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História Preciosa Liberdade - Provocações.


Escrita por: coldweather

Capítulo 18 - Provocações.


Fanfic / Fanfiction Preciosa Liberdade - Provocações.

Jeongguk mal podia esperar o domingo chegar, e, quando chegou, ele se propôs a apreciá-lo ao máximo. Havia uma calmaria em todos os cômodos do apartamento, ao contrário do que acontecia no pátio do condomínio.

As crianças gargalhavam à vontade ao se divertirem nos brinquedos coloridos do parquinho e nadavam na piscina, fazendo uma competição acirrada de quem alcançava o outro lado mais rápido. Parecia divertido.

Os adultos ocupavam a área de festas. O cheiro de comida de primeira alcançava os andares mais altos, e, claro, como o esperado, havia muito álcool. Era surpreendentemente fácil captar aquela alegria forçada que o álcool proporcionava.

— Não é engraçado como não somos mais crianças, mas também não somos adultos? — Jeongguk perguntou com o ar sonhador.

Eles estavam sentados lado a lado na varanda, os olhos atentos em cada detalhe que acontecia lá embaixo. Já que os vizinhos observavam os garotos, eles achavam justo retribuir os olhares.

O sol se esforçava muito para lutar contra as nuvens grossas, mas estava perdendo a batalha.

Jimin franziu o cenho, observando os insistentes raios, antes de o sol ser engolido novamente.

Ele assentiu e cruzou os braços sobre o peito, observando os adultos que se divertiam.

— Você tem razão — Jimin responde.

Jeongguk cruzou as pernas sobre a cadeira, mas já estava se sentindo desconfortável. Estava há horas na mesma posição, apenas observando a movimentação. Ele coçou a nuca, pensativo e disse:

— Ainda não consigo me imaginar sentado com eles para bater um papo como se estivesse realmente interessado nos assuntos.

Mesmo que tivesse dezoito anos, Jeongguk definitivamente não se sentia um adulto.

— Eu sei. Entendo isso. Falam sobre dinheiro, falta de tempo, reclamam do relacionamento. Vivem numa disputa infinita.

— Eles são um enigma. — Jeongguk respondeu. — A gente escuta cada besteira.

Jimin assentiu.

Como se refletisse sobre as próprias palavras, Jeongguk disse:

— Pior que, como somos "pequenos adultos", talvez a gente fale besteiras também. Talvez a gente nem perceba.

— Não! — Jimin riu, um pouco indignado, os olhos se fechando graciosamente. — Eu acho que não. Quer dizer, tudo o que sai dessa sua boquinha bonita sempre me interessa.

Jeongguk prendeu o sorriso e desistiu da varanda. Quando se jogou no sofá confortável, quase escutou os músculos lhe agradecendo. Fechou os olhos e a respiração se tranquilizou.

Jimin pensou que o garoto tivesse pegado no sono em poucos segundos, mas não demorou muito para que as pálpebras tremessem devagar quando o vento forte invadiu a sala com uma euforia quase invernal.

Era um aviso; o inverno estava chegando.

Não demoraria para que as crianças saíssem da piscina e os adultos finalizariam a reunião, e o condomínio cairia em silêncio.

As noites dos domingos seguiam uma rotina previsível. Mas ainda assim, continuava sendo o melhor dia para Jeongguk e Jimin.

Jimin permaneceu na varanda durante alguns minutos, depois entrou e sentou-se na beirada do sofá, as palmas bem abertas deslizaram-se no assento. Sentia o calor do corpo alheio bem próximo do seu e gostava muito da sensação.

Ficou observando o rosto de Jeongguk, o jeito como o garoto estava com as mãos posicionadas sobre o abdômen. O peito subindo e descendo devagar. Poderia ficar observando-o durante o dia inteiro. Mordiscou o lábio e só então conseguiu triturar o silêncio.

— Jeongguk — começou, meio incerto. Ainda ouviam os gritos animados e risadas das crianças. — Como é o seu trabalho?

Jeongguk interrompeu a respiração.

A pergunta havia sido muito repentina.

Jeongguk não detalhava sobre a boate, tinha receio de que Jimin fizesse perguntas demais e, na hora de responder, se complicasse. Mentir para Jimin era sempre uma tortura.

