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História Professional Relationship - Capítulo 27


Escrita por: StrangeDemigod

Notas do Autor


Olha só quem veio trazer um capítulo mais cedo?!
Eu mesma, huehue.
Pra quem passou a sexta e o sábado confeitando ovos de Páscoa, tive tempo de escrever.
Tô até feliz!
Ah, esse aqui tá bem recheado.
Vamos lá porque eu vim pra deixar todo mundo putasso.
Por quê?
Boa leitura!

Capítulo 28 - Capítulo 27


Fanfic / Fanfiction Professional Relationship - Capítulo 27

Castiel

Olhei para cima e me assustei.

O cano da arma bem próximo à minha testa. Debby sendo segurada em um abraço forçado,  tentando,  inutilmente, sair do aperto e correr.

Então o cara sorriu, sádico.

-Olá,  Castiel.

Trinquei o maxilar, mexendo no meu paletó,  à procura de minha arma. Infelizmente, ela havia ficado na minha mesa.

-Merda!- chiei baixo, quase soltando um rosnado.

-Parece que está desarmado…-o desgraçado riu. -Que peninha.

-O que faz aqui?- questionei.

-Vim buscar o que é meu!- apertou a cintura dela, fazendo ela gemer, com lágrimas nos olhos.

-Me solta!-o socava. -Está doendo.-ela devia de estar com muita dor.  -Por favor…

-Você está machucando ela, não está vendo?- apontei. -Solte-a. Agora!

-Acho que não vai ser possível-Dimitry negou. -Ela vai vir comigo, não é amor?

-Ah, vai à merda.- ela quase cuspiu na cara dele.

-Alguns dias com eles e já está falando palavrões? -estalou a língua. -Que feio! Uma dama não age assim…-me olhou. -Saia da minha frente.

-Solte-a.- repeti.

-Vou contar até três! -puxou o cão da arma. -Três!-atirou contra o teto, me deixando desnorteado.

Fui empurrado, caindo no chão, enquanto ouvia os passos dele indo na direção do elevador.

Me levantei o mais rápido possível e corri na direção do elevador. Quando cheguei ao corredor, as portas estavam se fechando.

-Debby!- gritei,  ainda correndo.

-Castiel!-ela exclamou, tendo, em seguida, um pano colocado sobre o nariz e boca. Ela desmaiou, sendo segurada por aquele desgraçado, que sorriu presunçoso.

E então as portas se fecharam.

Apertei o botão diversas vezes,  achando que aquilo resolveria.

Trinquei o maxilar, indo em passos rápidos até minha sala e pegando minha arma.

O tilintar do elevador ecoou quando eu checava a quantidade de balas no revólver.

-Castiel? Ouvimos depoimentos de que houve um disparo no andar. -Nathaniel estava com uma cara confusa.

E quando é que ele não está?

-A Debby foi levada.- falei, guardando a arma no cós da calça.

-O QUÊ?!- Kentin exclamou,  extremamente alto.

-Foi aquele maldito que apareceu na festa da Arlette,  junto ao velhote.- fechei as mãos em punhos.

-Nós precisamos ir atrás dela!- e agora Nathaniel estava desesperado.

-Não sabemos para onde ele a levou! Como vamos encontrá-la?-Lysandre disse.

-Ele está à caminho do armazém. -Kentin disse, olhando seu celular. -O nosso armazém.

-Como você sabe disso?- Nathaniel indagou.

-Não importa agora. Só vamos.- falei, correndo na direção do elevador.

----

Eu acelerava pela estrada, ultrapassando todos os carros que via pela frente.

-Vai devagar, Castiel! Ou você vai nos matar aqui!-Nathaniel exclamou, do banco traseiro.

-Cale a boca!- retruquei, apertando o volante e pisando no acelerador.

Fiz a curva, cantando pneus e freei bruscamente.

Saí do carro sem me preocupar em fechar a porta.

Minha arma já estava em mãos enquanto eu corria até o grande portão do armazém.

Quando consegui,  finalmente, enxergar os dois, vi Dimitry tentando enforcar Debby com uma corda. Ela se debatia, tentando puxar a corda de seu pescoço.

-Debby!-gritei. Eu ainda estava meio longe, mas foi o suficiente para fazer Dimitry a soltar. Ela caiu no chão de quatro,  tossindo e passando a mão pela garganta.

-Solte ela agora, seu desgraçado! -Kentin rosnou.

-Vocês têm a mania escrota de querer que eu solte ela.- a puxou,  abraçando sua cintura com força -Olha como somos um casal perfeito, não é, amor?

