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História Prazeres em alto mar - O Baile


Escrita por: Larybarg

Notas do Autor


Estamos finalmente na reta final. Nem acredito que o penúltimo capitulo chegou. E com ele muita dor e sofrimento.
Porque Larissa você faz isso com os leitores?
Ah não sei, deve ser porque eu gosto de brincar com os sentimentos das pessoas.
Mas vocês sabem que amo vocês né? Haha
Sem mais delongas, aproveitem esse capitulo e boa leitura.

Capítulo 14 - O Baile


Stiles POV.

Era o dia da festa. Britt estava a semanas ansiosa por esse dia a semanas. Antes do ‘quase’ estrupo era apenas isso que ela falava. Do vestido, da minha roupa. De como deveríamos sorrir em frente a câmera. Mas agora está diferente. Ela está diferente, algo mudou dentro dela.

Essa manhã peguei ela em frente ao espelho olhando para o nada. Chamei ela diversas vezes, porém parecia que ela não me escutava. Depois de tanto balançar ela, ela olhou para mim e começou a chorar.

Não foi a única coisa estranha que presenciei dela. Depois encontrei ela sentada na cama com um espelho quebrado. Ela brincava com pedaço pontudo, desenhava de leve em cima de seu braço. Quando perguntei se ela estava bem, ela me olhou e caiu numa gargalhada. E começou a gritar como uma louca, me xingava por eu ser o responsável pela dor que ela sentia agora.

Talvez eu realmente fosse o culpado. Se eu tivesse sido um namorado fiel, isso nunca teria acontecido e estaríamos juntos e felizes agora. Estaríamos nos arrumando com alegria, e não com essa cara emburrada. Ela nem olha mais para mim como antes.

Ela está linda. Com um vestido rosa claro, realçando seus olhos azuis piscina. Com um coque que prendia seu cabelo loiro, algumas madeixas caídas ao lado. Uma maquiagem leve, algo tentasse esconder as noites que não conseguia dormir, porque acordava todas as noites gritando. 

“Você está bonita” Disse atrás dela, estávamos em frente ao espelho. Ela me olhou pelo reflexo e sorriu fraco. Presenciei ela respirando fundo e virando lentamente para mim. Li em alguns sites que após um ‘estrupo’ ou um quase. A vítima tem dificuldades de ter contato físico com o outro sexo. Isso leva tempo e paciência, e cada vítima reage de uma forma diferente.

Eu via que ela tentava. Mas quando eu iria beijar seus lábios ela se afasta e corre para longe de mim. Quando eu tento abraçar ela, seu corpo trava e entra em choque. Aprendi a dar o espaço que ela precisasse.

Ela me ajudou com a gravata, a todo momento olhava dentro de seus olhos.

“Você também está bonito” Ela se aproximou e beijou de leve minha bochecha. Senti formigamentos no rosto quando ela me beijou. Esse beijo me levou ao passado, quando eu me sentia dessa maneira quando ela tocava em meu corpo, quando eu era completamente e cegamente apaixonado por ela.

Ela se afastou, sua face era de surpresa. Nem ela percebeu que tinha feito aquilo. Sorriu envergonhada e eu dei um passo a sua direção, ela olhou para aquele movimento e negou com a cabeça. Ela não estava pronta para um abraço. Ainda não. Assenti e estendi o braço para ela.

“Vamos” Não foi uma pergunta, era uma afirmação. Ela assentiu e hesitou ao pegar em meu braço.

-**-

Logo na entrada, flashes e mais flashes foram disparados em nossa direção. Algumas pessoas olhavam para nós, nós não. Para ela. Com pena, algumas garotas vieram ao nosso encontro e abraçaram ela. Contato com garotas ela aceita, agora de homens ela tenta evitar um monte.

Fomos arrastados para o estúdio de fotos. Alguns comentários poderiam ser ouvidos de longe, mas todos foram ignorados. Não era só eu que achava que a culpa era minha. Muitos também achavam isso, mas ninguém sabia o motivo.

E o motivo estava lá, com seus amigos se divertindo.

Quando nossos olhares se encontraram, um arrepiou na espinha, um nervosismo e o coração batendo rapidamente afetaram o meu corpo. Desviei o olhar rapidamente.

O fotografo tinha ideias gênias para as fotos. Tão gênias que você poderia copiar de filmes comuns de adolescentes no ensino médio ou na formatura de faculdade. Mas na hora das fotos abraçadas com a Britt, não aconteceu. Ela negou e foi embora, me deixando sozinho com cara de tacho.

Eu a entendo. Também faria isso se bem, tivesse tido uma experiência como a que ela teve.

