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História Projeto Delta 23 - Resgate de Inumanos - Parte 2


Escrita por: SrtaSnow1

Notas do Autor


Oi gente ^^
Desculpem primeiro a minha demora com esse cap e n ter respondido ainda os comentários, não ter providenciado as capas e etc ahsuashsau' mas em fim, a vida esta uma droga :v
Eu vou ser breve pq eu to podre :/
Mas o cap está ai em terceira pessoa com muita dificuldade mas tá aí ahsuashu'

Até as notas finais.

Capítulo 11 - Resgate de Inumanos - Parte 2


Aeroporto de Sidney —Australia

Coulson...Coulson. Cadê todo mundo? — cochichava Elle insistentemente no comunicador, enquanto isso Drica ao seu lado fitava o vão de embarque, os últimos passageiros estavam conferindo seus passaportes, ela puxou a companheira pelo braço.

Temos que ir agora! — disse entredentes a morena. Elle se virou em direção ao seu objetivo e suspirou.

Que de tudo certo! — segredou para si mesma e em passos rápidos as duas foram até a adorável senhorita que conferia os passaportes, uma rápida olhada para a câmera foi dada por Drica, ela sabia que na van Mike esperava apenas o exato momento em que as duas passassem pelo portal de embarque.

O desenrolar da missão por parte delas correu bem, assim que passaram pela entrada  Mike entrou em ação, com a chave de acesso obtida anteriormente durante a pequena invasão ao sistema provocada por Jason, agora ele tinha total acesso aos controles por isso não foi difícil fechar o portão de passagem dos passageiros assim que todos estavam no terminal de embarque.

Ótimo meninas, tudo certo! — disse animado o jovem cientista.

Mike voltou — sussurrou Elle para Drica;

Mike, o que aconteceu com os ourtos? — perguntou a loira.

Não sei Drica, perdi contato com o Coulson, mas Maggie está agorinha saindo do avião e ela vai interditar o Sans em... opa... agora mesmo. — Mike estava cercado de painéis na van e em um deles mostrava Maggie disfarçada de aeromoça abordando Sans.

 

Com licença — disse  a russa ao garoto asiático que mexia em seu celular apenas para disfarçar seu nervosismo eminente.

Está falando comigo? — perguntou nitidamente surpreso.

Sim — Maggie sorriu falsamente — Poderia ver seu passaporte novamente?

Por que? — rebateu o rapaz, desconfiado.

Foi solicitado pela segurança... — respondeu a aeromoça disfarçada estendendo a mão na direção de Sans, este por sua vez, fitava o passaporte intrigado com qual atitude tomar. — Por favor, não quer atrasar o embarque, meu chefe é péssimo.

Chefe? — Sans estava cada vez mais desconfiado, Maggie o encarou aparentemente perdida;

Sim, o piloto... Por favor o passaporte! — dessa vez ela foi mais dura com o garoto e ele entregou-lhe imediatamente  o documento. Enquanto passava os olhos sinuosamente sobre o documento vez ou outra olhava discretamente por sobre os ombros de Sans, todos estavam na aeronave, um pequeno descuido faria ele se teletransportar, as meninas que estavam no começo do vão de embarque precisavam ser rápidas.

 

O que faço agora? — perguntou Elle pelo comunicador para Mike. Drica havia desparafusado o comando da porta, havia uma porção de fios lá dentro e todos pareciam iguais.

Humm... eu já disse que isso foi criado por Fitz? — mencionou Mike;

Já sim, da para andar logo — cochichou a loira;

Então, ele é um ídolo entende? E compreender os projetos dele é difícil até para mim.  — continuou, as meninas precisavam conectar um dispositivo que inibisse o teletransporte junto a parte de comandos do sistema elétrico do vão de embarque, a carga de íons potencializava as paredes do compartimento o que fazia com que Sans não conseguisse teleportar-se por alguma interferência que o aparelho causava.

Fio A1B para o primeiro conector e o W4K para o segundo — revelou finalmente o cientista. As mãos habilidosas de Drica mexiam com os fios, e sem muitas dificuldades ela os encontrou, conectou o dispositivo porém Maggie parecia estar com problemas.

 

Rapaz você não pode passar, tenho que contatar a segurança! — dizia a russa segurando o garoto pelo braço, porém em uma rápida olhada pelo canto do olho notou as duas meninas e o que elas estavam fazendo.

Agora Mike, agora! — insistia Elle pelo comunicador;

Não vai dar tempo — disse Drica fitando Sans que agora a encarava;

Cinco segun... — disse Mike porém foi interrompido pelo som de Sans se teletransportando;

Merda, Japoneisinho сукин сын¹! — vociferou Maggie;

Essa não, ele escapou Mike! — disse Elle pelo comunicador enxugando sua testa que brilhava de suor.

Nossa mãe, não era pra isso ter acontecido, chefinho vai pirar, vai pirar.

 

Drica  aproximou-se  do vidro rapidamente e viu o rapaz correndo pela pista do aeroporto;

A Alícia não está lá? Ela precisa ir atrás dele... — gritava a brasileira apontando pela janela;

Mike, contata a Alícia aí, o Sans reapareceu na pista do aeroporto — disse Elle pelo comunicador. Naquele momento as portas reabriram e haviam alguns seguranças do lado de fora. Maggie sorriu para eles enquanto tomava as duas garotas em seus braços forçando as a seguirem andando e já pensando na desculpa que daria.

 

Elle, Elle, responda? — insistia Mike pelo comunicador, ele apoiou as mãos na mesa e fitou as diversas telas divididas a sua frente, cada uma com a imagem de uma câmera. De repente viu Sans passar correndo por alguma da parte externa, rapidamente arregalou os olhos e procurou pela localização de Alícia lembrando q ela estava no local;

Ali cadê você? — procurou a nas câmeras enquanto tentava contato;

Mike... — porém uma outra voz chamava o cientista. Logo foi reconhecida como sendo a de Coulson, Mike cortou as imagens para a dentro do aeroporto.

Coulson.... Coulson — chamou pelo comunicador.

