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História Preguiça - Capítulo Único


Escrita por: Kimochi

Notas do Autor


Enjoy ~

Capítulo 1 - Capítulo Único


[Uruha's POV]

É sábado.

Não estamos em turnê, portando é dia de folga.

Abri os olhos lentamente. Estava claro, mas não estava sol. 

Chovia. 

Forte.

Levantei levemente a cabeça para constatar que o tempo estava fechado e a chuva batia na minha janela, deixando pingos no vidro da mesma.

Me remexi preguiçoso entre os lençóis, abraçando o travesseiro a meu lado.

Eu não quero levantar.

Não hoje.

Me virei de bruço e enterrei minha cabeça no travesseiro, pegando no sono novamente.

Acordei com o toque de meu celular ao fundo, ficando cada vez mais alto.

Provavelmente era Akira.

Tínhamos combinado que iríamos fazer uma rodada do competições hoje. Todos viriam aqui, encheríamos a cara e eu e Akira ficaríamos vidrados nas imagens controladas por nós que se reproduzia na TV a nossa frente.

Entraríamos numa competição acirrada e não permitiríamos que ninguém mais jogasse.

Revanche atrás de revanche.

Takanori, Yuu e Yutaka ficariam jogando conversa fora e rindo dos nossos ataques em certos momentos.

Exatamente como fazíamos em alguns fins de semana.

Ignorei o toque insistente do meu celular e fiquei ali parado, jogado na cama.

Sem me mover um centímetro.

O toque voltou a atingir meus ouvidos insistentemente. Ergui o braço para pegar o pequeno aparelho em minha cabeceira, somente para desligar o som e checar o horário.

Meio dia e vinte e seis.

Relaxei o braço, sentindo tocar o chão.

E mais alguns minutos foram o suficiente para que o sono me tomasse novamente.

Dei um pulo ao ser acordado brutalmente com a campainha escandalosa de meu apartamento.

- Ca#@!#$! – chinguei, puto com quem fosse que ousasse me incomodar num dia como aquele.

Continuei ali, esperançoso que o desgraçado tivesse ido embora. Decepcionado quando o toque da campainha voltou a invadir o apartamento.

Amaldiçoei e me levantei, preguiçoso.

Me arrastei até a porta ouvindo batidas insistentes na porta.

- Takashimaaaaa!!! – chamaram meu nome, uma voz tão conhecida, seguida de risadas também conhecidas.

Akira.

Claro que eles não me deixariam em paz.

Malditos seres dispostos para se levantar e sair de casa num dia como aquele.

Abri a porta os encarando descabelado e com a cara amassada. Lançando um olhar sonolento e nada feliz.

Os vi rindo e dei de ombros seguindo para a cozinha, deixando a porta aberta para que entrassem.

Akira me acompanhou até a cozinha junto a Yutaka.

Carregavam sacolas, algumas com bebidas e outras com comida.

Deixaram as em cima da mesa em minha cozinha.Uke logo abrindo algumas e retirando o conteúdo das mesmas.

Akira não se deu o trabalho.

Me deu tapa no braço e me provocou.

- Acorda bela adormecida! – falou debochado.

O ignorei pegando os objetos necessários para fazer um café.

Eu odiava fazer café.

Simplesmente porque não sabia fazer. Sempre que eu tentava ficava horrível, mas eu seria obrigado, se quisesse acordar.

- Eu faço. – senti uma mão quente tocar meus quadris por trás.

Achei que fosse Yutaka, mas a voz não pertencia ao moreno.

Além de que ainda podia ouvir o barulho das sacolas atrás de mim.

Me virei levemente para poder ver o sorriso radiante de Yuu.

Meneei a cabeça em aprovação e deixei que o mais velho tomasse meu lugar.

Anunciei que iria tomar um banho, seguindo para o banheiro.

No caminho pude ver Akira e Takanori entretidos em meio a meus CD’s procurando algo que os agradasse.