Escolhemos uma mesa perto do palco. Ficamos a maior parte do tempo sentados bebendo um pouco de champanhe. E conversando um pouco com nossos amigos. Ninguém ousou em dizer o nome de Issac na mesa, e assim agradeço. Se eu visse ele poderia matar ele ali mesmo.

“Finalmente” Scott fala quando o diretor se dirige ao palco e bate no microfone chamando a atenção de todos. Os alunos com os hormônios a flor da pele se acalmaram, e prestaram a atenção no diretor.

“Sejam bem vindos, é com grande alegria que declaro que hoje vocês....”

As luzes começaram a piscar, uma fumaça estranha começou a aparecer do chão. Um grito foi ouvido, múrmuros de desespero. Quando ficou totalmente escuro, senti a mão de Britt sobre a minha, ela apertava com muita força. Ela estava com medo.

Quando a luz iluminou novamente para o palco, conseguimos identificar alguns homens com máscaras. Um deles se aproximou do microfone e sua voz soou abafada devido ao pano acobertando a boca.

“Alunos de Beacon Hills. Bem-vindos a verdadeira festa”

Uma risada que dava arrepios saiu de seu corpo. O homem, apontou para cima, todos olharam curiosos. Arregalei meus olhos, dei um pulo na cadeira. Isso só poderia ser um pesadelo. Aquilo não estava acontecendo.

Era Lydia, amarrada em uma viga. Ela estava só de roupas intimas. Um dos mascarados, passava a mão nojenta sobre o corpo dela, outro estava em frente a ela apertando com força os seios dela.

“Aproveitem o show, principalmente o irmãozinho dela” O mascarado olhou em minha direção e evidenciou. Comecei a andar em direção ao palco. Mas fui impedido por dois armários mascarados. Eles me amarraram e fizeram olhar para aquela cena horrível.

Ali na frente de todos deixaram Lydia nua. Três deles abaixaram as calças, e começaram a estrupa ela. Lydia começou a chorar e gritar. Por tanto ela gritar eles batiam e machucavam mais ainda ela. O líder, pelo que eu resumi veio ao microfone novamente.

“Quando mais vocês gritarem, mais iremos machucar ela. Ou iremos para o plano B”

Um som de tiro foi ouvido, olhei em direção do disparo. O diretor estava caído, com a cabeça aberta e seu sangue manchando o chão. Várias garotas estavam chorando e os garotos estavam assustados.

“Como eu disse, iriemos praticar o plano B. afinal, ninguém sairá daqui vivo mesmo”

Algumas pessoas começaram a chorar e mais um tiro foi ouvido, era o corpo da professora de história agora ao chão.

“Ah também esqueci de mencionar, aquela pessoa que tentar ser o herói. Será morto imediatamente. Nada de gracinhas e aproveitem o espetáculo.”

Lydia gritava a cada estocada na frente e atrás de seu corpo. Os homens batiam, apertavam e a violentavam de maneiras que eu nem conseguia descrever. Toda via que tentava olhar para os lados ou para baixo, para evitar aquela cena, os armários erguiam a minha cabeça, me forçando a olhar para aquela cena horrível.

O sangue escorria pelas pernas de Lydia, ela estava começando a ficar fraca. Ela falava perdidamente para que eles parassem. Mas os homens ignoravam e continuavam a fazer aquela barbaridade. Eu estava chorando junto com ela.

Eu conseguia ouvir os tiros ecoando pelo salão de festa do navio. Eu conseguia ouvir o grito de desespero de algumas pessoas. Eu conseguia ouvir pessoas rezando para que aquele inferno acabasse. Eu estava com medo. Muito medo mesmo.

Medo de perder ela para eles naquela situação. Medo de ver todos os meus amigos mortos numa poça de sangue. Medo de ganhar um tiro na cabeça e não descobrir quem está por trás daquela máscara. Medo de morrer.

O líder se aproximou de mim, e depositou um soco na boca do meu estomago. Segurou meu queixo e apontou para a ruiva, que estava quase perdendo a consciência.

“Olha bem para a carinha dela, porque será a última coisa que verá”

Foi quando ele tirou um calibre 47 do cós da calça, foi quando ele apontou para a minha testa. A superfície gelada da arma encostou na minha testa. Engoli em seco. Pude olhar para os olhos do terrorista. Eram azuis, igual a de uma piscina. Britt. Ela veio em minha mente.

Desde que tinha visto Lydia daquela maneira, eu havia me esquecido totalmente dela. Tentei olhar para os lados mais isso foi em vão. Aqueles olhos, eu já tinha visto em algum lugar....