Mike, estamos com pro... emas. — o comunicador parecia falhar;

Estou ouvindo, o que quer que eu faça senhor? — ele tentava não parecer nervoso, as coisa estavam dando errado, muito errado.

Está nos vendo? — perguntou Coulson;

Hãã... Sim — o cientista rolou os olhos pelo visor até vê-los em uma área de serviço, Coulson amparava Brandon que parecia ferido, os olhos de Mike se arregalaram;

— Escute... Preciso saber se estamos seguros para voltar até a van... você pode nos guiar? —perguntou o diretor, porém Mike estava focado em Alícia que aparecia no vídeo sinalizando para a câmera, ela iria seguir Sans.

Mike? Você pode fazer isso? — pedia o diretor com a voz entrecortada, a mente de Mike se ocupava com o dilema de contar ou não contar ao diretor a situação da missão, mas claramente compreendeu que a segurança do homem ferido era muito mais importante.

Claro, senhor! Só preciso de um minutinho... — o rapaz raciocinou rapidamente e focou em acessar as câmeras de segurança da rua.

 

Aeroporto de Sidney —Austrália — Trinta e dois minutos antes

Brandon corria em disparada sem uma direção certa, um dos agentes da organização criminosa apontava uma arma em sua direção, pronta para atirar. Enquanto isso as pessoas se desesperavam a volta, procuravam se esconder no bar ou em qualquer canto onde não pudessem ser atingidas. O corre-corre era grande e em meio a toda a multidão encontrava-se Jason, nitidamente correndo contra a corrente humana que se formava e com esperança de encontrar seu companheiro. Estava sem suas espadas pois não havia como carregá-las sem que fossem notadas e aquilo o aflingia, não que Jason não fosse bom sem elas mas com toda certez era imbatível com as mesmas.

Porém hoje ele carregava um revólver por debaixo da jaqueta jeans, cogitou em pegá-lo mas rapidamente a ideia lhe pareceu errada, haviam muitas pessoas inocentes ali.

Quando avistou os homens da HYDRA e Brandon fugindo deles percebeu que a situação era grave, chegando quase em cima da hora, viu o agente com a arma engatilhada e pronto para atirar porém subitamente arrancou de onde estava e se jogou com tudo em cima do mesmo. Ambos caíram ao chão, pelo canto do olho Jason notou que o segundo homem mirava nele e no exato momento em que a bala disparou da arma a maravilha aconteceu.

Jason com sua aguçada percepção conseguia se antecipar e agarrar o primeiro homem usando-o como escudo humano, a bala o atingiu diretamente nas costas ficando alojada em algum órgão vital, sangue jorrou-lhe pela boca, mas Jason não deu importância. Sacou rapidamente sua arma, mirou com dificuldade o ombro do homem e atirou. A bala atingiu-o em cheio e ele cambaleou para trás urrando de dor. O inumano levantou-se e acertou um belo murro na cara do baleado o apagando de primeira.

Encarando o rosto das pessoas a sua volta horrorizadas sentiu pela primeira vez como seu novo trabalho era agressivo e não muito bem visto para a sociedade, porque a SHIELD trabalhava longe dos holofotes do sucesso é claro.

Deixando os pensamentos em segundo plano seguiu pelo caminho que Brandon e os outros agentes tomaram.

Quando o homem chegou em frente a escada rolante finalmente avistou Brandon pulando a mesma a cinco metros do chão enquanto que dois agentes da Hydra ainda o acompanhavam, iniciaram um novo tiroteio. Jason se abaixou atrás de um vaso de palmeira, pegou sua arma e verificou a funcionalidade da mesma.

Com ela em punhos mirou na direção dos homens, acertando um deles que rapidamente buscou refugiu atrás de alguma coisa que o encobrisse, mas Jason não se importou, atirou na direção do mesmo, ainda tinha uma mira boa devido aos anos como militar e também porque havia treinado com Brooklyn a pouco tempo.

Calculou como poderia descer até o térreo, mas não havia nenhuma alternativa sem ser morto, mas Coulson surgiu para ajudá-los, em pouco tempo os homens da Hydra estavam caídos.

Mas havia algo de errado, quando Jason finalmente pode levantar-se de seu posto notou que Brandon não estava conseguindo, fitou Coulson preocupado e ambos saíram em disparada na direção do lutador. Coulson o alcançou primeiro e o ajudou a levantar.

Meu Deus, você levou um tiro? — perguntou o diretor sem pensar, enquanto Brandos gemia ao se apoiar no chefe.

Sim, mas eu estou bem — comentou mesmo com o rosto distorcido em pura dor, a região afetada era a lateral do abdômen, um pouco abaixo dos pulmões, algo relativamente perigoso.

Não é o que me parece — continuou Coulson, ao girar a cabeça na direção da escada rolante, Jason já os alcançava correndo e observando a sua volta em busca de mais inimigos.

O que aconteceu com ele? — perguntou o ex-militar.

Foi um daqueles filhos da puta... — disse bRandon entre dentes.

Merda, com certeza a mais deles por aqui! — comentou Jason novamente olhando trezentos e sessenta graus a sua volta, mas o cenário era apenas de destruição.

Jason, escute! Quero que vá até as meninas, encontre-as e contate Mike para saber como estão com o plano, okay? — esclareceu passivamente o mais velho.

Sim, senhor! — disse Jason e antes de sair apoiou a mão esquerda na nuca de Brandon que estava cabisbaixo.

Relaxa, vai ficar tudo bem cara! — disse para o loiro que sorriu fraco;

Arrasa com eles — Brandon olhou nos fundos dos olhos de Jason, e o ex-militar entendeu aquilo como uma ordem a ser cumprida e concordou com um meneio de cabeça, virou se e partiu em disparada até a escada rolante, deixando Coulson e Brandon no térreo.

Mike... — murmurou ativando o comunicador, mas apenas um chiado foi ouvido;

Droga. Deve estar quebrado. — naquele momento pisou no segundo andar, as pessoas ainda corriam desesperadas devido ao que havia acontecido, ao longe viu Maggie, Drica e Elle andando disfarçadamente para fora da área de embarque, naquele momento um segurança o abordou;

Fique onde está senhor! — Jason levantou as mãos e calmamente baixou uma até o bolso da jaqueta, o segurança o olhou desconfiado até ele aparecer  com o distintivo da SHIELD em mãos.

