12 de Dezembro de 2012
Sento-me no sofá ao lado de Ansel, sem camisa ele fica fazendo remixes quando algo me chama atenção.
-Que musica está tocando? –pergunto rapidamente.
-Acho que está meio óbvio não é? My Name Is Skrillex.
-Deixa de ser retardo. –digo. –Pode parecer ridículo, mas, a partir de agora sou oficialmente fã desse cara.
-Tudo que vem das suas momentaneidades é ridículo. Mas eu estou com você dessa vez maninha.
Sorrio, deitando a cabeça no ombro dele.
20 de setembro de 2015
Eu não sabia que corridas de Fórmula 1 eram tão barulhentas. Se eu soubesse teria trazido meus headphones.
Ligo meu fone no ultimo volume e sigo Ansel até a área VIP. Só que, chegando lá eu vejo alguém inesperado.
-Ai meu deus! Me esconde. – sussurro e me escondo atrás do Ansel.
-O que foi agora? –ele pergunta com aquele típico carinho de irmão.
Será que é possível reconhecer se ídolo apenas olhando para as mãos ou o cabelo? Segundos depois ele se vira e eu confirmo.
-É ele porra.
-Ele qu... – começa, mas é interrompido por uma voz familiar.
-Ans! –Alessandro (Alesso) grita por cima do barulho dos carros. –Vem cá cara, quero que você conheça alguém.
-Você vai ter que vim aqui. Samantha não quer desgrudar da porra do chão.
Bato no braço dele, mas continuo escondida e é quando escuto a voz de Sonny Moore falando com meu irmão adotivo.
-É um prazer conhecê-lo Ansel. Eu sou Sonny.
-Prazer cara, minha irmã é sua f... –e é AI que o desgraçado se liga, e o que ele faz? GRITA! –MEU DEUS SAM! ENTÃO É POR ISSO?
-Filho da mãe, eu odeio você Ansel Elgort, eu odeio você. –sussurro e saio de traz dele.
Sonny me encara e eu fico vermelha feito um pimentão. Ansel gargalha ao meu lado, fico com raiva imediatamente e eu bato nele com toda a minha força.
Ele esfrega o ponto em que eu o agredi. Sonny também dá uma gargalhada ao olhar pra ele, e fico mais vermelha ainda, se isso é possível.
-Prazer em conhecê-lo. –falo timidamente. –Eu sou muito sua fã.
-Prazer em conhecê-la hãn..?
-Samantha Ryan Elgort.
-Sam. –ele fala com um sorriso enorme e acende um cigarro.
...
Depois da corrida Sonny nos convida para ir ao hotel onde está hospedado. Todos estão bebendo e conversando. Pego meu suco em cima da mesa e me dirijo até a sacada.
Por lá consigo ver Singapura inteira. Toda a cidade é iluminada e me sinto triste em ter que deixar a cidade, não consegui nem metade das fotos que eu pretendia tirar.
Passos interrompem meus pensamentos, me viro para ver quem é, e me deparo com Sonny Moore me encarando. Ele é quase da minha altura (um pouco mais alto), seus cabelos longos estão presos em um rabo de cavalo e sem óculos percebo que seus olhos castanhos escuro, quase negros, mesmo com a noite, são muito mais envolventes que nas fotos.
Um cigarro pende em seus lábios e ele sorri para mim.
-Está gostando da vista? –Pergunta ficando ao meu lado.
-Sim, eu só estou apenas meio decepcionada, porque eu não consegui nem metade das fotos que eu precisava. –acabo falando mais do que deveria o que obviamente é o meu dom a tagarelice.
-Você é fotografa?
-Sim. Acabei de me formar.
-E você faz mais alguma coisa do meio artístico? Além de Fotografar e Cantar lindamente? –fico vermelha ao me lembrar do meu showzinho de algumas horas atrás.
-Sim, eu canto, fotografo, danço Ballet clássico e moderno, hip-hop, atuo e escrevo.
-Musicas?
-Histórias.
-Nossa, enquanto isso eu sou apenas produtor de EDM.
-Tem uma Gravadora, uma loja de roupas, e outras coisas das quais a mídia nunca falou.
Ele fica em silencio e pela primeira vez no dia eu sinto certa familiaridade em estar perto dele.
-Olha Sam, eu vim te fazer uma proposta.
-Trabalho?
-Sim. Eu preciso de um fotografo para os próximos meses porque o meu ex-fotografo sofreu um acidente de carro e ficou em coma.
Faço uma careta. O fotografo de está em coma e ele fala isso como se fosse algo normal.
-Isso é horrível. –sussurro.
-É... Mas e ai?
-Bom. Eu acabei de me formar. Geralmente eu ofereço a minha irmã para fugir da responsabilidade, mas eu duvido que o marido dela fosse aceitar. Então, sim, eu aceito.
-Fugir da responsabilidade? –pergunta sorrindo. –Você não reconhece o seu talento? Eu vi suas fotos no Instagram, são incríveis. Obrigado por aceitar.
-Claro. Semana que vem eu vou pra Los Angeles para um trabalho com uma amiga. Daí eu passo na Gravadora.
-Ótimo! –exclama empolgado.
-SAMANTHA RYAN ELGORT!–Ansel grita de dentro da sala.
-Você adora acabar com a magia. –sussurro e Sonny dá risada. –AQUI NA VARANDA!
-Nós precisamos ir. O nosso vôo sai ás sete e eu preciso arrumar as malas ainda.
-Ok. –assinto e ando até a porta. –Nós nos vemos na semana que vem.
Por fora eu aparento estar calma e ser normal. Mas por dentro eu estou pirando e querendo morrer de tanta felicidade.
-Eu te ligo. –ele fala com as mãos nos bolsos da calça preta.
-Como você sabe o meu número? –pergunto estreitando os olhos.
-Ansel. –ele fala dando de ombros.
Sorrio me dirigindo pra fora. No carro Ansel pega meu braço e me chacoalha com força.
-O que foi agora? –pergunto. –Não vê que eu to dirigindo retardado?!
-Quem é você e o que você fez com a minha irmã louca?!?!
-Ela tirou férias essa noite.
-Engraçadinha.
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