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História Professional Relationship - Capítulo 39


Escrita por: StrangeDemigod

Notas do Autor


Pois é
Demorei, mas tô aqui
Ahahahhha
Não quero atrapalhar muito, então
Boa leitura
*sugiro ouvirem a música Bom Bidi Bom-Do Nick Jonas" na parte final*

Capítulo 40 - Capítulo 39


Fanfic / Fanfiction Professional Relationship - Capítulo 39

Angely

-Desse jeito, vou precisar de uma hidratação suprema.-vi Alexy terminar de trançar o meu cabelo.

-Você combina mais com o cabelo cacheado,  fazer o quê…- deu de ombros.

-Você sabe que eu sei amarrar um tênis, não é Rosalya?- ouvi a voz de Kim do outro lado do meu quarto.

-Desculpe, estou meio empolgada. Preciso extravasar o nervosismo.- Rosa respondeu.

-Percebe-se. Seus dedos não param de mexer.-Leigh disse.

-Daqui a pouco eles vão parar na sua cara!- ela semicerrou os olhos.

-Rosalya, se acalme!- a abracei.

-Não dá pra ficar calma! -fez um bico. -Tudo tem de sair perfeito!

-Tudo já está perfeito, Rosa.-revirei os olhos.

-Olha o que você fez no meu cabelo!- Kim mostrou a cabeça. -Parece até que você fez mágica!

-Eu… Só conheço uns truquezinhos…- riu de leve.

-Está vendo? Fiz você se distrair.-Kim sorriu para ela.

-Não há com o que se preocupar, querida.- dei um beijo na bochecha dela, deixando uma marca de batom. -Bom, já estamos prontas e está quase na hora.

Como voltaríamos ali mais uma vez, Rosa, Alexy, Leigh e Kim não se preocuparam em deixar as coisas no meu apartamento.

Caminhamos novamente até o campus, vendo que haviam mais pessoas do que quando saímos.

-Vocês estão lindas!- ouvi a exclamação e em seguida o flash de câmera cegou meus olhos.

-Íris! Espere!- pedi, rindo. -Precisamos de uma pose!

Puxei Kim até perto do muro. Ela cruzou os braços e eu segurei minhas tranças pelas pontas, inclinando um pouco a cabeça. Íris tirou a foto em seguida.

-Ok, agora precisamos correr!-Kim segurou o meu braço e nós corremos para o backstage, acenando para os que ficaram.

O resto já estava lá. Ansiosos,  balançando as mãos e dando pulinhos.

Havíamos escolhido alguém para cantar e esse alguém era Patrick. Nós, os outros, faríamos o coro. Fui até ele, que se assustou quando toquei seu braço.

-Fique calmo! Não sou um fantasma!- ri da expressão dele.

-Desculpe…-soltou um pigarro.

-Alguém está nervoso.- arqueei uma sobrancelha.

-Talvez um pouco…-suspirou.

-Então esqueça isso!-segurei uma de suas mãos. -Você é ótimo! E todos vão amar você-fiquei na ponta dos pés e depositei um beijo na bochecha dele.

-Bem, bem, chegou a hora!- o locutor falou, ouvindo o público berrar. Peguei um bambolê e me preparei, citando um mantra de motivação bem baixo. -Eles são as nossas jóias do ano! É com vocês, pessoal!

Fomos entrando, um atrás do outro, nos posicionando. Coloquei o bambolê no chão,  à minha frente e abaixei a cabeça.

A música se iniciou. Patrick cantando e, junto a nós, seguindo a coreografia.

Depois de um giro, peguei o bambolê e o liguei. As luzes se acenderam. O girei pelo braço,  em sincronia com as meninas, onde cada uma girava numa parte do corpo.

Sincronizados, na batida da música, peguei o bambolê em mão e corri até uma ponta do palco.