SHIELD — anunciou e foi  o suficiente para o outro abaixar sua arma. Quando voltou a fitar as meninas elas haviam sumido, então Jason iniciou uma caçada pelas mesmas por todo aquele hangar, só voltou a encontrá-las perto da loja de roupas, elas andavam com pressa enquanto fitavam as grandes janelas de vidro, porém outra coisa que ele percebeu foi a presença de mais homens da HYDRA Atrás delas, Maggie parecia ter notado também, lançava olhares fulminantes para eles enquanto apressava as meninas.

Maggie, Maggie, pra onde está indo? — murmurou Jason, até perceber os dedos da loira passarem pelo seu crachá e uma porta de acesso restrito não muito longe, se conseguissem passar por aquela porta estavam livres daqueles homens. Mas na medida que ele havia percebido, os outros dois também notaram.

Assim que aqueles dois homens correram, Jason arrancou de onde estava e viu uma Maggie furiosa passar o crachá loucamente pelo leitor, enquanto Drica e Elle igualmente assustadas se encolhiam e gritavam para que a loira andasse logo com aquilo. Conseguindo abrir, Maggie passou com Drica logo atrás de si porém Elle acabou sendo pega pelo braço e impedida de fugir, o segundo homem conseguiu assim seguir Maggie e Drica enquanto que o outro havia pegado a hidrocinética.

Rápida e certeira a australiana esguichou um jato intenso de água com a mão livre e acertou bem na cara de seu agressor. A multidão olhava assustada para a garota e Danielle encarava a todos, alguns celulares apareceram e flashes começaram a ser disparados em sua direção.

O que é isso? Quem é essa garota? — comentavam alguns. O murmúrio era grande.

Vocês não viram na tv, é uma daquelas aberrações que estão comentando.  — dizia um homem de idade — Ei garota, você é um monstro, alguém chame a policia.

Jason fitou Danielle, ela tapava o rosto com as  mãos e em seguida catou seu lenço no chão, ele foi até ela e gentilmente pegou na sua mão.

Vem — disse encarando aqueles olhos azuis marejados em uma mistura de medo e repulsa. Ele queria tomá-lá em seus braços, envolve-lá em uma bolha aconchegante e  impedir que se zangasse com aqueles imbecis, mas a situação pedia que outras providencias fossem tomadas. A porta de acesso restrito não era uma opção, seguranças estavam a caminho e eles não possuíam um crachá. Jason puxou Danielle para longe da multidão, ela o acompanhou apressada.

O que aconteceu? Porque o plano deu errado? — perguntou.

Ele é esperto, percebeu o que estava acontecendo e conseguiu se teleportar para o lado de fora do aeroporto, era para lá que estávamos tentando ir até aqueles caras aparecerem... — disse loira, mas Jason a interrompeu em seguida.

E tem mais deles por ai... — olhou a sua volta preocupado enquanto paravam em frente a grande parede de vidro que dava uma vista direta para a pista.

Olha... Olha ali aquilo não é a Alícia? — perguntou a loira, Jason tentou localizar, mas  o campo que cercava o local era imenso e em meio a alguns arbustos conseguiu ver um pequeno ponto vermelho que correspondiam aos cabelos da moça.

Ela deve estar atrás do Sans... — pensou alto o rapaz — Precisamos chegar lá!

Se pelo menos isso aqui tivesse uma janela ou algo assim, poderia utilizar a água como ponte pra chegar ao chão em segurança. — comentou a loira, em seguida se afastou do vidro, analisando a sua volta, Jason a fitou em seu vestido florido, no fundo sabia em seu tom de voz que ela estava diferente, por mais que ela tentasse disfarçar os olhos marejados e seus sentimentos, Jason sentia que ela estava afetada porém era um pouco racional para admitir.

Um som alto atingiu os tímpanos do homem e assim que virou o rosto para o lado de fora percebeu que estava ferrado, muito ferrado. Um helicóptero preto estava em frente a janela e possuía armas acopladas, sem pensar duas vezes Jason correu em direção a Elle que gritou agudamente e foi atingida em cheio pelo homem no exato momento que os tiros quebravam os vidros que eram para ser blindados do aeroporto. Aquilo era militar, artilharia militar pesada.

O helicóptero era da Hydra e estava repleto de agentes.

Vamos lá, aquela garota é inumana! — gritavam por cima do barulho ensurdecedor, e não demorou para que fossem içados para dentro do aeroporto.

Acho que essa é a janela que você pediu — ironizou Jason a centímetros do rosto da loira, mas ela foi incapaz de sorrir, apenas empurrou o peito dele e os dois trataram de levantar. Aquela altura os homens estava adentrando o aeroporto e Elle não pensou duas vezes, dissolveu seus braços novamente em jatos de água e acertou os homens impedindo que os mesmo alcançassem a borda do prédio.

Você vai ter que fazer aquele negócio... — gritou Jason enquanto distravava suas duas armas. Como que por um milagre o helicóptero precisou se afastar um pouco devido a proximidade com o prédio e a má visão causada pela corrente de água que Elle lançava na direção deles.

Agroa? — perguntou e Jason assentiu e os dois correram até a borda. Sem outra alternativa Jason abraçou Elle pelo abdômen deixando seus braços livres e os dois saltaram do segundo piso, instantaneamente a loira transformou seus braços e agora também pernas em jatos de água potentes, que os levaram em segurança até o chão.

O helicóptero surgiu novamente sobre suas cabeças, porém encontraram uma Maggie furiosa e disposta a derrubar o helicóptero com duas simples pistolas. Drica estava bem atrás dela, aterrorizada.

Corram seus imbecis — vociferou a russa, havia dado cabo de um agente nas escadarias sem pensar duas vezes e agora com seu olhar repreendedor necessitava salvar a vida daqueles dois.