Acontecia que, diariamente, se chicoteava mentalmente por continuar ocultando tudo o que era, de fato, muito importante. Ele criava mil cenários diferentes em que finalmente confessava ser um dançarino que as pessoas desejavam. O mais esperado da noite. O dançarino responsável por fazer uma casa noturna lotar.

Então, permanecer em silêncio parecia ser a solução mais rápida e aceitável, embora não fosse fácil.

Ele se sentia um grande babaca traidor.

Mas Jimin, às vezes, era curioso. Gostava de entender o que estava acontecendo ao seu redor, e Jeongguk nunca revelara o que fazia naquele ambiente considerado adulto demais.

Se o silêncio se prolongasse, provavelmente seria muito suspeito, então Jeongguk se remexeu desconfortavelmente sobre o sofá, o cenho se franziu de leve. Deixou o tom da voz o mais natural possível ao responder:

— Sirvo bebidas.

— Sim, isso eu sei.

— Então, é isso — concluiu.

Jeongguk desejou ficar invisível, até mesmo interrompeu a respiração.

Talvez, se fingisse estar caindo no sono, Jimin ficaria em silêncio.

— Só isso? Mesmo? — A voz de Jimin soou diferente.

Jeongguk engoliu em seco e continuou com os olhos fechados. Assim parecia bem mais fácil lidar com o assunto.

— É. Agora conheço várias marcas de vodca, cerveja e afins. — Ele fez uma careta. — Bebidas de adulto.

Poderia dizer que também detestava o cheiro forte e de como poucos goles eram o suficiente para deixar pessoas descontroladas. Era estranho.

Poderia dizer que detestava aquele lugar, as pessoas se esfregando umas nas outras o tempo todo, como se precisassem disso para que a noite se tornasse completa.

Eram almas perdidas que buscavam alguma forma de conforto e companhia? Jeongguk não entendia como conseguiam fazer isso.

Não fazia sentido.

As pessoas eram loucas.

E Kwan era o mais louco de todos, com certeza.

Ao pensar no gerente, um calafrio correu em seu corpo inteiro.

— Você nunca experimentou nada lá? É só, sabe, curiosidade.

— Álcool não é pra mim — riu de canto. — E o seu trabalho? Está tudo bem por lá?

— Parece que serei o destaque do mês de novo. Acho que isso responde a sua pergunta.

Os olhos de Jeongguk abriram.

Ele achou engraçado o jeito como Jimin fingiu ser a pessoa mais convencida do mundo. Não combinava com ele, Park Jimin era a humildade em pessoa.

— Você é o melhor! — Jeongguk mexeu os pés sobre o estofado.

— O que posso fazer se as pessoas gostam de mim? — Ele piscou. — E você? As pessoas estão mesmo te tratando bem? Porque depois daquele cara machucando as suas bochechas...

Jeongguk assentiu enquanto a mentira tomava um espaço maior.

A sensação era tão ruim que sentia vontade de abraçar Jimin com força e pedir desculpas por todos os erros cometidos, e por continuar omitindo a história inteira.

De qualquer forma, também desejava poupá-lo do estresse que teria que enfrentar caso mencionasse o quão Kwan era asqueroso.

O garoto queria afastar os problemas. Todos eles.

— Ei, espera! Acabei de ter uma ideia! — Jeongguk disse, empolgado. Levantou-se do sofá e tirou a camisa de repente, a pele branca sendo exposta. Jimin avistou as pintinhas quase discretas. — Sei que está um pouco frio agora, mas depois só vai piorar... Ainda não usamos a piscina!

— Agora é uma boa hora?

— Claro!

— Agora? Mesmo? — perguntou Jimin, só para garantir.

— Será impossível no inverno! Vamos! Deve ser muito bom estar na água sem ser no chuveiro. Talvez, se tentarmos mergulhar, vamos conseguir afogar os problemas.

— E ainda temos algum problema?

Jeongguk não respondeu, apenas arrumou a bermuda em seu corpo e foi ao quarto para pegar uma toalha.

Jimin nunca conseguiria negar nada ao seu namorado.