-Ah!- ela soltou um gemido de dor.

-Seu filho da puta! - Nathaniel exclamou, apontando a arma para ele. Os outros fizeram o mesmo, enquanto Dimitry apontava a sua na direção de Debby

-Estão mesmo dispostos a querer salvá-la?-ela parecia querer desmaiar. Seu corpo estava tombado para o lado. -Mal a conhecem!

-E você conhece?- Lysandre perguntou, tentando descobrir algo.

-Ah, mais do que vocês,  com certeza! -sorriu. -Principalmente essas curvas, não é gostosa?

Engoli em seco, querendo vomitar.

Debby se mexeu, colocando ambos os pés no chão. Dimitry a olhou, esperando alguma reação.

Essa só veio segundos depois, quando Debby o atingiu com um soco bem no nariz.

Ele cambaleou para trás, e ela teve a chance de roubar a arma das mãos dele.

-Sua vadia!- ele segurava o nariz. Vi o maxilar dela ficar tenso.

-Fica de joelhos.-falou, apontando a arma na direção dele. Dimitry riu.

-Você acha que só porque tem uma arma em mãos agora é a toda poderosa?-gargalhou. -Você não mata nem uma mos…-ele se calou, caindo deitado no chão.

Ela havia disparado bem no joelho dele. E o mais engraçado era que ela quase não sentiu o tranco da arma, permanecendo com ela firme na mão.

O cara gemia, tentando alcançar a própria perna.

Debby andou até ele, com um sorriso estranho estampado em seu rosto.

-Estava dizendo algo, querido?- pisou sobre o meio das pernas dele com o salto. Eu quase pude sentir aquela dor no meu próprio membro.

-Ah, filha da pu…-ela não deu tempo de ele dizer. O puxou, fazendo-o se sentar.

-Nunca chame minha mãe de puta.- ela disse baixo. Vi ele arregalar os olhos. -E não diga o que não sabe, querido. -sorriu mais ainda. -Você se lembra do que fez, Dimitry. Você cometeu quatro strikes.

-Quatro strikes?- perguntou, confuso.

-Uhum.- ela moveu a cabeça. -Strike um, quando você tentou me estuprar; Strike dois, quando você tentou fazer o mesmo na festa de Arlette; Strike três, acabou de cometer o mesmo erro ao me jogar contra o capô daquele seu carro imundo-ela cuspiu, limpando os lábios em seguida.

-Eu… Uh- ela o fez fechar a boca, novamente.

-Shiu, eu ainda não acabei. - passou a arma pelo maxilar dele -O comum é ter apenas três strikes no jogo da vida, mas você é um sortudo que conseguiu quatro.-disse. -Quarto e último strike: você tentou me matar.-negou com a cabeça- Isso não se faz… De qualquer maneira, quais suas últimas palavras?

-Você não teria coragem-riu. -Nem sei como você está segurando essa arma. Você é hilária.

-Você que é!- ela apontou a arma para a cabeça dele,

-Debby, não faça algo de que irá se arrepender depois.- Nathaniel disse.

-Escute seus amigos.-ele sorria.

-Você ainda duvida de mim.- arqueou uma sobrancelha, indignada.

-Você está hesitando…-apontou.

-Eu só queria que você me visse bem.- a arma foi encostada na testa dele -Pois vai ser a última coisa que você vai ver.- puxou o cão. - Diga olá ao meu avô por mim lá no inferno, seu desgraçado!

E atirou.

Ela recebeu uma rajada de sangue, sujando seu corpo e rosto.

Dimitry caiu no chão, morto. Sua expressão de surpresa ficaria gravada ali.

Ela grunhiu, batendo um pé no chão.

-Debby!- Kentin segurou o ombro dela. Foi por pouco que ela não voou uns bons dois metros de susto.

-Tudo bem? - Nathaniel estava meio assustado.

-É, sim. -deixou a arma cair contra o peito do falecido, andando em passos rápidos até o carro do sujeito, retirando um galão de gasolina de lá.

-O que você…?- Lysandre começou, mas nem se deu ao trabalho de continuar.

Ela simplesmente abriu a tampa do galão e deixou toda a gasolina molhar o corpo de Dimitry.

Abandonou o galão assim que este se encontrou vazio,  e estendeu a mão para mim, sem sequer me olhar.

-Seu isqueiro-demorei um pouco para entregar o isqueiro na mão dela.

Tocou fogo contra o corpo. O crepitar das chamas começou e foi aumentando gradativamente.

Ela engoliu em seco e se virou de costas para o fogo, dando três longos passos.