Elle e Jason correram até a parte de trás de um destes carrinhos que levam malas até as aeronaves e se agaixaram atrás do mesmo. O helicóptero mudou sua direção e começou a pousar na pista, porém naquele mesmo instante o quinjet da SHIELD surgiu sobre o aeroporto e alguém contatou Elle.

Danielle? — ouviu a loira em seu comunicador, era a voz familiar de MIke.

Oi... oi... Mike, estamos com um problemão — esclarecei;

Eu sei, estou vendo tudo, mas o Coulson vai arrasar com esse helicóptero, tudo que precisam fazer é seguir a Alícia, ela está sozinha atrás do Sans, estão indo em direção a floresta e acho que ele percebeu a presença dela. — esclareceu o cientista.

Entend... — Elle mal terminou a frase e Coulson havia passado por cima do helicóptero, não literalmente, mas sobrevoando-o e atirando até explodi-lo em plena pista.

Uhuuul... Nossa mãe, queria eu saber fazer isso. — comemorou Mike.

 

 

Pista do aeroporto de Sidney — Austrália — Vinte e dois minutos antes

Alícia estava escondida entre duas peças gigantescas de aviões, só o que ela precisava fazer era ficar de olho para caso o plano desse errado e por enquanto estava tudo certo. O avião que Sans pegaria já estava acoplado a sessão de embarque a alguns bons minutos, enquanto Ali se mantinha ali perto das garagens sem ninguém ao menos reparar na ruiva. Ela estava nervosa? É claro que estava, era a primeira grande missão e sua insegurança e pouca idade havia sido crucial na hora de escalar as funções no plano. Ela sabia que Coulson havia escalado ela para o ‘’plano b’’ exatamente para que não ficasse na mira da Hydra, já que agora eles já a conheciam.

Mas o que a ruiva não imaginava era que um rapaz asiático apareceria em uma pequena nuvem de fumaça dissipada a poucos metros dela. A primeira reação foi arregalar os olhos e ficar em total pânico, Alícia tremia das mãos a cabeça e sabia que agora era com ela, precisava agir.

Sans olhou a sua volta e Alícia se acocorou para ficar mais escondida, tanto é que ele não a viu. Discretamente colocou seu capuz e começou a andar em direção ao grande campo a frente do aeroporto. Ali, como era carinhosamente chamada, não pensou em ligar o comunicador e avisar Mike, ou em contatar qualquer um dos outros, se ela estava ali era porque ‘’tinha’’ que estar,era o destino e como ela sempre arranjava uma solução para tudo não deu outra, ela começou a seguir Sans, porém antes mesmo de dar três passos notou uma câmera de segurança e então se lembrou que provavelmente Mike estava vendo ela, acenou discretamente sinalizando que iria seguir o garoto. Depois de acompanhar seus a uma boa distância, esperou que ele adentrasse no campo que possuía alguns arbrustros já que por ali era mais fácil se camuflar.

Ela estava determinada, iria segui-lo onde quer que ele fosse, não poderia perder a chance de pegá-lo e mostrar-se útil para a equipe.

Mas a certa altura algo a assustou, um helicóptero apareceu nos céus do aeroporto e Alícia atrás de um arbusto observou o mesmo acabar com a vidraçaria do aeroporto, suspeitou de imediato que todos estavam correndo perigo e então  viu-se em um pequeno dilema. O que fazer? Seguir Sans ou voltar.

Mike — ela ativou seu comunicador e decidiu entrar em contato.

Oi.. oi.. — ele repetiu como se estivesse aliviado por ouvir a voz da garota. — Onde você está?

Seguindo Sans em direção ao matagal, só que tem um helicóptero atirando no aeroporto. Onde estão os outros Mike? Você está vendo isso? — ela perguntou.

Sim — Mike em sua van enxugou o suor da testa, se na calorosa Sidney fazia quase quarenta graus na rua, naquela van estava a uns cinquenta pelo menos. Ele dobrou em uma esquina ao concordar com Alícia. Sim, ele estava dirigindo pois na parte traseira havia um Brandon semi consciente, perdendo um pouco de sangue que precisa de um hospital urgentemente. Nada para se desesperar. Imagina.

Eu estou acompanhando, ouve pequenos imprevistos mas o lance do helicóptero o Coulson já vai resolver.

Que bom, porque parece que ele vai acabar com o aeroporto — Alícia espiou por cima do arbusto e deu de cara com um Sans a encarando do outro lado. Merda.

Olha vou ficar sem imagens daqui a pouco, boa sorte, okay? — desejou o amigo. Porém Alicia não respondeu.

Porque vocês estão atrás de mim? — perguntou o garoto irritado.

Alicia, o que está acontecendo? — Mike, no comunicador, soava preocupado, mas Alícia com um simples toque desativou o aparelho. Agora era apenas ela contra Sans.

Não queremos te machucar, ao contrário da Hydra — respondeu a garota, rápida e certeira;

Hydra, eu nem sei o que é isso? E eu pensei que fossem todos da mesma coisa... Sei lá, mas não importa, só quero distância de todos vocês, me deixem em paz. — ele enfatizou sua última frase para que ficasse bem claro. Sans estava assustado com tudo aquilo, de uma hora para outra todos os seres humanos se tornaram uma ameaça mortal ou ao contrário, ele havia se tornado uma ameaça mortal, era muito confuso.

Calma — Alícia estendeu as mãos em sua direção — Você não precisa fugir de todo mundo, eu sou como você, nós somos inumanos...

Mas o garoto não deixou que ela terminasse.

Eu não quero saber — e essa foi sua última frase antes de se teletransportar no mesmo instante em que a explosão ocorria na pista, o helicóptero havia ido pelos ares. Mas Alícia estava alheia ao acontecido, ela apenas varreu os olhos pela vasta planície, sabia que Sans iria reaparecer perto dali, ele era jovem como ela, seus poderes não estavam bem desenvolvidos. E puft, o asiático reapareceu a alguns  bons metros de distância, a reaparição se deu no ar e o garoto caiu direto no chão. Ali se viu em vantagem, afinal o chão era parte sua, com uma das mãos estendidas ergueu as porções de terra em volta do garoto tentando prendê-lo ao chão, mas claro que não funcionou, ele se transportou novamente e reapareceu a poucos metros do matagal. Alícia estava cansada daquele joguinho e era visível que o garoto estava desgastado, tentou se teletransportar novamente e a coisa falhou.

