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História Professional Relationship - Capítulo 25


Escrita por: StrangeDemigod

Notas do Autor


Hellou todo mundo!
Essa sou eu, uma autora com sono, dor de cabeça por ter cabado a semana de provas, e tendo que acordar cedo amanhã. To postando, galera!
Espero que gostem desse aqui!
Boa leitura :3

Capítulo 26 - Capítulo 25


Fanfic / Fanfiction Professional Relationship - Capítulo 25

Castiel

Por que você só faz merda, Castiel?

Passei a mão pelos cabelos, nervoso.

Ah, caralho.

-Mas que porra, Castiel!- me virei assustado, olhando Lysandre.  É,  eu tô fodido. -Você é um sem noção! 

-Como é que eu iria saber o que aconteceu com ela?- fiz um bico, emburrado.

-Ninguém te ensinou algo chamado “Bom senso”?- rangeu os dentes. -Pense antes de abrir a boca e falar merda!

-Acalma aí,  Lysandre!-Nathaniel o segurou. -Não se precipite. Vá tomar um ar e ler um pouco.-vi o albino bufar e sair andando até a copa.

-Cacete, nunca vi o Lysandre assim.-ouvi a voz de Kentin.

-Ele quase nunca fica assim.- arqueei minhas sobrancelhas, surpreso. Suspirei, massageando as têmporas.

-Eu bem que podia ter deixado ele te dar um soco pra ver se você se arrepende do que fez, mas tô vendo que você já tá fazendo isso por si próprio. -Nathaniel estava de braços cruzados,  com um ar irônico.

-Vai querer me dar lição de moral também,  idiota?- revirei os olhos.

-Você sabe que merece.- repetiu meu gesto. -Caralho, Castiel! Você simplesmente foi jogando tudo pra fora, sem filtro. Me admiro que ela não te deu um tapa na cara.

-Ela só riu.- Kentin disse baixo e depois arregalou os olhos. -Puta que pariu.

-O que foi?-o olhei.

-Ela está mal. Muito mal.- começou a negar com a cabeça freneticamente.

-Claro que está. Foi estuprada e depois levou uma avalanche de asneiras vindas da boca do idiota do cabelo vermelho. -estalei a língua, ignorando o que Nathaniel dissera.

-Por isso também,  mas me refiro a outra coisa.-Kentin coçou o queixo.

-O estado mental dela.-Lysandre disse, encostado no batente da porta da copa. -Ela provavelmente tomou diversos comprimidos de fluoxetina pra tentar se acalmar. -deduziu. -Vocês sabem os riscos disso, não é? - Neguei com a cabeça,  assim como os outros dois que encaravam o albino. -É possível que ela esteja sujeita a um ataque maníaco.

-Igual aquele que vimos outro dia?-Nathaniel parecia assustado.

-Pior.- ele fechou os olhos. -Se ficar irritada, é capaz de matar alguém.

-Muito engraçado,  senhor bicolor. Mas o primeiro de abril já passou.- sorri irônico.

-Sério que você está levando na brincadeira?- me encarou, incrédulo. -Eu estou falando uma verdade aqui. Se você se recusa a acreditar, faça um teste então.

-Tsc, largue a mão,  Lysandre.- revirei os olhos. -Ela não seria capaz de matar ninguém.

-Se prefere dessa maneira, não vou contestá-lo.-ergueu as mãos e arqueou os ombros. -Agora, mudando de assunto. Sobre o que acabou de acontecer aqui…

-Eu não vou me desculpar.- neguei.

-O caralho! Você vai sim!- ele ia avançar contra mim, mas Nathaniel o segurou, de novo. -Quem fez merda foi você, não ela!

-Lysandre, você sabe como ele é teimoso. Eu deixaria de lado se fosse você.-Nathaniel fazia um pouco de esforço para manter o albino no lugar.

-Acredite, eu não vou deixar de lado.-sorriu irônico. -Ou você se desculpa com ela ou eu vou chamar a Arlette aqui.

-Ah mas não vai mesmo.- duvidei.

-Duvida que eu faça? - semicerrou os olhos. Se soltou e pegou o celular em mãos. -O número dela está na discagem rápida. -permaneci calado. -Eu vou te dar três segundos para responder. Um…- começou.  Eu poderia até pedir desculpas, mas meu ego e orgulho são maiores. -Dois…- por outro lado, se ele ligar para Arlette,  além de me desculpar, vou ter de fazer isso ajoelhado e completamente cheio de marcas vermelhas de bofetões que irei levar, com certeza.-Tr…

-Ah, mas que porra Lysandre!- exclamei,  o interrompendo.  -Tá, tá! Eu me desculpo com a garota.

