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História Professional Relationship - Capítulo 23


Escrita por: StrangeDemigod

Notas do Autor


Hellou!
Essa semana passou muito rápido!
Parece que ontem era segunda! Acho que vocês já perceberam que eu mudei o dia de postagem. Será aos domingos agora. Bem melhor para mim. Mas ainda pode ocorrer de os capítulos saírem aos sábados. Vamos ver, não é?
Bom, mais uma semana, mais um capítulo.
Nesse é o ponto de vista do Castiel, mas não só a festa, como também a segunda - feira sucedendo o sábado fatídico.
E como eu adoro polemizar, vai dar treta!
Não vou falar mais! Ao capítulo.
Boa leitura :3

Capítulo 24 - Capítulo 23


Fanfic / Fanfiction Professional Relationship - Capítulo 23

Castiel

Atrasado. Eu estava atrasado! Parecia que justamente naquele dia o trânsito parara.

Bufei, batendo a palma conta o volante quando, finalmente, a passagem estava livre.

Estacionei na minha vaga de sempre e sai do carro quase correndo.

Subi as escadas rapidamente, passei pelo saguão de entrada e apertei o botão do elevador, que se abriu instantes depois. Entrei e apertei o botão do andar.

Não parei para contar quantas vezes eu olhei para o rolex em meu pulso dentro dos dois minutos que fiquei preso naquele maldito elevador.

Quando as portas se abriram, saí em disparada. A reunião iria começar e eu sequer tinha lido os relatórios.

Estava prestes a chegar a mesa da minha secretária,  mas parei no corredor ao ver aquela cena.

Kentin e Debby com os rostos extremamente próximos. Quase a ponto de se beijar.

Cerrei uma mão em punho e trinquei o maxilar.

-Pare de gracinhas.- ela empurrou o rosto dele para longe do seu. -Os outros podem suspeitar.

- Ninguém vai saber. -segurou os ombros dela, acariciando.

Depois disso eu não ouvi mais o que disseram.

Que história é essa de “Os outros podem suspeitar”?

Não me diga que aqueles dois estão tendo... um caso ?

Passei minhas mãos pelos cabelos, bufando. 

Olhei na direção da mesa dela e vi que Kentin já havia saído. Ela parecia muito concentrada nos papéis.

Parei para analisá-la. Vestido branco, rodado e com um corte diagonal na saia e sandálias vermelhas; Ela não se preocupara em colocar pulseiras ou anéis.  Somente pequenos brincos de pérolas. Os longos cabelos escuros estavam trançados e um aroma doce exalava dela.

Pisquei algumas vezes,  vendo que havia me distraído. Armei minha melhor carranca antes de dizer algo.

-Onde está aquela maldita pasta e o meu café? - falei, fazendo-a se virar para mim.

-Além de me fazer trabalhar num sábado,  mesmo que por meio período,  você exige tudo de mão beijada…-estendeu a pasta e quase jogou o café contra mim.

-Eu também não queria estar aqui. Tudo o que eu quero é praticidade. Sem demoras.- disse, num tom cortante.

-Faça você mesmo, chefia. -ela abriu um sorrisinho.

-Eu deveria te punir.-semicerrei os olhos.

-Mas não pode. Você tem exatos um minuto e quarenta e nove segundos para chegar na sala de reuniões e evitar atrasos.-olhou para o relógio e me deu as costas em seguida. Permaneci estático.  Ela era extremamente calculista.-E devo dizer que o relógio não para, senhor Collins.

-Maldita irritante…-falei baixo,  saindo dali pisando duro. Aparentemente ela me ouviu e apenas gargalhou com a situação.

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Faziam exatas três horas que eu estava dentro daquela sala. Eu já estava quase atirando na boca daquele velho para ver se ele se calava.

De onde ele tira tantos problemas?

Revirei os olhos mais uma vez, provavelmente a centésima.