 Alícia não desistiu, novamente arrancou boas porções de terra do chão e envolveu o corpo do garoto.

Por favor Sans vamos conversar — gritou ao vento;

Não, não tenho pra falar com vocês, só quero que me deixem em paz — respondeu ele e conseguiu se teletransportar uma última vez e mais uma falha ocorreu, ao invés de reaparecer mais longe ele acabou vindo para mais perto. Ela sabia que aquela deveria ser seu último teleporte e correu na sua direção, Sans correu para o lado oposto, na direção do matagal.

Alícia ouviu conversas ao longe e viu que estava sendo seguida. Jason e Maggie estavam no seu encalço, ela estava feliz por reforços terem chegado novamente.

Uma vez perto do matagal, a ruiva ergueu uma parede de terra bem na frente de Sans e o fez trombar nela em cheio, ele ficou desnorteado mas mudou de direção contornando a barreira, e ela se desfez.

Mas Alícia fechou seus olhos e as mãos em punhos, derrubar árvores era algo difícil mas não impossível. Com um pouco de esforço conseguiu a façanha e o garoto ficou com receio de entrar na floresta, parou imediatamente vendo o chão se mover também a seus pés. Alícia gritou, aquilo era muito para ela suportar.

Alí, por favor, precisa parar — Maggie a tocou nas costas e Alí abriu os olhos, a terra parou de se mexer e ela apoiou-se nos braços da russa.

Desculpe cara, não era para ser assim... — vociferou Jason apontando uma arma não-letal na direção de Sans e disparando logo em seguida, o tranquilizante o atingiu em cheio deixando-o descordado no mesmo instante.

 

Região Portuária de Manhattan —Nova York— EUA

 

Prestem atenção, isso aqui é uma missão, de verdade. Então estejam preparados para tudo. — disse Scarlett enquanto espiavam de longe um antigo galpão onde supostamente, no subsolo, havia a base secreta da Hydra.

Como assim estejam preparados para tudo? — perguntou Jack — Isso não é possível. Como alguém fica preparado para tudo?

Não sei, mas qualquer um nessa missão está mais preparado do que você com esse uniforme. — Roderick o olhou com desdém.

Olha só eu... — Jack retrucava porém Scarlett o interrompeu.

Ele tem razão Jack, custava ter aceitado o uniforme novo? — disse a ruiva enquanto verificava uma pequena Glock no coldre de seu tornozelo.

Obrigada docinho! — Roddy sorriu para Scarlett que não levantou o olhar para ele e nem disse nada.

Vocês não entendem, essa é a minha marca, tipo as pessoas me conhecem por Sísmico quando eu uso esse uniforme. — defendeu o mais novo.

Ahh claro, por isso que você virou piada nos jornais. É essa a marca que queria deixar? — provocou Roddy. Jack fechou os olhos e os punhos, uma barra de ferro se ergueu as costas do mais velho.

Vai em frente — continuou o eletrocinético. Quando Scarlett reparou no que estava acontecendo interveio imediatamente.

Qual é o problema de vocês? Eu sei que se odeiam, mas acordem, estamos em missão então parem de infantilidade e foquem. — disse irritada, Roddy levantou as mãos em sinal de que não havia feito nada, Jack fechou a cara e a barra caiu ao chão causando um baque bem audível.

Jack percebeu a merda que havia feito quando Scarlett o fuzilou com seu olhar. Alguns homens apareceram na entrada da garagem, com olhos ávidos a tudo que acontecia, mas os três agentes da SHIELD permaneceram bem escondidos atrás do caminhão tanque.

Um a um os homens saíram da base secreta localizada naquele lugar praticamente deserto, estavam todos com pressa, provavelmente o plano estava sendo executado.

Drina — sussurrou Scarlett pelo comunicador.

Ahh oi Rose, a missão está em andamento, estou com as imagens de satélite, vejo vocês mas depois que estiverem lá embaixo não pdoerei mais ajudar. — respondeu a cientista diretamente do quinjet.

Ótimo — Scarlett desligou seu comunicador.

 Essa é a hora. — Roddy estralou os dedos e saiu do ponto onde estavam, caminhou devagar, estava mascando uma goma de chiclete e cuspiu ela na metade do caminho. Foi em direção a câmera de segurança e ao se aproximar fritou a mesma com uma onda de eletricidade. Rápidos, Scarlett e Jack foram até Roderick no meio do caminho, Jack se concentrou e ergueu-o do chão.

Va com calma garoto — disse Scarlett, vendo o homem atingir certa altura, mas Jack acabou conduzindo-o em segurança até o telhado do galpão. Lá em cima, cada passo precisava ser dado com todo o cuidado possível, o teto era irregular. Não demorou muito para que Roddy encontrasse uma falha onde pudesse entrar. Do lado de dentro, usou os ferros que suspendiam o teto para transitar. Haviam quatro câmeras e não foi difícil acertá-las já que agora a distância era curta.

 

Os gatos saem e os ratos fazem a festa — comunicou a Scarlett pelo comunicador, ela não respondeu, apenas entrou pela porta com Jack a seguindo. O único problema agora era encontrar a passagem, já que aquele galpão estava abandonado pelo menos a uma década, havia alguns ferros velhos espalhados e muitas teias de arranha. Jack ergueu uma das mãos e trouxe Roddy até o chão sem muitas dificuldades, enquanto que Scarlett vasculhava cada canto do galpão.

Não tem nenhuma porta aqui caramba? — indignou-se Jack. Roderick riu.

Jura que você achou que teria uma porta com tapetinho de bem vindo?

Podem calar a boca por favor? Vou falar com a Drina — repreendeu Scarlett — Drina, oi?

Oi, estou vendo vocês no galpão pelo satélite — disse a médica.