Chegando no banheiro joguei minha calça moletom junto a regata branca em qualquer canto do cômodo e entrei no chuveiro ainda gelado.

Aos poucos a água esquentava, me permitindo relaxar.

Aproveitei o momento sozinho, para fechar os olhos ainda pesados e sentir cada gota escorrer pelo meu corpo nu, num aconchego quente.

Levei a mão com o shampoo em direção a meus cabelos esfregando suavemente o liquido nos fios loiros.

Logo formando uma espuma.

Voltei a afundar minha cabeça na água que corria forte.

Me ensaboei pacientemente, enxagüei e decidi sair.

Passei a toalha em meus cabelos com a intenção de secá-los o máximo possível, em seguida enrolei a em volta de meu quadril.

Segui para meu quarto, não notando a presença de nenhum ser naquele recinto.

Esquecendo a porta aberta.

Como de costume.

Morava sozinho há alguns anos, não estava mais acostumado com gente pela casa.

Enquanto procurava pela roupa que usaria, fui abordado por uma voz suave vinda de trás.

- Quer ajuda? – soou malicioso.

Me assustei com a voz invadindo o silêncio do recinto e me virei para achar novamente Yuu.

Segui com os olhos os movimentos do moreno que agora fechava a porta atrás de si.

A trancando.

- Yuu...? – o chamei em confusão.

O moreno tinha um sorriso malicioso dançando em seus lábios.

Eu nunca o havia visto daquela maneira.

- Você quer me tirar do sério hoje, né, Kouyou? – falou manso, mas ameaçador.

- O que eu fiz? – perguntei buscando por respostas.

Mas ela não veio verbalmente

Foram tantas vezes que me insinuei para o moreno sem obter sucesso.

Mas hoje, definitivamente não estava nem pensando naquilo.

Ponderei arduamente o que poderia ter feito, mesmo sem intenção, para "provocar" ele.

Talvez o fato de eu sair do banheiro semi nu.

Ou ter deixado a porta aberta. 

É talvez eu tivesse mesmo sendo convidativo. Mesmo que inconscientemente.

Admito que muitas vezes eu fazia de propósito. O moreno é lindo e sempre o desejei em minha cama.

Então sempre que tinha uma oportunidade tentava seduzi-lo. Mas hoje eu estava com preguiça até de respirar.

Imagina então seduzir alguém.

Muito empenho.

Engraçado que nas minhas mais árduas tentativas, nunca havia conseguido arrancar aquele olhar de puro desejo do moreno. Já pensava que ele não me correspondia. O que diabos havia feito para conseguir sua atenção, bem hoje?

O observei caminhar em minha direção vagarosamente como um leão atrás de sua presa.

Tocou meu rosto delicadamente, guiando meus lábios entreabertos para os seus, tão carnudos, tão deliciosamente sensuais.

Mordeu meu lábio inferior me arrancando um suspiro.

Colou seus lábios malditamente pecaminosos nos meus, tão curiosos.

Cedi para que pudesse aprofundar o beijo, sendo prontamente atendido. Sua língua percorreu pela minha, como uma criança curiosa.

Explorava cada pedaço de minha boca. Deliciosamente.

Seu gosto me invadia. Um gosto peculiar.

Único.

Simplesmente viciante.

Meu corpo já respondia a excitação e corei violentamente, quando notei nossos corpos próximos demais no tocar de minha ereção no corpo a minha frente.

Yuu interrompeu o beijo e procurou com os olhos o que tocava seu baixo ventre, sorrindo quando encontrou o culpado.

Eu estava praticamente nu. Só uma toalha escondendo meu sexo. Escondendo muito mal, por sinal.

- Não é justo... – resmunguei envergonhado.

Em um rápido movimento o mais velho puxou minha mão em direção a seu baixo ventre, me fazendo sentir sua ereção já bem formada.

- Estamos quites? – zombou, debochado.

- Não! – respondi seco, o empurrando contra a cama o fazendo cair sobre a mesma.

Não pedi permissão, arrancando suas roupas despudoradamente.

