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História Professional Relationship - Capítulo 34


Escrita por: StrangeDemigod

Notas do Autor


Eu sei, de novo!
Juro que não foi intencional!
Eu fui tirar um cochilo de cinco minutos, mas acabei dormindo mesmo.
Acordei com uma cara de c*, xingando muito.
Bom, sei que esse capítulo ta meio monótono -mesmo com as altas relações, mas as coisas vão esquentar a partir do próximo.
Boa leitura :3

Capítulo 35 - Capítulo 34


Fanfic / Fanfiction Professional Relationship - Capítulo 34

 Angely 

Respira e inspira… Se acalme.

Fechei a gaveta com força,  produzindo um barulho alto.

Ok, não dá para ficar calma.

Ele me tratou como uma empregada qualquer. Uma secretariazinha que traz café para ele quando bem entender!

Ele pode até pagar meu salário,  mas me rebaixar… Isso nunca!

Se não fosse por mim, ele estaria completamente perdido!

Voltei à minha mesa a tempo de ouvir meu celular tocar.

-Sim?

-“É com Debby Williams que falo?”

-Sou eu mesma, quem é?

-“Aqui é do consultório do doutor Richard, lhe informo que o resultado dos seus exames estão prontos. O doutor quer remarcar. Quando estará disponível?”

-Oh, certo… -olhei para o calendário. -Estou livre após as dezoito horas.

-“Correto. Então,  está marcado.”

-Muito obrigada. -encerrei a chamada.

Bom, era meu horário de almoço.

Talvez uma caminhada iria esfriar minha cabeça.

----

É,  eu estava errada.

A cada passo que eu dava, à procura de um bom restaurante,  minha mente pensava nele.

Babaca! Energúmero desgraçado!

Depositei a bolsa sobre a mesa.

Ok, talvez papéis me ajudem a ficar mais calma.

-Sub parágrafo 7…-franzi o cenho. -O quê?

Aquilo tudo estava uma bagunça sem fim!

Por que eu fui me embebedar? Por que fui transar com o Castiel -que por acaso é o meu chefe-? E por que não consigo simplesmente esquecer isso?

Gemi em frustração.

-Parece que você finalmente se estressou.

Me virei e me surpreendi.

-Arlette?!-joguei aquelas folhas na mesa e praticamente a puxei para um abraço.

-Isso tudo é minha falta?-retribuiu o abraço. -Fazem só algumas semanas.

-Parecem meses.

-Eu sei.

-E então? Como anda a aposentadoria?

-Melhor do que eu imaginava.-sorriu. -Que tal discutirmos nisso enquanto tomamos algo?

-Por favor, você na frente.-apontei,  a seguindo.

Ela se serviu de uma xícara de café, enquanto eu de um copo de água.

-Bom, por onde começo? -indagou a si própria. -Ah, já sei. Eu finalmente realizei meu sonho de passar alguns dias em Paris.

-Ai meu Deus! - exclamei, batendo palminhas. -Deve de ter se esbaldado nas compras,  não é?

-Esse casaco aqui não é de uma loja qualquer.-se gabou, me fazendo rir.

-Parece que tudo se resolveu, afinal…

-Sim…-pareceu refletir. -Mas e quanto a você? Como tem ido aqui?

-Ah… Bem, na medida do possível. -dei de ombros. -Eu finalmente acabei aquela papelada que você me deixou.

-E o Castiel? Espero que não estejam tentando se matar.

-Ele?- engoli em seco. -Nosso relacionamento tem algumas farpas, mas nada muito sério.

-A faculdade? Como anda?-bebericou o café.

-As últimas semanas têm sido um pouco cansativas,  já que estamos perto de um festival.-suspirei. -É um grande evento, estou meio nervosa.

-Sei que vai se sair bem.-acariciou minha mão,  me fazendo olhá - la. -Ah, esse olhar…

-O que tem?

-É igual ao da minha filha quando tinha sua idade.

-Você tem uma filha? Que incrível! - arqueei as sobrancelhas, surpresa.

-Sim, sim. -pareceu ficar meio abatida.

-Oh céus, Arly, não me diga que ela…

-Está está viva, acalme-se.-me tranquilizou. -Ela só está… Perdida.

-Desaparecida?

-Perdida no próprio mundo.-sorriu, sem humor.

-Isso… Parece ser algo complicado.

-E é, em partes... -olhei-a, curiosa. -Não quero chateá-la com minhas histórias…

-Aprendi da pior maneira que reprimir sentimentos só faz mal.-agarrei as mãos dela. -Pode desabafar, sou toda ouvidos.

-Eu não fui mãe muito jovem, mas o pai dela era mais novo do que eu…  Eu trabalhava para ele, na época. Inevitavelmente acabei me envolvendo com ele. Fora um relacionamento casual e, consequentemente, passageiro. E quando contei a ele que estava grávida, ele não quis aceitar, e se negou a assumir a criança. -vagueou em lembranças. -Ainda me lembro de quando ela nasceu… Tão frágil, tão linda. Queria poder ter segurado ela mais uma vez, mas…

-Arly, não precisa continuar, se não quiser…-eu via elas são desabar bem na minha frente. Quase senti vontade de chorar junto.