Nós temos um problema, não tem tecnicamente uma passagem aqui — esclareceu a ex-agente russa;

Espere eu vou dar uma olhada em uma coisa aqui... — Hastings disse fitando Phillip ao seu lado;

Mike lhe passou a planta desse galpão? — perguntou Drina. Ela estava confiante de que encontraria alguma resposta utilizando seus conhecimentos de engenharia.

Sim — Phillip pegou se tablet e abriu um arquivo mostrando o para a garota.

Hummm... — murmurou analisando a tela. — Isso é de 1970, não vai ajudar muito. E caramba esse galpão é enorme. Não acha? — perguntou Drina, franzindo o cenho.

Parece, na verdade não entendeo nada disso, e além do mais se isso estivesse em 3d seria bem melhor. — comentou. Aquilo fez Drina pensar, levantou se em um pulo e passou a andar de um lado para o outro no quinjet.

Eureka! — gritou de repente, arregalando seus olhos azuis penetrantes na direção de Phillip — Pega as suas coisas, as esferas... elas.. elas.. mapeiam em 3D. Não é?

Éééé... Elas mapeiam, scaneian, localizam qualquer coisa... — ele levou a mão ao queixo pensativo.

Então, nós temos que ir até lá com as esferas. Rápido. — ordenou.

O que? Mas isso não faz parte da missão. — Phillip ficou surpreso com a ideia da garota.

E daí? É o único jeito.

Drina? — era Scarlett no comunicador.

Oi, desculpa. Nós estamos resolvendo, só esperem ai okay? — respondeu.

Tá, mas o q... — Drina não deixou a outra terminar, desativou seu comunicador.

Você ainda esta sentado ai Lipe, agiliza... — ela estalou os dedos na frente dele que parecia estar bem pensativo.

 

A contragosto do cientista, os dois cataram algumas coisas em suas mochilas e saíram do quinjet, escondido do piloto. Deveriam correr para chegar a tempo e era exatamente o que estavam fazendo, evitaram a rota onde a pequena distração estava acontecendo e foram direto ao galpão, eram cerca de cinco quarteirões para falar a verdade.

Phillip preocupado, analisava cada esquina e se punia mentalmente por não ter levado uma arma consigo mesmo não sabendo usá-la. Drina estava alheia aquela ideia, sua única preocupação era chegar o mais rápido possível no galpão. Pensava se seria uma boa reativar o comunicador, sentia uma pequena incerteza sobre o que acontecia lá, mesmo que aquilo iria contra sua ideia de evitar que Scarlett soubesse que estavam a caminho.

Foda-se, pensou. Ela o ativou. Não demorou muito para ouvir a voz conhecida do outro lado.

Drina? Driina? — chamou Scarr.

Oi — disse a cientista, com respiração ofegante.

Nós encontramos, não é exatamente uma porta, mas um grande portão. — disse a agente.

Que... que ótimo — respondeu a cientista e parou de correr, Lipe a encarrou já praticamente entendendo a situação.

Desligando — comunicou Rose.

A gente vai ter que voltar não é? — perguntou Lipe fazendo uma viseira na frente de seus olhos com a palma da mão, o sol estava demasiado forte naquele dia. — É, lá vamos nós, genial sua ideia Hastings, genial.

Cala a boca — retrucou a morena, e depois sorriu levemente vendo a irritação de seu amigo.

 

 

No galpão abandonado, um enorme portal se abriu para a base, os três agentes da SHIELD quase foram pegos desprevenidos enquanto aquele burraco se abria, mas conseguiram rapidamente se esconder entre os destroços ferrosos do local.

Eles vão sair logo, precisamos agir rapidamente — comentou Roddy.

Sugere o que? — perguntou a ruiva;

Uau, você está mesmo perguntando isso, se eu tivesse um celular gravar só pra jogar na sua cara depois — continuou Roddy. Scar apenas revirou os olhos, estava de saco cheio de Roddy e todas as suas piadinhas desnecessárias, ainda mais ali, no meio da missão.

Sugere o que? — repetiu firmemente a ruiva.

Vamos botar para quebrar, não deve ter muitos agentes ai, um pouco de eletricidade e o Jack pode tentar não ser acertado nas partes íntimas e você pode fazer aqueles seus lances de karatê kid versão russa. E pronto. — Jack e Rose trocaram olhares frustrados com as idiotices que acabaram de ouvir.

Não falo mais nada, eu já desisti desse cara — admitiu Jack. Scarlett observou aquele avião de pequeno porte, ele estava ligado e alguns homens carregavam alguma mercadoria nele, fitou o teto, era retrátil de alguma forma desconhecida, mas era.

Aurora não está aqui — disse de repente a agente.

E porque não? — perguntou Jack surpreso.

Esses caixotes estão cheios de armas, isso aqui é um arsenal gigante, olha não a nada aqui a não ser caixotes, ela não está aqui. O que nós vamos fazer é o seguinte.... — ela se virou para eles — .... vamos entrar no avião.

— Seguindo o meu plano? — perguntou Roddy.

Se quiser ser morto sim, mas eu não quero, então o que vamos fazer é esperar esse avião decolar, no momento certo saltamos sobre ele.

O que? — Jack e Roddy pela primeira vez concordavam que aquilo era absurdo.

Essa ideia é pior que a minha.— cochichou Roddy.

Se vocês não forem eu vou sozinha... — naquele momento o teto do galpão começou a abrir e Scarlett levantou-se de supetão e saiu correndo pela borda da abertura.

Jack faz alguma coisa ela vai se matar — pediu Roddy, o garoto soltou uma risada irônica.

Ahaa, agora você quer que eu faça alguma coisa ? —  reclamou, Roddy se levantou, não queria fazer aquilo mas algo lhe dizia para não deixar Rose sozinha, naquele momento a aeronave começou a erguer-se do chão e Roddy correu na direção de Scarlett, ela estava alheia e tomou distância preparando-se para pular.

Isso é lourura — gritou Roddy por cima do barulho da aeronave.

Espereeem por mim... — gritava Jack.

