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História Prisioneiros da força. - Filamento encantador.


Escrita por: lunanebulosa

Notas do Autor


Mais um para alegrar o feriado :)

Logo Ben conhecerá um inimigo pior que Snoke.

Capítulo 29 - Filamento encantador.


Fanfic / Fanfiction Prisioneiros da força. - Filamento encantador.

Nesse momento, eles entram na atmosfera sentindo o solavanco da nave - que não foi dos mais agressivos. Ben apóia o braço na mesa prendendo Rey, para que ela não caísse. E quando tudo entra na normalidade, ele se levanta e a ajuda, puxando-a com força do sofá. Ela fica de pé sobre ele, e seu corpo ganha alguns centímetros a mais emcomparação:

E abraçando-a, ele diz: 

- Não se esqueça do que eu falei. Por favor.

- Não quero pensar em nada, apenas de que estamos juntos agora. - se inclina e o beija o puxando pelo pescoço, passando os braços para suas costas percorrendo as mãos do ombro até a cintura, apertando-a no final. 

- Você gosta de destruir minha muralha, isso me deixa tão...disperso. - sussurra assim como seu olhar sutil, arremessando-a para dentro dos seus semtimentos.

- Cada momento que olho para você, eu vejo uma onda escura...tão imprevisível quanto um relâmpago cortando o céu. 

- Posso garantir a você, que esse relâmpago é totalmente controlado por mim. Apenas a onda é imprevisível, porque ela te consome e arrasta. Te tortura e te afoga nos seus piores pesadelos.

- Tudo isso não é mais poderoso que os raios de uma estrela, que irradia uma luz, na qual é soberana a isso. 

Ele fica sem saber o que dizer e sorri de canto, analisando-a minuciosamente:

- O que está havendo conosco? Não estou me reconhecendo. - brinca encostando os lábios nela e fechando os olhos.

- Me senti bem, não sei, como se eu estivesse em casa. – Rey lança um olhar distante e curioso. 

Ambos correm até a cabine e observam o planeta. Hati olha para os dois procurando algum chupão no pescoço, mas nada. Então ele franze o cenho e diz:

-T á difícil, hein! - diz em voz alta logo sendo esquartejado pelo olhar de Ben. - Bom, chegamos, este é Aquarhin. Olhe lá pela janela mestre! - Ben desvia o olhar aos poucos voltando a observar o planeta, fazendo Hati soltar um ar de alívio.

- Nossa é...lindo...demais. - suspira Rey com dificuldade em falar, quase atravessando o vidro, de tão colada que estava. 

Ben sente um pequeno incomodo e uma ardência nos olhos. Ele os esfrega com as mãos. Se afasta dos dois e apóia-se na parede, ofegante. Engoliu seco, quando sentiu algo muito estranho o envolver; como uma capa grossa e negra de um grande Lord: “Definitivamente tem algo estranho nesse planeta. Ela parece não perceber, mas... eu me senti... temido e imponente.” - sorriu brevemente, logo contendo o desejo abrasador e puro do lado sombrio. 

Ele desperta quando sente as delicadas mãos de Rey tocar-lhes o ombro. E num súbito, ele vira a cabeça bruscamente para trás, fazendo a Jedi saltar de susto:

- Ben, viu alguma coisa?

- Não, fique tranqüila, foi apenas um incomodo. Não sei. - faz um movimento firme com a cabeça tentando se livrar da sensação, e volta à normalidade.

Imediatamente, eles recebem uma chamada de um habitante, que dava ordens para aterrissarem em uma pousada específica logo adiante. Não era permitido pousar em qualquer lugar. Para tudo, existia permissão.

Hati, por sua vez, avista uma área enorme. O lugar era preenchido por chalés de madeira, feitos com muito zelo e capricho. O ambiente emanava paz.

Todos observaram um enorme campo cheio de naves inertes, uma do lado da outra, e escolhendo um espaço próximo, ele aterrissa lentamente.

