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História Professional Relationship - Capítulo 45


Escrita por: StrangeDemigod

Notas do Autor


Hellou
Era para eu ter postado ontem, mas ocorreram algumas complicações chamadas sono e vontade de dormir que não puderam ser adiadas.
Sei, meio hipocrita meu argumento.
De qualquer forma, boa leitura

Capítulo 46 - Capítulo 45


Fanfic / Fanfiction Professional Relationship - Capítulo 45

Angely

-Uou, guarde a faca!- ele levantou as mãos, em sinal de rendição. -Eu vim em paz

-Desculpe, não estou num bom momento. Tem algo importante a me dizer, senhor Stuart?- eu queria me livrar logo dele e voltar às minhas intrigas mentais.

-Por favor, sem formalidades.-pediu. -Eu só queria tomar um café com você e bater um papo.-levantou a forma com copos térmicos à frente de meus olhos.

Mordi o lábio,  pensativa. Oras, era só um café!

-Tudo bem.-dei passagem a ele.

Dakota foi até minha cozinha, enquanto eu fechava a porta.

Me sentei ao seu lado e ele estendeu um dos copos para mim.

-Você parece meio abalada.-comentou,  me olhando.

-Só estou cansada. Foi um longo dia.-beberiquei o café, tentando não pensar no ocorrido das últimas horas.

-Quer me contar?- perguntou.

-Não. Eu quero mesmo é esquecer!-suspirei. -Não vamos falar sobre mim. Me conte um pouco sobre você.

-Não tem muito. Sou só um cara que trabalha, sem muitas mordomias.-deu de ombros.

-O que você faz, especificamente.?-fiquei curiosa.

-Eu sou como uma espécie de investigador, sendo simplista.- disse. -Me dê um alvo e eu descubro tudo sobre ele.

-Então você é um homem muito ocupado?- fiz a pergunta com descaso.

-Nem tanto.-se aproximou de meu rosto. -Posso lhe dizer uma coisa?

-Claro, o quê?- arqueei uma sobrancelha.

-Você fica mais bonita de cabelos loiros.- colocou uma foto sobre a mesa.

Arregalei meus olhos, quase caindo da cadeira ao me levantar.

-O quê?-minha boca estava seca.

-Sua cara está hilária! -riu, se aproximando de mim. Eu? Me afastava, assustada. -Pensou que fosse esconder esse segredinho por quanto tempo?

-Eu…-nada saia da minha boca. Eu sentia meus membros enrijecendo pelo nervosismo.

-Está até sem fala!-me encurralou contra uma parede. -Como foi que eu não percebi a semelhança antes? Você é uma mistura perfeita dos seus pais.-passou os dedos pelo meu pescoço.

-Como você?-consegui dizer, mesmo que num sussurro.

-Foi só ligar os pontos. Você chegou na mesma época que a filha de Stefan sumiu e, nas gravações do aeroporto, você estava acompanhada pela sua avó, Josephine.-respondeu, sorrindo.

-Me deixe ir…-pedi.

-Ah, querida,  por quê?-agarrou meu pescoço, me erguendo do chão. Tentei puxar suas mãos,  mas ele era muito mais forte. -Nós só estamos começando a nossa diversão.

Por mais que eu tentasse puxar o ar, não conseguia. Logo ele se esvaiu de meus pulmões. E desmaiei, ouvindo a risada de Dakota.

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Senti uma jorrada de água contra meu rosto e despertei, num pulo de susto. Fui me levantar,  mas percebi estar amarrada a uma cadeira-novamente, em poucas horas.

-Eu sou especialista nesses nós, querida. Pode tentar, mas só vai se machucar.-Dakota comentou.

Sua voz vinha do outro lado do quarto.

-O que quer comigo?- perguntei.

-Já que não posso matá-la agora, vou querer algumas informações.-explicou, vindo até minha frente.

-Que tipo de informações?- franzi o cenho.

-Sobre os Cosa Nostra e seus negócios.- ele sorriu.

-Mas eu não sei de nada!- falei, espantada.

-Mentir é feio, querida.-balançou o indicador na frente de meus olhos. -Vamos, desembuche!

-Como você quer que eu diga algo que eu não sei?!- o olhei, incrédula.

-Você é filha do líder mais influente dentro daquela merda! Você sabe de muita coisa.- segurou meu maxilar. -Fala logo!

