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História Projeto Delta 23 - Bem vindos ao Nível 7 - Parte 1


Escrita por: SrtaSnow1

Notas do Autor


Oieee, olha só o que eu trouxe pra vcs?
hahah'
mais um capítulo <3

Bom esse é o primeiro de uma sequencia de quatro capítulos de '' Bem vindos ao nível 7'' que serão os capítulos de primeiro contanto com nossos futuros agentes! Ai na caa estao os quatro primeiros que teremos no capitulo de hoje.
Antes de mais nada eu poderia dizer que sorteei os 4 primeiros e assim sucetivamente, mas não, é tudo uma questão de geografia. Brook estava em Londres, Maicon também, aee o Mike na Irlanda do Norte é só um pulo e dps Portugal é logo ali ahsahuash' eu irei seguir dessa maneira!
entao sem mais delongas, boa leitura <3

Capítulo 3 - Bem vindos ao Nível 7 - Parte 1


Fanfic / Fanfiction Projeto Delta 23 - Bem vindos ao Nível 7 - Parte 1

Londres - Inglaterra

~Brooklyn Mills Hood~

A Tower Bridge estava praticamente encoberta pela forte neblina daquela manhã, as pessoas passavam por mim prevenidas com seus guarda-chuvas enquanto eu estava com meus cachos castanhos e roupas ensopadas pela fraca garoa que caía em Londres. Puxei mais a camisa xadrez que usava, tentando inutilmente me proteger. Havia saído totalmente desprevenida mas de qualquer forma tinha valido a pena. A padaria, a dois quarteirões do prédio onde me estabeleci, tinha Donnuts maravilhosos, e eu já havia virado cliente fiel em menos de duas semanas.

Peguei meu celular e troquei a música, aproveitei para ver se o tempo não iria melhorar até o fim da semana, mas fui surpreendida pelo alarme que o aparelho começou a emitir, eram os sensores que instalei no apartamento, alguém havia invadido. Guardei o celular  e comecei a correr, tentando não esbarrar em alguém, algumas pessoas resmungaram  enquanto eu passava por elas como um furacão. Uma senhora de idade atravessou na minha frente, mas consegui desviar a tempo da colisão.

- Desculpa! – gritei, olhando sobre o ombro. Virei a esquina já retornando para o mode caminhada, e adentrei ao pequeno edifício, o porteiro me cumprimentou e eu apenas acenei, recuperando o fôlego e fui em direção ao velho elevador, rezei para que só dessa vez não emperrasse comigo, precisava conferir o apartamento, com a Hidra a solta, agentes da S.H.I.E.L.D fora das bases eram como os meus Donnuts suculentos na padaria, uma vez no elevador conferi para ver se minha adaga ainda estava no coturno e tirei a arma do cós da calça: uma pistola cromada 9mm belíssima. O elevador chegou no terceiro andar, e o corredor estava vazio.

Lentamente me dirigi a porta do meu apartamento, antes de destranca-la tentei escutar algum som, mas estava tudo silencioso, então destranquei a porta lentamente e entrei com rapidez e a arma em punho, mas não havia ninguém e tudo estava em seu devido lugar. O apartamento era minúsculo, sala e cozinha dividiam espaço e havia um quarto com banheiro, a porta do dormitório estava aberta como a deixei. Caminhei lentamente para conferir o cômodo com a arma sempre apontada para frente e olhos bem espertos, mas não havia nada além da minha bagunça.

Até que ouvi a porta do banheiro rangendo, me virei em um piscar de olhos e dei de cara com Phil Coulson secando as mãos, ele sorriu ao ver que estava apontando a arma para ele;

- Hãã... Desculpe, foi uma longa viagem, eu estava apertado! – comentou brincalhão como sempre, eu abaixei a arma e dei um meio sorriso.

- Desculpe Diretor! É que equipei o apartamento com sensores de presença que enviam um chamado no meu celular, achei que fosse a Hidra ou coisa pior.... – tentei me desculpar já recolocando a arma no cós da calça jeans;

- A culpa é mim que apareci sem avisar! – ele disse recolocando a toalha de rosto em seu devido lugar, fiz a frente voltando para a sala. ‘’Jura?’’ pensei, deixando apenas escapar um sorriso sarcástico do rosto.

- E então... – ele disse se sentando a mesa que havia no centro da sala e eu fiz o mesmo - ... como andam as investigações? – perguntou. Umedeci os lábios, só de pensar que já fazia quase dois meses que Fury havia sumido sem deixar pistas, apenas uma mensagem para o Coulson da qual eu não fique sabendo o conteúdo, era Nível Nove e eu estava no Sete. Mas o que quer que ele tenha dito, não envolvia nada da sua localização.

Nick era a pessoa mais importante do mundo para mim, após a morte dos meus pais ele foi a única pessoa que se preocupou de verdade comigo, que me acolheu e me deu ânimo para continuar e agora ele simplesmente some. Não vou negar que estou bem brava com ele, como assim desaparece e não deixa nem um aviso? ou qualquer coisa para mim? Até Coulson recebeu uma mensagem e para mim nada? Poxa, eu era também sua família, enquanto os outros se preocupavam com a perda do diretor da S.H.I.E.L.D eu me preocupava com a perda do Nick.

- Nada, o Nick evaporou! – falei sem olhar diretamente nos olhos de Coulson, estava tentando controlar meus sentimentos, mas nem sempre eu conseguia ser durona e profissional – Eu inspecionei cada parte desse apartamento, não há pistas, não há nada. Também verifiquei um local que só nós dois sabíamos, um cofre no banco, com armas, identidades falas, remédios e suprimentos para caso a coisa ficasse realmente feia, mas está tudo intacto. – relatei, Londres era a ultima localização atualizada de Nick, a mensagem que ele mandou para Coulson foi gravada aqui dessa mesa e depois... Puft, sem mais notícias.

