História Professional Relationship - Capítulo 4

Angely

Demorei, pelo menos, vinte minutos até chegar ao meu apartamento. Lembrei-me que queria chegar uma hora mais cedo para conhecer melhor o campus.

Entrei rapidamente e corri para o banheiro, tomando um bom banho. Quando acabei, me sequei e fui ao closet. Joguei a toalha no chão e respirei fundo, olhando em volta. Por incrível que pareça, eu havia conseguido ajeitar tudo o que tinha lá dentro. Peguei uma calcinha e um sutiã qualquer e comecei a analisar minhas peças, tentando decidir o que usaria. No fim, decidi usar uma legging branca com estampas de triângulos e listras em preto, uma camiseta preta, onde eu amarrei, dando um nó, acompanhados de uma bota de salto com cadarços. Fiz um coque com metade do cabelo, deixando a outra metade solta. Um delineado fino nos olhos e um batom nude. Um anel preto só para dar um charme e voilà, estava pronta. 

Eu havia organizado uma mochila para levar. Um caderno, carteira e estojo. Acho que era mais do que o suficiente para o primeiro dia. Fui até a cozinha, pegando um pacote de torradas no armário e um pouco de geleia que tinha na geladeira. As comi calmamente, enquanto via algumas notícias no telefone. Quando terminei, fui ao banheiro e escovei meus dentes. Dei uma última olhada no espelho e, em seguida, saí.

O campus da faculdade não ficava longe, apenas umas três quadras de meu condomínio. Enquanto andava, aproveitava a vista. O aroma gostoso de café emanava pelas ruas, trazido pela brisa que batia em meu rosto. Não demorei muito para avistar os grandes portões da faculdade. Abri um sorriso enorme e caminhei um pouco mais rápido.

Quando entrei, tive vontade de pular de alegria. Está certo que eu havia ido mais cedo lá para terminar minha inscrição, mas ainda sim, ainda era inacreditável.

“Eu consegui, mamãe... Finalmente, vou realizar meu sonho.”- pensei, sorrindo ainda mais.

Comecei a caminhar pelo campus. Uma parte com diversas árvores, o chão coberto com grama e várias estufas cheias de plantas, flores diversas. Do lado oposto, diversos prédios divididos em blocos, todos tinham um símbolo, representando o curso que era executado naquele bloco. A minha frente, estava o prédio principal.  Era onde ficavam a sala dos professores, o auditório principal, o refeitório, a coordenação, a secretaria e a diretoria. Resolvi seguir em direção aos blocos, para saber onde eu estudaria.

“Jornalismo, Fotografia, Letras, Educação Física...”- via os símbolos entalhados na frente dos prédios. Até que o vi. Era o mais afastado, mas também o maior. O prédio de artes cênicas. Ali era onde se cursava teatro, coreografia e o Curso de Ídolos. Subi as escadas e passei pela grande porta, que dava direto a um corredor. Era imenso e lotado de portas. Mas, do meu lado direito, na parede, haviam diversos quadros com fotos. Percebi que era dos que fizeram o Curso de Ídolos.

Comecei a ler os nomes embaixo dos quadros. Diversos nomes que foram conhecidos através dos tempos.Mas meus olhos bateram em quatro quadros que estavam curiosamente no centro. Franzi o cenho, começando a ler os nomes.

“Valérie Lamartine, Adeláide Suzie, Samantha Moore e...”- parei meu raciocínio.

-Yuno Nagashaghi.- sussurrei, parando a ponta dos dedos sobre a foto dela. Ela estava sorrindo, os olhos quase fechados. Os cabelos esvoaçantes. Funguei, sentindo meus olhos começarem a arder.

-Yuno?- ouvi dizerem. A voz parecia surpresa. Me virei assustada, com os olhos levemente arregalados.