-Não posso…-sussurrei. -Eu realmente não sei de nada!

-Francamente…-me soltou bruscamente, me fazendo bater as costas na cadeira. Dakota passou as mãos nos cabelos e bufou. Tirou um canivete do bolso e apontou para mim. -Se você não quer falar por conta própria, eu faço você falar.

-O que vai fazer?- arregalei meus olhos,  começando a tremer.

-Não se preocupe, só vai doer muito.- e fez um corte em um de meus braços.

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Eu estava fraca.

Dakota sempre me acordava com água em meu rosto e fazia sempre as mesmas perguntas. E todas as vezes que eu respondia “não sei”, ele fazia um corte em meus braços. Perdi muito sangue nos últimos dias. Estava sem comer ou beber também. Eu não sabia como não havia morrido ainda.

-Porra…-ele grunhiu.

Estávamos em mais uma sessão de tortura e interrogatório. Eu já não conseguia falar, devido à garganta seca.

Se chorei? Meu corpo estava tão desidratado que nem lágrimas eu conseguia produzir. Mas meus olhos ardiam, e como ardiam…

Inclinei a cabeça para trás buscando por ar. Tentava não me concentrar na dor que sentia. Umedeci os lábios com o pouco de saliva que me restava, abaixando a cabeça.

Dakota me olhava estranho. Passava os dedos pelos próprios lábios, pensativo.

Me perguntei sobre o quê ele pensava.

Ele veio até mim e tocou meu rosto. O olhar dele tinha um brilho malicioso e maldoso. Os dedos dele transitaram em minha face até chegar em minha boca, entreabrindo os lábios. Ele riu de escárnio.

-Eu bem que poderia te foder agora, não é?- continuou passando os dedos por eles.

Eu o olhava, assustada. O que ele iria fazer?

-Não…-falei baixo, com a voz chorosa. Meu rosto se virou com um tapa.

-Hm... Realmente, você está deplorável. Nem dá vontade de comer mais. -fez um bico, soltando um suspiro. -Vou dar uma saidinha, querida.- colou um pedaço de fita sobre a minha boca. -Para prevenir, não é?

Ele saiu do apartamento, com um sorriso no rosto.

Eu queria gritar até ficar sem voz. Aquilo era o cúmulo da humilhação. Já não queria mais viver.

"Por favor, alguém me salve…"-fechei meus olhos, nem percebendo que caí no sono.

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-Debby!-acordei assustada com aquele grito. Aquela voz…

Meus olhos se focaram e eu me espantei.

-*Castiel? O que está fazendo aqui?*- falei,  mas a fita não permitiu a compreensão disso.

-Se acalme, ok? Eu vou te tirar daqui- ele se abaixou, cortando as amarras dos meus pés.

Olhei para cima e vi Dakota chegando de mansinho, pronto para dar um golpe em Castiel.

-*Castiel! Ele está atrás de você*- mais uma vez, a fita impediu que ele me entendesse. Comecei a me mexer e grunhir, para chamar a atenção de Castiel. Logo, ele veio e retirou a fita de minha boca e me encarou.

-Atrás de você!-exclamei.

Castiel conseguiu se defender do golpe de Dakota lhe dando um soco, que desnorteou o loiro, e sacou sua arma.

-Você sempre teve uma boa direita!-Dakota riu. -Mas que bom que chegou, Castiel! Finalmente vai poder ouvir toda a história…

-Do que você está falando, Dake?- Castiel perguntou, franzindo o cenho.

-Ora, ora, ora! A história de como Debby Williams, a secretária, se torna a traidora Angely Bernaldi!-exclamou, rindo.

Vi os ombros do ruivo ficarem tensos.

-O quê?-Castiel proferiu, abaixando a arma.

-Isso mesmo que você ouviu.-cruzou os braços. -Quem diria, não é?-Dakota começou a andar para os lados. -Não botei muita fé quando você me deu esse serviço. Admito que eu mesmo me surpreendi.-passou a mão pelo queixo. -E olhem só, é como dizem, "o inimigo está sempre à espreita”.

-Você tem certeza de que é ela?- Castiel ainda parecia incrédulo.

-Ela não negou até agora.- veio até mim. -Vamos, querida, diga à ele.

-Você é A Angely?- perguntou.  Eu sabia que ele queria que eu respondesse "não".

