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História Professional - Meeting the boss


Escrita por: yoursassygirl

Notas do Autor


Plagio é crime, viu?
Margot será representada pela linda Sabrina Carpenter.

Capítulo 1 - Meeting the boss


Acordei naquela manhã com uma estranha vontade de sair da cama. Faziam meses que não me sentia daquela maneira, como se algo lá fora pudesse me fazer despertar do sono profundo no qual me afundei.

Não era exatamente no sentido literal da coisa.

Eu havia acordado naquela cama de hospital sem me recordar muito bem de como eu havia parado ali, do motivo de minha cabeça doer tanto. Também me lembro de sentir a falta de meus pais ali, comigo.

Mesmo depois de terem se passado quase três meses do dia em que finalmente tive alta, eu ainda sentia que estava dormindo. Vivendo um sonho ruim que parecia num chegar ao fim. Onde todos a minha volta realizavam seus sonhos, meu irmão de apenas dez anos estava cego e meu pai, morto.

Mas eu tinha que simplesmente deixar tudo aquilo para trás, seguir em frente. Mamãe precisava de mim, tudo estava indo de mal a pior depois do acidente. Eu entendia toda aquela sensação de vazio que ela sentia, podia compreender sua incessante necessidade de se esconder do mundo em seu quarto debaixo das cobertas até mesmo nos dias mais quentes.

O mundo de qual eu me referia eram as pessoas que nos rodeavam, vizinhos e familiares que insistiam em repetir milhares de vezes que tudo ficaria bem. Ela parecia não acreditar muito no que eles diziam, mamãe não queria que tudo ficasse bem, ela queria que tudo voltasse ao seu lugar.

E nada voltaria a ser normal, nada o traria de volta.

— Bom dia, querida. — esgueirei-me pela pequena cozinha, passando por detrás da cadeira de Dylan, e lhe beijando a bochecha. Sorri fraco ao observa-lo limpar o rosto.

Ele estranhava o fato de eu ter mudando completamente o jeito que o tratava. Antes eu não ligava muito para sua presença ali. Mas, quando tudo vem a tona eu me sinto tão aliviada por ainda tê-lo por alí. Talvez em dia ele cresça e entenda.

Por hora, eu tinha que me adaptar aos resmungos dele, que odiava melosidades.

Dylan precisava de afeto, depois de tudo o que passou, depois de perder a visão e o pai de uma só vez. E eu era a única que poderia oferecer carinho a ele, já que mamãe não parecia mais presente.

— Bom dia, tia. — A respondi cabisbaixa, encarando mamãe que, sentada do outro lado da mesa de quatro lugares, mantinha a cabeça baixa e os braços cruzados.

Suas roupas um tanto estampadas demais deram lugar aos pijamas que a vestiam durante o dia inteiro. Após ficar viúva, ficou desempregada por não retornar ao trabalho depois da recuperação.

— Anime-se! Tenho certeza de que tudo irá melhorar! — cochichou tia Cristine, próxima de mim. Suas mãos em meus ombros só faziam questão de aumentar o peso invisível que eu tinha sobre minhas costas.

Me sentei para o café e comi apenas uma torrada, estava tão nervosa que nem ao menos o gosto da comida eu sentia.

Antes de sair de casa naquela manhã, escovei os dentes e ajeitei minha roupa, havia chego a hora de iniciar a grande mudança em minha vida.

O sol que fazia me fez suar frio por debaixo da meia calça escura que eu usava, faziam tantos dias que eu não saía de casa, que os olhares de pena que recebia ao andar por minha rua pareciam até uma novidade.

Após desembarcar do Opala antigo de tia Cris fomos juntas até a recepção da grandiosa Style, a montadora de veículos multinacional. Ela, já vestida em seu uniforme cinza e sem vida, se despediu de mim com um abraço de boa sorte.

Após analisar toda aquela decoração incrível adentrei o elevador, bom, primeiro tive que me preparar psicologicamente para entrar naquela aquela coisa. Eu tinha medo, era realmente difícil eu andar em um, e quando não tinha alternativa, não ia sozinha. Mas lá estava eu, encostada numa das frias paredes de metal contando os segundos para que chegasse logo no décimo andar.

Se aquilo parasse de funcionar comigo dentro já não precisariam chamar a manutenção, e sim o IML.

Acompanhava pelo pequeno monitor os números subindo a cada vez mais, minha respiração ficava escassa quando eu o sentia em movimento. Ignorei minha tontura momentânea quando a porta finalmente se abriu. Tentei normalizar minha respiração durante meu trajeto até a mulher, que sentada atrás de uma grande mesa, falava ao telefone.

— Ei, você. Deve ser a aprendiz, é na sala a esquerda. — A morena se dirigiu a mim enquanto tampava telefone. Assenti freneticamente e tratei de ir rápido até o local.