-Está tudo bem…-sorriu por entre as lágrimas. -Eu queria tanto, mas tanto poder ter minha filha em meus braços… Mas o pai dela a tirou de mim.-limpou o rosto.-Disse que a criaria com a noiva dele, enquanto eu poderia ficar livre do fardo. Se não fosse mais humilhante, ele ainda me obrigou a trabalhar para ele por um longo tempo.-suspirou. -Eu a vi crescer e se tornar uma cópia do pai, sem saber que eu era sua mãe.

-Mas que horrível,  Arly!-acariciei seus ombros, tentando confortá-la. -Por quanto tempo ficou trabalhando para o pai da sua filha?

-Até ele passar o cargo para neto.-me olhou.

Retribui o olhar, pensativa. As engrenagens do meu cérebro giravam, ligando todos os pontos. Quase ouvi um tilintar de sinos quando absorvi tudo.

-Qual o nome da sua filha?

-Valérie. Atualmente,  Valérie Collins.

-Puta que pariu.-acabei soltando,  fazendo Arlette me encarar feio. -Desculpe.

-Você está chocada.

-Claro que estou!-me levantei da cadeira, começando a andar de um lado a outro. -Você não só me disse que é a avó do Castiel, como também trabalhou para ele, sem ele saber da sua relação.

-Eu nunca disse que Castiel não sabia.

-Como é?

-Ele sabe do meu envolvimento com o avô dele. Sabe de toda essa história. -falou. -Mas, assim como eu, prometeu não contar à mãe dele.

-Mas ela precisa saber.

-Se Valérie descobrir,  Alexander  mata a mim e a ela num piscar de olhos.-negou com a cabeça.-Eu não quero que minha filha morra.

-Ele não seria capaz de matar a própria filha…

-Alexander foi criado por russos… É frio e, aparentemente, sem sentimentos algum.-explicou. -Não hesitaria, em nenhum segundo.

-Valérie não é tão agressiva…

-Ela ainda mantém o sangue russo nas veias. “Cruéis até o fim” é o dilema deles.- terminou o café.  -Só é mais amena por ter conseguido fazer o que queria.

-O curso de ídolos?

-Sem sombra de dúvidas. - se levantou, seguindo para a minha mesa. A acompanhei. -Debby, me prometa… Não conte a ninguém sobre isso… Principalmente à Valérie.

-Eu não vou…-cruzei os dedos. -Juro juradim!

Olhei para o lado, a tempo de ver Alexander Dzerjinsky parar de andar quase que instantaneamente. Castiel se colocou ao lado dele, desviando seu olhar por todos os que estavam ali.

-Alexander.- Arly disse.

-Arlette...

Os dois mais velhos se encaravam.

Eu não sabia o que estava refletido no olhar deles, mas era uma mistura complexa.

Troquei um olhar rápido com Castiel. Ele pensava o mesmo que eu.

Aquilo não daria em boa coisa.

-Você… Está diferente.- o avô de Castiel ainda dava uma boa olhada para Arlette.

Quase retorci minha expressão, em nojo. Como ele pode ser tão cínico?

-Faz só algumas semanas que não nos vemos, Alexander. Eu apenas cortei o cabelo, nada demais. -ela engoliu em seco. -Bom, querida, eu tenho que ir.

-Hey, Arlette? - ela já estava na frente do elevador. Se virou e me olhou. -Apareça lá para me ver, aposto que vai adorar.

-Com certeza irei. Qual o dia?

-Qual o dia do quê?-desviei meu olhar e encontrei a pessoa que menos esperaria.

-Senhora Collins…-ri, nervosa.

-Você não respondeu à minha pergunta.-me encarou, fria.

-Bem…-minha espinha gelou. -Eu estava convidando Arlette para o festival da universidade.

-Ah, esse festival.-pareceu se lembrar. -Qual o dia?

-Será no dia seis de outubro…

-Eles sempre homenageiam alguém, então fazem o festival no dia do aniversário dessa pessoa. -disse.- A única pessoa que sei que faz aniversário nesse dia é…

-Yuno Nagashaghi,  é. -abracei os cotovelos. -Justamente no ano em que eu entro, eles homenageiam ela. Que ironia.-comentei, rindo sem humor. Elas me olhavam, meio incrédulas. -Desculpem. Enfim, espero te ver lá,  Arly.

-Claro que sim, querida.-sorriu. -Beijinhos.

-Até…-acenei.

-Você está bem?-Valérie indagou, assim que as portas do elevador se fecharam.

Ela estava preocupada comigo?

-Estou sim, obrigada por perguntar.-sorri fraco.

-Hm, onde está meu filho?

-Junto do senhor Dzerjinsky, logo ali. -apontei. Ela apenas assentiu. -Aceita algo?

-Uma xícara de café,  por favor.

-É para já.

Entrei na copa, soltando o ar que nem sabia que prendia.

Estranhamente, aquilo me pareceu uma reunião familiar, a qual eu não deveria interromper.

Suspirei, servindo o café na xícara.

Aquela história da Arly ainda me rondava a cabeça. Imagina como é,  ver a filha crescer mas sem poder sequer tratar ela como tal.

Senti um aperto no peito.

Por que mafiosos são tão…

Cruéis?


Notas Finais


Enfim, sem muitas declarações, até domingo!
Kissus, ~ StrangeDemigod


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