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História Porcelain - First Collateral Effect of Lucidity


Escrita por: timkerbell

Notas do Autor


E ai, parceirinhas e parceirinhos? Tudo numa boa?
Primeiramente quero agradecer pelos comentários do capítulo anterior. Também pelos quase 80 favoritos. Vocês são incríveis!
Gostaram da nova carinha da fanfic? Sério, eu to apaixonada pela capa e pelo banner 💜
Eu sei que demorei e sei que o capítulo tá pequeno, mas eu já expliquei a minha situação grave de estudos, né? Ainda tem o ENEM essa semana. Olha, que Jesus, Deus e todos os anjos me abençoem!
Leiam ouvindo: Chase Atlantic- Gravity
Boa leitura.

Capítulo 8 - First Collateral Effect of Lucidity


Fanfic / Fanfiction Porcelain - First Collateral Effect of Lucidity

                          Clarissa Maycastle

  Na realidade, estava sentindo uma tremenda vontade de deixar o meu corpo e tomar a forma de um objeto. A neve, talvez, ou qualquer coisa sem angústia, silenciosa e sem vida. Exatamente como me sinto por dentro. A realidade não tem piedade de pessoas que gostam da intensidade. De viver intensamente. Por isso, ela me matou por dentro.

  Enfrentar os olhares e os cochichos das pessoas de Porcelain High, durante a manhã inteira, foi uma demasiada tortura. Desdo dia anterior, após a consulta com a Dra.Bailey, não saí da minha cama para procurar alguém que pudesse me entender, mas também não fui procurada. Nem mesmo por Jacob. Talvez, ele tenha ouvido falar dos boatos e, realmente, os deu ouvidos e esqueceu-se de tudo o que havia me dito, ou seja, seus princípios. Eu estava sentindo uma tremenda vontade de mandar uma mensagem para ele, mas eu deixei o orgulho entrar pela porta dos fundos sem nem, ao menos, notar. Na verdade, eu não queria ver ninguém.

  Assim que minhas botas pressionaram a neve, senti tudo aquilo que eu estava buscando durante toda a manhã; liberdade. Os fracos raios de sol, bateram em meus olhos, fazendo-me fechá-los para contemplar a maravilhosa sensação. Alcancei o meu celular na bolsa, assim que mais uma mensagem chegou. Mais uma mensagem de Troye. 

[12:40 A.M] Joylee: Qual é, Clary? Até quando iremos ficar nessa? Preciso muito conversar com você. Se ainda há algum sentimento de irmãdade entre nós, me ligue. Xx.

  Mais uma vez, não o respondi. Eu tinha apenas vinte minutos para almoçar, antes do trabalho e tudo o que eu menos queria era mais estresse sobre uma amizade que não possuía mais confiança para prosseguir. Não naquele momento. Não enquanto eu não tivesse o meu tempo.

                                        [...]

 

— E aí, linda? - Ed me cumprimenta, dando um cutucão em minha cintura, fazendo-me contorcer um pouco.

  Faziam duas horas que eu estava trabalhando, sem cessar, mas parecia que havia trabalhado cinco horas, sem parar. O tempo parecia não passar. Tudo estava, estranhamente, cansativo e eu estava desanimada, até mesmo, para respirar.

— Como vai, Klemens? - pergunto, olhando de soslaio para ele, que sorri.

— Depois da noite de ontem, vou ficar um bom tempo sem negar essa pergunta - ele diz, sem tirar o sorriso presunçoso dos lábios.

  Encarei-o imadiatamente, franzindo a testa.

— Bom, eu sempre afirmo, mesmo sendo uma grande mentira - dou de ombros.- Mas posso saber o motivo de toda essa felicidade? - encosto meu ombro no dele, dando um leve empurrão.

— Beijei a Chloe - ele sussurra, como se esse fosse um segredo de estado. 

— Oh, meu Deus, eu sabia! - exclamo, soltando uma gargalhada nada contida.- Por isso ela chegou toda animadinha hoje - percorro os meus olhos pelo salão, encontrando Chloe atendendo a mesa cinco com o maior entusiasmo.

  Bastou uma troca de olhares com Edmundo para que voltassemos a gargalhar.