Carrie estava na outra. Abandonei o bambolê, assim como ela e, ambas, em direções opostas, fomos dando entrelinhas . Na última, demos uma sem usar as mãos e pegamos o bambolê que a outra havia deixado.

Agora, estávamos perto do fim.

Me movi até Alec, começando a imitar seus movimentos como se fosse um espelho. Joguei o bambolê para cima e dei uma estrelinha para trás,  pegando o bambolê em seguida.

Terminei segurando o bambolê para cima e uma das pernas erguidas, formando um ângulo de noventa graus.

Uma chuva de prata caiu sobre as nossas cabeças e comemoramos, pulando em círculo e abraçados,  ouvindo as palmas e gritos do público.

----

-Vocês arrasaram, meu deus!-Alexy sequer ligou para o fato de estarmos suadas, nos abraçou em conjunto, apertando bem forte.

-Que pernocas, hein!- ouvi um assobio.

-Devo dizer obrigada?-Sorri, apoiando a mão na cintura e inclinando o quadril.

Kentin estava parado com os outros rapazes. Nathaniel não tirava os olhos das minhas coxas; Lysandre olhava para atrás de mim; e Castiel… Olhava para os meus olhos. Retribui o olhar, sentindo os pulmões em brasa e a respiração forte. Mordi o lábio inferior e vi um sorrisinho de canto se formar no rosto dele.

Desviei o olhar e esfreguei as coxas discretamente.

O que eu estava sentindo?!

Antes que eu pudesse entrar em mais uma batalha mental, Kim me puxou para dançar.

Bom, ainda tinha duas horas para sair e me arrumar para a apresentação final. Mas ainda estava apreensiva. Como eu faria um discurso sobre a minha própria mãe, fingindo sequer ter a conhecido?

----

Acabei ficando mais do que o necessário debaixo do chuveiro. Mas ainda bem que havia levado o sutiã e a calcinha para o banheiro. Mal abri a porta e um azulado e uma albina me puxaram na direção do meu quarto.

Meu apartamento estava uma bagunça! Todas as meninas estavam lá, usando e abusando da minha hospitalidade. Cada uma opinava sobre o que deveria ser feito no meu cabelo, sobre a maquiagem e quase me fizeram trocar minha lingerie! Depois de muito esforço, Rosalya conseguiu levá-las para a sala, enquanto Alexy arrumava meus cabelos e Leigh terminava os últimos detalhes do meu vestido. Minutos depois, eles dois também foram para a sala, dizendo que aguardariam com as outras para podermos ir.

Estava sozinha com meus pensamentos pela primeira vez naquele dia. Remoí tudo o que aquela data significava e me segurei para não chorar. Se minha maquiagem borrasse, iria deixar suspeitas aos outros.

Soltei o ar pela boca, engolindo em seco. Eu não podia demorar muito.

Me vesti e coloquei os saltos. Pisquei algumas vezes e sorri para mim mesma. Abri a porta e caminhei até a sala, onde fui recebida com sorrisos e o flash da câmera de Íris.

-Ficou bom mesmo?-indaguei,  olhando para o vestido e depois para eles.

-Você está linda!-Violette disse, com seu ar tímido.

Sorri para ela.

-A última apresentação é em dez minutos.-Peggy informou.

-Então, vamos.-suspirei, os seguindo.

Assim que passei pelos portões da faculdade, me separei de todos. No backstage, o locutor suspirou.

-Está bonita nesse vestido.- sorriu.

-Obrigada.-retribui.

-Bom, agora é hora do discurso.-me entregou o microfone.

Em passos firmes, andei pelo palco até parar no centro. A noite estava estrelada e a lua brilhava. Percebi que todos ficaram em silêncio e esperaram eu começar a falar. Engoli em seco e sorri.