-Olhe, Castiel, eu juro que minhas intenções nunca foram para com meu pai.-falei, olhando para aqueles olhos.

-Mentirosa.- ele disse,  apertando o cabo da arma. -Eu deveria ter notado quando minha mãe veio atrás de informações sobre o Dimitry.- riu de escárnio. -Agora tudo se encaixa.

-Castiel…-falei com amargura.

-Como eu pude acreditar que você me amava?- ele grunhiu se virando de costas.

Arregalei meus olhos, sentindo o lábio tremer.

-Eu jamais mentiria sobre isso! -exclamei, sentindo um choro chegar.

-Que romântico…-Dakota disse, apertando meu maxilar. -Quem diria, vocês dois...-riu. -O Romeu de coração partido…- olhou para Castiel, que estava de cabeça baixa. -E a Julieta, que enganou a todos com sua beleza e sutileza.- voltou o olhar para mim. -Mas agora é hora de acabar com toda esse drama.- Dakota sacou uma arma, puxando o cão. Colocou-a contra minha têmpora.

Engoli em seco. Olhei para Castiel, mas ele se mantinha de cabeça virada. Ele iria permitir mesmo aquilo?

"Russos são cruéis, frios e sem emoção alguma."-lembrei da fala de Yuse.

Fechei os olhos e sorri.

-Mesmo assim eu não consigo deixar de te amar…-falei baixo.

Um disparo. Pensei que sentiria o corpo leve, a vida se esvaindo. Mas isso não aconteceu.

Abri meus olhos a tempo de ver Dakota cair morto e a fumaça sair da arma na mão de Castiel. Soltei o ar que prendia, aliviada.

Castiel veio até mim e soltou meus pulsos. Gemi baixinho com o ardor que as cordas tinham deixado. Ergui minha cabeça,  com um sorriso no rosto, mas esse se desfez em seguida.

Castiel apontava a arma para mim agora. A expressão estava impassível. Abri minha boca para tentar dizer algo, mas ele me interrompeu.

-Não diga nada.- ele disse. Olhei em seus olhos e ele retribuiu o olhar. -Você é uma Bernaldi! -ele, aparentemente,  não conseguia acreditar. -Eu deveria te matar…

-Então faça.-falei.

-O quê?- se espantou.

-Me mate.-dei um passo pequeno, sentindo o cano da arma dele encostar no meu peito. Me mate, Castiel… ME MATE!- gritei,  segurando o pulso dele.

Castiel negou com a cabeça e abaixou a arma.

-Porra, por que não consigo?- perguntou para si mesmo.

-Se você não consegue…- suspirei, andando em passos largos até a sala. Abri a porta da varanda e vi a sacada de pedra, subindo nela.

-Debby!-me chamou por aquele nome.

-É Angely, se lembra?-ri, sem humor.

-Você não precisa fazer isso!-a voz dele ficou mais próxima.

-Eu já não quero mais viver…-olhei para baixo, vendo a altitude.  -Ele fez coisas horríveis comigo. Eu não vou aguentar mais um dia, tendo que lembrar disso tudo.- neguei veemente.  -Isso tem de parar.

-Somos feitos das nossas cicatrizes. Você não pode querer acabar com a sua vida por causa de um momento ruim, tendo tantos outros bons para se recordar.-ele argumentou.

-Me dê um bom motivo para continuar viva…-pedi, fechando os olhos.

-Eu ainda estou aqui por você.- ele disse, depois de uma breve pausa. Arfei e olhei por cima do ombro. -Eu tentei te esquecer, e como tentei. E agora eu sei que você é a filha do meu maior inimigo…- falou. -Mas nós dois sabemos que o que sentimos um pelo outro é mais forte do que isso.-mordi o lábio, querendo não chorar. -Quando estamos junto, não existe uma maldita guerra atrás de nós. Há somente todos os bons momentos que compartilhamos.- ele estendeu uma mão. -Por favor, desce daí e vamos resolver tudo isso, juntos.

-Castiel…- eu estava sem palavras.

Ele me amava também!

Fui agarrar sua mão,  mas uma vertigem me atingiu de súbito. Tudo começou a girar. Eu só escutava a voz de Castiel ao longe, sem distinguir mais nada. Senti minhas pernas fraquejarem.

E então eu caí.


Notas Finais


Por favor, não me matem por esse final.
Eu amo um drama!
Até a próxima
Kissus, ~ StrangeDemigod


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