Ao descerem, eles foram recebidos por um homem e uma mulher uniformizados - Ele com um macacão simples de cor preta e um chapéu circular vermelho; e ela com um uniforme de tecido mole. Parecia uma espécie de kimono, que banhado num tom dourado, cobria sua pele alva até a altura dos joelhos.

  O homem, manifestando-se primeiro, cumprimento-os num sorriso:

- Bem vindos a Aquarhin! O que trazem vocês até o solo Aquarihnano?

Ben dá um passo à frente e rapidamente o saúda:

- Somos viajantes! – fez breve pausa - Ou melhor: exploradores. Viemos aqui pela indicação de um Jhantoniano ancião, chamado Abildren.

- Só recebemos visitantes por indicação feita por clientes, que procuram a paz em nosso planeta. Os que têm uma ficha suja não serão permitidos aqui. – pronunciou -  Sigam-me! Faz parte do procedimento padrão, preciso colher os dados de vocês.

Os receptores dão as costas. Bem lança um olhar de alerta para os seus amigos. Apenas Rey tinha ficha limpa daquele grupo. E antes mesmo que entrassem no local para serem avaliados, Ben faz um sinal para a Jedi, e ela, no mesmo instante decifra seu recado silencioso.  

- Ei! Eu gostaria de tirar uma dúvida. – ela pergunta com a voz doce.

Eles param de andar e prestam atenção em Rey; enquanto isso, ela fazia um gesto com os dedos olhando-os de forma persistente:

- Todos nós viemos em paz! - sita as palavras devagar usando a técnica.

Ben se aproxima, e chamando a atenção do homem, o mesmo o olha:

- Viemos em paz. Arranje-nos aposentos. 

Ambos são influenciados facilmente pela força, Rey e Ben eeram fortes e isso foi muito fácil.

Logo, eles fazem a ficha e são orientados a irem para os quartos, sendo mostrados um por um. Eles passam pelo segundo e os moradores os levam para um terceiro, e percebendo isso, Hati os chama e diz: 

- Precisamos apenas de dois quartos!

- Aqui não é motel, senhor! Cada chalé tem uma única cama. 

Hati retorna, faz uma careta e ergue os ombros, mostrando inconformidade: - E qual a graça disso? Estar num lugar lindo desse, e não poder trepar com minha mulher? 

Ben bate a mão na testa, não tinha reparado que ele estava embriagado. Rey olha para Ben segurando o riso. Felícia abraça seu marido que estava de braços cruzados, e o fitando diz:

- Fica calmo, amor! À noite você dá uma escapada e vai para o meu quarto. 

Ben provoca um certo desconforto na cabeça de Hati, para que ele pudesse se tocar que havia passado dos limites. Rey faz sinal para Felícia para abaixar a bola. E o homem continua impressionado com os maus modos troglodita  de um olho só, e volta o olhar para Rey e Ben:

- Como eu estava dizendo...cada chalé tem uma cama. - neste instante Hati acende um cigarro e o homem o olha com repreensão - É proibido fumar senhor!

Ben arranca o cigarro da boca de Hati e o apaga em sua ombreira, colocando os restos no bolso da calça dele. E logo em seguida lança um olhar enfurecido:

- Me desculpem o transtorno, meu amigo não está batendo muito bem. Perdeu a sogra recentemente. - Ben tenta ser sério mas não agüenta, faz a piada, mas segura o riso.  

Rey, por sua vez, fica irritada. Ela olha para Ben com repreensão, de cima em baixo, fazendo com que ele se sentisse submisso, recebe seu olhar como uma admiração e retorna com um sorriso com o ituito de irrita-la.

Eles mostram o lado de dentro dos quartos, e por fim os deixam a sós. 

Rey dá um grito dirigido para o habitante, e pergunta:

- Ei!  Mais uma coisa. Você pode nos indicar um lugar milenar que serve de exploração?