-Uh...Oi.-acenei discretamente, encolhendo os ombros. -Eu, sinceramente,  não sei como começar isso… Então, me perdoem se sair algo sem nexo da minha boca.-alguns riram. -Pois bem… Acho que muitos pensaram apenas uma única coisa quando me viram hoje… "Ela é a cópia da Yuno!"- fiz uma expressão de surpresa, tentando imitar o que algumas pessoas fizeram comigo mais cedo. -E se você não pensou, tenho certeza que deve de ter o feito agora.- vi um cara que estava próximo ao palco fazer uma expressão incrédula. -Eu não conheci a Yuno pessoalmente. Mas vi o que ela fez; o jeito que ela fez todas aquelas coisas boas.-senti meus olhos arderem. -Eu posso até me parecer com ela, mas eu não sou como ela.- lambi os lábios. -Mas isso não significa que eu não possa me inspirar nela e tentar ser como... Não. Eu posso tentar ser melhor do que ela. E vocês podem ser assim também! -engoli meu choro. -Yuno deixou o seu legado. Então,  por que não seguir o exemplo dela?-caminhei, devagar. -As coisas que fazemos, por mais pequenas que sejam, geram grandes consequências. E se essas coisas forem boas coisas?-arqueei uma sobrancelha. -Ajudar e amar ao próximo; fazer uma criança triste a mais feliz do mundo!-me lembrei do sorriso de Nicolas, correndo e brincando pelo parque. -São essas pequenas atitudes que fazem a diferença.-permiti deixar uma lágrima escorrer. A limpei, rindo. -Acho que alguém se emocionou com o que disse.-brinquei. -Espero que se sintam motivados, inspirados, para que, quando saírem daqui, façam coisas boas, sem arrependimentos.-funguei. Houve uma salva de palmas e gritos. Esperei um pouco para continuar a falar. -Bem, infelizmente, essa é a última apresentação!- um coro de indignação se fez. -Eu sei, é triste. Mas, mais uma vez, vamos cantar uma música dela, com um toque diferente, é claro.-sorri e andei até o centro do palco novamente. -Então, quero que todos vocês cantem! Sintam a energia dessa música!-fiz um sinal.

O leve som de guitarra ecoou. Segurei o microfone firme.

I had a dream / ( Eu tive um sonho)
We were sipping whisky neat / (Estávamos bebendo whisky puro)
Highest floor, the bowery / (No andar mais alto, num hotel barato)
And I was high enough / (E eu estava chapada o suficiente)

Apontei para o alto, batendo o pé no ritmo.


'Somewhere along the lines / (Em algum momento)
We stopped seeing eye to eye / (Paramos de nos entender)
You were staying out all night / (Você esteve fora a noite toda)
And I had enough / (E eu não aguentava mais)

Voltei a andar pelo palco, olhando para todos que me assistiam.


No, I don't wanna know where you been / (Não, eu não quero saber por onde você andou)
Or where you're going / (Ou para onde você está indo)
But I know I won't be home / (Mas eu sei que não estarei em casa)
And you'll be on your own / (E você ficará por conta própria)

Who's gonna walk you / (Quem vai te acompanhar)
Through the dark side of the morning? / (Pela parte sombria da manhã? )

Tomei um susto, ao ver diversas pessoas entrando no palco, atrás de mim, formando uma fileira e  fazendo um coro perfeito.


Who's gonna rock you / (Quem vai te embalar)
When the sun won't let you sleep? / ( Quando o sol não te deixar dormir? )

Olhei para todos ali, sentindo os olhos arderem. Continuei cantando, seguindo para perto deles.


Who's waking up to drive you home / (Quem vai acordar para te levar para casa)
When you're drunk and all alone? / (Quando você estiver bêbado e sozinho? )
Who's gonna walk you / (Quem vai te acompanhar)
Through the dark side of the morning? / (Pela parte sombria da manhã? )
It ain't me / (Não serei eu)

A batida comandava as luzes, que piscavam. O remix da minha voz gravada acompanhava. Repetimos aquela frase, balançando os corpos no ritmo da música.