-Concordo com o senhor.- meu velho disse. -Mas aquele lugar é o que nos fornece mais verbas, mesmo com os bolsistas.

-Aqueles adolescentes malditos pensam que são os donos do mundo. Eu poderia atirar em cada um deles, sem problemas. -o velho reclamão rebateu.

-Ainda assim, não podemos fechar aquele lugar. Desculpe.-meu avô disse.

-Mas então tome as devidas providências. -pediu.

-Claro, claro.- falei pelo meu avô.

-A reunião está encerrada.-meu avô falou.

Pouco a pouco, a sala foi esvaziando, até sobrar apenas eu e meu avô.

-Tem certeza que aquele velho senil ainda pode comandar algo?- comentei.

-Ele é teimoso. Devia ter passado as responsabilidades ao filho mais velho três meses atrás. Mas continua insistindo que devemos fechar Sweet Amoris.-meu avô revirou os olhos. -Desde que fizemos negócio com a velhota, ganhamos cinquenta e cinco por cento das verbas. É um excelente negócio.

-Concordo.- falei, me levantando.

-Vai festejar mais tarde?- indagou.

-Está querendo farrear,  velhote?- sorri de lado.

-Enquanto ainda posso. Antes que eu vire um velho senil.- riu.

-Vou àquela boate que inaugurou recentemente. -indiquei.

-Vejo você lá,  então. - saiu andando.

Quando a porta fechou, suspirei.

Mesmo depois de três horas de velhos reclamando, ainda não havia tirado aquela conversa do Kentin e Debby da minha cabeça.

Grunhi frustrado. Por que eu tinha ciúmes dela?

Eu não deveria nem sentir isso.

Merda!

Queria apenas que as horas passassem depressa, assim eu poderia me afogar na bebida e foder uma qualquer naquela boate.

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-Traga mais uma garrafa. -falei ao homem, que assentiu, levando a garrafa vazia.

De onde eu estava tinha uma vista privilegiada da pista de dança e o bar.

A música estava alta e eu também. Acendi mais um cigarro, tragando e expelindo a fumaça em seguida.

-Então os jovens de hoje se divertem assim. -meu avô bebericou sua bebida.

-Acredite, velhote, aqui eles estão controlados.-ri de escárnio. Ele me acompanhou.

-Ora, ora. Mais uma leva entrando,  chefia.- um dos meus capangas, que estava apoiado nas grades, disse. -Às quinze horas.

Direcionei meu olhar para lá e arregalei meus olhos.

Trajando um vestido escuro e curto, com um grande decote e duas fendas na região das costelas, com os cabelos completamente lisos, uma gargantilha prateada que continha um fio que se perdia entre seus seios, e lábios pintados de vermelho, estava ela. A mulher que inconscientemente roubava alguns de meus pensamentos. Debby.

-Mas que…- interrompi minha própria fala.

-Olha morena é gostosa pra caralho.- o mesmo cara que a avistou disse. -Olha aquela bundinha, cacete…

-Cale-se, tapado!- exclamei, chamando sua atenção. 

-Desculpa aí,  chefia. -levantou as mãos. -Não sabia que ela já tinha dono.

-Só me diga… Ela está acompanhada?-pressionei a ponte do nariz.

-Ah, sim. Algumas garotas e uns caras também. -respondeu.

Vi a morena, com um copo na mão, ser puxada para a pista de dança por outra.

Ah, caralho. Era só o que me faltava.

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Vinte drinks. Ela bebeu um atrás do outro.

A vi cambalear e rir até um banco no bar. Conversou alguns minutos com o cara ao lado e depois se espremeu no meio das pessoas, saindo da boate.

Suspirei e me joguei na poltrona que havia ali. Meu avô já havia ido embora a poucos minutos, mas eu sequer liguei. Estava apreensivo demais observando os olhares pervertidos para cima da morena. A cada cara que investia contra ela, eu apertava as grades e virava um copo de whisky.