Observou aquela animação repentina quando Jeongguk voltou do cômodo, com a toalha azul pendurada no ombro. Estava dominado pela vontade de conhecer a sensação de estar na água. Como diria não? Jimin também estava muito curioso.

Parecia um absurdo que adultos nunca tivessem entrado numa piscina antes. Se contasse para as pessoas, elas nunca acreditariam.

Já no elevador, Jeongguk se deu conta de que estava ansioso como uma criança prestes a fazer algo pela primeira vez na vida.

Quando chegaram ao térreo, guardaram a toalha no espaço reservado localizado ao lado da área da piscina, e Jeongguk não conseguia disfarçar um sorriso apreensivo, mesmo sentindo o vento gelado em sua pele.

Antes de entrarem naquela água tão cristalina e convidativa, molharam os corpos no grande chuveiro disponível, obedecendo a uma das regras do condomínio. Sentiram mais frio, mas não o suficiente para impedi-los de desfrutar de algo que parecia ser tão bom.

Mesmo receoso, Jeongguk pulou na piscina. A água era tudo o que ele podia ver quando abriu os olhos, e prendendo a respiração, o corpo se tornou leve.

A sensação era tão gostosa e engraçada.

Sentia os pés encostarem-se no fundo, e agitou os braços livremente. Escutou o som de algo caindo na água. Jimin surgiu ao seu lado, completamente molhado e com uma vontade de gargalhar por conta daquela situação tão inédita.

Olharam um para o outro, com muito frio, mas felizes.

E gargalharam.

Ao se acostumarem com a sensação, arriscaram-se em mergulhar, e Jeongguk riu da forma como Jimin parecia meio descoordenado fazendo aquilo. Ele também não era nada bom, precisava praticar muito mais, mas estar na água era extraordinário.

Os minutos de pura diversão acabaram se tornando horas.

— A gente precisa fazer isso mais vezes — Jimin sugeriu quando eles estavam sentados na beira da piscina, os pés brincando na água.

Uma criança com duas boias no braço aproximou-se da piscina infantil, mergulhou as minúsculas mãos na água e jogou para cima, feliz. Ao seu lado, a mãe observava a cena com carinho. Mas não demorou muito para que ela desistisse de continuar com o filho ali, pois o garoto começou a bater o queixo de frio.

Jeongguk achou a cena engraçadinha, a mãe embrulhando o filho com uma toalha do Stitch com capuz.

— Eu falei sobre a temperatura, meu filho, mas você é teimoso, viu? — A mãe reclamou.

Ela olhou para os garotos com um sorriso contido e os dois se foram. O garotinho, ainda com as duas boias nos braços, tentava acompanhar os passos rápidos da mãe.

— E pensar que já fomos desse tamanho. — Jimin ri, e só parou de olhar para o garoto quando ele entra em um dos prédios.

— Bom, você continua pequeno. — Jeongguk não perdeu a oportunidade de provocá-lo.

Jimin, surpreso com a alfinetada, deu uma leve cotovelada nas costelas de Jeongguk, que não conseguiu segurar a risada.

— A gente tem o quê? Uns 5 centímetros de diferença? — Jimin rolou os olhos, apoiando as mãos atrás do corpo, os pés agitaram-se na água. — Ok, poste! Está mais frio aí em cima?

Jeongguk, ainda rindo, levou o dedo indicador até a bochecha do namorado, fazendo cócegas. Ouviu os murmúrios de defesa de Jimin, ele deu de ombros. Jeongguk era mais alto, era um fato.

— Espera só quando o tempo estiver quente. Vamos viver aqui! — disse Jeongguk.

— Eu poderia passar o resto da minha vida na piscina tranquilamente. Agora só falta a gente estrear a academia.

— Você não precisa de academia, Jimin!

— Acha que não? — olhou para o outro com uma expressão engraçada. — Você não vai querer tirar o olho do meu corpo quando eu ficar cada vez mais malhado!

— Eu gosto do seu corpo do jeito que ele é. Não mudaria nada! — Ele falou com sinceridade. — E se você perder o controle e ficar como aqueles homens enormes cheios de músculos? — franziu o nariz ao imaginar a cena.

— Então, não quer que eu fique como aqueles homens enormes cheios de músculos? — imitou a voz do namorado com uma pitada de indignação.