Colocou a mão sobre o peito, fungando.

Caiu de joelhos, abraçando a si própria.

Começou a soluçar alto.

Era como se…

Ela tivesse, finalmente,  percebido o que fez.

Mas aquele choro não era de remorso.

Era de alívio.

Fiquei encarando ela. Não consegui me mexer.

Exatamente.

Eu, que estava desesperado para encontrá-la,  não saí do lugar para ir tentar confortá-la, ao menos.

O corpo se consumiu nas chamas e tudo que restou foi um cadáver irreconhecível e completamente carbonizado. A arma sumira, provavelmente havia se fundido ao corpo dele.

Debby havia parado de chorar. Se levantou e limpou o rosto.

-Debby…-Kentin foi tocá-la mais uma vez, mas ela recuou.

-Eu tô toda suja de sangue, Kentin.- falou baixo, ainda de costas para ele.

-Você está bem mesmo? - perguntou.

-Já disse que sim.- abraçou os cotovelos. -Tem como me levar até em casa? A aula começa em uma hora e eu ainda nem tomei banho.

-Você não vai pra aula, Debby.- falei, guardando minha arma.

-Perdão? - se virou para mim.

-Exatamente o que ouviu.- cruzei os braços.

-Você não manda em mim.-revirou os olhos.

-Ah, não me subestime. -me aproximei. -Tô mandando você não ir para a aula. Vai descansar a cabeça até se sentir melhor.

-Eu já estou me sentindo melhor.- me olhou nos olhos.

-Não é o que seus olhos dizem.- falei, retribuindo o olhar. -Você está traumatizada porque matou alguém pela primeira vez. É normal. Todos já passamos por isso. Então, acredite. É melhor seguir o meu conselho.

-Como pode ter tanta certeza que eu nunca matei antes?- a voz dela estava seca.

-Seu peixinho que morreu porque você esqueceu de alimentá-lo não vale.-sorri de escárnio.

-E você ainda consegue ser babaca.- ela suspirou, frustrada. -Eu não preciso descansar a cabeça. Preciso ir à aula. E fazer o que vim fazer nessa cidade.

-Você vai acabar enlouquecendo se for.- falei.

-Não,  eu vou enlouquecer se ficar em casa.-me contradisse.

-Ah, Debby…- Kentin começou.

-Pela milionésima vez, eu estou bem!- puxou os cabelos. -Se vocês não vão parar com essa merda, tudo bem. Eu vou pra casa sozinha.

-Como? Andando? Boa sorte!- ela andava calmamente. Já estava numa distância considerável até.

Mas aí parou perto do meu carro.

Olhou por cima do ombro na minha direção. E sorriu.

Entrou no veículo e o ligou. Vi ela apertar o volante, parecendo pensar em algo. Balançou a cabeça, engatando a marcha e acelerando. Os pneus fazendo um barulho alto, assim como o motor. Quando percebi, meu carro havia se perdido do horizonte.

-Meus parabéns. - Lysandre riu, batendo no meu ombro. -Vem, Kentin, vamos dar um jeito nesse corpo aqui.- chamou.

-Ela está enlouquecendo aos poucos.-Nathaniel comentou ao meu lado, observando as marcas de pneus no chão.

-Aí que você se engana.- olhei para trás, na direção do corpo carbonizado. -Ela está louca.

----

Depois de nos livrarmos dos restos, pegamos o carro dele e voltamos para o prédio.

Achei que encontraria as coisas dela lá,  mas me enganei.

Quero dizer, parcialmente.

Havia um telefone no chão. Era o telefone de teclas dela.

O peguei e guardei no bolso antes que os outros vissem.

-Uma pergunta… Como você sabia onde ela estava?- me virei para Kentin.

-Eu?- apontou para si.

-Não,  minha avó. - revirei os olhos. -Você mesmo, idiota.

-Bom, uh… Não sei.-deu de ombros.

-Não de uma de loiro burro.- rangi os dentes.

-Exatamente.-Nathaniel concordou. -Ei!

-Você está “stalkeando” a Debby?- Lysandre indagou, cruzando os braços.

-Hmm...-Kentin não conseguia dizer.

-Ah, cara, que nojo!- Nathaniel fez um barulho rouco, como se fosse vomitar.

-Esperem, não é o que vocês estão pensando.-acenou com as mãos freneticamente.

-Se explique. -dei a chance.

-Ela tem um rastreador no corpo.- suspirou. Arregalei meus olhos.

-Como você sabe disso?-franzi o cenho.

