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História Prazeres em alto mar - Recomeço


Escrita por: Larybarg

Notas do Autor


Finalmente chegou o tão esperado dia. Me perdoem, mas eu demorei mais do que tinha calculado. Mas eu precisava formular o final novamente. E deixei do jeito que eu queria. Prometi que não teria mortes dos favoritos de vocês, mas não disse nada sobre a dor.
A dor precisa ser sentida. É com a dor que vivemos. E com ela aprenderemos muitas coisas.
Aproveitem a leitura

Capítulo 15 - Recomeço


 

Narrador POV.

Quando não é para ser, não irá acontecer. Stiles não era para morrer tão cedo. Então por destino alguém conseguiu acessar aquela festa e acabar com tudo, ou com quase tudo.

A porta de emergência foi aberta num estrondo, todos os olhares voltaram para lá. Mais um mascarado entrou. Isaac teve o sangue congelar, mas relaxou, pois, acreditou que aquela pessoa que acabou de entrar era mais um de seus amigos terroristas. Voltando a sua concentração a Stiles, o loiro esboçou um sorriso de orelha a orelha. Olhou mais uma vez para Lydia que estava quase fechando os olhos. Olhou para direção contraria, onde viu um de seus capangas segurando o rosto de Britt, para que a loira visse aquela cena também.

“Quais são suas últimas palavras?” Debochou o loiro.

“Vai para o inferno” Stiles cuspiu as palavras na face de Isaac. O loiro soltou uma risada e limpou com a outra mão a face.

“Ótimas palavras” a ponta gelada da arma estava pressionada na testa quente de Stiles, ele fechou os olhos pela última vez e como se fosse um filme, seus melhores e piores momentos passaram em sua mente.

Desde o momento em que ele se lembrava, quando era menor e brincava no jardim da casa, quando Lydia apareceu em sua casa assustada, quando teve o seu primeiro beijo desengonçado, desde o dia que recebeu um sorriso iluminado de Britt e foi ali que se apaixonou, quando ele se pegou olhando para a “irmã” trocar de roupa e sentir algo muito forte por ela. Quando ele e seu melhor amigo, Scott. Pularam o portão da escola para matar aula e ficar com a garota de seus sonhos. Quando pediu Britt em namoro, quando fez sexo oral na sua irmã. Quando Britt fingiu estar gravida, quando estava bêbado em uma festa após uma briga com Britt, ele levou a melhor amiga de sua irmã. Malia. Para cama. Quando a mãe dele morreu. O funeral. O primeiro dia naquele cruzeiro. Todas as noites que se encontrava com a ruiva e tinha seu prazer saciado por ela. O aniversário de Lydia. Quando descobriu que sua namorada tinha sido quase estrupada. Quando Britt colocou aquele vestido. Quando eles entraram no baile. Os sorrisos verdadeiros e tímidos. Aqueles que temem tudo ao seu redor. Quando aquele massacre e pesadelo começou. Quando Lydia apareceu sem a roupa, sendo estrupada por esses animais. Quando Isaac apontou a arma para a cabeça dele.

Lagrimas escorriam de sua face, Lydia tentava ficar de olhos abertos, ela lutava. Procurava dentro de si alguma energia ou força para que pudesse se livrar daquelas cordas e se livrar dos monstros para poder salvar a vida do amor da sua vida. Ela tentava gritar, mas nenhum som se proferia de sua boca.

Britt estava chorando muito.

“Não faça isso” Ela implorou para Isaac, mas o loiro nem ouviu nem sequer palavra proferida dela. Estava focado demais em tirar a sua primeira alma. E quem melhor que o garoto que arruinou a sua vida por inteiro?

Um estrondo foi ouvido.

Um corpo caído.

Gritos e mais gritos.

O salão de dança ficou num silencio.

Todos ficaram chocados.

-**-

1 ano depois.

“É a primeira vez, depois de um ano que os morados de Beacon Hills resolvem falar sobre o massacre ocorrido a um ano atrás em alto mar. Onde uma excursão de alunos que era para ser divertido se tornou no pior pesadelo.

Onde todos os alunos carregam uma cicatriz ainda não curada no peito. Depois de muita discussão, resolveram que era hora de se libertarem dessa tragédia e contar para o público e não só para a polícia o que aconteceu naquele mês. Um mês cheio de emoção e dor.