Jeongguk soltou um riso fraco, molhou a mão e jogou gotículas de água na direção do namorado.

— Já disse, seu corpo é perfeito do jeito que é. — Ele confessou com a voz baixa. — Não quero que você fique se achando, mas você tem as coxas mais incríveis do mundo inteiro.

Jimin se surpreendeu, risonho.

— Não sabia que você ficava olhando para as minhas coxas... isso é muito interessante... — respondeu, movendo os pés de um lado para o outro, o sorriso frouxo nos lábios.

— E quer saber mais? Não olho só as coxas — riu, encostando a cabeça no ombro de Jimin. — Tem muitas coisas em você que chamam a minha atenção.

— Jeongguk! — Jimin pareceu envergonhado de repente.

— Estou só falando a verdade!

Jimin simplesmente pulou de volta na água, puxando a perna de Jeongguk até que ele também caísse na piscina.

Quando eles tentaram mergulhar outra vez, encostaram os lábios debaixo da água, e não se importaram se os vizinhos estavam observando a cena. Talvez estivessem, talvez não, realmente não faria diferença; o relacionamento deles era oficial.

Jeongguk não pensou na Luminus.

Não pensou em Kwan.

Apenas voltou a beijar Jimin debaixo d'água.

-

Eles já estavam no apartamento quando a chuva despencou.

A cozinha estava sendo ocupada por eles.

Jimin pegou todos os ingredientes necessários para preparar um bolo de chocolate. Mais cedo, meio sem pensar, Jeongguk disse que estava com muita vontade de comer um bolo.

O dançarino não queria se preocupar com as calorias, pelo menos não naquele domingo. Já estava privando-se de comer gostosuras durante tempo demais. Não queria saber do corpo perfeito que deveria manter, e muito menos das incontáveis ordens patéticas de Kwan.

Tudo o que desejava era aproveitar aquele momento tão privilegiado com o namorado.

— Certo — Jimin disse, esfregando uma mão na outra. — A primeira coisa que devemos fazer, é misturar os ovos, manteiga, farinha de trigo, o chocolate em pó, açúcar e leite no liquidificador e bater.

— Sim, chefe! — brincou Jeongguk.

Quando o liquidificador recém-comprado foi ligado, o som alto fez com que Jeongguk sentisse vontade de rir.

— Depois de misturarmos tudo, precisamos colocar o fermento porque se não, o bolo não vai crescer. Não precisa colocar muito, eu acho, porque aí pode ser que fique uma tragédia, né? E aí, vamos misturá-lo à massa com uma espátula.

Quem mexeu a massa foi Jeongguk, que ainda soltava uns risinhos enquanto encarava o outro, se sentindo muito útil na cozinha pela primeira vez em sua vida.

— Nem está pronto e já está com um cheiro ótimo — disse enquanto observava a massa.

— É claro! É de chocolate e somos nós que estamos fazendo. Vai ficar uma delícia. — Jimin fingiu-se de convencido outra vez, arrancando uma risada do outro.

— Confio nos seus dotes culinários.

— Espero que o bolo fique melhor do que qualquer um que já comemos no orfanato.

— É óbvio que vai ficar melhor! — respondeu Jeongguk.

— É a primeira vez que estamos fazendo, como você pode saber? — O outro perguntou enquanto Jeongguk pegou resquícios da massa com a ponta do dedo indicador.

Jimin enchia a forma já untada e enfarinhada.

— Porque está sendo feito com amor.

A resposta arrancou um sorriso de Jimin. Era verdade, Jeongguk tinha razão. Havia dedicação, muita concentração envolvida e amor.

Minutos depois, Jimin bateu palmas, chamando a atenção do outro.

— Agora, a gente só precisa prestar atenção no forno.

Jeongguk assentiu, observando os movimentos do namorado.

— Não temos aquelas luvas para pegar a forma depois que o bolo estiver pronto. — Ele observou.

— Mas finalmente compramos panos de prato — respondeu Jimin —, dá pra quebrar um galho.

Após colocar o bolo no forno com o máximo de cuidado possível, Jeongguk conferiu a temperatura do forno novamente.