— Eu adoraria deixar você por dentro de tudo, mas a chefe 'tá esperando por você lá na cozinha.

  Coloco o pano branco sobre o balcão, abro um sorriso presunçoso e antes de caminhar até a porta, digo:

— Espero que eu não seja demitida antes de saber sobre a noite maravilhosa do meu casal favorito - não deixo de caçoar, recebendo um sorriso bobo da parte de Edmundo. 

  Homens!

  Assim que atravesso a cozinha, encontro a sra.Leithold em meio aos milhares de ajudantes de cozinha, mexendo uma panela de calda de caramelo. Ela abre um sorriso assim que me vê. 

— Querida, uma cliente muito importante chega daqui há cinco minutos - ela começa a dizer afobada, com o desespero aparente em seu rosto.- Como sei o quão atenciosa você é, preciso encarregá-la para cuidar da cliente da mesa seis. A sra.Vanderbilt é extremamente exigente - revira os olhos, fazendo-me compreender de imediato o quão insuportável deve ser a cliente.

— Sim, senhora - sorrio.- Mais alguma coisa? 

Tome cuidado, Julia Vanderbilt é apaixonada por vexames - sra.Leithold avisa, antes de voltar a mexer sua panela de caramelo.

  Engulo em seco, retornando o meu caminho até o salão. Pontualmente, vejo o sino da cafeteria soar e uma mulher de cabelos loiros, curtos e muito bem penteados adentrar ao local. Seu salto quinze somente deixa claro que ela gostava de ser dona do território por onde passava. Assim que meus olhos encontraram os dela, senti um arrepio percorrer o meu corpo e instalar-se em minha espinha. Acho que estava apavorada. 

  Rapidamente, caminhei até a mesa seis, com o bloco de notas em mãos. Olhei para a Julia Vanderbilt e para suas roupas elegantes com a certeza de que eu deveria ser o mais amável possível.

— Boa tarde, senhora - sorrio.- O que deseja? 

  A mulher levantou, imediatamente, o seu rosto para cima, fazendo questão de encarar os meus olhos. Ela abriu um sorriso presunçoso e percorreu os olhos pelo cardápio.

— Boa tarde - ela murmura assim que termina de checar o cardápio.- Apenas um expresso com granola e um pouquinho do seu tempo.

  Franzo a testa, completamente confusa diante do que ela havia dito. Todo mundo sabe o quão proibido é a hipótese de funcionários ajuntarem-se aos clientes para um café. Isso é uma piada. 

— Desculpe, senhora, mas...

— Não se preocupe, a Emília não irá se importar - ela estava referindo-se à sra.Leithold.

— Com licença - murmuro, antes de sair.

  Eu nunca havia enrolado tanto para preparar um pedido, mas assim que parei diante da mesa daquela senhora com o seu pedido, tive a certeza de que faltar o trabalho não teria sido uma má ideia. Após entregar-lhe o pedido, discretamente, sentei-me à mesa. Eu estava tensa, isso era visível.

— Não se preocupe, senhorita Maycastle, serei breve - ela disse. Gostaria de lhe perguntar como ela sabia o meu sobrenome, já que somente o meu nome estava em meu crachá, mas ela foi mais rápida com a resposta.- Eu sou a proprietária da casa onde você está morando - anunciou.

  Imediatamente, empurrei a minha bile para o fundo da minha garganta, sentindo que ela estava prestes a pular para fora da minha boca. Queria, do jeito mais profissional possível, perguntar à ela o motivo da sua vinda até o meu trabalho. Tenho somente dezessete anos, e não pago pelo aluguel da casa onde moro, ou seja, ela deveria procurar por minha mãe.

— Receio que sua mãe tenha lhe dito algo, mas quis vir pessoalmente anunciar que a papelada para a venda da casa está pronta - ela anuncia, abrindo um dos seus maiores sorrisos. 

  Abro os meus lábios completamente perplexa e olho para o lado, encontrando a sra.Leithold com a pior expressão possível. Rapidamente, ela virou as costas, batendo a porta da cozinha com muita força, o que chamou bastante atenção das pessoas alí presentes. Agora sim o meu emprego estava sendo jogado no moedor de carnes.

