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História Professional Relationship - Capítulo 3


Escrita por: StrangeDemigod

Notas do Autor


Helloou, it's me....
Voltei, pois é!
Trouxe esse humilde capítulo e espero que gostem.
Boa Leitura.

Capítulo 4 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Professional Relationship - Capítulo 3

“-Venha comigo.- ele disse simplesmente, segurando-me pelo pulso. Eu tentei me soltar, mas ele foi mais rápido e me puxou para o prédio a minha frente.

“Porque eu simplesmente não grito?”- pensei, enquanto ainda tentava me soltar. Um clarão surgiu na minha cabeça. Eu sempre fazia isso. Minha garganta trava e eu não congo falar, por mais que tente. “Mecanismo de defesa de merda.”- me xinguei mentalmente.

Ele me puxou para o elevador e apertou um botão.

‘Céus, será esse o meu fim?’”

Ok, ok. Nada de pânico... Nada de pânico!

“Eu vou morrer, meu deus...”- meu subconsciente falava.

Para de drama!

“Está certo que eu nunca fui religiosa ao extremo, mas seria uma hora ruim para eu começar a rezar?” -minha cabeça chegava a doer.

Olhei para aquele homem, que ainda segurava o meu pulso. Ele parecia afobado com algo, já que seu cenho estava franzido e ele suava.  O elevador subia numa velocidade lenta, me deixando mais apavorada do que nunca.

“Para onde estou indo, Deus?”- pensei, suando frio. O número dos andares aumentava mais e mais. Até que parou no andar cinquenta e seis. As portas se abriram e aquele homem me puxou. Minhas pernas trêmulas davam passos falhos, e eu cairia se não estivesse sendo segurada. Andamos por um corredor, onde as paredes eram brancas e os pisos pretos.  Eu estava tão aterrorizada que nem notei quando chegamos a uma sala.

 Um sofá vermelho à minha esquerda, com uma mesa de centro com algumas revistas. Uma porta na parede esquerda, dando para uma copa -pelo menos era o que aparentava. A minha direita, não existia parede. Era uma janela revestida com insulfilme, enorme e dando a vista da cidade inteira. E, a minha frente, uma cena que deveria ser um tanto cômica. 

Dois homens de pé discutiam, apontando um para o outro e estavam quase saindo no soco. Havia uma mesa com uma tela de computador e algumas pastas, e na cadeira atrás dela, uma senhora passava mal. Suava e respirava forte. Um homem de cabelos brancos e pontas escuras tentava dar um copo com o que parecia ser água com açúcar. Mas ela estava quase desmaiando.

O homem que me segurava me soltou e foi até lá, correndo. Pegou um leque, o abrindo com as duas mãos e começando a abaná-la. Mas ele fazia isso com tanta violência, que não seria o suficiente para acalmar a pobre mulher.

Percebi que estava livre e comecei a me virar para ir embora, mas algo no meu peito se apertou... Eu não poderia deixar aquela senhora naquela situação. Respirei fundo e me virei, indo em direção à mesa. Retirei o leque da mão do meu “sequestrador” e peguei o copo da mão do outro.

-Vocês dois! apontei para o albino e para o moreno. -Peguem-na e a coloquem no sofá, cabeça no braço do sofá.- eles pegaram a mulher no colo, a levando. O leque estava em minha mão direita e eu o abri, segurando firme. Dava leves abanadas no rosto da mulher, deixando que ela recebesse o ar em pequenas lufadas. A respiração dela se acalmou e ela abriu seus olhos, sentando-se no sofá.

-Ai, minha cabeça.- reclamou. Abri minha bolsa e vi que tinha uma bala lá. A peguei e entreguei para a senhora, que me olhou por um instante, antes de abrir o pequeno pacote e colocar a bala na boca.

-Arly, você está bem?- o de cabelos brancos indagou a ela.

-Sim, meu bem.- ela apertou a mão dele. Suspirei, me afastando em seguida.

-Você, mocinha.-me chamou e me virei para olhá-la. -Venha até aqui, querida.- andei até ela e sentei-me ao seu lado.

-A senhora está melhor?- perguntei enquanto analisava a mulher. Ela tinha longos cabelos grisalhos, algumas poucas rugas em seu rosto, denunciando a idade- que seria por volta de seus sessenta e seis anos-, os lábios franzinos e os olhos numa cor que eu sempre amei e invejei: azul claro.

-Sim, meu bem.- ela sorriu. -Se você não tivesse chegado, acho que eu teria morrido.- brincou e eu dei uma leve risada, cobrindo minha boca com a ponta dos dedos. -Mas me diga... Qual seu nome?

-Sou Debby Williams.-respondi, sorrindo.

