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História Professional Relationship - Capítulo 2


Escrita por: StrangeDemigod

Notas do Autor


Demorei, mas voltei!
Tô passando por uns probleminhas em casa, mas nada que prejudique o andamento da fic. O problema é a criatividade mesmo!
Boa leitura!

Capítulo 3 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction Professional Relationship - Capítulo 2

“Subi as escadas e quando cheguei ao topo, um grito me fez parar.

-SAIBA QUE VOCÊ NÃO É MAIS BEM VINDA NESSA CASA!- ele berrou.

“Eu não me importo” - pensei.

Com esse pensamento, me dirigi para fora do salão, abandonando toda a vida que eu conhecia.”

Não olho para trás, não olho para trás

Senti os flashes capturando cada passo que eu dava. No meio do tapete vermelho, arranquei meus saltos e continuei o trajeto descalça. Quando estava prestes a chegar à limusine, ouvi alguém me chamar.

-Querida!- olhei para a minha esquerda e encontrei minha avó ao lado de um Bentley Continental GT V8 S de cor prata. Com a boca aberta em um “O” perfeito, a analisei.

-Vovó! Olha só você!- exclamei, a analisando de cima a baixo.

Josephine Mccullen Bernaldi. Essa mulher nem parece que está na casa dos sessenta. Suas curvas estavam perfeitamente delineadas na saia lápis com triângulos desenhados e em couro. O cropped preto era de ombros de fora. Os sapatos igualmente pretos e de bico fino tinha algumas tiras. Ela usava uma gargantilha dourada, que combinava com os anéis, pulseira e brincos. Os cabelos louros arruivados estavam presos em um rabo de cavalo e sua maquiagem só tinha como destaque o batom vinho.

-Não temos tempo! Seu pai com certeza logo virá. Entre logo.- ela falou meio afobada, me chamando com a mão e entrando no carro. Andei rapidamente até o veículo e entrei, sentando no banco do passageiro, logo colocando o cinto. Minha avó ligou o carro e saiu cantando pneus. Tenho certeza de que ouvi gritos de meu pai ao fundo, mas ignorei.

__//__

-Então quer dizer que Dimitry tentou te estuprar?- minha avó apertou a mão no volante, acelerando o carro por um momento. Ela rosnava. -Aquele desgraçado!

Estávamos a caminho de minha casa. O caminho que minha avó havia tomado era um pouco longo. Logo percebi que era porque ela queria conversar.

-S-Sim...-gaguejei, suspirando. -Papai fez a maior confusão.

-E como você se sente?- ela indagou.

-Eu acabei de deixar toda a vida que conhecia para trás.-eu refleti.- Mas estou decidida.

-Decidida? Quanto ao quê?- arqueou uma sobrancelha.

-Eu vou estudar em Amoris.- respondi e senti ela brecar o carro.

-ISSO É SÉRIO?!- ela berrou, quase me deixando surda.

-Sim, vovó.- eu dei uma leve risada com a reação dela. -Eu quero liberdade. Amoris é o lugar perfeito para um refúgio.

-Você não conhece ninguém e ninguém te conhece. Realmente... O lugar perfeito.- ela falou. Mas em seguida franziu o cenho.- Quero dizer, quase perfeito.

-Como assim?- eu estava confusa.

-Seu pai tinha negócios com alguns de lá. Para eles te reconhecerem seria fácil.-batia insistentemente o indicador no volante. -A não ser...

-O quê?- olhei-a.

-Uma mudança de visual!- foi como se uma lâmpada tivesse acendido acima da cabeça dela.

-Mudança de visual?- eu pensava sobre aquilo.

-Sim, sim.- ela sorriu. -Mas antes de mais nada, vamos até a sua casa pegar todas as suas coisas.- e ela cantou pneus mais uma vez.

__//__

Depois de entrarmos correndo na mansão onde eu morava, eu e minha avó pegamos todas as malas que encontramos e jogamos tudo o que era meu. Joias, sapatos, roupas, tudo. Depois, jogamos todas as malas dentro do carro dela e zarpamos dali. Ela fez uma parada em uma loja para comprar algo que ela não me mostrou. Chegamos à casa dela e ela me puxou até o quarto dela, fechando a porta. Levava a sacola consigo.

-O que tem nessa sacola?-indaguei.