— Se me permite perguntar, por qual motivo a senhora viria, pessoalmente, contar isso? - pergunto, pousando minhas mãos trêmulas sobre minhas pernas.

 — Acredito que jovens da sua idade mereçam uma oportunidade muito maior do que trabalhar em uma cafeteria furreca - ela diz, esnobe. Não escondo minha carranca chocada.- Emília Leithold sempre foi uma mulher exploradora de menores, ao meu ponto de vista. Sabe, flor, sua mãe é uma mulher incrível e você uma garota dedicada. 

— Onde a senhora pretende chegar com isso? - questiono, perdendo boa parte da minha paciência.

— Muito simples e inegável - esnoba, gesticulando de uma forma bastante exagerada.- Se você convencer sua mãe a comprar a casa o mais rápido possível, posso lhe garantir um futuro es.plên.di.do - sorri, após dizer a última palavra de uma forma, exageramente, pausada.

                                            [...]

  Passei a minha tarde inteira idealizando toda àquela situação, mas nem uma resposta parecia concreta. Talvez, eu estivesse destinada a viver uma vida repleta de mistérios para que me tornasse alguém melhor, alguém mais forte. Porém, eu estava ficando cansada fisica, sentimental e psicologicamente. 

  Se há uma coisa em que eu jamais falho é em julgar pessoas. Eu sempre soube que àquela mulher não valia a roupa que vestia. Porém, o que eu, realmente, não conseguia compreender era àquela reação repentina da sra.Leithold. 

  Comecei a pensar na forma como Jacob reagiria à tudo isso e a cogitar a ideia de deixar o orgulho de lado para procurá-lo. Dez minutos foram o bastante para que isso acontecesse. Peguei o meu celular, à procura da caixa de conversas minha e de Jacob. Rolei com o meu dedo por toda extensão das mensagens, mas não encontrei absolutamente nada. Era como se todas as mensagens tivessem sido deteladas. Franzi o cenho, ficando sentada em minha cama. 

  Primeiro efeito colateral da sanidade; a realidade bate em sua porta sem sentido algum. Algo estava completamente errado e eu presumia o fato de que havia acordado de um lindo devaneio. Desdo nosso beijo, Jacob não havia mais procurado por mim. Ele jamais faria isso. E quanto as mensagens perdidas? Eu queria entender o que, de fato, estava acontecendo ao meu redor. 

  Fechei a caixa de mensagens e abri o teclado numeral do celular. Disquei o número de Jacob rapidamente, colocando o aparelho em meu ouvido, em seguida. Quando o número começou a chamar, senti o meu coração acalmar-se um pouco, mas o aperto em meu peito estava contínuo. Quando as chamadas pararam e a ligação foi atendida, fui rápida o suficiente para dizer alô.

Alô? - uma senhora atendeu, com sua voz denunciando sua idade avançada. Imaginei que fosse a tia de Jacob e isso me fez sorrir por breves segundos.

— Boa noite, senhora. Jacob está?

Jacob? - ela perguntou, com a tonalidade cheia de confusão.

— Sim, Jacob. A senhora é a Tia dele, não é?

  A mulher pausou por alguns segundos, deixando sua respiração forte soar. Era como se ela estivesse pensando sobre isso.

Desculpe, menina, mas não conheço Jacob algum - respondeu-me.

  Tirei o telefone do ouvido, imediatamente, somente por achar que havia digitado o número errado por conta da rapidez em que o fiz, mas não... O número estava perfeitamente correto. Deixei que o aparelho caísse sobre o colchão, tentando controlar minha respiração descompensada. Estou vivendo um pesadelo. Preciso ser acordada. Alguém pode me tirar desse sono profundamente pesado?


Notas Finais


Ê laiáááá! Agora o cérebro de vocês vai começar a fritar igual o asfalto no Rio de Janeiro. Boa sorte, seus lindos, e não desistam de mim!
🚫 GEEENTE, O TRAILER SAIU! TÁ MARAVILHOSO, CONFIRAM!
❄ Trailer: https://youtube.com/watch?time_continue=2&v=yWrMUwAZZc8
❄ Para assistir pelo celular: http://www.perfectdesign-pd.com/2016/09/trailer-porcelain-timkerbell.html?m=0
See you soon.


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