamente de vidro. Ao passar do lado de meu professor, virou-se em sua direção emitindo um “bu!” perto de seu ouvido, alto o bastante para eu ouvir, mas que era tranquilo, brando. E apesar da pouca intensidade, o menor deu mais um leve sobressalto, afastando-se do lugar onde Tae se sentava para apoiar-se no balcão, bastante afastado.

 

— E então, Jiminnie-Hyung, sua mãe nunca te ensinou que é feio fofocar?

 

Mas que caralhos voadores está acontecendo aqui?


Notas Finais


18*¹ Na Coréia do Sul tem aquele paranauê de ter um ano a mais, sabem? Então, aqui no Brasil ele teria 17, portanto é menor de idade.

Myeongdong*² O Bairro de Seul onde se encontra a 25 de Março Coreana.


Aê! Comeback do Jimin na fic, carai! Tava com saudades, baralho!
Tá, parey.

Gente, isso tá meio atrasado, mas quê que foi BS&T? Estou tentando me recuperar ainda! E vocês viram no programa de rádio o Jungkook dizendo que a pimenta do Jimin é pequenininha? Nem shippo.

Falou etzada, beijundas! Deixem um comentário para deixar a Lala feliz, porque isso me dá muito mais vontade de digitar rapidão para atualizar, ok? Okay.

Beijokas da Lauroka S2.


//Fiz as notas com pressa e voltay para panfletar.
Primeira menta(?): Tia Hell está divando com essa coisinha linda;
https://spiritfanfics.com/historia/oh-hybrid-sweet-6261800 (Hibridos= Amo)

Segunda menta(?pt.2): Amora B7 e sua fic que cola um lacre sobre o outro;
https://spiritfanfics.com/historia/seu-cheiro-6119256

E eu postei uma CrackFluffy(?³) OS, dá uma espiada se quiser;
https://spiritfanfics.com/historia/eu-devo-estar-com-gases-6479344

Era isso, bezus!//

Ps.: Arroz
Feijão
E batata.
O que falta?


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