 

Rose sem pensar, apenas respirou fundo uma última vez e correu na direção do avião saltando no vazio, Roddy a seguiu. A garota ruiva aterrizou sem muita dificuldade e Roddy chegou logo em seguida, caiu estabanado sobre a lataria. Jack percebeu que não riai conseguir, fazendo um esforço tremendo segurou a nave alguns segundos para que desse tempo de saltar, e deu. Porém ao cair acabou rolando excessivamente para o lado e deslizando na lateral da aeronave, Scarlett porém o pegou a tempo.

 Que merda. — ela vociferou fazendo força para mantê-lo em suas mãos, na verdade o que ela havia pegado era um dos pequenos sacos de areia do uniforme do garoto.

Me da a outra mão, Jack — Roddy gritou ao lado de Rose, e com Jack alcançando o braço de Roddy ambos puxaram-no para cima. Os três ficaram deitados assim que a aeronave ganhou atitude.

Salvo por um saco de areia   — murmurou jack ainda nervoso pelo acontecido  — É por essas e outras que não troco de uniforme.

 

 

Maicon corria apressadamente pelo cais do porto, haviam dois agentes em seu encalço, ele estava sem munição e apenas se escondeu atrás de uma repartição de madeira entre dois prédios abandonados. Sua respiração era o único som do ambiente, o som de tiros vindos do centro do confronto não eram mais reconhecidos pela sua mente, mas agora passos ecoavam por aquele pequeno beco.

Não adianta se esconder, amigo — disse o homem, Maicon não conseguia vê-lo apenas se concentrava em seus passos.

Acabou pra você, eu vi que está sem munição, então que tal aparecer para termos uma conversa um tanto... amigável — o homem riu de forma maléfica deixando claro que não havia nenhuma boa intenção. Maicon contava com o fim da sua vida ali, a poucos instantes, porém um pequeno ruído poderia ser capaz de salvá-lo: o som de cacos de vidro sendo esmagados. Quando escondeu-se por ali, percebeu que a um metro de onde estava haviam cacos de vidro no chão, ao ouvir o ruído soube imediatamente que o homem estava perto o suficiente.

Então, em um ato de loucura surgiu na frente do homem e acertou lhe um soco.

— Eu não sou seu amigo! — lembrou ao desconhecido. Era policial e sabia que um soco bem dado resolvia muitas coisas, o homem rapidamente sentiu e curvou se, nisso Maicon socou a boca de seu estômago porém o careca revidou,atingiu-o com um soco também e em seguida com um salto no ar rodou e atingiu-o bem no peito. Aquilo já era demais.

Naquele meio tempo o segundo homem apareceu,estava com metade da manga queimada e o braço em carne viva.

Ele é inumano? — perguntou o homem. Maicon estava zonzo e ainda recuperava o foco.

Não, é só um bostinha de merda. — o engraçadinho riu e voltou a olhar na direção de Maicon.

Bostinha.... de...d e merda — disse o agente da SHIEDL demonstrando certa dificuldade — é como falar granada de bomba, é a mesma coisa. — os dois se entreolharam, Maicon levou a mão a lateral do seu corpo simulando  dor no local.

O que? — perguntou o cara com a arma.

Granada — Maicon finalmente ficou ereto e tirando a mão do lado de seu abdômen, por entre a jaqueta e a camiseta, mostrou uma grandaa já com o pino rompido. Maicon observou seus rosto assutados e sorriu, a jogou neles e saiu correndo o mais rápido que pode, seis segundos depois e a explosão não aconteceu. É claro que Maicon não os mataria,a granada era um objeto pessoal, era defeituosa, não explodia, por isso ele a guardava como recordação e um objeto de sorte, vez ou outra como hoje poderia salvar sua vida também.

Quando os homens perceberam a farsa, voltaram a perseguir Maicon ainda mais enraivecidos, porém aquela altura o ex-professor já ia para o ponto de encontro com Brook. Quando parou para descansar aos pés de uma escada que dava acesso ao topo de um dos prédios. viu uma aeornave preta sobrevoar o porto. Subiu na mesma hora, escada acima e ao chegar na cobertur viu Brooklyn correndo ao seu encontro com duas armas, ela passou por Maicon e atirou nos dois homens que o perseguiam.

 

Estamos com problemas — ela avisou.

Que tipo de problemas? — perguntou Maicon decepcionado, ele achava que estava tudo correndo bem.

Ken, eles levaram o Ken — Maicon levou a mão a boca, e viu uma Brook sem alguma expressão no rosto, ele não conseguia entender como aquela mulher conseguia manter aquele sangue frio.

E... E o que faremos?

 — Voltar para o quinjet, coloquei um rastreador no Ken, nem mesmo ele sabe disso. — falou Brook.

Espera então você sabia que isso iria acontecer? — perguntou Maicon.

Não, não diga como se eu tivesse planejado isso, é só que poderia acontecer, é uma missão, tudo pode acontecer.

Eu sei, só que, isso me parecia muito arriscado desde o começo, o Ken estava assutado, ele não estava pronto pra algo assim. — esclareceu Maicon. Estava preocupado com o amigo.

Temos que voltar pro quinjet e no caminho pegar Donald, ele conseguiu escapar. — desconversou a mulher.

 

 

Scarlett? Rosee? Roseee? — Hastings começou a gritar com o comunicador.

Hey, ela deve estar fora de alcance. — observou Lipe, enquanto lutava internamente com uma forte dor de cabeça, a cabeça estava tão pesada quanto aquela mochila.

Que merda — bufou Drina, estava cansada também, os cabelos soltos e desgrenhados, alguns fios colados a testa devido ao suor, o dia estava um pouco quente.

Se você tivesse me ouvido ou simplesmente tivesse seguido o plano desde o princípio isso não estaria acontecendo e... — Drina se virou, arregalando aqueles olhos azuis intensos, ela levou o dedo indicador a boca e pediu silêncio para o companheiro.

O que? — ele perguntou confuso. Ao longe um pequeno burburinho de conversa era ouvido agora pelos dois.

Você ouviu? — ela encarou o rapaz nos olhos.