Eu estava ligeiramente atrasada, culpa de um certo carro antigo, que não teve hora pior para morrer no meio da rua.

Inclusive, ligeiramente era uma palavra nada usual que usei para tentar disfarçar o fato de eu estar muito atrasada.

— Você é um irresponsável! Meu pai estava louco quando te nomeou presidente! — O homem esbravejava tentando soar baixo. Começou a controlar sua respiração, levando, inconscientemente, uma das mãos até seus cabelos castanhos, curtos e jogados para trás.

Paralisei onde estava. A tal sala estava vazia, eu me encontrava no batente da porta completamente indecisa sobre o que fazer diante de uma situação daquelas.

Para falar a verdade, eu até sabia, porém eu tinha medo de ser notada enquanto saia às pressas após presenciar uma discussão entre os filhos do dono da empresa.

— Nosso pai! — Repreendeu o que aparentava ser mais novo. Sua voz era grossa, me arrepiei no mesmo instante que o ouvi proferir )a primeira palavra. — Eu já disse, está tudo sob controle! Eu só preciso de tempo!

— Tempo pra quê? Pra acabar de afundar a empresa? Me responda como vai arranjar dinheiro para pagar tantas dívidas?

Arregalei meus olhos quando percebi que o outro que havia abaixado a cabeça e passado as mãos sobre o rosto, havia me notado quando a levantou. Minha respiração parou.

Eu seria demitida por ser uma enxirida mesmo sem querer? Aliás, nem contratada eu havia sido ainda!

— Quem é você? — Indagou chamando a atenção do irmão.

Eles não se pareciam, mas tinham exatamente as mesmas características físicas. Ambos tinham pequenos furos nas bochechas quando falavam, cabelos castanhos e lisos e olhos verdes como esmeraldas.

— E-Eu sou Margot, a aprendiz.

— Não já haviam acabado as contratações dessas crianças? — O mais velho perguntou cansado.

Torci o nariz diante de sua fala.

Quem ele estava chamando de criança?

— Aí está você! — Uma voz feminina surgiu atrás de mim fazendo-me dar um pulo de susto. — Margot, não é? Lembra-se de mim?

Margareth, a mulher simpática que havia me entrevistado. Eu gostava de seu jeito de ser, ela parecia não ter vergonha de absolutamente nada. Imaginei o que ela faria se estivesse na situação em que eu estava antes de sua chegada.

Claro que ela teria respondido aquele homem com a melhor resposta possível. Iria se desculpar por estar atrasada e por escutar a discussão toda. Eu mesma faria aquilo se minha voz saísse.

— Como essa garota entrou sem que ninguém a acompanhasse? — Abaixei minha cabeça controlando minha respiração e escondendo o rubor em minhas bochechas.

— Eu iria recebê-la, Sr. Styles. Mas houve um imprevisto e... — A loira um tanto acima do peso foi interrompida pelo homem mais novo.

— Está atrasada? Srta...

— C-Carter. — respondi ainda de cabeça baixa enquanto o via se aproximar de nós duas. — Sim, estou. É que o carro morreu no meio da ladeira e...

— Eu não perguntei o que houve, não me interessa se o carro quebrou, quero pontualidade de agora em diante. — Assenti segurando minha vontade de chorar. — Margareth, por acaso essa é a garota que você iria contratar para me auxiliar?

— Sim, Sr. Styles. Ela é sobrinha de uma funcionária, a tia disse que ela aprende rápido. — Sorriu abertamente. Ela era inabalável, eu queria ser como ela.

Ele não havia ido com minha cara. E o que o tal Styles disse a seguir só confirmava meu palpite.

— O que houve com a outra garota?

— Houve um pequeno engano, Sr. Styles. As provas de Olivia estavam ótimas, e como ela se destacou em cálculos será direcionada para o financeiro. — Explicou fazendo meu rosto voltar a queimar em vergonha. — Consegui trazer Margot de última hora.

— Então acho bom ela aprender desde hoje à guardar para si o que escuta nesta empresa. Se for trabalhar comigo, descrição terá que ser sua maior quantidade. — Engoli a seco incomodada com seu olhar intenso sobre mim. Concordei com a cabeça.

—  Harry, ela é apenas uma aprendiz, não precisa assusta-la dessa maneira. — Riu o mais velho, passando por nós e parando na porta. — Até mais, maninho.

Harry, esse era o nome dele. Um nome que eu nunca poderia pronunciar para me referir ao meu mais novo chefe. Teria que chama-lo pelo sobrenome, como se tivesse que me lembrar constantemente de que a família dele era dona daquela empresa gigantesca, e que ele era o rei do mundo.

Harry Styles me passou uma imagem tão ridícula que eu até tinha medo de ir a fundo e conhece-lo melhor, não seria surpresa alguma se Harry se mostrasse pior que aquilo algum dia.