-E vai chamá - la para almoçar com você amanhã. -sorriu.

-O cacete que eu v…-parei de falar quando vi ele balançar o celular, sugerindo uma ligação para Arlette,  se eu não o fizesse. -Porra, você é um chantagista do caralho.

-É por isso que você me mantém aqui.- fez um high-five com Nathaniel. Fechei a cara.

-Quando ela chegar, mande-a ir até minha sala.- falei, sem me virar, indo para o conforto da minha cadeira de couro giratória.

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Demorou pelo menos uns vinte minutos para que minha porta se abrisse e Lysandre e Nathaniel entrarem, dizendo que ela já estava de volta.

-Siga o combinado.-Lysandre falou, indo para um canto, virado de frente para minha mesa. -Chame-a, por favor- Nathaniel assentiu, se retirando.

Eu sentia o olhar frio de Lysandre sobre mim. Era quase intimidador. Bufei, cruzando os braços.

A porta se abriu e eu a vi entrar, agora com passos mais firmes. Encarou a mim e a Lysandre em seguida. Estávamos num completo silêncio.

-Pode se sentar. -ela se sobressaltou de leve, assentindo e se acomodando na cadeira à minha frente.

-Deve-se de estar perguntando o que nós decidimos, não é? -olhei nos olhos dela, que acenou com a cabeça. -Mesmo depois de tudo, eu…- engasguei... -Eu lhe devo des-desculpas.- para depois gaguejar.

-Ah...-abriu a boca e arqueou as sobrancelhas.

-Essa é a parte que você diz “Eu aceito suas desculpas”-fiz uma cara de tédio.

-Oh, certo. Eu lhe desculpo, senhor Collins. -aquelas orbes verdes fizeram meu coração falhar uma batida. Mas que porra?!

-Certo.-assenti.

Voltamos ao silêncio. Ela parecia confusa.

Lysandre soltou um pigarro, chamando a minha atenção, e a de Debby também.  

Ele moveu os lábios “Convide-a, antes que e ligue para Arlette.” Estalei a língua, emburrando a cara.

-Há algo errado?-ela intercalava o olhar entre mim e Lysandre, que continuávamos a nos encarar.

-Castiel tem um pedido a você. -ele disse. Eu grunhi, quase o xingando.

-Eu… Queria que você… Almoçasse comigo. Amanhã-pedi, olhando para ela.

-Algum almoço de negócios ou algo assim?-me olhou. Apenas neguei.

-Um almoço de pedido de desculpas.-a encarei. Os lábios dela estavam tão chamativos. As bochechas cheias de sardas pequenas estavam coradas. Senti meu rosto começar ficar quente. Por que eu estava reparando nela? -Isso se você quiser, é claro.

-Eu aceito.- sorriu de forma singela.

-Ah, então está certo.-virei minha cadeira rapidamente para que ela não me visse corando.-Pode voltar ao trabalho.

-Sim, senhor Collins. -ela disse. Coloquei uma mão sobre a boca.

Ouvi seus passos e o som da porta abrindo. Pelo reflexo, enxerguei ela me encarando por cima do ombro, soltando uma risada leve e negando com a cabeça,  saindo em seguida.

Quando a porta fechou, ouvi Lysandre rir.

-Eu vivi para ver você corando.- apertava a barriga. -É hilário.

-Cale-se, imbecil- me levantei, indo ao frigobar.  

Eu precisava beber. E beber até cair.

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Naquela manhã,  minha gravata,  por mais que eu tentasse, não ficava alinhada de maneira alguma.

Eu já havia mandado eu belo “foda-se” para aquilo.

Estava com a cabeça apoiada em uma das mãos,  ouvindo aquele velho dizendo,  mais uma vez, sobre o fato de “os jovens de hoje em dia não tem pudor algum! Roupas curtas, músicas escrotas…” e mais blá, blá, blá de um velho senil.

Revirei os olhos, vendo que ele não calava a boca faziam vinte minutos.

Que caralho! Ele fica falando isso,  mas ficou cerca de cinco minutos babando olhando os quadris da minha secretária.

Velho senil idiota!

Quando, finalmente, o filho dele o fez se calar, encerramos a reunião, com sete minutos de atraso.

Tentei arrumar a gravata mais uma vez, sem sucesso. Bufei e saí daquela sala.

Eu estava quase suando frio. Parecia um adolescente que estava prestes a ter o primeiro encontro com uma garota gostosa.

Bom, a parte da “garota gostosa” não era mentira.