- Ah sim! Temos vários. Ao sul temos a Luminiuse forest. Ela é habitada há milênios por nativos. No entanto, eles não gostam de visitantes. Mas lá existem muitas cavernas repletas de minerais raros.  – continuou – E por fim, ao leste, temos o castelo, onde vive o nosso majestoso príncipe.

- Eu nunca conheci um castelo. - murmura ela com encanto.

Ben para ao seu lado, e passando o braço em torno dela, diz:

- Obrigado pela informação! - retira um amontoado de dinheiro do bolso da jaqueta e joga para o funcionário, e o outro o agradece.

- Está anoitecendo, vamos sair amanhã de manhã. - diz Felícia

- Então você queria apagar o cigarro no nariz dele Hati? - pergunta Ben com um sorriso preso.

- Cara mais chato. Não é, patrão? Essa pousada deve ser de algum amigo do Luke.

Rey meneia a cabeça, num tom negativo. 

- Não fala assim dele Hati, ele foi meu mestre e eu exijo respeito.

- É, não fale assim dele Hati. Não quero te ouvir mais falar mau de meu tio perto da Rey, ouviu bem? – Responde Ben, impondo-se. 

- Iiiihhh... Já foi domado! 

Ben lança um olhar de reprovação para seu amigo, ignora a fala do mesmo e desliza suas mãos nas costas de Rey. 

Felícia pula nas costas de Hati, já beijando suas bochechas: 

- Amor, vamos dar uma volta pelos arredores. Relaxar um pouco.

Felícia desce e pega na mão de Hati, puxando-o para darem uma volta.  

À noite Aquarihana era sem lua, no entanto, o céu era pintado por estrelas que vagavam pelo centro da galáxia sendo mais luminoso pela localização que o planeta se habituava, o que deixava as noites daquele planeta mais agradáveis e claras aos olhos.

Todos dormiam. Um em cada chalé. Eles respeitavam as leis da pousada para não causar transtornos. As camas eram uma espécie de colchonetes – macias e razoavelmente largas. Os revestimentos eram brancos e estendiam-se pelo chão de madeira maciça. 

Ben dormia sem camisa, apenas usando uma calça comprida e confortável. Repentinamente a janela se abriu com o vento frio da noite, fazendo a cortina sacudir em direção a brisa, devido ao seu tecido leve. Ele dá um pulinho na cama e começa a se remexer. Sua expressão muda. Parecia sentir um desconforto. 

Os pesadelos sempre vinham, mas esse era novo para ele.  

Ele caminhava por um extenso corredor, no qual trazia como adorno um tapete vermelho escarlate. O local era iluminado por tochas. As paredes serviam de moldura para as janelas ovais, que tinham um acabamento perfeito, enriquecido de detalhes.

No fim havia uma porta que se abria lentamente. E logo, surgiu a figura de um homem de costas, com os braços cruzados para trás, trajando uma roupa luxuosa. No mesmo instante, Rey aparece sorridente chamando-o, pegando em seu braço e desfazendo sua postura.

Ben estremece, tenta impedir, mas ao dar o primeiro passo seu pé fica grudado no chão. Apavorado, ele olha para o chão, mas não tinha nada. Estava apenas sem forças para continuar. Ele começa a cair lentamente, até seu corpo ficar completamente no piso. Ele ergue seu olhar para os dois que estavam ali, mas era tarde demais, não estavam mais lá. Ao mesmo tempo, escuta o som do grito de Rey.

Uma figura negra aparece. Mas ele conseguia ver somente a silhueta sem muitos detalhes. Tudo começa a escurecer. Uma multidão de almas surge. Eles vinham de trás daquela presença obscura, e passando por ele, corriam como uma onda mortal em sua direção. Os fantasmas o agarraram seus braços, arrastando-o para longe e num ato desespero, urrou o nome de Rey, para os quatro cantos do lugar.”

Ao mesmo instante, Rey também tinha sonhos. 