— Margareth, leve-a para seu lugar, tenho alguns assuntos para resolver.

 

xxxxx

 

Tive que enfrentar o elevador mais uma vez, mas aquele momento foi mais tranquilo, eu não estava mais sozinha. Mesmo assim, tive que me encostar numa das paredes para ganhar sustentação.

— Medo de elevadores? — Abri meus olhos encontrando o rosto de Margareth pelo reflexo do espelho. Tentei sorrir e Assenti. Ela, por sua vez, riu fraco negando com a cabeça. — Irá se acostumar com isso, afinal, o seu andar será o último. — Engoli a seco quando as portas se abriram.

Uma mesa equipada com um computador e telefone estava no centro da parede branca, que tinha o grandioso logotipo da empresa nela. Na única porta que havia ali tinha uma pequena placa com os dizeres "Presidência".

Era ali onde morava o perigo. Literalmente.

Um silêncio incômodo se iniciou ali, Margareth por sua vez se pronunciou distraindo-me.

— Bom, tenho que voltar ao trabalho. Me chame se precisar de algo. — Se distanciou de mim, voltando ao elevador. — Ah! E tenha paciência com o Sr. Styles, ele está sobrecarregado ultimamente.

Assenti.

Mas eu não concordava com aquilo, não era desculpa para tratar alguém daquela maneira. Ele havia sido grosso e descontado suas frustrações em alguém que não tem absolutamente nada a ver com seus problemas!

Imagine se eu me desse o luxo de descontar nos outros minhas frustrações? Provavelmente estaria desempregada.

Assim que as portas de metal se fecharam e eu já não a tinha ali, senti o desespero tomar conta de meu corpo.

O que eu faria ali, sozinha?

Olhei para o lado encarando a mesa e a cadeira vazias, me sentei tentando manter a calma. Eu nem ao menos sabia se era ali que eu iria trabalhar pelos próximos meses.

Meia hora havia se passado de acordo com o grande relógio antigo que tinha acima da porta do elevador, que não trouxe ninguém dos andares debaixo. Avistei um pequeno corredor ao canto, curiosa, dei alguns passos até lá, pulei de susto quando ouvi o telefone tocar, de repente.

Entrei em pânico! Aquele objeto estranho não se parecia nada com os telefones convencionais que eu já tinha contato, ele continha muitos botões. Mas aquele nem era meu maior problema, o que me fazia temer era não saber o que dizer depois que o tirasse do gancho.

Afinal, era para a presidência que as ligações mais importantes iam, não?

Após três toques, ignorei meu nervosismo e pus um fim à aquele barulho.

— A-Alô?

— Venha até a minha sala. — Nem tive tempo de responder, a chamada já tinha sido finalizada.

Respirei fundo quantas vezes se foram necessárias e abri a porta revelando uma grande sala incrivelmente bem decorada com cores que alternavam entre o preto e vários tons de azul. Tudo naquela empresa era incrivelmente lindo.

— Não se diz alô. — Franzi a testa parando de reparar na decoração e o encarando confusa. — Ao atender o telefone, não se diz alô. Não está na sua casa.

Ouch!

Sentia minhas pernas ficarem trêmulas, o que piorou quando ele levantou a cabeça e passou a me encarar a medida que disparava críticas sobre mim.

— Você tem que desejar uma boa tarde, ou um bom dia, dizer seu nome, informar à pessoa seu departamento para evitar enganos e anotar recados. Fui claro? — Assenti imediatamente. — Pois bem, já pode se retirar.

O que? Era só aquilo? Poderia ter falado pelo telefone.

Dei passos incertos até a porta, porém não consegui prosseguir.

— Ah... Sr. Styles. — Chamei fazendo-o desviar sua atenção dos papéis. — É que eu tenho uma dúvida. — O vi arquear as sobrancelhas e continuei a falar, interpretando como uma permissão para perguntar. — Eu não posso te chamar nenhuma vez só? Se for alguém da sua família? Tenho que anotar recados até para sua mãe, por exemplo?

— Minha mãe morreu há três anos atrás. — Arregalei os olhos. 

— M-Me desculpe. E-EU vou voltar para minha mesa. — Sem coragem para olhar em seu rosto novamente, segui meu caminho até a porta.

— Ah, Senhorita...

— Carter. 

— Carter. — Riu fraco fazendo-me começar a entender o que era aquilo que eu estava sentindo desde a primeira vez que ele havia me dirigido a palavra. Era raiva. E ninguém nunca tinha me feito sentir raiva tão rapidamente como Styles. — Da próxima vez que eu perguntar se fui claro, responda a verdade, caso contrário não irei responder suas perguntas depois. Fui claro?

— Sim, Sr. Styles.

 

 


Notas Finais


Espero muito que gostem!
Até o próximo capitulo ;)


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