Perto da porta, havia uma mulher. Alta, pele morena, de olhos e cabelos castanhos curtos. Usava uma calça social branca e uma camisa vinho, com saltos pretos e de bico fino. Ela e eu ficamos em transe ao olhar uma para outra. Assim como fiz com ela, ela me analisou. As sobrancelhas estavam arqueadas. Parecendo acordar, ela piscou algumas vezes, cortando o contato visual. Pisquei algumas vezes, limpando os olhos e fungando mais uma vez.

-Perdão...?- inclinei minha cabeça para o lado, esperando uma resposta.

-Desculpe!- exclamou, me assustando mais uma vez. -Achei que tivesse visto alguém.

-Não tem problema.- sorri.

-Samantha Moore.- estendeu a mão para mim. Abri minha boca em um “O” perfeito, enquanto intercalava o olhar entre o quadro com a fotografia de uma moça de longos cabelos castanhos e com piercings e a morena a minha frente.

-Você é a Samantha Moore?- falei um tanto quanto impressionada. Ela não se parecia nada com a moça na foto na parede ao meu lado.

-Sim, querida.- ela abriu um sorriso.

-Caramba!- exclamei, feliz. -Muito prazer!- retribui o cumprimento, um pouco frenética demais. -É incrível poder conhecê-la, finalmente. Ouvi falar muito de você.

-Sério?- ela pareceu impressionada. -Mas que honra. Eu não sabia que eu era tão falada por aí.- ela deu uma risada fraca. -E você, quem é?

-Debby Williams.- respondi.

-Muito prazer, querida.- falou e desviou seu olhar para as fotos na parede. -Então... Você gosta da Yuno?

-Ah, sim, sim.- respondi, voltando a olhar a foto de minha mãe. -As músicas dela sempre foram minha inspiração.

-É, elas sempre são.- sorriu triste. - E vocês se parecem muito. Eu diria que são até parentes.

-Ah, não, não, não.- neguei freneticamente. -Acho que é só uma coincidência.

-É, tem razão.- ela disse. Suspirando, ela pareceu se lembrar de algo. -Me lembrei! Você é uma dos “10”, não é?

-Sim, senhora.-assenti.

-Não me chame de senhora.- fez sinal de desdém. -Me faz sentir uma velha.- ajeitou as mechas curtas. -Pois bem, acho que devemos ir, pois a cerimônia de abertura vai começar.

-Certo.- concordei e a segui.

Fomos até o auditório principal, onde haviam diversos alunos, alguns papeando, outros apenas na deles. Samantha se despediu e seguiu para o palco, enquanto que eu fui para um lugar vazio que encontrei. Percebi que a cerimônia iria demorar um pouco para começar, então peguei na minha mochila meu celular, começando a ver algumas aplicações, redes sociais, quando tomei um baita susto.

-OI!- exclamaram na minha frente e eu quase derrubei o telefone. Pisquei algumas vezes e olhei para a esquerda, encontrando um homem.

-Oi?- respondi.

-Elliott Carter.- estendeu a mão para mim. Parei por um instante. Ele era loiro, de olhos cor de mel, com dois piercings na orelha direita e um no nariz.

“Ai meu deus do céu...”- pensei. “É o filho da Madame Carter!”- meu subconsciente exclamava.

-D-Debby Williams- gaguejei um pouco no começo, mas retribuí o cumprimento. Ele me analisou.

-Eu não te conheço de algum lugar?- indagou, com a mão no queixo.

-Não, que isso.- sorri forçado.

-Então... Veio cursar o quê aqui?- me perguntou, sorrindo.

-O Curso de Ídolos.- respondi naturalmente. Ele arregalou os olhos.

-Oh meu Deus!- exclamou. -Eu estou tendo a honra de conversar com uma dos “10”!

-A-Acalme-se.- gaguejei, meio nervosa. -Não me coloque sobre um pedestal.

-Oras, por que não deveria?- inclinou a cabeça para o lado. -Você é uma dos “10”, menina!- me balançou pelos ombros, como se quisesse me acordar de um transe. -Você deve de ser muito talentosa.

-Eu dou o meu melhor.- ri baixo.

-Pare de ser humilde.- fez sinal de desdém com a mão. -Fala aí, foi a primeira vez que você tentou a vaga, não?