Agora eu poderia finalmente relaxar. Poderia até pegar alguma das garotas que estavam naquela pista de dança.

Mas um incômodo em meu peito me parou.

Eram pontadas fortes. Parecia te eu estava tendo um ataque cardíaco. Respirei fundo. A sensação diminuíra, mas ainda estava lá.

Percebi que não conseguiria fazer o que pretendia.

Decidi encerrar a noite por ali mesmo, virando o último copo.

----

Depois de um domingo de ressaca e dores musculares,  além do tédio,  acordei incrivelmente cedo naquela segunda feira.

Tomei um banho e vesti um terno cinza risca-giz.

Com as chaves do carro em mãos,  fui para o trabalho.

Demorei alguns minutos para chegar lá. Olhei para o rolex em meu pulso, vendo que eram apenas oito e dez da manhã.

Andei pelo saguão calmamente,  ouvindo comentários das garotas da recepção, e apertei o botão do elevador.

Enquanto ele subia, ajeitei o paletó. As portas se abriram e eu caminhei pelo corredor.

Eu sabia que ela estaria lá,  batendo alguns papéis contra a mesa, vestido algum conjunto elegante. Muito bem arrumada e perfumada. Poderia até estar dançando enquanto guardava os papéis em pastas.

Mas me surpreendi ao ver que ela sequer deu as caras naquele local.

Estava intocado. Não havia resquício de perfume adocicado ou do aroma do café que ela fazia questão de deixar preparado para a minha chegada.

Onde raios ela estava?

Ouvi passos e me virei na expectativa. Mas eram apenas Lysandre e Nathaniel.

-Bom dia.- O loiro disse.

-Vocês a viram? -apontei para a mesa.

-Hoje não. - Lysandre negou. -O que é estranho, já que ela sempre chega às sete e cinquenta.

-Ela só deve de ter dormido um pouco a mais e se atrasou.-Nathaniel fez sinal de desdém. -Daqui a pouco ela chega.

Cruzei meus braços,  esperando que o que o loiro disse fosse verdade.

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Me iludi amargamente.

Eram quase onze e quinze e nenhum sinal dela.

Nathaniel e Lysandre ligaram incontáveis vezes e sempre caía na caixa postal.

Bufei, passando as mãos pelos cabelos.  Eu estava preocupado.

Caralho, mas que merda!

O tilintar do elevador chamou a atenção. Passos lentos vieram até onde estávamos.

Olhei para a morena estática no fim do corredor entre o elevador e sua sala.

O blazer azul claro cobria grande parte do seu vestido preto rodado, coberto de flores azuis e amarelas-e até algumas rosadas. Os saltos pretos eram altos e grossos. Os cabelos estavam presos numa trança lateral um tanto bagunçada.

Foquei em seu rosto. Lábios rosados, bochechas coradas, mas, profundas olheiras e olhos sem brilho algum.

Ela estava acabada.

O elevador tilintou mais uma vez, mas dessa vez eu ignorei.

Minha preocupação diminuíra a quase zero, mas continuava lá. Porém, a minha raiva ficou muito maior.

-Então você resolveu aparecer.-comentei.

-Desculpe pelo atraso…-a voz dela saiu baixa.

-Atraso? Não notei atraso nenhum. -neguei. -Só uma indisposição para trabalhar.

-Digo que não irá acontecer novamente.- estava de cabeça baixa.

Desde quando ela era tão submissa?

Semicerrei os olhos. Ali havia coisa…

Ainda de cabeça baixa, ela engoliu em seco e se dirigiu em passos lentos, quase mancos, até sua mesa.

Colocou a bolsa que carregava sobre a mesa e se apoiou na mesma.

Parei para analisar sua expressão corporal.

As pernas dela estavam trêmulas. O tronco, tenso. Ela andava devagar e tinha o maxilar trincado, formando uma expressão de dor.