-Não importa!- se alterou um pouco. - Nos ajudou a achá-la, não é?

-Pode até ser...-semicerrei os olhos.

-Deixe quieto, Castiel.-Lysandre disse. -Vamos encerrar o dia. Coisas demais já aconteceram hoje.

-É, tem razão. - respondi, já saindo daquele local mais uma vez naquele dia.

Quase bati na minha própria testa ao chegar ao térreo.

Meu carro.

Quis gemer, frustrado.

Espero que ela não tenha destruído o meu filho.

Saí do prédio, chamando um táxi.

----

Eu não estou preocupado. Eu não estou preocupado. Eu não estou preocupado.

Olhei o relógio pela milésima vez naquela hora.

Ela estava para sair da aula. faltavam trinta minutos.

-Que porra!- me joguei no sofá.

Ok, talvez eu estivesse um pouco preocupado.

Comecei a balançar uma perna, nervoso. Em seguida, roí as unhas. E mais uma vez, olhei no relógio.

“Chega!”- exclamei mentalmente.

Eu precisava vê-la.

E aproveitaria para devolver aquele celular. E pegar o meu carro de volta.

Me vesti com a primeira camiseta, calça e tênis que encontrei.

Saí do apartamento rapidamente,  já chamando um táxi assim que cheguei na calçada. Era horrível ter de pagar uma fortuna por uma viagem de trinta minutos. Dei o dinheiro de mau grado e saí do carro, me encostando no muro, perto do portão.

Queria poder fumar, mas havia esquecido minha carteira de cigarros em casa. Eu estava nervoso, como mais cedo. Igualzinho a um adolescente.

Pigarreei, limpando a garganta.

Algumas pessoas começaram a sair. Estava tão escuro que ninguém notou minha presença ali.

Consegui ver uma cabeleira preta e uma grande protuberância na parte traseira.

Era ela, com certeza.

A puxei,  tampando sua boca e a arrastando para o beco mais próximo.

Quando chegamos,  levei um chute na canela.

-Ai!- gemi, soltando ele. Quase que ela escapa, mas consegui pegá-la novamente.

-Me solta!- se debatia.

-Oe, Debby! - foi só eu abrir a boca que ela parou instantaneamente.

-Castiel?-indagou, inclinando a cabeça para o lado.

-Quem mais?- perguntei retoricamente.-Algum ex-namorado seu?

-Nem brinque com isso.-puxou os pulsos para longe das minhas mãos. -O que faz aqui? E com essas roupas?

-Ah, nada demais.-dei de ombros.- E qual é o problema com o que estou vestindo?

-Você está… Normal.-suspirou. -E isso é estranho.

-Devo dizer obrigado? -  sorri de canto.

-Nem perca seu tempo.- revirou os olhos. -Você não respondeu minha pergunta.

-Sobre o que estou fazendo aqui?- questionei. Ela apenas assentiu. -Achei que você daria falta disso aqui.-Levantei o aparelho na linha dos olhos dela.

-Oh, céus! Então eu deixei cair.- pegou o celular de minhas mãos. -Se eu perco isso…

-Sua avó pensa que você morreu.- acabei completando a frase.

-É. -Franziu o cenho.-Anda escutando conversas por trás da porta, senhor Collins?

-Você que não consegue ser discreta. -foi a minha vez de revirar os olhos.

-Bom, obrigada pelo telefone.- guardou na mochila. Ela ia andar, mas eu a parei.- Algum problema?

-Não. -respondi.

-Então,  poderia me soltar?- sorriu.

Engoli em seco, a analisando.

Os lábios perfeitos; os olhos brilhantes; a sobrancelha encurvada; a pele macia; os cabelos sedosos.

Eu não vou fazer isso.

Lambi meus próprios lábios, mordendo o inferior em seguida.

Eu não vou fazer isso.

-Merda…-murmurei. Meus olhos estavam fixos na boca dela.

Eu não vou fazer isso.

-Castiel?- me chamou.

Foi a gota d’água.

Eu não ia fazer. Ela me obrigou.

Ela arregalou os olhos quando eu a puxei para perto.

Nossas respirações próximas.

Os olhos dela sobre os meus. E os meus sobre os lábios dela.

-Foda-se.

Foi tudo o que falei antes de colar meus lábios aos dela.


Notas Finais


É isso.
Desejo muitos ovos do coelhinho da Páscoa ou do senpai vestido de coelhinho-isso seria bom- a vocês.
Podem ficar putassXs, eu deixo.
Até semana que vem
Kissus, ~ StrangeDemigod


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