“Ela corria por um belo gramado forrado de pequenas flores amarelas – e no meio delas, Dentes de Leão que pairavam pelo cenário. Estava junto a um animalzinho de estimação, que mais parecia um urso de chifres arredondados. O sol estava forte. Ela tapou os seus olhos com as mãos para observar um morro adiante; havia uma árvore lá, e embaixo da sua sombra convidativa, um homem parecia estar fazendo um piquenique, sorridente, gesticulando para que ela se juntasse a ele. 

Parecia ser familiar, mas daquela distancia era impossível dizer ao certo quem era.  Ela pensa, desvia o olhar, mas retorna novamente. No entanto, o que via era uma imagem assustadora: Homem estava lá, só que morto! E boa parte da toalha era tingida pelo sangue que minava da sua boca. 

Horrorizada, ela coloca a mão sobre a boca e corre até ele, mas, de repente, um homem de negro surge de trás da árvore. Usava uma túnica que escondia-lhe o rosto, mas seu tórax estava amostra. Seu olhar parecia fixo na imagem do morto, ele o observava. Ela, por sua vez, para num súbito, o que a fez escorregar e cair. E no mesmo instante ouviu uma voz tão sombria, quanto à aparência daquele espectro na sua mente: “Não tenha medo, venha comigo! ” 

Ela não sentia raiva, por incrível que pareça, estava apenas assustada, e de uma forma que não compreendia, sentia compaixão por aquela criatura estranha e misteriosa a sua frente.” 

Rey salta da cama ofegante.

Ela se sentou apoiando seu corpo com os braços para trás. E escutando barulhos estranhos vindos do quarto de Ben, sente um distúrbio na força - uma sensação incômoda. 

Ela usava uma camisola de seda na altura dos joelhos – a calçinha era branca, e a camisola era de um tom nude suave. Desconfiada, colocou seu penhoar por cima e correu para quarto de Ben, tomando muito cuidado para não ser vista. Rey pula a janela, e se depara com uma multidão de vultos negros em volta dele, flutuando pelo quarto como fumaça poluindo ao redor. Quando eles notaram a presença da Jedi, imediatamente desaparecem como vapor d’água. Ela, por sua vez, corre e se joga de joelhos capturando a cabeça Ben; tirando-a do chão para que fosse apoiada em uma de suas coxas. 

Ele suava frio, estava ofegante. Parecia estar sentindo dor. Seus olhos estavam apertados e os dentes cerrados. E ela, apoiando seu rosto, deu-lhe tapas leves, para que pudesse despertar daquele pesadelo. 

- Ben, Ben! Ei acorde... Ben! 

Ele agarra o lençol da cama endurecendo o corpo e grunhindo. E desesperada, Rey o beija – precisava tentar tudo.

- Acorde Ben. Sou eu, a Rey! Vamos, vamos! - e o beija de novo, dando tapinhas na seqüencia.

Repentinamente ele abre os olhos, expondo suas íris que pareciam douradas como ouro. Estavam flamejantes.

Ele passou os braços na nuca de Rey e a jogou para o lado, pondo-se de quatro na cama, sobre seus pés e mãos, sem encostar seu corpo do dela. Os dois se entreolharam, era profundo. Era como se houvesse muito tempo que não a via, e com um aspecto de embriaguez, ele se aproxima mais, permanecendo a um palmo do seu rosto:

- Quem é Ben? - a voz estava mais grave, numa tonalidade que não parecia dele.

Ela sentiu-se intimidada.

A energia que minava dele, era quase irresistível e envolvente. O que a deixava completamente submissa ao seu poder, não conseguindo criar mais forças para sair dali:

- Pare de brincadeira! Seus olhos...eles estão... - ela toca a face dele que seguiu seu toque com os olhos, ao mesmo tempo em que o outro desvencilhava dos seus.  