A primeira pessoa a subir ao palco e proferir palavras a vitimas e aos sobreviventes foi Malia Hale.” A repórter loira falava em frente a câmera, arás dela acontecia na homenagem de despedida as vitimas. O câmera-man parou de focar na loira e focalizou sua câmera para Malia. Que diferente de suas roupas normais, estava com uma calça jeans e uma camiseta branca, escrita na frente “We survived”. Todos estavam com aquela camiseta.

“Aquele mês foi o melhor e pior da minha vida. O melhor, porque conheci o verdadeiro significado do amor. Aprendi a amar apenas uma pessoa. E o pior, por ter perdido todos aqueles que adorava e a pessoa que eu amava. Ainda doí, toda vez que eu escuto o nome dele. Dói toda vez que eu penso nele. Eu não sabia que amava ele, mas após ver o corpo dele caído no chão. Uma lagrima escorrendo de seu rosto, percebi o quando fui estupida e ignorante por ter sido uma bruxa a ele.”

Malia nem conseguiu terminar seu discurso, apoiou a cabeça sobre os braços e começou a chorar. Alguns professores a ajudaram a se retirar do palco.

“Foi um discurso interessante de Malia Hale, e fez tocar o coração de todos que conheciam a vítima que ela se referia. Não só aqueles que conheciam, mas acredito que todos que estão vendo isso. No que aparenta o próximo a expressar suas palavras é Theo Raeken” A repórter falava com desdém. Olhou para a câmera e se perdeu ali mesmo.

Theo ajustou o microfone. Todos olhavam para ele curioso com suas palavras. Depois do massacre o garoto tentou se matar 7 vezes, foi internado diversas vezes, mas nada, absolutamente nada e nem ninguém conseguia tirar a dor que ele sentia. Foi por causa dele que aquele memorial estava acontecendo, para poder salvar a vida dele. A sanidade que ainda existia dentro dele.

“Para mim esse ano foi um fracasso” Ele sorriu de lado “ Nunca pensei que para se matar, iria ser tão difícil. Deveria ter sido eu, o garoto corajoso. E não aquele fracote que ficou debaixo da mesa, observando toda a cena horrenda.” Ele bateu o punho na mesa e teve a respiração acelerada. Olhou para cada rosto na arquibancada até focalizar numa pessoa. Fechou os olhos e uma lagrima escorreu de seu rosto “ Eu sinto muito” Ele disse e saiu do palco.

“Isso foi intenso” Foi o único comentário da repórter.

Como era de se esperar, todos os alunos subiram ao palco para dizer sua dor ao público. Parentes e familiares das vítimas estavam chorando muito. Todos se sentiram emocionados com a homenagem que o diretor planejou. Era Britt agora que subia ao palco. Ela recebeu alguns não, mas vários olhares malvados contra si. Apesar de ser uma vítima, algumas pessoas acreditavam que ela era culpada de isso tudo ter acontecido. Ela era a culpada por libertar a loucura de Isaac.

“Eu sinto muito” Ela proferiu aquelas palavras para ninguém especial. Ela disse aquelas palavras para o público. Fechou os olhos e deixou que se banhasse de lagrimas. Ela procurou os olhos de proteção, e os recebeu de braços abertos. Ela abriu a boca para dizer tantas coisas que estavam engasgada em sua garganta, mas não conseguiu. Apenas esboçou um belo sorriso, quando um vulto entrou pelo local. Todos olharam na direção que ela olhava. A loira não se importou com nada. Correu na direção da pessoa e pulou em seu colo.

Colou sua boca na dele, e depois de muito tempo sem sentir o gosto da boca dele. Ela se sentiu completa e de volta com 16 anos quando ela o conheceu. Beijou tanto os lábios dele que tinha se esquecido de todos ao seu redor. Ele segurou no rosto dela e fez com que ela olhasse em seus olhos.

“Eu te amo” Ele disse aquelas palavras que derreteram por completo o coração da loira. Ela o abraçou fortemente. Todos ao redor deles, admiravam a cena e tinham orgulho ao olhar para aquele garoto.

Lydia subiu ao palco e recebeu a atenção de todos.

“De tantas mortes. Acredito que a minha foi a pior” Ela engoliu em seco e continuo olhando para o papel que tinha trazido consigo “ Nesse dia uma parte de mim morreu. Uma parte que até hoje, não consegui encontrar algo para me concertar. Eu estou quebrada por dentro. Mas eu não vivo no passado, muito pelo contrário, eu vivo pelo futuro. E pelo meu presente” Ela largou o papel e olhou para cada pessoa.