It ain't me / (Não serei eu)

It ain't me / (Não serei eu)
It ain't me / (Não serei eu)

O som da guitarra, suave, voltou e eu continuei a letra.


I had a dream / (Eu tive um sonho)
We were back to seventeen / (Nós tínhamos dezessete novamente)
Summer nights and the liberties / (Noites de verão e a liberdade)
Never growing up / (Nunca cresceríamos)
I'll take with me the polaroids and the memories / (Levarei comigo as polaroids e as memórias)

Lembrei do álbum com fotos que estava guardado. Minha mãe, com certeza, escreveu essa letra naquela época.
 

But you know I'm gonna leave behind the worst of us / (Mas você sabe que eu vou deixar para trás o pior de nós)

Who's gonna walk you / (Quem vai te acompanhar)
Through the dark side of the morning? / (Pela parte sombria da manhã? )

Agora, não apenas meus companheiros de palco me acompanhavam em coro, mas o público também.


Who's gonna rock you / (Quem vai te embalar)
When the sun won't let you sleep? / ( Quando o sol não te deixar dormir? )
Who's waking up to drive you home / (Quem vai acordar para te levar para casa)
When you're drunk and all alone? / (Quando você estiver bêbado e sozinho? )
Who's gonna walk you / (Quem vai te acompanhar)
Through the dark side of the morning? / (Pela parte sombria da manhã? )
It ain't me, no no / (Não serei eu, não não)

Batiam palmas, pulavam.

It ain't me, no no / (Não serei eu, não não)

It ain't me, no no / (Não serei eu, não não)

It ain't me, no no / (Não serei eu, não não)
Who's gonna walk you / (Quem vai te acompanhar)
Through the dark side of the morning? / (Pela parte sombria da manhã? )
It ain't me / (Não serei eu)

A batida irrompeu novamente, me obrigando a dançar.


It ain't me / (Não serei eu)

Terminei a música e rapidamente cobri a boca com uma das mãos.   Os gritos e aplausos estavam altos. Pisquei algumas vezes, sentindo as lágrimas querendo escorrer. Senti o abraço forte de Kim e Patrick. Eles diziam coisas como “Você arrasou” e “Ótimo trabalho”.

Me deixei ser apertada por eles, fechando os olhos. Fiz uma prece silenciosa e me permiti chorar.

"Mamãe, eu amo você."-pensei, enquanto ainda ouvia os gritos e palmas daquela platéia.

----

-Sua desgraçada! Além de borrar a minha obra prima, me fez chorar junto!-Alexy reclamou, assim que cheguei perto de todos.

-Desculpe,  Lexy.-encolhi os ombros.

-Ela fica mais bonita assim.-Kim passou um dos braços pelos meus ombros.

Já que eu havia estragado a preciosa maquiagem que Alexy havia feito, estava com a face completamente limpa naquele instante.

-Quando vocês entraram, eu tomei um susto.- falei para ela.

-Não me culpe, foi tudo ideia da Samantha.- apontou a morena,  que conversava com Valérie e Adélaide.

"Bom, eu agradeço depois."- conclui, não querendo atrapalhar a conversa.

-Você foi demais!-fui puxada pela cintura e girada no ar.

-Kentin! Eu estou usando um vestido!-exclamei, tentando abaixar a barra esvoaçante.

-Desculpe!- me colocou no chão num tranco. Quase me desequilibrei. Lhe mandei uma olhada mortal.

-Seu jeito espontâneo ainda vai me ferrar.-revirei os olhos, alisando a barra do vestido.

-Nós só queríamos te parabenizar.-sorriu, colocando as mãos nos bolsos.

-Você fez a minha mãe chorar. Isso não é uma coisa que se vê todos os dias.-Nathaniel disse meio baixo, provavelmente não tentando chamar a atenção de sua mãe.

-Acho que eu deveria agradecer?-falei, em tom de dúvida.