-Isso.- e me mostrou as duas caixas de tinta pra cabelo. Peguei em minha mão. Era uma tinta para cabelos escuros, de cor preta para ser mais exata.

-Você vai pintar meu cabelo?- eu estava um pouco surpresa. E fiquei mais ainda quando ela assentiu.

-Já consegui um apartamento nas localidades próximas à faculdade em Amoris.- ela respondeu.

-Como você pensou em tudo tão rápido?- perguntei, com um sorriso no rosto.

-Eu já fui esposa de um mafioso. E sou mãe de um. Acredite, aprendi alguns truques.- ela deu uma pisadela.

Depois de perder o marido, ela ficou abalada, e muito. Pior ainda quando meu pai assumiu à Máfia. Vovó ficou preocupada em ele se tornar igual ao vovô. Ou pior... Acabar morrendo como ele.

Quando Yuno, minha mãe, apareceu. Minha avó ficou numa felicidade extrema. É bem difícil a sogra gostar da nora, não? Infelizmente a morte dela foi o estopim para meu pai voltar ao que era e minha avó ficar mais temerosa ainda. Eu era a única que poderia trazer a felicidade ao meu pai novamente.

Mas todos se cansam um dia. E eu me cansei.

Vovó foi a única que me apoiou na ideia de participar da seleção para o Curso de Ídolos da faculdade. E foi graças a ela que eu fui para lá, lógico, que escondida de meu pai. Ela arranjou documentos falsos e uma peruca para eu me disfarçar. Me inscreveu com outro nome. Debby Williams. Aquela fora uma semana cheia - e a melhor da minha vida inteira. E quando acabou, retornei para casa como se nada tivesse acontecido. A carta havia sido endereçada à casa de minha avó e ela me trouxe o documento quando o mesmo chegou, deixando-me feliz e preocupada ao mesmo tempo. Depois do fracasso de hoje, eu finalmente me decidi. Eu irei estudar na mesma faculdade que minha mãe.

-Certo, vovó. Estou pronta.- eu disse quando ela veio até mim com aquela tigela cheia de tinta escura. -Mas vou fechar meus olhos por precaução.- ela riu baixo.

Senti ela começar a pincelar a minha raiz, depois indo para o comprimento do meu cabelo. Ela enrolou tudo e colocou uma touca térmica em minha cabeça. Depois de mais ou menos meia hora, ela me fez tomar um banho para lavar a cabeça. Ela tampou todos os espelhos que ela tinha por ali. Acabei meu banho e me enrolei numa toalha. Vovó me sentou no vaso de tampa fechada, enquanto secava meu cabelo, primeiro com a toalha, depois com o secador e finalmente a prancha.

-Preparada?- ela indagou, pronta para puxar a toalha que cobria o espelho.

-Sim.- respondi. Ela fez um pequeno suspense, depois puxou a toalha e eu finalmente pude me ver. Eu tinha paralisado. Ela apenas havia pintado meu cabelo e deixou minhas sobrancelhas um pouco mais escuras, para não ficar estranho. Mas ainda assim, estava extremamente diferente. Parece que aquela cor havia ornado com meus olhos verdes e tom de pele.

-Você parece a sua mãe.- Ela me segurou pelos ombros e beijou a minha testa. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto. -Descanse. Eu vou comprar passagens para amanhã bem cedo.

-Obrigada por tudo vovó.- a abracei.

-Não tem de que, querida.- desfez o abraço e saiu do quarto.

Vesti a primeira roupa que encontrei depois me deitei, adormecendo rapidamente.

__//__

No dia seguinte, acordei com minha avó dizendo que teríamos um voo em duas horas. Corri para me aprontar. Tomei um banho e depois me troquei. Um cropped branco rendado, uma saia rodada com estampa de flores azuis, sapatos de bico fino igualmente azuis, assim como o blazer. Minhas joias carregavam safiras e pequenas pedrinhas de brilhante. Arrumei os cabelos e depois desci as escadas. Minha avó me entregou uma maçã e depois pegamos um táxi até o aeroporto.

Usamos dois carrinhos só para as minhas malas. Ela não levava nenhuma. Só uma bolsa. Fizemos o check-in e embarcamos.

Foi uma viagem longa e um tanto cansativa, mas quando avistei a Torre Eiffel, meus olhos brilharam ainda mais. Pousamos e pegamos as malas, indo em direção ao apartamento onde eu moraria.