“Eu sinto a dor de vocês” Ela fechou os olhos com força e deixou as lagrimas escorreram “ Nós fechamos para o mundo, para quê? Para sofrer em silencio. Olha o que isso nos levou” As pessoas começaram a se olhar uma para as outras. Lydia olhou para o Theo “ Você não foi o único a tentar se matar. Aposto que todos que estavam lá, pensaram nessa possibilidade. Para se livrar da dor, eu faria qualquer coisa. Toda vez que eu fecho meus olhos, sinto e vejo o que aqueles monstros fizeram no meu corpo. Muitos de vocês têm marcas na alma e coração. Eu tenho pelo corpo”

Lydia pegou o microfone e começou a andar pelo palco, nenhum professor ou o diretor novo resolveu impedir ela.

“ Ninguém foi tão corajoso quando Franky. Eu sei ele causou o bendito vírus, mas foi ele que nos salvou da mente doentia de Isaac. E para que? Para ser massacrado por tiros de policias por acreditarem que ele era o líder dos terroristas. Caramba, a foto dele deveria ser espalhada pela escola inteira. Deveriam fazer uma estátua dele. Porque no futuro, quando alguém perguntasse quem foi ele, alguém respondesse com orgulho. ‘ Um herói’ Porque isso ele foi. Um herói”

Lydia limpou as lagrimas e olhou para o casal abraçado em sua frente. Seu coração se apertou mais ainda. No dia do seu aniversário, um ano atrás as palavras de Stiles ainda ecoavam em sua mente. E desde então ela deu espaço a relação deles. Mas isso não significava que eles pararam de se comer pelos olhos.

“ E Stiles.” Ela disse apontando para o garoto a sua frente “ Obrigada por salvar a minha vida, a vida de Britt e de todos a sua volta.”

“Foi um dos melhores discursos feito até agora” A repórter disse limpando o rosto devido as lagrimas que escorriam de seus olhos. Não era farsa, era real. Até o câmera-man chorava.  Depois de recuperar o folego a repórter descreveu o que aconteceu.

“Eles ouviram um estrondo. Um tiro de uma arma. As garotas tinham fechado os olhos, pensando que o som proferido foi da arma de Isaac, mas estavam enganadas. Quando abriram os olhos viram Stiles ainda vivo. Era o corpo de Isaac ao chão. O capanga que tinha entrado no início, que ninguém deu bola, era Franky o garoto esquisitão. Ele tinha matado Isaac. Testemunhas disseram que ele disse algo sobre ‘ Ele não seguiu o plano, era apenas uma brincadeira e nada tão sério’. Como dizem, a autoridade chega sempre na hora errada. Quando chegaram deduziram que Franky era o responsável, por ter uma garota violentada sexualmente, várias pessoas mortas e milhares assustadas. Ele tinha uma arma na mão. Ele nem viu, quando foi atingido por várias balas. Fazendo com que seu corpo caísse no chão como um banque e morrendo. Ele caiu perto da mesa onde Theo estava. Ele caiu no campo de visão de Malia. Ele caiu quando Lydia perdeu a consciência. Ele caiu quando Stiles abraçava Britt e a consolava. Ele caiu.”

-**-

A vida não é do jeito que você planeja. O futuro muda constantemente. A cada segundo, você faz uma escolha que vai mudar sua vida para sempre. Ninguém tem uma vida de conto de fadas. Aquele não foi o fim da história de nossos personagens. Mas seria um novo começo. Uma nova vida.

Theo: conseguiu libertar de seu trauma e viver a vida normalmente. Estava se relacionando recentemente com uma nova garota que conheceu na rua.

Malia e Scott: Estavam construindo uma família. Feliz e segura. Ela esperando gêmeos do moreno, que estava muito feliz e pensando como pediria a garota em casamento

Britt: Terminou seu namoro e se mudou para o exterior. Onde era exemplo de várias mulheres, a serem poderosas sem precisar de nenhum homem.

Stiles: virou professor. Dava aulas para crianças no colégio Beacon Hills.

Lydia: Tinha uma vida bela, vivia com o homem de seus sonhos, era casada com seu “irmão”. Ela virou escritora, e seu livro “Prazeres” estava em primeiro lugar dos mais vendidos essa semana.


Notas Finais


Obrigado a cada comentário.
Obrigado a todos que acompanharam essa fic.
Espero que tenham gostado.
E o OTP ficou junto, para alegria de vocês 
Vejo vocês num futuro próximo, com alguns Bônus dessa fic


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