-F-Foi.- respondi.

-É, você é talentosa “pakas”- falou, com um sorrisinho convencido, me soltando.

-Por favor, pare. Sério.- pedi calmamente. Suspirei. -Mas e quanto a você?

-Vou fazer o curso de Coreografia.- se gabou. -Ninguém ganha do meu gingado, baby.- gargalhei, cobrindo a boca com a mão.

-Você é engraçado.- eu disse.

-E você é uma fofa.- apertou minhas bochechas. -Acho que vamos nos dar muito bem.

-Concordo com você.- sorri.

-Isso está ligado?- nos viramos e vimos uma senhora na frente do microfone. Rapidamente, o silêncio se fez presente no auditório. -Ótimo. Bem vindos, novos alunos. E olá aos veteranos.- ela sorria. -Para quem não me conhece, sou a Diretora Shermansky. É um prazer imenso recebê-los aqui para mais um semestre se iniciar.- ela pigarreou.- Pois bem, como sabem, a nossa política é “Nunca desista dos seus sonhos”. Sei que pode parecer clichê, mas vocês já viram quantos saíram bem sucedidos da nossa Universidade, não?- riu de leve. -Esperamos que todos deem o seu melhor, se esforcem e, o mais importante, sejam felizes.-sorriu mais uma vez. -Nossa faculdade está aberta a vocês com um objetivo: transformá-los no que mais almejam.- olhava na direção de todos. -Espero que todos alcancem seus objetivos.- vários gritos foram ouvidos. Ela esperou alguns segundos, até eles cessarem. -Agora, passo a palavra para Samantha Moore.- se afastou do microfone e a morena assumiu.

-Olá.- disse. -Minhas congratulações a todos. Se vocês estão aqui, é porque se dedicaram e deram seu melhor.- sorriu. -Mais um semestre se inicia, e com ele, claro, mais trabalho, mais tarefas, mais tudo.- suspirou. -Mas eu sei que vocês conseguem, pois eu acredito em todos vocês.- apontou. -Nós não pedimos perfeição, mas sim, dedicação.- alguns assobios foram ouvidos. - E é por isso que sempre estamos orgulhosos quando viemos para cá. Orgulhosos dos alunos que temos. E é isso que eu quero continuar vendo. Dedicação.- ouvi berros. - Pois bem, vou dar algumas explicações agora.- pegou um papel. -Nesse semestre, iniciamos mais um “Curso de Ídolos”. Todos os dez selecionados, parabéns.- sorriu abertamente. -Se vocês estão aqui, é porque são talentosos. Merecem estar aqui, com certeza.- falou. -Mas não significa que estão garantidos. Como sabem, apenas um vai se sair bem. O ano será regado de testes. Vocês estarão sob constante avaliação.- deu uma piscadela. -Mas não se preocupem. Eu acredito que vocês se esforçarão e darão o melhor de si.- fez sinal positivo. -Boa sorte. E, mais uma vez, sejam todos bem vindos!- e todos se levantaram e bateram palmas. Uma grande algazarra se fez presente. Gritos e assobios para todos os lados.

-Ah, antes que se esqueçam, os dez participantes do Curso de Ídolos, por favor, se dirijam ao prédio de artes cênicas, sala 41, para o início das aulas.- a diretora disse ao microfone.

-Bom, Elliott... Acho que eu devo ir.- falei, pegando minha mochila.

-Sem problemas, coisa baixa.- ele disse. -Nos vemos mais tarde, tudo bem?

-Certo.- me despedi dele e, depois de um pouco de esforço, consegui passar por todas aquelas pessoas.

Saí do prédio e andei calmamente até o bloco de artes cênicas. Entrei no prédio e subi ao quarto andar, entrando na primeira sala. Andei até um canto e coloquei minha mochila ali. Algumas pessoas já estavam na sala, mas preferi ficar na minha. Logo, todos entraram na sala, assim como a Samantha. Ela nos chamou e todos formamos uma roda em torno dela.