Eu já estava na “sala” dela. Ela estava encarando, de cenho franzido, um monte de papéis. Parei para analisá-la,  vendo seu corpo perfeitamente delineado dentro daquele vestido verde, de comprimento até os joelhos. Saltos altos, de cor bege, com solado vermelho, com uma abertura na frente. Os longos cachos caindo pelas costas, tendo uma trança presa na parte de trás da cabeça. Como sempre, acessórios aparentemente caros, combinando.

Ela notou a minha presença ali e arqueou as sobrancelhas.

-Há quanto tempo está aí? -sorriu de canto.

-Acabei de chegar. - dei de ombros. Ela murmurou algo incompreensível,  me fazendo ficar curioso.

-Eu só preciso guardar essas pastas e nós podemos ir.- segurou as quatro pastas grossas. -A não ser que tenha desistido da ideia…

“Se você desistir, sabe o que acontecerá”-a voz de Lysandre ecoou em minha mente.

-Eu espero, sem problemas. - coloquei as mãos nos bolsos fronteiros da minha calça.

Ela caminhou até a sala ao lado, não demorando muito, e voltando até sua mesa, pegando sua bolsa e celular.

-Pronto.- juntou ambas as mãos à frente do corpo.

-Então, vamos.- comecei a andar,  mas ela me parou ao depositar sua mão sobre meu peito.

-Um segundo…- colocou a bolsa novamente na mesa e ficou na minha frente. Engoli em seco, sentindo o leve aroma de baunilha que vinha dela. Mas não só baunilha. Havia também um forte cheiro de morangos. Meu coração acelerou. Batia tão forte que eu tive medo de ela escutá-lo. Ela não pareceu notar. Levou suas mãos à minha gravata, a alinhando, deixando-a perfeita. Sorriu satisfeita ao terminar. Direcionou seu olhar para meu rosto, que estava contorcido em uma feição assustada. Ela arregalou os olhos, dando um passo de quase um metro para trás,  com as mãos levantadas. -Desculpe… foi o TOC falando por mim.- virou o rosto, corando.

-Vamos.- falei simplesmente, saindo andando em direção ao elevador. Escutei seu passos atrás de mim logo em seguida.

Enquanto esperava o elevador, tentei acalmar eu coração,  respirando fundo.

Eu parecia um marica idiota.

Idiotamente apaixonado.

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-O senhor me trouxe para um restaurante italiano?- ela me olhou, meio surpresa.

-Poucos sabem, mas minha comida preferida é a italiana.- comentei com descaso. Ela sorriu, me fazendo quase corar. Indiquei que ela fosse à frente, e eu a segui prontamente.

Pedi uma mesa para dois e nos acomodamos numa mesa redonda bem ao centro do estabelecimento.

Ela pareceu analisar o cardápio com curiosidade.

-Já escolhi.- fechou o menu, sorrindo. -Um risoto à moda e uma água,  por favor.

-E o cavalheiro? - me olhou.

-Um tortelline e um Châteauneuf du Pape, sua melhor safra.- entreguei o cardápio nas mãos dele, que apenas assentiu, se retirando.

Debby estava olhando o local, com um sorriso no rosto. Parou seu olhar em mim, vendo que eu a observava.

-Eu notei algo.- disse, apoiando os cotovelos na mesa, entrelaçando os dedos e apoiando o queixo sobre eles.

-O quê? -arqueei uma sobrancelha.

-Você não está sendo irônico. E isso me assusta. Está tudo bem?- ela parecia preocupada.

-Você está imaginando coisas. Eu estou normal.- falei.

-Isso não soou nem um pouco irônico. Você esta realmente mal.-negou com a cabeça.

-Não é isso…- neguei. -Só…

-Não gosta quando é chantageado a fazer coisas que não quer?- sorriu de lado.

-Basicamente.-dei de ombros.

-Se não queria ter me trazido aqui, era só dizer, senhor Collins. Eu teria recusado.- se endireitou na cadeira.

-E por que aceitou?-indaguei.

-Pela comida, é claro.-riu, tampando a boca com os dedos. -Mas, já que estamos aqui, vamos nos conhecer.

-Não acho que minha vida seja da sua conta. -acabei sendo grosso. Ela apenas sorriu.

-Você tem duas escolhas.-o prato foi depositado em sua frente. -Pode me dizer quem é Castiel Robert Collins ou deixar que eu fique com o superficial, que nesse caso,  são os comentários das pessoas.

-E você acha que o que eu poderia te contar seriam verdades? - bebi um gole de vinho.