Sim — ele sussurrou e antes que pudesse expressar alguma reação viu na face de Drina o que acontecida as suas costas. Homens da Hydra estavam dobrando a um quarteirão de distância. Lipe virou-se e viu dois homens, eles os avistaram também. Sem pensar duas vezes, os dois cientistas saíram correndo as pressas, tinham certeza de que eram seguidos.

Pra onde estamos indo? — perguntava Drina, tentando acompanhar Lipe.

Eu não sei — ele disse meio que sem fôlego. A garota pensou, era o que fazia de melhor, e ao ver a quinta avenida a dois quarteirão para a esquerda não pensou duas vezes. Pegou Lipe pelo braço e o parou bruscamente puxando-o para a nova direção, o rapaz deu uma rápida olhada e percebeu que a distância entre eles e os agentes da Hydra não era muito animadora.

Os dois correram o mais rápido que puderam até uma ponte sobre um canal de esgoto, a ponte dava para a quinta avenida e o problema a seguir era atravessar.

Nós vamos morrer — concluiu a morena ao ver a quantidade de automóveis que transitavam.

Não vamos — afirmou Lipe sem parar de correr ao se aproximar do meio fio. Otimista como era, estava confiante de que os carros não os atropelariam. Quando percebeu uma brecha puxou Hastings consigo, alguns carros diminuíam a velocidade e outros frearam bruscamente, buzinas foram acionadas, mas no final os dois conseguiram chegar ao outro lado inteiros.

Ali haviam ruas movimentadas e os dois não perderam a chance de escolher uma das melhores para se camuflarem, esbarravam em pessoas e quando finalmente perderam os dois de vista pararam em frente a uma sorveteria para recuperar o fôlego. Ambos enxiam insistentemente seus pulmões de ar. Hastings até apoiou-se nos joelhos enquanto o outro fitava a rua preocupado.

Acha q-que... que despistamos? — perguntou a garota se colocando novamente na posição ereta.

Talvez — Lipe fitou a multidão — Tem muitas pessoas aqui eles devem ter escondido as armas e... — ele estreitou o olhar, e ao longe reconheceu um dos homens, não demorou para que visse o segundo — Estão aqui... — sussurrou como se eles pudessem lhe ouvir.

E agora ? — a morena parecia nervosa. Lipe encarou suas órbitas azuis e teve uma ideia muito louca, fitou os homens novamente com o canto do olho, estavam a menos de dez metros, correr daria a localização e entrar na sorveteria era encurralar-se. É, ele teria que fazer aquilo, iria funcionar, claro que iria, mas ela não iria gostar, pensou o rapaz.

Em um ato de desespero Lipe decidiu pôr seu pequeno plano em prática, não sabia qual seria a reação de Drina, nem se ela entenderia aquilo, poderia ser arriscado, ou poderia salvá-los, por via das dúvidas segurou Drina pelos braços ela olhava desesperada para o rapaz, ele esperou que os homens diminuíssem ainda mais a distância e então tomou a coragem necessária.

Lipe pegou Drina pela cintura e a empurrou contra  parede, bem ao lado da máquina de milk shake, colou seu corpo junto ao dela e a beijou. Hastings murmurou alguma coisa contra a boca do rapaz, mas Lipe manteve-se firme segurou a garota até ela não resistir mais, pelo canto do olho notou que os homens haviam passado e nem os percebido.

No pequeno momento de distração Hastings o empurrou e sem pensar duas vezes deu lhe um chute bem dado no meio das pernas,  não compreendia porque aquele homem tinha feito aquele ato tão imbecil, poderia ter bolado um plano melhor, ou então pelo menos ter avisado das suas intenções e não queria nem pensar no significado daquele beijo para o cientista.

Lipe quase não acreditou, suas partes íntimas agora latejavam ali no meio da rua enquanto ele havia soltado um pequeno berro involuntário, as pessoas a sua volta riam mas por misericórdia divina nem um deles se parecia com os dois agentes.

Você ficou maluco? — ela gritou.

Ai ai... desculpa, caralho não precisava ter feito isso. — choramingava Rogers.

Não precisava? Pensei que fosse tão necessário quanto um beijo. — ironizou a garota.

Mas era um plano e olha deu certo  — tentou explicar-se o jovem cientistas.

Mas você me beijou, isso é pessoal não coisa do nosso trabalho, pro favor, saiba separar as coisas. — continuou a morena enquanto saía pisando duro pela rua;

Mas Drina, foi profissional e não pessoal, tipo no cinema, não teve sentimentos ou coisa do tipo só foi necessário pra garantir nossa sobrevivência! — continuou o garoto;

 —Não fale mais comigo — disse Hastings entredentes, Lipe passou as duas mãos pelo rosto e fitou o céu pedindo misericórrdia. Na verdade ele precisava de um copo de água, um calmante e um gelinho para por ‘’lá’’.

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сукин сын¹  — filho da puta


Notas Finais


Bom, como vcs viram a missão dois ainda não acabou, o ken ainda ta la, jack, Roddy e Rose ainda estão no avião. E o Brandon ainda levou um tiro e não ta mto bem. Td isso fica pro próximo, que volta no esquema dos pov's haha

Deixando aqui um teaser com mais uma oc: https://www.youtube.com/watch?v=Ue-Pr4X-w7Y

Deem joinha e se escrevam no meu canal :)

Acho que não falei no cap anterior mas Sans e Aurora são das fichas não aceitas para o elenco principal :)

Aqui um jornal para facilitar o reconhecimento do povo todo: https://spiritfanfics.com/perfil/ttuchtenhagen/jornal/personagens--pd-23--interativa-7127864

ATENÇÃO: As vagas foram reabertas, mas é apenas para VILÕES e estão restritas apenas para usuários que não tem um oc no elenco principal, ou seja, pode participar quem fez um oc e não entrou ou qualquer leitor q não tenha feito oc.
Para mais informações sugiro ler o Prólogo.

É isso ai, eu to podre, vou dormir.
Tenho uma boa noite <3
Até qualquer hora querido ;3

Não deixem de comentar ;)

Bjss,
Taila


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