-Boa noite a todos.- sorriu. -Todos já me conhecem, pelo menos eu acho. Mas eu não conheço vocês. Por isso, quero que vocês se apresentem um a um.- todos assentimos.

-Eu começo.- ouvi uma voz esganiçada. -Meu nome é Ambre Beulmont e tenho vinte e dois anos. - a dita cuja tinha cabelos loiros encaracolados, olhos cor verdes escuros e tinha unhas enormes.

“É piranha.”- meu subconsciente disse.

-Bom, eu sou Johnny Harris. Vinte e cinco anos.- um homem de cabelos raspados, alto e musculoso de pele escura disse.

-Carrie Perez. Vinte e dois anos.- uma de cabelos castanhos e olhos azuis disse.

- Logan King. Vinte e quatro anos.- esse tinha olhos castanhos e cabelos loiro arruivados.

- Clouver Roberts. Vinte e três anos.- ela tinha pele pouco bronzeada, cabelos castanhos e olhos azul-acinzentados.

-Olá, queridos. Sou Alec White, tenho vinte anos e estou solteiríssimo.- demos uma leve gargalhada com o comentário dele. Alec tinha cabelos ruivos e olhos verdes escuros.

“Ele é gay.”- esse subconsciente nunca falha.

- Casey Evans, vinte e cinco anos. - ele tinha cabelos pretos e olhos azuis.

-Patrick Rogers, vinte e sete anos. -esse tinha cabelos loiros e estranhos olhos violeta.

-Sou Kimberly Brückner, tenho dezenove anos. Mas me chamem de Kim.- ela sorriu. Kim era uma morena linda, de curvas bem marcadas, cabelos pretos e olhos verdes.

-Bom... Sou Debby Williams, tenho dezenove anos.- sorri.

-Pois bem, todos apresentados. - Samantha disse. -Agora, vamos as instruções.- abriu uma pasta. -Como já disse anteriormente, apenas um vai se dar bem no final. Mas não significa que vocês devam ser inimigos. O importante é saber conviver bem, apesar de tudo.- ela sorriu. -Estarão sob testes constantes, como já dito também, então espero que mantenham-se concentrados. Ah, não esquecendo que, além das aulas com a parte de canto, a parte de coreografia será aprendida com o pessoal do curso de Coreografia. - sorri levemente. Elliott iria surtar. -Estarão sob a tutela de Melanie Turner.- ela suspirou. -Pois bem, queridos. Eu apenas vi as apresentações de vocês por vídeo, pois estava numa viajem no Japão. Mas, ainda sim, gostaria de vê-los ao vivo, para saber se meus parceiros os escolheram bem. -ela sorriu. -Então, vou propor o seguinte. Cada um de vocês vai escrever o nome de uma música que gostam nesse pedaço de papel.- ela distribuiu os pedaços, dando um lápis para cada. -Depois, irei sortear o que cada um irá cantar.- deu uma piscadela. -Podem escrever.- Escrevi o nome rapidamente, dobrei o papel e entreguei a ela, assim como os outros. -Me sigam. A acústica é melhor no estúdio. -Ela abriu a porta e todos a seguimos. Andamos umas cinco portas no corredor e ela abriu uma a esquerda. Entrei e abri um sorriso. Era incrível! A sala dividida em dois, a parte técnica e a interna, onde entrávamos para cantar.

-Uau.- exclamei baixinho.

-Uau mesmo.- a tal de Kim disse ao meu lado. Perto de mim, ela era uma gigante. Isso que eu estava de saltos.

-Quem quer ser o primeiro?- Samantha ofereceu. Todos estavam meio temerosos.

-Ok, eu vou.- o tal de Johnny se ofereceu. Samantha abriu a mão e ele escolheu um papel. Abriu-o e suspirou, feliz.

-Qual a música?- indagaram a ele.

-Scream, do Usher.- ele respondeu.