Ele apóia seu corpo em um braço, com a outra mão, retira a mão dela da face e a prende para trás da cabeça, sustado pelo cotovelo. Ben aproxima mais seu tórax do corpo dela, inclinando-se, e ao mesmo tempo, começando morder seu pescoço fazendo um caminho para a nuca. Ela virou a cabeça para o lado; seguia seus instintos, queria facilitar as mordidas do homem. Ele aspira seu cheiro até não restar mais ar em seus pulmões, recuperando o fôlego aos poucos, enquanto sua boca percorria a pele macia de Rey até tocar seus lábios: 

- Seu aroma indefeso sempre me faz despertar um forte tesão. O que, de certa forma, sempre roubou o meu autocontrole. - murmura ele, vagarosamente.

Sem hesitar, ele volta a beijá-la diretamente na região da clavícula, descendo para dentro do penhoar. Com a outra mão ele tira o laço, abrindo um lado da vestimenta. E o outro lado ele tira com a boca, adentrando a língua por dento da camisola, buscando seus seios. 

Ela gemeu, contida. Fechou os olhos e sentiu sua intimidade ficar molhada. O tesão que ele irradiava era dominador, e toda aquela onda sombria que ele havia descrito, agora, fazia sentido: a tortura fracionada, a súplica de desejo. Quase implorava para que ele enterrasse logo seu membro dentro dela, e queria que fosse profundamente.  

Ficou assustada porque aquele não era Ben, mas ao mesmo tempo era... conhecido.

A sua vontade era tão extrema, que ela se entregou completamente, quando sentiu a mão macia de Ben tocando seu clitóris. Ela estava quente e úmido, e o dedo de Ben contornava-o com delicadeza, fazendo movimentos lentos e circulares. 

Ela encolheu as pernas prendendo os joelhos na sua cintura. E sua cabeça, jogou para trás, contorcendo seu corpo de prazer.  Ben solta o braço dela e segura seu rosto para cima com firmeza, tocando seus lábios que gemiam baixinho, - quase um sussurro – alimentando-o ainda mais com o som do seu prazer. 

Rey agarrou o lençol, serpenteando seu corpo cada vez mais na cama. 

Ele rosna contra sua boca, e nota seus gemidos ficaram mais intensos, chegando quase num orgasmo. Ela joga seu quadril contra o dele em movimentos sutis. Implorava por sexo.  Mas ao cair em si, fica corada. Ela agarra o pescoço dele, quando sente uma forte onda tomar suas penas, e o joga para o lado ficando em cima do seu corpo, ainda em transe:

- O que foi isso? Quero mais! - murmura espantada, olhando cada detalhe do corpo dele, e da cor dos seus olhos, os quais a fitavam-na; inexpressivos.

  Ele se levanta bruscamente, colocando-a sentada no seu colo, e voltando a jogá-la contra o chão. Colocou uma das mãos por trás da sua cabeça,  e com a outra agarrou seu joelho, puxando-a com força contra seus quadris. 

- Como está desesperada. Nunca te vi assim! - ele a fitava com os olhos âmbares, que ainda permaneciam lá, intimidando-a.

Ele puxou seu penhoar jogando-o para o lado, agarrou sua camisola e a levantou na altura do pescoço, deixando seus seios a mostra e os devorando sem pausas. 

Rey passou as pernas nele, puxando-o para que pudesse encostar suas intimidades.  

Ele abaixou a calça até os joelhos, ficando de roupa intima, fazendo movimentos firmes e lentos, pressionando o pênis com força contra sua vagina.  E num resmungo, fecha os olhos, soltando um suspiro baixo e gutural:

- Ah! Serehna. 

Rey ouve o nome da estranha e sente como se uma enorme flecha perfurasse seu coração. Ela o empurra, e não conseguindo, ela soca seu rosto com força enquanto o outro caía para o lado.

Ela se levanta, coloca o penhoar e incorpora um semblante entristecido: - Serehna, é? 

Ben volta ao normal. A cor amarelada dos seus olhos haviam sumido, e atordoado, fica sem entender nada. Absorvendo o cenário, olhou para ela ali, reparando também que suas calças estavam na altura dos seus joelhos. Ele a ergue, levanta-se num salto, e diz com tom de susto: 

- Rey, o que faz aqui? Não entendo. - coloca a mão sobre a testa.