-Muito prazer.- ela acenou com a cabeça. -Ah, antes que me esqueça... Sou Arl...- ela não conseguiu terminar de falar. Os outros dois homens que estavam brigando quando eu cheguei àquele lugar, continuavam na mesma gritaria até o momento. A senhora se dirigiu até os dois e deu um puxão na orelha de cada um.

-Ai, Arlette!- um deles falou. Ela os puxou os dois até a minha frente. Arqueei minhas sobrancelhas, meio surpresa com a atitude dela.

-Oras, mais respeito!- ela bufava. -Parece até que eu não dei educação a vocês.- soltou ambos. -Estamos com uma convidada aqui.

-Mais uma de suas “candidatas”, Arlette?- um deles indagou. Aquela voz fez percorrer um arrepio em minha espinha. Era grossa e fria. -Mande-a embora. É só mais uma oferecida.

Opa, opa, opa! Esse cara me chamou do quê?

Me levantei e me coloquei ao lado da senhora.

Eu posso ser um pouco louca

-Com licença, senhor.- eu comecei. -Eu posso ser muitas coisas...- coloquei minha mão direita na cintura e inclinei o quadril. -Mas, com certeza não sou uma “oferecida.”- meu tom foi polido, mas o pingo de frieza não passou despercebido.

Eu não posso ser modificada

Ele arqueou suas sobrancelhas e foi aí que pude observá-lo melhor. Ele era alto- um metro e oitenta, eu acho. Ombros largos, ainda mais ressaltados pelo paletó preto que usava. Os sapatos eram polidos e as calças sem amassado algum. Braços fortes e mãos grandes. Seu rosto era quadrado, com queixo e lábios finos. Tinha barba rala - que estranhamente, na minha opinião, lhe dava um ar sexy. Seus olhos eram cinzas, do tom de nuvens tempestuosas. E ele tinha estranhos cabelos vermelhos, penteados para trás.

-Quem é você?- ele tinha uma expressão sarcástica em seu rosto. Aquele estranho sorrisinho de lado fez mais um arrepio percorrer minha espinha.

-Não lhe interessa, Cabeça Vermelha- revirei os olhos. Ele assumiu uma expressão raivosa e vi que os outros prenderam a risada.

-Ora sua...- ele foi interrompido.

-Pare de gracinhas, Castiel. Mais respeito com uma dama.- a senhora lhe repreendeu. Ele bufou e se afastou, acendendo um cigarro.

-Ele realmente vai fumar aqui dentro?- indaguei a ela, enquanto ela me conduzia de volta ao sofá.

-Esse menino não tem jeito.-ela negava com a cabeça. -Enfim, como tentei dizer antes, sou Arlette Blanche, secretária dele.- apontou o de cabeça vermelha.

-Uma pergunta...-comecei. -Por que a senhora ainda trabalha? Não querendo me intrometer, mas acho que uma mulher como a senhora já deveria ter se aposentado.

-De fato, querida.- ela concordou. -Mas, infelizmente, não consegui alguém para me substituir.

-Me deixe adivinhar... O bonitão ali diz não a todas que você designa?- perguntei retoricamente.

-Exatamente.- ela confirmou.

-Sei que irá encontrar alguém qualificado para o cargo.-sorri, confortando-a. Olhei o relógio que tinha ali, vi que já eram mais de quatro horas da tarde. Levantei afobada, assustando a todos. -Droga!

-Algo errado?- a senhora indagou, confusa.

-Ah, não, não.-  peguei minha bolsa. -Eu sinto muito por interromper a conversa, mas eu realmente tenho de ir.

-Sem problemas.- ela sorriu. -Muito obrigada.

-Ora, não há de quê.- fui até ela, segurando suas mãos. -Qualquer coisa, me ligue nesse número.- anotei rapidamente o meu telefone para ela. -Estarei aqui de prontidão para ajudar.- me despedi dela com um beijo no rosto e acenei aos outros.

-Já vai tarde.- ouvi aquela voz dizer. Apertei o botão do elevador, que estava no andar cinquenta e quatro. As portas abriram e eu entrei.

-Ei, Elmo!- chamei sua atenção. -Foi um desprazer conhecê-lo.- ele ficou surpreso mais uma vez e eu apertei o botão do térreo.

Enquanto as portas se fechavam, eu dei uma piscadela, só para irritá-lo mais.

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 Castiel

-Garota insolente.- rosnei baixo.

-Mas gostosa pra caralho.- o loiro ao meu lado falou. -Você viu aquela traseira?- ele abriu os braços, exagerando na medida dos quadris da morena. Não demorou muito para ele levar um golpe na cabeça, dado por Arlette e sua pasta companheira.

-Modos, Nathaniel!- ela resmungou, abrindo a pasta em seguida. Ela analisou o conteúdo dali, com certo interesse. E isso não passou despercebido por mim.