-Pode entrar, querido.- ele abriu a porta e seguiu para perto do microfone, colocando os grandes headphones. Samantha fez um sina com a mão e a música ecoou. Ele começou a cantar e eu admito, a voz dele era muito parecida com a do cantor. Ele era muito bom. Ao fim da música, todos batemos palmas.

E foi o que se seguiu por alguns minutos, até restar apenas três: eu, a tal de Kim e a outra, Ambre.

-Quem vai agora?- Samantha indagou. Quando fui me voluntariar, a loira entrou na minha frente, indo no meu lugar.

O som de  Want U Back, da Cher Lloyd ecoou e a loira começou a cantar. Ela era boa, mas dava umas poucas desafinadas em algumas partes. Ela encerrou e saiu da cabine, passando por mim, me olhando superiormente e jogando seu cabelo na minha face.

Em seguida, foi a vez de Kim. Ela tirou o papel e sorriu. Entrou na cabine e esperou a música tocar. Ela começou muito bem no rap, parecia a Nicki Minaj, realmente. Super Bass foi uma boa tirada. Encerrou e, quando saiu, a elogiei.

-Pois bem, Debby. Só falta você.- estendeu a mão para mim, mostrando o último papelzinho. Respirei fundo e peguei o dito cujo, abrindo-o. Arqueei minhas sobrancelhas, dando um leve sorriso. Mostrei o nome da música para Samantha e fui para a cabine, colocando os headphones. Fiz sinal positivo e a música começou. Eu tamborilava o ritmo do piano com os dedos no ar. Fechei os olhos e respirei fundo.

“Você consegue.”- pensei.

I can make the rain stop / (Eu posso fazer a chuva parar)

If I wanna / (Se eu quiser)

Just by my attitude / (Só pela minha atitude)

I can take my laptop / (Eu posso pegar meu laptop)

Record a snapshot / (Tirar uma foto)

And change your point of view / (E mudar o seu ponto de vista)

I just entered this brand new world / (Eu acabei de entrar nesse mundo novo)

And I'm so open hearted / (E estou com o coração tão aberto)

Coloquei ambas as mãos sobre o peito.

I know I've got a long way to go / (Eu sei que tenho um longo caminho a percorrer)

But I'm, I'm just getting started / (Mas eu estou, eu estou apenas começando)

I'm over my head and / (Eu estou no meu limite e)

I know it, I know it / (Eu sei disso)

I'm doin' my best / (Estou fazendo o meu melhor)

Not to show it, to show it / (Para não mostrar)

Whatever it takes to be / (O que for preciso para ser)

What I was meant to be / (O que eu pretendia ser)

I'm gonna try / (Eu vou tentar)

Sorri, abrindo os olhos.

'Cause I'm living the dream / (Porque eu estou vivendo o sonho)

And I know it, I know it / (E eu sei disso, sei disso)

I'm trying my best / (Estou dando o meu melhor)

Not to blow it, to blow it / (Para não estragar tudo, estragar tudo)

And I know everything will be fine / (E eu sei que tudo ficará bem)

With me, myself, and time / (Comigo, eu mesma e o tempo)

And time / (E o tempo)

Repeti esse último algumas vezes.

I go where life takes me / (Eu vou aonde a vida me levar)

But some days it makes me / (Mas tem dias que ela me faz)

Want to change my direction / (Querer mudar minha direção)

Sometimes it gets lonely, / (Algumas vezes fico sozinha)

But i know that it's only a matter of mind perception / (Mas sei que é apenas uma questão de percepção)

Dei uma leve alongada no final.

I just entered this brand new world / (Eu acabei de entrar nesse mundo novo)

And I'm so open hearted / (E estou com o coração tão aberto)

I know I've got a long way to go / (Eu sei que tenho um longo caminho a percorrer)

But I'm, I'm just getting started / (Mas eu, eu estou apenas começando)

Aumentei um pouco, em seguida, voltei ao tom normal.