“Preparado para morrer, Stilinski?” A forma que ele falou o meu sobrenome, fez a ficha cair.

“Isaac?” Perguntei assustado. Ele começou a rir e começou a tirar a máscara, eu estava certo era ele mesmo. “Porque está fazendo isso?” Perguntei olhando para cima do ombro dele, onde conseguia ver Lydia sendo violentada mais ainda pelos capangas dele. Cerrei o punho ao lado do corpo e me controlei para não bater nele.

“Vamos dizer que você tem uma vida perfeita, uma namorada perfeita e desperdiça tudo isso, porque a putinha da sua meia irmã resolveu abrir as pernas para você, cair de boca nela.”

As palavras ríspidas que ele disse em minha face, me fizeram olhar para Lydia.

Isaac realmente achava que eu tinha uma vida perfeita?

Muito pelo contrário, minha vida era uma bosta. Meus pais vivem brigando, já tentei me matar várias vezes. Minha namorada mentiu para mim esse tempo todo. Sim, eu sei sobre a falsa gravidez. Sempre soube, desde o início. Ela nunca deixava encostar em sua barriga. Foi então que eu não fui o burro que ela pensou que eu fosse.

Pesquisei na internet o porquê de a garota não deixar o pai da criança encostar em sua barriga nas primeiras semanas de gravidez. Tinha duas opções, ou eu não era o pai ou era uma gravidez falsa. Até cogitei na época de ser a primeira opção, mas ninguém queria comer ela na época. Então optei pela segunda opção, e foi assim que acertei.

Ouvi um dia ela conversando com a mãe dela em seu quarto sobre esse plano doentio. Quando ela disse que perdeu o bebe, tive que atuar perfeitamente. Não iria deixa-la, isso seria horrível e uma péssima imagem para o meu futuro. Então continuei com ela. Mas durante esses anos todos, eu continuei a amar ela. Não iriei mentir, me apaixonei mais de uma vez por ela, mas foi em momentos estranhos. Pois era em momentos que eu estava com outra em minha cama.

Já fiquei com a metade das garotas de Beacon Hills, poucas tiveram o privilégio de se deitar na mesma cama que a minha. Malia a melhor amiga de Lydia era uma delas, falando nela. Vi atrás do palco, ela, Theo e Scott com um celular na mão. Eles fizeram um movimento com a cabeça, para que eu tivesse a concentração total de Issac e de seus capangas. Eles entrariam em contato com as autoridades.

Quem eu estou querendo enganar. Até a polícia chegar aqui, estaremos todos mortos. Pois estamos no meio do nada. Flutuando em um cruzeiro idiota que aconteceu tudo errado.

“Não tenho nada de perfeito” Digo recebendo uma risada dele.

“Claro que não achas perfeito. Porque tens tudo. Isso que é errado em vocês riquinhos, tem tudo, mas nada é perfeito”

“Porque está fazendo realmente isso, Isaac?” Insisti em minha pergunta. Ele olhou para os companheiros e sorriu.

“Conheci um cara chamado Bash, ele me contou a vida sofrida dele. E como ele estava recebendo preconceito por vocês os ricos do navio, por ele ser mulçumano e pobre. Foi então que tive a brilhante ideia. E porque não, dar uma lição nos meus antigos amigos e colegas de classe. Estou aqui para vingar Bash, que estava na festa idiota, pegou o vírus e NINGUÉM foi cuidar ou salvar a vida dele. Bash morreu, porque os ricos vêm em primeiro lugar. E adivinhe, sua preciosa irmã foi quem disse que precisa de um médico, num dia que nem precisava. Para que o médico não salvasse a vida de um mulçumano. Por isso os dois vão sofrer” Ele virou para trás e fez um sinal para um dos caras que estava estuprando a Lydia. Ele parou e retirou a venda de seu rosto.

Lydia estava muito fraca. Seus olhos encontraram os meus e neles pediam ajuda. Mordi o lábio inferior, tentei me mover. Mas fui apertado mais ainda pelos armários dos capangas de Isaac.

“Lydia querida” Isaac disse olhando para ela e sorrindo. “Ainda bem que você ainda não desmaiou. Quero que você veja a morte do seu amor/irmão de criação” Ele apontou a arma na minha testa novamente.

“Adeus Stiles”


Notas Finais


Adeus Stiles.... ?
Será que vai terminar ali?
E gente quem poderia imaginar que seria Isaac, aposto que vocês pensavam que era o Franky, falando nele onde ele está afinal ?
Descubra tudo isso, no ultimo capitulo dessa short-fic.
Não sei ainda qual dia irei postar, mas poderá ser neste domingo ou na terça.
Beijinhos


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