-O que tem aí, Arlette?- indaguei, indo até ela.

-É o currículo daquela menina.- ela ainda mantinha seus olhos sobre o papel.

-Está pensando em contratá-la?- arqueei minha sobrancelha.

-Ela não tem tanta experiência no cargo...- a interrompi.

-Na realidade, nenhuma experiência.- fui irônico. Em troca, recebi um peteleco na testa.

-Não me interrompa, moleque.- ela resmungou. -Como eu dizia... Apesar de ela não ter tanta experiência no cargo... Ela foi a única que não se atirou para cima de você.- revirei os olhos.

-Ela é igual as outras.- cruzei os braços. -Essas garotas de hoje em dia podem parecer as mais santas, mas todas são um bando de putas.

-Toda pessoa do sexo feminino é assim pra você.- ouvi uma voz atrás de mim. Era Lysandre. -Tirando sua mãe e Arlette.- ele disse, de braços cruzados. -Só porque você foi traído, não significa que todas as outras mulheres do mundo sejam iguais a ela.

-Mas são!- exclamei, nervoso. -Não dá para confiar.

-Você não tem jeito.- a mulher ao meu lado suspirou. -Mas, felizmente, essa escolha não cabe a você.

-Como assim? Você realmente vai contratá-la?- eu estava incrédulo.  

-Exato.- ela afirmou com a cabeça.

 -O que ela tem de tão especial para você a escolher sem mesmo ter entrevistado ela?- cruzei os braços.

-Ela salvou a minha vida.- ela me olhou. -Deus sabe lá o quê teria acontecido se ela não tivesse chegado.- juntou as duas mãos na frente do corpo. -Além de tudo, ela tem caráter.

-Ela é insolente, intrometida.-eu falei.

-Olha aí duas coisas que vocês dois têm em comum.- ela foi irônica. Revirei os olhos.-Aqui está o currículo dela. Dê uma lida. É um tanto quanto interessante.- bufando, peguei a pasta da mão dela.

“Debby Williams, 19 anos, solteira...” - anotava mentalmente tudo o que lia. Franzi o cenho.

-Iniciou o Curso de Ídolos, na Faculdade de Sweet Amoris.-sorri. -Ora, ora, ora. Temos aqui uma aspiran­te a cantora.

-Não utilize esse tom de deboche. - ouvi Lysandre dizer. -Para ela ter entrado, deve de ser realmente muito boa.

-Duvido.- dei de ombros.

-São, pelo menos, 580 candidatos competindo por vaga.- ele falou. -Numa multiplicação simples, mais de 5.800 pessoas competem por ano. Apenas para conseguir um lugar entre os dez.- ele sorriu de escárnio. -A julgar pela aparência dela,  provavelmente ela entrou de primeira. Então, sim. Ela é muito boa.

-Só acredito vendo.- falei.

-Então tire suas próprias conclusões, pois você é quem irá informá-la sobre a admissão no cargo.- Arlette disse.

-O QUÊ?- berrei.

-E nem adianta dizer não.- ela falou.

-Por quê eu, Arlette?- perguntei. -Já que quer tanto ela no seu lugar, vá você atrás dela.

-Modos comigo, idiota!- recebi um tapa na testa. -Quero que você vá porque eu preciso resolver toda a papelada para admissão dela, além de reestruturar toda a sua agenda. - se virou para mim. -A não ser que você prefira fazer isso.

-Não, de maneira nenhuma.- me esquivei.

-Ótimo.- suspirou, pegando uma grande pasta.-Tenho certeza de que você e ela vão se dar bem.

-A não ser que eu a mate, primeiro.- resmunguei.

-Pare de falar bobagens.- me deu um beijo na bochecha, indo para a copa.

Voltei até minha sala. Peguei um copo com whisky e me joguei em minha cadeira, bufando. Atirei a pasta sobre a mesa. Dei duas boas goladas no líquido e me lembrei da morena.

“Tenho a estranha sensação de que já vi aqueles olhos verdes em algum lugar.”- pensei, enquanto franzi o cenho. Afastando esse pensamento, voltei-me para o meu telefone, que tocava incessantemente.

-Collins.- falei ao atender.

-Seu carregamento chegou.- a voz do outro lado disse. Sorri.

-Me encontre no local combinado, já estou a caminho.- falei e desliguei.

Terminei meu whisky e ajeitei minha arma no cós na calça, saindo da sala em seguida.          


Notas Finais


Música utilizada: Can't be tamed - Miley Cyrus
Gostaram da surpresa? Nosso Castzinho chegou abalando, monamu!
Esses capitulos iniciais são mais fracos mesmo. A melhor parte fica sempre fica para depois *hehehehehe*
Kissus, ~StrangeDemigod


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