Parecia que…

Está de brincadeira comigo?

-Parece que alguém teve uma noite boa.- falei, sorrindo de escárnio.

-O quê…- ela se virou para mim, ainda apoiada na mesa.

-Ah, você sabe. Sua cara de dor e pernas trêmulas. -apontei. -Foi uma boa foda?

-Castiel!-Lysandre me chamou, mas eu ignorei.

-Me responda. -me aproximei. -O cara te fodeu tanto que você nem consegue andar direito, não é?

Ela abriu a boca, mas não emitiu nenhum som.

-E você provavelmente gemeu como uma vagabunda, não é? -ela, mais uma vez não reagiu. Puxei um pulso dela, apertando com força. -Olhe pra mim e me responda!

Palavras pesadas são difíceis de suportar

-Pare, Castiel. - fui puxado. Soltei o pulso da garota com isso. Me virei e vi Kentin. -Você está assustando ela.-estava com o cenho franzido.

-Espera… Você está defendendo ela?- apontei para ele, em seguida para ela. -Então você é o cara que estava com ela.

-Do que está falando?- arqueou uma sobrancelha, confuso.

-E foi por isso que ela chegou atrasada hoje. Tudo se encaixa!- ignorei a pergunta dele.

-Está tirando conclusões precipitadas. -Kentin cruzou os braços.

-Você e ela… Quem diria!- ri sem humor. -Com certeza foderam até não querer mais. Ela está até bamba.

-Mas…-Kentin não conseguiu dizer.

Debby começou a gargalhar, sem motivo. A olhei com uma cara estranha, não diferente dos outros.

-Vagabunda…-falou. -Engraçado… Ele disse a mesma coisa.

-Ele quem?- perguntei.

-O mesmo cara que fez isso…- passou um lenço sobre a bochecha esquerda, retirando a maquiagem. Havia a marca de um corte ali. Um corte recente. Não era profundo, mas era um tanto comprido. -E isso. -abriu o blazer, mostrando o decote. Vi marcas arrocheadas de dedos e unhas sobre os seios dela. Só dava para ver um pedaço,  mas ainda assim, era horrendo. -Ah, senhor Collins,  eu gemi como uma vagabunda. Tanto que ele me deu essas agradáveis lembrancinhas.- a  ironia era palpitante em sua voz. Quase como veneno. -Me desculpe, mamãe…- fechou os olhos e jogou a cabeça para trás. -Eu perdi minha virgindade e quebrei minha promessa....-abriu os olhos e me encarou. Os olhos sem brilho algum. O rosto manchado pelas lágrimas. -Tudo porque um homem sucumbiu às luxúrias da carne e não soube ouvir o não proferido de meus lábios.

E a maneira como nos sentimos é difícil de disfarçar

-Ah, Debby…-Kentin foi se aproximar dela, mas ela o impediu.

-Não preciso da sua pena nem sua cara de dó. -sequer o encarou. -Peço desculpas mais uma vez,  senhor Collins.  Esse atraso não acontecerá nunca mais.-fechou o blazer.  -Bom, creio eu que vai se reunir com seus parceiros para discutir sobre o meu caso, então irei me retirar para um breve lanche.-pegou a bolsa em mãos. Limpou o rosto, retirando toda a maquiagem. -Tenham um bom dia.- mesmo andando um pouco mais rápido, ela ainda mancava de vez em quando.

As portas do elevador se fecharam. Foi quando me permiti piscar.

Três olhares opressores se direcionavam a mim, mas eu os ignorei. 

O que havia acontecido ali era mais importante.

Ela havia sido… estuprada.

E eu forcei a barra.

Oh meu Deus… Que merda eu fiz?


Notas Finais


Música utilizada : Please don't say you love me - Gabrielle Aplin
Só queria causar da discórdia mesmo.
Perdoem os erros ortográficos..
Deixo os comentários para vocês
~Kissus, ~ StrangeDemigod


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