I'm over my head and / (Eu estou no meu limite e)

I know it, I know it / (Eu sei disso)

I'm doin' my best / (Estou fazendo o meu melhor)

Not to show it, to show it / (Para não mostrar)

Whatever it takes to be / (O que for preciso para ser)

What I was meant to be / (O que eu pretendia ser)

I'm gonna try / (Eu vou tentar)

 

'Cause I'm living the dream / (Porque eu estou vivendo o sonho)

And I know it, I know it / (E eu sei disso, sei disso)

I'm trying my best / (Estou dando o meu melhor)

Not to blow it, to blow it / (Para não estragar tudo, estragar tudo)

And I know everything will be fine / (E eu sei que tudo ficará bem)

With me, myself, and time / (Comigo, eu mesma e o tempo)

Fechei meus olhos, sorrindo.

And maybe there's nothing like this moment / (E talvez não exista nada como esse momento)

So just be real and let the truth be spoken / (Então caia na real e deixe a verdade ser dita)

Whatever's broke I can make it unbroken / (Tudo que estiver quebrado, eu posso consertar)

Turn the lead in my hand and the stars stand golden / (Deixe a liderança em minhas mãos e as estrelas continuarão brilhando)

Fechei ambas as mãos em punhos.

Just try, more love / (Apenas tente, mais amor)

If I just try, more love / (Se eu apenas tentar, mais amor)

Then I'll find myself in time / (Então encontrarei a mim mesma no tempo)

Aumentei a nota, afastando a boca do microfone.

...I’m doin’ my best / (Estou fazendo o meu melhor)

Not to show it, to show it / (Para não mostrar)

Whatever it takes to be / (O que for preciso para ser)

What I was meant to be / (O que eu pretendia ser)

I’m gonna try / (Eu vou tentar)

Abri meus olhos, mexendo a cabeça no som da batida.

I’m over my head and / (Eu estou no meu limite e)

I know it, I know it / (Eu sei disso)

I’m doin’ my best / (Estou fazendo o meu melhor)

Not to show it, to show it / (Para não mostrar)

Whatever it takes to be / (O que for preciso para ser)

What I was meant to be / (O que eu pretendia ser)

I’m gonna try / (Eu vou tentar)

Abri um sorriso.

'Cause I'm living the dream / (Porque eu estou vivendo o sonho)

And I know it, I know it / (E eu sei disso, sei disso)

I'm trying my best / (Estou dando o meu melhor)

Not to blow it, to blow it / (Para não estragar tudo, estragar tudo)

And I know everything will be fine / (E eu sei que tudo ficará bem)

With me, myself, and time / (Comigo, eu mesma e o tempo)

Abaixei uma oitava.

I'll find myself in time / (Eu me encontrarei no tempo)

I know I'll find myself in time / (Eu sei, eu me encontrarei no tempo)

Encerrei, suspirando.

Retirei os fones de ouvido e saí da cabine, encontrando alguns surpresos e outros sorrindo.

-O que foi? Fui tão mal assim?- indaguei confusa. Kim chegou ao meu lado.

-Mal? Se aquilo foi mal, me perdoe, porque então, eu sou  péssima!- ela exclamou. -Arrasou, guria.

-Obrigada.- coloquei uma mecha atrás da orelha, sentindo minhas bochechas corarem.

-Foi muito bem, querida. -Samantha disse, com um sorriso em seu rosto. Antes que se pudesse dizer algo mais, o sinal bateu, anunciando o intervalo. -Pois bem, estão dispensados. Não se esqueçam de ir à sala 23 após o intervalo. É onde haverá a aula de dança.- ela sorriu e se retirou.

Suspirei e fui até minha mochila.

-Guria!- Kim me chamou. -Olha, está de parabéns. Acho que é por isso que está nesse curso.

-Obrigada, mesmo.- minhas bochechas estavam quentes.

-Que tal a gente passar na cantina e comer algo?- ela sugeriu.

-Acho uma ótima ideia. Mas só se você não se importar de eu convidar mais uma pessoa.- eu disse.

-Que isso. Se você ‘tá convidando, é gente boa, com certeza. - ela sorriu.

Me puxando pelo braço, nós seguimos ao refeitório.