— Agora, só temos que esperar — comentou Jeongguk.

Jimin se afastou do fogão e abriu a geladeira para confirmar se tinha suco.

— Por enquanto, a operação é um sucesso! — pronunciou Jeongguk, e depois colocou o dedo indicador no copo do liquidificador com resquícios de massa de chocolate e levou-o até os lábios novamente.

Qualquer mínima ação de Jeongguk deixava Jimin fascinado.

— E o que a gente vai fazer enquanto esperamos o bolo assar? — A pergunta veio quando Jimin se aproximou do garoto.

Jeongguk, com as sobrancelhas arqueadas, apoiou as duas mãos sobre a bancada e impulsionou o corpo para cima, sentando-se sobre o balcão. Todos os movimentos foram observados pelo namorado, que, imediatamente, colocou-se no espaço entre as pernas de Jeongguk.

As mãos pesaram sobre a coxa de Jeongguk e, quando os olhos se conectaram, um sorrisinho sugestivo pintou nos lábios dos dois como se pensassem na mesma coisa.

Jeongguk inclinou o rosto levemente para baixo, capturando os lábios do namorado com uma intensidade que surpreendeu o outro, que riu entre o beijo, levando as mãos até a nuca do garoto. O movimento meio que deixava explícito que ele não desejava que o garoto fugisse — não era como se Jeongguk tivesse mesmo planos de fugir dali —, mas a maneira como sustentou o rosto com firmeza, os dedos curtos embrenhando-se nos cabelos pretos, fez Jeongguk soltar um suspiro satisfeito.

Parecia que Jimin segurava algo precioso demais.

Como se, finalmente, tivesse ganhado o presente que mais desejou na vida.

Quando abriu os olhos, fascinado pela forma como Jeongguk o deixava, percebeu que o garoto também o olhava.

Um friozinho agradável preencheu seu estômago, junto da felicidade e alívio ao ter a certeza de que teria o garoto pelo resto da noite.

Claro que domingo se tornaria o dia preferido deles. Não precisavam se preocupar com nada, apenas se permitiam curtir a companhia um do outro.

Jeongguk mordeu o lábio inferior de Jimin devagar, apenas para provocá-lo, e os dedos de Jimin apertaram as coxas do garoto por puro reflexo.

É quando eles se perdem no tempo a cada beijo, cada sussurro e suspiro. Os minutos correram na velocidade da luz. As pernas de Jeongguk estavam entrelaçadas para que o corpo de Jimin se encaixasse impecavelmente. E, seus lábios já estavam meio vermelhos quando Jimin se sobressaltou, os músculos se retesaram e seus olhos se arregalaram de leve.

— O bolo! — exclamou.

Jeongguk separou as pernas e livrou o garoto, que correu apressadamente em direção ao fogão. Ainda sentado sobre o balcão, Jeongguk assistiu de camarote o jeito como Jimin deixava os lábios entreabertos quando estava preocupado, o jeito como o bíceps se contraiu quando, habilidosamente, tirou a forma do bolo e a colocou sobre uma das bocas do fogão.

— Tostou? — O garoto perguntou.

— Só formou uma casquinha crocante. — Ele soltou um suspiro aliviado. — Eu ficaria chateado se o nosso primeiro bolo fosse arruinado. — Olhou para Jeongguk, censurando-o com o olhar. — A culpa é sua por ficar me distraindo.

Jeongguk riu ruidosamente, jogando a cabeça para trás e desceu num impulso. O cheiro do bolo assado era bom, e fazia o favor de envolver o apartamento inteiro. Ele caminhou em direção a Jimin, que deixava o pano de prato no suporte. Quando o cozinheiro se virou, o corpo de Jeongguk se colou no dele. Com os lábios próximos demais, Jeongguk sussurrou com os olhos cravados nos do namorado:

— Vamos ter que esperar o bolo esfriar, né?

Jimin não foi capaz de frear um sorriso e voltou a beijá-lo.

 


Notas Finais


Bem, eu sei que não consegui responder todos os comentários do capítulo anterior, mas podem ter certeza absoluta de que responderei ao longo dessa semana, combinado? Aconteceram alguns contratempos e tudo mais...

Enfim, vejo vocês no próximo <3


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