-Pedi para a minha amiga escolher a melhor decoração para você.- minha avó disse quando me entregou a chave. Destranquei a porta e respirei fundo, contando até três mentalmente.

Quando abri a porta me surpreendi. Era maravilhoso!

-Obrigada, vovó!- a abracei bem forte.

-Vai conhecer tudo.- ela deu uma piscadela para mim. Sorrindo, observei tudo.

Era um apartamento bem grande, admito.

A sala tinha três paredes pintadas de um tom de marrom claro. A quarta parede estava com madeira mais escura, com prateleiras que tinham vasos e quadros de fotos sobre ela. Um raque em tom de branco e bege com uma televisão e algumas gavetas. Cortinas brancas sobre uma porta que dava para a varanda. Uma mesinha de centro retangular e tapete bege. Sofá acinzentado com almofadas em tom de marrom e branco. Em ambos os lados do sofá, haviam mesinhas circulares. A do lado da parede que dava para a varanda tinha um vaso e um abajur. E a que dava para o corredor, também tinha um abajur e tinha velas aromatizantes. E atrás do sofá, haviam dois belos quadros, grandes, com desenhos de flores. Um era rosa e branco e o outro era verde e branco.

Sorrindo, andei para a direita, em direção à cozinha. Ela era enorme. As paredes em tom bege deram um toque simples ao cômodo. Ao meu lado esquerdo, havia uma mesa branca com cadeiras pretas, além de ter um vaso com margaridas. Ao centro da cozinha havia um balcão com o mesmo tom da mesa, com dois banquinhos altos e pretos acompanhando. Armários em branco e preto. Geladeira preta e fogão branco. A pia com mármore branco e acima dela uma janelinha que dava para a lateral do prédio. Voltei à sala e segui para o corredor, abrindo a primeira porta a esquerda.

Era o banheiro. Era um tanto pequeno, mas com suas coisas confortavelmente colocadas. As paredes em marrom claro e branco. Um pequeno lustre para iluminar. Um grande espelho a minha frente, emoldurado em preto. Duas pias em cima de um armário preto. Ao meu lado esquerdo, havia um espelho menor, mas este era um armarinho. E ao meu lado direito, uma banheira branca e um pequeno box com chuveiro. Fechei a porta e fui até a que estava do outro lado. Abri e fiquei maravilhada. Era meu quarto.

Todo branco com carpete bege felpudo. Uma mesa preta para estudos, com uma cadeira transparente. A cama de casal com travesseiros, lençóis e edredom brancos. Uma mesinha de cabeceira com um abajur em cima. A parede acima da cama, haviam diversos quadros, todos representando árvores e flores. Do outro lado do quarto, havia um sofá branco encostado na parede, com uma pequena mesa transparente e redonda a frente, e acima do sofá, estava a janela, que dava a vista perfeita para a cidade. Minha vontade ela de pular na cama, mas uma porta dentro do quarto me chamou a atenção. Andei até ela e a abri, me surpreendendo.

Era um closet, inteiramente branco. Do lado direito, diversos cabides pendurados, com divisões grandes. Haviam gavetas abaixo dali. A frete, milhares de divisões para sapatos, com certeza. À esquerda, as mesmas divisões da direita. No centro, um móvel com diversas gavetas e a parte de cima feita de vidro. Era para guardar joias e perfumes.

Ao fim do meu tour, encontrei minha avó sentada numa cadeira na cozinha.

-Acabou sua excursão?- falou cômica. Assenti.

-É tudo muito lindo, vovó.- sorri. -Obrigada, mais uma vez.

-Ora, não precisa agradecer.- falou. -Mas agora, vamos conversar.

-Sobre o quê?- indaguei, confusa.

-Seu pai não pode saber que você está aqui, então me dê seu celular.- peguei-o em minha bolsa e o entreguei. Ela o abriu e retirou algo de lá. Ela me mostrou um chip que estava ali. -Ele te rastreava.- ela pegou o chip e um martelo -provavelmente do além- e o amassou. -Agora ele não conseguirá fazer isso.- colocou outro chip lá e me devolveu o celular. -E pegue isto.- me entregou uma caixa. Abri e encontrei um celular simples, de teclas. -É um celular descartável. Só eu tenho o número dele. Então, se outra pessoa ligar para ele, jogue-o fora imediatamente, ouviu?-assenti. -Certo. Tome, isto também.- me entregou um envelope. -Use para fazer compras, afinal você precisa se alimentar. É também para a taxa de inscrição da faculdade.- suspirou.- Infelizmente, não posso lhe dar mais, querida.