-Gostei bastante do seu discurso.-Lysandre sorriu. Retribui, acenando com a cabeça.

Um pigarro me assustou, me fazendo virar e olhar para Rosalya.

-Não vai nos apresentar?-sorriu falsamente, apertando meus ombros com força.

-Você tem mãos pesadas!- resmunguei, me desvencilhando. Soltei um suspiro. -Rapazes, esses são Rosalya, Alexy, Leigh,  Violette, Íris, Peggy, Kim, Elliott, Melody e Armin.-apontei para cada um, que acenaram. -Pessoal, esses são Nathaniel, Kentin, Lysandre e...o senhor Collins.-tossi um pouco, evitando dizer o primeiro nome de meu chefe.

-É um prazer conhecê-los… Alguns de vocês.-Nathaniel fez uma brincadeira. Ele já conhecia alguém daquela roda ali?

-Posso falar com você um instante?- Castiel disse ao pé do meu ouvido, fazendo todos os pelos do meu corpo eriçarem. Olhei para o pessoal. -Eles estão se enturmando.-começou a andar na direção da saída.

Senti minha respiração ficar mais forte e o corpo esquentar.

"Oras, ele só quer conversar! Não é como se vocês fossem fazer algo."-engoli em seco com o pensamento.

Segui até meu chefe, que estava me esperando, encostado no muro, do lado de fora. Me coloquei ao lado dele, com os punhos fechados em nervosismo.

-O que era tão importante?-tentei soar confiante.

-Olha, eu tenho de admitir…-colocou um cigarro na boca e o acendeu. Tragou e expeliu a fumaça para cima, me olhando em seguida. -Você conseguiu me surpreender.

-A respeito do quê?- arqueei uma sobrancelha.

-Hoje.-tragou mais um pouco do cigarro. -Minha mãe me arrastou para cá. Eu poderia ter ido embora, mas algo me intrigou…-riu, rouco. -Sabia que tinha que ficar, mesmo com aquela praga loira grudada em meu braço.

-E qual foi o motivo da sua mudança de ideia?- indaguei.

-Estou olhando para ele agora.-jogou o cigarro no chão e pisou em cima, expelindo um resto de fumaça pelas narinas.

Minha boca secou quando expirei, em surpresa.

-B-Bom eu… Não sei como devo tomar isso.-olhei para meus pés.

-Foi um elogio.-deu de ombros.

-Então obrigada.-respondi. Ficamos em silêncio. Um maldito silêncio constrangedor! Mordi o lábio, me segurando para não suspirar mais uma vez. Pelo canto do olho, vi ele me olhando. Havia um sorriso de canto em seu rosto. Ele estava me sacaneando. -Bom, se não tem mais nada para falar…-ia me retirar, mas ele agarrou meu pulso. -Algum problema, senhor Collins?

-Para.-disse, simplesmente.

-Parar com o quê?-franzi o cenho, confusa.

-Não me chame pelo sobrenome.-soltou um suspiro.

-Mas é o que manda a etiqueta.-dei de ombros.

-Que se foda a etiqueta!-me prensou contra o muro. Seu joelho se encontrava entre minhas coxas e suas mãos em ambos os lados da minha cabeça.

Engoli em seco, sentindo os pulmões começarem a arder. Sentir a respiração dele tão próxima ao meu rosto era quase entorpecente. Minha boca estava seca por causa das arfadas que eu dava.

Castiel revezava o olhar entre meus olhos e meus lábios.

Aproximou seu rosto ainda mais, roçando seu nariz no meu. Senti sua língua passar pelo meu lábio inferior e fechei os olhos, para evitar revirá-los.

A língua dele adentrou meus lábios e ele me puxou pela nuca.

Nunca um beijo fora tão excitante.

O jeito como puxava os cabelos da minha nuca; como chupava a minha língua; e como mordia meu lábio.