-As suas mentiras podem ser mais verdadeiras do que o que os outros dizem sobre você.-mastigou um pouco.

-Touchè!- sorri de lado. -Acho que posso contar algo para você. -ela parou de beber a água.  -Se você me disser mais sobre Debby Williams.

-Ah, esperto. Uma coisa pela outra-passou o dedo na borda da taça. -Aceito sua proposta.

-As damas primeiro. -indiquei.

-Até parece que é cavalheiro. -revirou os olhos. -Não tem muito o que saber sobre mim. Dezenove anos, fugiu de casa para seguir o sonho, um pai manipulador, órfã de mãe e com uma avó fada-madrinha.

-Só isso? Pensei que fosse dizer sobre seus namoradinhos…-fui irônico.

-Olha só a ironia saindo da toca.- mastigou mais um pouco. -Não tenho muito o que falar da minha vida amorosa. Mas se quer saber, foram vinte e cinco.- Eu engasguei com a massa, a assustando. -Você está bem?- eu tossia. Peguei o copo de vinho e o virei, conseguindo respirar. Quando me acalmei, a olhei e vi que ela segurava o riso.

-Está rindo do que?- a encarei.

-Sua reação!  Foi a melhor- bebeu um gole de água,  tentando parar de rir.

-Ah, então você estava brincando?- indaguei.

-Sua reação não foi em vão,  senhor. Foram vinte e cinco, exatamente.-abriu um sorriso.

-Então você é namoradeira.-afirmei.

-Não,  não.  Eu nunca disse que estive com eles porque queria.-cruzou os talheres. -Todos arranjados. Nunca gostei de nenhum.

-Provavelmente essa foi a causa de sua fuga de casa.-deduzi.

-Essa foi exatamente a causa.-voltou a apoiar o queixo sobre as mãos. -Chega de falar de mim. Sua vez.

-Acho que o básico você já sabe,  vindo de Arlette.-assentiu. -Então sobra pouco o que dizer. Estou nessa pelo simples fato de nosso sistema funcionar hereditariamente. Ajo e sou o que sou hoje devido ao fato de minha criação não ter sido das melhores. O rosto você já sabe.

-Sexo, bebidas e prostitutas.-revirou os olhos. -Whoa, estou satisfeita.

Terminei o vinho, chamando o garçom,  pedindo a conta. Depois de pagá-la, saímos do restaurante,  caminhando para o grande edifício espelhado lentamente.

Podia ouvir ela cantarolar algo. Era agradável de se ouvir.

Entramos no prédio,  passando pelo hall de entrada. Percebi alguns olhares curiosos sobre nós. Fechei a cara e apertei o botão do elevador mais algumas vezes, até que a porta se abriu.

Ao chegarmos à sala dela, ela se virou para mim, levantando a cabeça para me olhar nos olhos.

Ainda acho incrível o fato de ela usar saltos tão absurdamente altos e ainda continuar baixa.

-Foi uma boa refeição. -ela deu de ombros,  sorrindo. -Obrigada.

-Disponha.-respondi. -Mas não conte com isso.

-Nosso relacionamento é estritamente profissional. - ela completou. -Mas eu quero recompensá - lo.-um milhão de coisas poderia ter passado pela minha mente, mas só uma passou. Sexo. -Se está pensando que eu vou transar com você,  tira o cavalinho da chuva.- revirou os olhos.

-O que seria?- perguntei.

-Isso.- apoiou as mãos em meus ombros e se elevou, depositando um beijo singelo sobre minha bochecha esquerda. Fiquei meio sem reação. -E você tem que responder alguns e-mails agora. Sugiro que comece logo.- se afastou, indo para a copa. -Bom proveito.- entrou no cômodo,  sumindo.

Permaneci parado ali, abobado. Pisquei algumas vezes,  me recuperando do choque.

Ela havia beijado a minha bochecha. Se meu coração fosse uma pessoa, ele estaria pulando.

Pigarreei, voltando ao meu normal. Me virei para ir para a minha sala, , as escutei o baque surdo de porcelana espatifando contra o chão.  

Franzi o cenho, girando os calcanhares,  dando meia volta.

Entrei no cômodo e vi um copo completamente destruído chão.

Olhei para cima e me assustei.

O cano da arma bem próximo à minha testa. Debby sendo segurava em um abraço forçado,  tentando,  inutilmente, sair do aperto e correr.

Então ele sorriu, sádico.

-Olá, Castiel.


Notas Finais


O final foi digno de final de novela.
Só quero ver o que vocês acharam.
Até a próxima!
~Kissus, ~ StrangeDemigod


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