-Eu compreendo, vovó.- sorri. -Obrigada. Amanhã mesmo eu irei procurar um emprego.

-E para isso, precisará disto.- me entregou um envelope maior. O abri e encontrei um currículo. -Tive a oportunidade de fazê-lo para você. É só tirar cópias.- suspirou. - Acho melhor eu ir.- passou a mão pelos cabelos. -Se cuide, querida.-  pegou a bolsa, indo em direção à saída. Dei mais um abraço nela e ela se foi.

Fechei a porta e encostei a cabeça na mesma.

-Estou livre, realmente.- falei.

__//__

Depois de algumas compras de suprimentos, assim como uns bons livros de receitas, além de fazer minha inscrição na faculdade -que começaria na noite seguinte. Resolvi dormir um pouco. Minha cabeça estava cheia, acabei por apagar assim que encostei a cabeça no travesseiro.

Quando acordei, quase cai ao levantar. Não estava acostumada com o fuso-horário. Meus olhos doíam um pouco, mas me esforcei a entrar no box e tomar um bom banho para relaxar. Demorei meia hora e, quando saí, sequei os cabelos e fui direto ao closet.

Optei por usar uma calça legging preta, uma camisa azul de botões, com mangas compridas e sapatilhas do mesmo tom da camisa, com suas pontas prateadas. Coloquei brincos e um anel com pérolas. Depois fiz uma maquiagem simples, um delineado fino e batom cor da boca. Peguei uma bolsa preta com alça longa e me dirigi à cozinha. Tomei um copo de suco e comi algumas torradas prontas com geleia. Depois do café da manhã, peguei o envelope com o currículo e parti.

Sou uma mulher adulta

Posso fazer o que eu quiser

Havia uma pequena banca de jornal perto do prédio, então preferi comprar um jornal e olhar os classificados.

Circulava todas as ofertas que me pareceram agradáveis. Observei que uma delas era perto de onde estava. Logo, fui para lá.

Quebra-tempo: quatro horas.

-Sinceramente, isso é cansativo.-murmurei, riscando mais uma oferta de emprego que havia circulado.

Eu rodei Amoris inteira e nenhuma oferta me chamou realmente a atenção. Muitas pediam experiência e, as que não pediam, eram serviços que eu sabia que jamais conseguiria realizar.

Parei para tomar um café e respirar um pouco. Peguei o copo, paguei e saí do estabelecimento. Voltei a andar para casa.

“Está tudo bem, Angely. É só o primeiro dia. Você pensou que o emprego perfeito fosse cair do céu?”- meu subconsciente me dizia.

Eu estava distraída e não notei um homem que também transitava por ali. Trombamos e eu derrubei meu café no chão. Olhei para cima, pronta para reclamar, porém não tive a chance. Ele me observava de cima a baixo, com as sobrancelhas arqueadas. Parei para analisa-lo também. Ele era alto, com cabelos castanhos e olhos verdes escuros. Usava um terno inteiramente preto, apenas com a camisa branca. A gravata estava desalinhada e minha mão formigava para arrumá-la. Sim, eu tenho um transtorno compulsivo obsessivo com coisas fora de lugar ou desalinhadas.

-Venha comigo.- ele disse simplesmente, segurando-me pelo pulso. Eu tentei me soltar, mas ele foi mais rápido e me puxou para o prédio a minha frente.

“Porque eu simplesmente não grito?”- pensei, enquanto ainda tentava me soltar. Um clarão surgiu na minha cabeça. Eu sempre fazia isso. Minha garganta trava e eu não congo falar, por mais que tente. “Mecanismo de defesa de merda.”- me xinguei mentalmente.

Ele me puxou para o elevador e apertou um botão.

“Céus, será esse o meu fim?”


Notas Finais


Música utilizada: Grown Woman - Beyoncé
Espero que tenham gostado! No próximo, teremos uma surpresinha *risos*
Até breve!
Kissus, ~StrangeDemigod


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