Subi minhas mãos até a gola de sua jaqueta, a apertando entre os dedos.

Nos separamos, arfantes.

Olhei a situação que me encontrava.

-Que merda.-resmunguei, o afastando. -Não acredito…

-O quê?- me encarava.

-O que caralhos você tem?- fora uma pergunta mais para eu mesma do que ele.

-Que eu saiba, nada.- colocou as mãos nos bolsos.

Parecia que o jogo havia invertido!

Há semanas, quem estava confuso era ele. E agora sou eu!

-Alguma coisa tem…-apertei a ponte do nariz. -Cacete! Esses seus dedos… A sua boca… Até a droga da sua bunda!

-Quem diria que você tem uma tara por bundas…-sorriu, presunçoso.

-Não é verdade.- neguei com a cabeça. -Não coloque palavras na minha boca!

-Então vou colocar outra coisa.-passou a língua pelos lábios.

-Não se atreva a dar um passo!-estendi uma mão para a frente, para evitar que ele se aproximasse.

-Tsc, você irrita as vezes.-estalou a língua.

-Você faz isso sempre.-cruzei os braços e virei o rosto.

-Não faça esse bico… Me dá vontade de mordê-lo.-se apoiou no muro, me encarando.

-Você bebeu?- o encarei,  cética.

-Estou completamente sóbrio.-respondeu.

-Você está dizendo essas coisas que…-olhei para seus olhos. -Que…- e perdi completamente a linha de raciocínio.

"Droga! O que ele fez comigo?"-pensei,  ainda encarando as orbes cinzentas.

-Que..? -arqueou uma sobrancelha. Não respondi. Ele riu e aproximou o nariz do meu pescoço. -Gostei desse perfume- e deu uma fungada. Me retorci, chegando a erguer uma perna.

-Para com isso!- me apoiei em seus ombros.

-Pare de se fazer de difícil...Não é como se você não gostasse.-apoiou uma mão em meu quadril e a outra desceu até minha coxa, onde ele raspou as unhas, me fazendo revirar os olhos e me arrepiar.

-Eu não gosto, Castiel.- olhei para seus olhos.

-Você está mentindo.-afastou uma mecha de meu cabelo e a colocou atrás da minha orelha. Aproximou a boca de meu ouvido. -Eu sei do que você precisa e sei que você quer…-mordeu minha orelha. -Basta apenas o seu consentimento e eu vou te fazer delirar a noite inteira.

Arfei surpresa e minhas pernas ficaram bambas. Aquele tom na voz era tão atrativo. Olhei para os lados, suspirei e, em seguida, mordi o lábio inferior, olhando para Castiel.

-Meu apartamento é daqui três quadras.-sorri, maliciosa.

Eu só podia estar ficando louca!

-Perfeito.

----

A porta bateu em um baque com o meu chute.

Ele me pensou contra a porta, passando as mãos por todo o meu corpo, ainda coberto. Desviou a atenção para o meu pescoço,  dando chupões fortes e mordidas ainda mais. Enquanto sentia meu corpo esquentar, empurrei a jaqueta para fora de seus braços e a taquei para um canto qualquer. As mãos dele foram para as minhas costas e trataram de descer o zíper do meu vestido e o arrancar do meu corpo. Fiz o mesmo com sua camiseta e calça. Logo, meu corpo fora novamente prensado contra a porta. Os dedos habilidosos não precisavam retirar minhas peças íntimas para me deixar completamente excitada.

Castiel se ajoelhou, ficando em frente à minha intimidade. Ele estava pronto para abaixar a minha calcinha e…

-Debby? Você está aí?-batidas na porta.

"Rosalya?!"-pensei, corando.

Olhei para baixo e vi Castiel dando de ombros, e tirou a minha calcinha, aproximando a língua do meu clitóris. Ele iria mesmo me fazer um oral ali, enquanto Rosalya estava na porta?!

Obtive minha resposta ao sentir a língua quase me penetrando.