O deixando pelado, numa visão perfeita de seu corpo delineado.

- Agora sim. – disse satisfeito.

O moreno me puxou com suas pernas me fazendo cair sobre si.

Claramente eu já havia perdido minha toalha em meio aos movimentos bruscos.

Envolveu-me em seus braços, rodando, invertendo as posições.

Atacou meus lábios, faminto.

Sua mão correu pelo meu corpo alcançando minha ereção. A envolveu firme iniciando um estímulo lento.

Estava confuso, ainda tentando entender como chegamos naquilo, mas a lembrança de que o resto da banda se encontrava na sala me fez gelar.

- YUU!! – gritei um pouco mais alto do que esperava. - O que estamos fazendo??? Os outros estão na sala!!! – sussurrei desesperado, recebendo uma risada em retorno.

- Não é engraçado! – falei falsamente bravo.

- Você quer parar? – disse provocante, intensificando o estimulo, arrancando outro gemido de meus lábios.

Por Deus, era óbvio que eu não queria, mas não tardaria para que os outros sentissem nossa falta.

- Parece que não... – constatou na ausência da minha resposta.

Agarrei seus fios negros e joguei minha cabeça para trás me entregando ao estímulo que se intensificava em meu baixo ventre.

- Yuu... – soltei um gemido estrangulado pela minha garganta.

O moreno entendeu o recado e aumentou ainda mais a velocidade de sua mão em meu membro.

Junto com um languido gemido veio meu liquido viscoso, lambuzando meu abdômen.

Meu corpo se contraía por completo, sendo invadido pela sensação do orgasmo.

O mais velho abandonou meu membro satisfeito, levando a mão em direção a sua boca, provando do meu gosto.

E só aquele gesto já fazia percorrer pelo meu corpo uma nova onda de excitação.

Levou os dedos que antes estavam em sua boca, para o meio de minhas pernas, em direção a minha entrada, circulando provocantemente a mesma.

Fechei os olhos relaxando meu corpo para a invasão.

Senti seus dedos entrarem sorrateiramente dentro de mim.

E não segurei um gemido de dor.

- Tudo bem? –  sua voz soou preocupada.

Assenti ainda com os olhos fechados. Sentindo seus dedos começarem a se movimentar.

Após alguns minutos já havia me acostumado com o estímulo e pedia por mais. Mais um dedo se juntou aos já presentes, mas ainda era pouco.

Queria mais.

Queria ele dentro de mim.

- Yuu... me fode. –  mandei.

Não hesitou, me penetrando rapidamente e com força.

Parou soltando um gemido languido, somente quando se afundou completamente dentro de mim.

A sensação dele me rasgando veio junto com  um prazer intenso ao senti-lo dentro de mim.

Não tardou a iniciar leves investidas, logo seguindo um ritmo frenético.

Os gemidos preenchiam meu quarto numa música erótica. Minhas pernas circulavam o moreno, o apertando, como se pudesse trazê-lo mais fundo.

- Yuu... mais fundo! – praticamente implorei e em resposta o moreno puxou minhas pernas colocando-as em seus ombros, dando total acesso a minha entrada que já era invadida há algum tempo.

Quando deu a primeira investida naquela posição, minhas costas arquearam e uma sensação de puro êxtase me invadiu.

Nem preciso dizer que gemi como uma puta,  esquecendo completamente que existiam mais três seres na sala, arrancando um sorriso delicioso do moreno.

Ele achou minha próstata.

Nossos corpos continuaram a se chocar por mais algum tempo, podia ver a camada fina de suor que cobria o corpo tão bem delineado do moreno.

Eu não estava muito diferente, apesar de fazer menor esforço, aquele turbilhão de sensações exigiam o suficiente de mim para não me colocar muito atrás dele.

Fiquei quase zonzo quando um prazer descomunal me atingiu, indicando nada mais que meu segundo orgasmo.

Aparentemente o gemido quase desumano que soltei, atingiu o moreno de alguma forma, que mordeu o lábio e se desfez em mim com mais algumas estocadas.