- Não se faça de idiota, eu já ouvi o bastante. - responde nervosa em voz baixa.

- Ouviu o que? Me explica! O que aconteceu?

Ela tenta racionar direito, realmente tinha sido muito estranho, os pesadelos e os vultos no quarto dele...era bizarro. Mas citar o nome de outra mulher a deixou arrasada, e tentando controlar esse sentimento destruidor, respira fundo e responde:  

- Você estava tendo pesadelos e vim até aqui. Estava estranho!

- Estranho, como? Vamos me diga! – nervoso, ele segura seu pulso.

- Seus olhos estavam diferentes, e... - se cora desviando o olhar para a janela.-Quase transamos, até que você disse o nome de outra mulher.

Nervoso ele cerra os dentes, olhando ao redor procurando alguma presença. Era algo muito chato para ela, mas ele realmente não se lembrava, e por um momento, sentiu sua dor. Sensibilizado, ele tocou os seus ombros e roçou seus lábios na bochecha dela: 

- Me perdoe, eu realmente não quis... - fecha os olhos e solta o ar pela boca tomando fôlego em seguida - Qual nome?

- Serehna. - responde em voz baixa.

Ele estremece, saindo fora do ar por um momento. Era o nome que estava arquivado na biblioteca de Snoke: Serehna. Um dos Jedi responsável por criar a Jóia da luz. Mas seria mera coincidência se eles fossem simples indivíduos, não portadoras da força.

Esse nome causou um certo temor, parecendo que fazia o seu lado sombrio sair correndo como uma sombra desesperada. Rey o chama preocupada, tocando sua face mergulhada em tormento. Ele aperta forte a mão dela e fecha os olhos, sentindo seu toque. Agora notava a roupa que ela estava usando. Mas ele não estava bem, uma intensa dor se apossou da sua cabeça.

E Rey, percebendo isso fica preocupada, pegando a mão dele e dizendo: 

- Vamos nos trocar, e... treinar um pouco, o que acha? - pergunta mais calma, sorrindo para ele.

Eles vão até um campo logo atrás da pousada, que era usado para praticas de esportes. Ben a ensinava como canalizar o uso da força em seus membros, num soco ou num chute. Ele levita um tronco grande e maciço que estava jogado na mata, dizendo para ela cortar ao meio - com um chute ou soco, era de sua preferência. Ela acha um pouco avançado. Concentrar a energia dessa forma, era uma tarefa apenas para portadores mais experientes. 

- Isso é muito avançado para mim!

- Esqueça o ensinamento de Luke. Você é capaz, não é? 

Ela não responde e fecha os olhos, fixando as pernas no chão. Num salto bem alto, ela faz um mortal, e no mesmo instante, estica a perna para quebrar o tronco. Um acerto certeito e forte focado bem ao centro. No entanto, o tronco apenas havia sido trincado; percebendo isso, ela bate os pés no tronco e cai de pé, já arrumando seus cabelos. 

- É muito grosso. – arqueja.

- Se imaginar que é, a força vai acreditar que é.

- Faça uma pequena demonstração do que aprendeu em korriban. - pede empolgada, juntando as mãos.

Ele fecha os olhos, procurando alguma presença nas redondezas - Não queria que fossem flagrados usando a força. Então, estende a mão para o tronco que ainda levitava e focaliza seu olhar no objeto, estendendo a outra mão em seguida. Ele fecha os dedos com força, fazendo que o tronco instantaneamente se transformasse em várias estacas pontiagudas. Com os olhos, ele levita algumas rochas pequenas. Logo, ele arremessa as estacas, acertando todas as rochas sem falhas. Em outro gesto, ele levita uma rocha de um tamanho significativo, e joga raios de tons vermelhos pelas mãos, fazendo com que a rocha derretesse no mesmo instante – ela caía derretida sob o solo, como brasa vinda de um vulcão. 

Rey fica encantada, mas segura o riso, porque esqueceram que estavam no campo da pousada:

- Isso foi incrível, mas estragou o jardim. 