Acabei soltando um gemido baixo, apoiando uma de minhas pernas sobre seu ombro.

-Debby?- Ah, é.  Rosalya ainda estava na porta.

-O q-que foi, Rosaaa?-acabei alongando a última letra.

"Cacete, que boca é essa?"-direcionei um olhar receoso a ele, que me sorriu com os olhos, continuando seu trabalho.

-Você está bem? É que você sumiu do nada. Fiquei preocupada.- ela disse.

-Eu só queria descansar…-consegui dizer. Mas mordi o lábio em seguida, segurando outro gemido.

-Foi um dia cheio, né?-riu. -Tudo bem, então.-Ótimo ela vai embora. -Ah, antes de eu ir… Por um acaso você não viu o Senhor Collins?

"Ele está no meio da minhas pernas nesse instante, por que?"-fui irônica em minha mente.

-N-Não…-gaguejei. -Por quêêê? Ah!

Merda, eu tenho de me controlar.

-Ele sumiu e os rapazes e a mãe dele estavam o procurando. E como você foi a última a vê-lo…-não terminou a frase.

-Bom, eu realmente não sei onde ele estááá!-agarrei os cabelos de Castiel.

-Certo, vou dizer à eles então…-ouvi os passos se afastarem,  mas logo retornaram. -Já ia me esquecendo.-ouvi o barulho de suas pulseiras. Provavelmente ela balançava o braço. -Tem três caixas de camisinhas na gaveta da sua cômoda!

"Como é que é?!"-arregalei os olhos.

-Boa diversão!- e foi embora.

Não pude raciocinar direito, a língua de Castiel se movimentando em mim era a única coisa na minha cabeça. Não demorou muito para que eu gozasse. E ele me lambeu por completo.

Castiel se levantou, limpando o canto da boca.

-Você não é nada discreta.-riu.

-Ora seu…-eu iria xingá-lo, mas ele foi mais rápido e agarrou minha cintura, andando pelo corredor e achando a porta do meu quarto.

Me jogou sobre a cama e ficou parado ao pé dela, me olhando.

Os bicos dos meus seios coçavam àquela altura. Arranquei meu sutiã, ao mesmo que ele abaixava a cueca. Me apoiei sobre os cotovelos, vendo-o bombear o próprio membro, enquanto me olhava.

Fui até a ponta da cama e fiquei de cara com ele. O segurei e não hesitei em colocá-lo na boca. Chupava, lambia e até arriscava em raspar os dentes.

Castiel me afastou e me prensou na cama, me beijando. Ergueu um braço até a gaveta e pegou uma das caixas de preservativo, separando um e o colocando. Segurou os meus braços acima da minha cabeça e me penetrou.

Quase gritei. As investidas eram fortes, brutas.

A boca dele estava concentrada em um de meus seios, e a mão que estava livre, correu até meu clitóris.

-Não me diga que já vai gozar de novo…-falou ao pé do meu ouvido.

-Castiel…-acabei soltando.

Ele soltou meus braços e agarrou minha cintura,  começando a ir mais forte. Os apertos dele, sem dúvida deixariam marcas. Puxei seus cabelos,  gritando em prazer. Consegui abrir meus olhos e olhar para os dele.

Foi vendo aquelas orbes cinzentas,  escurecidas pelo desejo, que eu me deixei ir, chegando ao meu ápice. Ele veio logo em seguida, caindo ao meu lado.

Estávamos ofegantes, com os cabelos desgrenhados,  cheios de marcas nos corpos e completamente suados.

Olhei para o teto, me martirizando mentalmente. Eu havia me deixado levar mais uma vez.

E a pior parte não é só o fato de eu não estar arrependida.

Era o fato de eu querer mais.


Notas Finais


Música Utilizada: It ain't me-Selena Gomez
Vejo vocês semana que vem
Kissus, ~ StrangeDemigod


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