Senti seu liquido seminal me preencher e o moreno desabar sobre mim.

Ficamos assim por algum tempo, enquanto tentávamos ritmar nossas respirações.

Quando senti meu corpo menos necessitado de ar, iniciei um carinho leve em suas costas e a vontade de não sair mais daquela cama voltou a me invadir.

Eu juro que tentei jogar a preguiça de lado.

O moreno se ergueu levemente depositando um leve selo em meu ombro e saiu de cima de mim, me fazendo soltar um gemido insatisfeito com o abandono dentro de mim.

O assisti se jogar ao meu lado e entrelaçar sua mão na minha, sorri com o carinho o vendo fazer o mesmo.

Quase pulamos da cama quando batidas ocuparam o silêncio.

Deus! Quase tive um infarto.

Procurei os olhos de Yuu desesperado por uma reação, e o moreno me lançou um olhar igualmente desesperado.

Meu deus! Meus gemidos devem ter nos denunciado.

- Kou!?

A voz definitivamente era de Yutaka, mas essa constatação não ajudava em nada na situação.

- Responde! – Yuu sussurrou numa ordem, ainda com o olhar assustado.

- Oi!?

- Tá tudo bem?

- Sim! Porque? – o moreno me olhou em desaprovação sussurrando um “porque?” e eu me toquei que quanto mais perguntas pior.

Voltei a ouvir a voz de Uke atrás da porta.

- Porque você ta demorando! Achei que tinha voltado a dormir e largado a gente na sala.

Bem a minha cara fazer isso, e agradeci por isso cair como uma luva.

- Bem... então vê se não demora!

- Ok, já to indo! 

Ouvi passos se afastarem ... e voltarem!

- Kou?

- Oi?

- Viu o Yuu?

Gelei.

Achei que tinha passado batido.

- N-não...porque?

- Porque ele sumiu.

Olhei para o menor que me encarava com a mesma expressão nervosa, parece que ia sobrar todas as desculpas pra mim.

Suspirei pesado e voltei a responder.

- Será que ele não foi comprar cigarro?

- Ah, pode ser...mas não vi ele sair... ah daqui a pouco ele aparece.

Voltei a ouvir os passos se afastar, dessa vez suspirando aliviado.

Acho que não nos ouviram afinal.

Comecei a pegar minhas roupas e mandei o moreno fazer o mesmo.

- Vou sair antes e distrair eles, só saia quando ver que dá.

Precavi o moreno e usei a toalha, que agora estava jogada no chão, para secar o suor em mim.

Joguei para o moreno em seguida para que fizesse o mesmo.

Já pronto segui em direção a porta avisando que estava saindo, mas sem antes ser laçado pelos braços do moreno que juntou nossos lábios, depositando um selo, e quando fui finalmente liberto segui meu antigo caminho para fora do quarto.

Alguns minutos depois Yuu apareceu e não pude deixar de notar o olhar que Takanori lançou para o mesmo, como se soubesse.

A resposta de Yuu não podia ser mais delatora quando ele corou violentamente com o olhar despudorado do menor.

A noite se seguiu como pretendida e ao final dela estávamos todos bêbados, com exceção de Yutaka e Yuu.

Todos começaram a fazer menções de ir embora e Yutaka ofereceu carona para Akira e Takanori.

Nos despedimos, e fiquei incomodado com a indiferença do moreno ao me lançar um simples aceno.

A porta se fechou.

Maldito, só queria me comer.

E após alguns minutos encarando a porta indignado resolvi trancá-la, quase dando um pulo quando a porta abriu bruscamente quando cheguei perto da mesma.

- Yuu! O que diabos!?

- Parece que esqueci as chaves do meu carro no seu apartamento e só vou encontrá-la amanhã, pra sua desgraça...

O vi fechar a porta atrás de si, reconhecendo aquele gesto e sorri em desistência.

É, afinal acho que não era só sexo.

FIM.

 

 



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