- Agora é com você! - bate uma mão na outra, livrando-se dos resquícios de eletricidade que ainda percorriam seu braço.

- Comigo?

- Se pode regenerar meu tecido nervoso, pode regenerar plantas. Cubra o buraco com a terra e faça crescer as plantas. Jedis com suas habilidades de cura, tem potencial para fazerem  muitas coisas com os elementos da natureza.

- Eu aprendi a conversar com animais, mas isso ainda não tentei. - pensativa, desvia o olhar para o buraco.

- O que aprendeu com Luke, afinal?

- Aprendi a potencializar a cura, agilidade e defesa pessoal.

- Defesa pessoal sempre foi boa, mas tem de aprender que nem sempre vai poder escapar. Um dia é a vez da caça, o outro do caçador.

- E o que me aconselha?

- Se sentir que não tem mais como escapar, use a força para causar dor. O inimigo te libertará com facilidade. 

- Mas... isso é uma técnica do lado sombrio? - pergunta ainda mais curiosa, cheia de dúvidas em seus olhos.

- O lado da luz não vai te defender sempre, caso eu não estiver por perto.

- Como faz? - murmura

- Lembre-se de seus dias em Jakku, de coisas que te causaram raiva. Focalize essa energia no inimigo, imaginando seu cérebro ser inundado pelo seu sofrimento. Quanto maior o sentimento, maior será dor que o individuo sofrerá.

- Uma hora pede para que eu esqueça, outra para que eu relembre.

- É só para sua sobrevivência, minha querida. Nada mais! - percorre sua face com os dedos, lentamente - Prefere morrer? 

- Tudo bem! Mas espero não poder usar isso. 

- Eu também não. - toma certa distância – Vamos! Agora faça o que pedi. A rocha já se solidificou.

Ela se aproxima do buraco no qual ainda saía um pouco de fumaça. Concentra no elemento terra ao seu redor - a mesma terra que oferecia firmeza nas pernas. Estende as mãos em direção buraco, e aos poucos começa a emergir terra por de baixo da rocha, até tapar o buraco por completo. Então, usando sua intuição, começa a arrancar um pouco de grama, as espalha por cima da fenda do chão, centraliza, e estende as mãos. Instantaneamente começa a crescer grama naquele espaço. Ela abre os olhos um pouco cansada, pois precisou de muita força para fazer isso. E contemplava o que havia acabado de fazer. Ben a conhecia mais do que ela mesma. Mas claro! Ele era muito evoluído na força. 

Feliz, ela olha para as mãos, e em seguida para ele. Ele sorri admirando sua descoberta, se aproxima de vagar e diz:

- Linda! Realmente.  - sorri encartando, com o êxito de sua aluna.

- Suas técnicas de extermínio também são incríveis. - responde empolgada.

Ele sorri e nota novamente a desigualdade de ambos, e de como duas técnicas diferentes, no fim, poderiam estar trabalhando juntas. Em harmonia. Assim como a natureza sempre fez. 

Primeiro, vinha o fogo - ou a tempestade – que limpavam tudo com sua destruição. Depois, um solo fértil daria novos e saudáveis frutos. 

Ela pareceu perceber isso também, quando observou-o distante. 

Entretanto, eles sentem uma presença inofensiva os observar, despertando o instinto de procura.  De repente, um animal, que parecia um urso de chifres, sai de baixo da terra e rouba o sabre de luz de Rey. Mas antes mesmo que pudessem fazer alguma coisa, o bicho retornou rapidamente para o mesmo buraco. Foi tão rápido, que ela não percebeu. 

Ben quase o capturou. Na tentativa de rastrear sua presença em baixo do solo, ele conseguiu achá-lo. Então, logo o pescou com a força e retirando-o debaixo da terra. Estava no limiar da floresta. Eles correm para apanhar o sabre do animal. Rey tira o sabre da boca dele com facilidade, e Ben o solta. O bichinho cai n chão muito assustado olhando para ele, rosna e sai correndo.

Rey o fita com desagrado, e diz:

- É o animalzinho do meu sonho dessa noite! – diz com espanto.

- Tem certeza?

- Sim, sonhei com...- ela para de falar quando nota uma presença no fundo da floresta.

Ambos olham para mesma direção. 

E distante, surge um ser baixinho, usando um manto de folhas alaranjadas com um capuz de pelagem animal. O animalzinho corre e se senta ao lado do indivíduo, todo brincalhão. 

Ben olha para Rey, enquanto ela, hipnotizada, observava a entidade. Mas ele dá as costas e retorna para floresta adentro.

Então ela, questionadora, olha para Ben e diz:

- Parece que ele quer que nós o sigamos.

- Pode ser perigoso Rey. Não conhecemos nada aqui.

- É como você diz: eu estou com você. Porque seria perigoso se estou ao lado de uma criatura maligna como você? - levanta a sobrancelha enfrentando-o.

- Como você é astuta! - cerra os olhos, admirando sua coragem.

Eles caminham pela trilha. Estavam apressados. Num dado instante, visualizaram a figura da entidade, mas ainda se encontrava distante. 

A mata era densa, porém, ao mesmo tempo, conseguia ser encantadora e rica em tons. O verde era bem vivo e brilhante – o efeito vinha das gotas de orvalho, que refletiam a luz do céu estrelado. Algumas flores e cogumelos tinham cores vivas e luminescentes, que com eficiência, iluminava o chão da mata. O som de alguns seres ocultos era bem audível. Animais grandes e pequenos, mas ambos não conseguiam ver sequer um. 

Rey sentia-se bem ali. Tinha a impressão que conhecia cada canto daquela mata, como a palma da sua mão. Ela não tinha uma gota de medo das criaturas sanguinárias que poderiam existir ali – mesmo se estivesse sozinha. 

Mas, de uma hora para outra, solo começou a ficar mais rochoso e escorregadio. Subindo num terreno mais alto e aberto, eles avistam a criatura desconhecida bem em cima do morro, fintando-os. Contudo, ela logo desaparece, escondendo-se numa moita próxima.

Eles chegam ao topo, e lá vêem um pequeno campo circular. Adiante, outro morro que ficava no fundo, no qual continha uma abertura adornada por nativos, tendo como enfeites penas e cristais. Havia também um cercadinho de madeira com ricos detalhes e alguns degraus de pedra bem cinzelados, que servia de guia até a entrada de uma gruta. 

Rey achou tão fofo, que pegou a mão de Ben e o puxou para irem logo:

- Awn que gracinha. Vamos, vamos! Quero ver! 

- Rey! São nativos. Podem querer você como prato principal.

- Ah, mas não tem nenhum crânio pendurado no cercado para afugentar intrusos.

- Lembra do que aquele homem nos alertou? Sobre os nativos odiarem visitas?

Quando menos esperavam, eles estavam rodeados por nativos que mais pareciam anões. Trajando roupas feitas de folhagens e um tecido parecendo palha trançada. Uns usavam capacetes que imitavam animais, e outros, armaduras que pareciam ter sido roubadas de algumas tartarugas. 

Ben e Rey percebem que os nativos eram da mesma raça alienígena de Maz kanata. 

Um deles se aproxima, o mesmo que os orientou até a aldeia. Parecia ser o xamã deles. Ele retira o capuz de pelagem amarronzada, jogando-o para o lado e analisando-os minuciosamente. A criatura se aproxima de Rey e a toca com o cajado, ajeitando seu cabelo que estava sobre o rosto para vê-la melhor. O cristal que estava na extremidade brilha no mesmo instante, manifestando também uma breve vibração. O nativo se espanta com a reação do artefato, quando o mesmo entrou em contato com sua pele. 

E em alto em bom tom, num dialeto que só ela conhecia naquele momento, o alien disse:  

- “É ela!”


Notas Finais


Próximo capítulo vão descobrir muita coisa a respeito de ambos. Aguardem surpresas e reviravoltas.


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