- Todos nós sabemos que Fury mantinha segredos, talvez haja uma base que nenhum agente tem conhecimento, preparada especialmente para tempos de crise como estes! – Phil tamborilou os dedos na mesa transparecendo impaciência, havia uma pasta prata na mesa que eu nem havia notado de início.

- Mas isso não é do feitio dele, abandonar o barco? Mandar uma mensagem nomeando você como diretor? E deixando uma SHIELD aos cacos e quase sem agentes e pessoas de confiança e se enfiar em burraco qualquer? Foda-se Coulson, esse não é o Nick que eu conheço! – falei bufando, não me conformava com aquilo;

- Não é o que eu conheço também, mas ele não deixou só uma mensagem, há outra coisa! – o homem de meia idade pôs a mão no bolso de seu palitó preto e tirou uma caixinha quadrada vermelha aveludada do tamanho de um porta-jóisas, Coulson a empurrou até mim sobre a mesa.

- O que é isso? – perguntei franzindo o cenho, enquanto pegava o objeto e o abria, era na verdade uma caixinha de música, com uma bailarina minúscula e na base estava escrito ‘’ Para Brook’’, eu sorri enquanto meus olhos marejavam e se afogavam em lembranças, a caixinha de música foi o primeiro presente que Fury me deu.

- Encontramos no escritória dele, funciona por reconhecimento de fala eu acho! Basta dizer alguma coisa já que é para você! – ele disse dando um sorriso, tentei segurar a vontade de chorar. ‘’ Relaxa Brook, é só uma caixinha de música idiota.’’

- Brook... Brooklyn Hood! – foi o que eu disse e a caixinha fez um 'crec'', a bailarina começou a rodar e uma voz conhecida saiu do objeto:

- Brook querida, espero que esteja bem...Não quero que se preocupe comigo, eu estou bem e em segurança, vou me ausentar por tempo indeterminado! Coulson é o novo diretor da SHIELD, e você será seu braço direito em um projeto que criei. Chama-se Delta 23, e Phill vai selecionar 14 pessoas entre humanos e inumanos para serem agentes de campo e cientistas, formarão uma equipe, irão exterminar as ameaças e reconstuír a agencia. E você será a décima quinta selecionada, confio no seu potencial Brook, sei que você manterá as coisas em ordem enquanto eu estiver por fora... E por favor não deixe Coulson fazer merda, ele é meio maluco as vezes... – fitei o novo diretor enquanto uma risada escapava pelos meus lábios – e acima de tudo tente não se machucar Brook. – a bailarina parou de girar, a mensagem acabou, respirei aliviada, tentando organizar os pensamentos, eram mitas informações.

- Quer dizer que finalmente terei uma equipe? – perguntei ansiosa, Phil sorriu e acenou que sim, eu retribui o sorriso;

Parece divertido! – comentei enquanto fechava a caixinha – Mas essas pessoas, quem são?

Coulson me entregou  a pasta, era desse tal Projeto e todos os nomes estavam ali.

- São pessoas comuns, alguns mais experientes outros jovens, uns poderosos, outros com habilidade e QI avançado, muitos nem sequer ouviram falar em SHIELD. Não será fácil e.... – fiz um sinal para que ele parasse.

- Posso pegar pesado com eles? – olhei de forma maliciosa para Coulson, ele me encarou sem entender – Nos treinos, quero treiná-los.

- Ahhh, pode! – ele deu um meio sorriso;

- Ótimo, eu to dentro! – larguei a pasta sobre a mesa e Colson me olhou com certo orgulho.

 

 

West End – Londres - Inglaterra

Olson's House

~Maicon Olson~

Fazia cinco minutos que eu estava na frente da minha casa procurando as malditas chaves da porta da frente nos bolsos da minha farda, definitivamente não estavam ali.

- Mas que droga! - Revirei os olhos e passei as mãos pelo rosto bufando, girei nos calcanhares e voltei até a viatura, meu turno havia acabado a pouco tempo, e eu só tinha alguns poucos minutos antes de ir até a escola. Além de policial eu dava aulas de História no turno da noite. As malditas chaves estavam no banco do carona, voltei correndo, estava ansioso para ver Ellen, minha irmã, hoje era um daqueles dias em que ficávamos o dia todo sem se ver e tanto ela quanto eu odiávamos isso.

Uma vez dentro de casa, ouvi vozes vindas da cozinha, larguei as chaves na mesa de sempre e fui direto para o outro comodo.

- Hmmm... não me diga que isso é? – perguntei, arqueando uma sobrancelha para Ellen e a cuidadora dela que estava cozinhando algom com cheiro de almondega;

- Almondegas com espaguete! – respondeu Ellen, estendendo os braços para que eu a abraçasse, eu sorri para minha irmã e a envolvi com meus braços, tomando cuidado para com o seu respirador que ficava sempre ligado a um pequeno cilíndro de oxigênio. Ela tinha um câncer pulmonar em estágio avançado, graças a medicação não estava controlado, mas as vezes ela tinha algumas recaídas, e então ficávamos algumas semanas no hospital o que a fazia melhorar, apesar de ter apenas catorze anos era uma guerreira e eu a amava mais do que qualquer coisa nesse mundo. O problema é que a medicação era cara, e ainda tinha as despesas com a cuidadora e o aluguel da casa para pagar, exatamente por isso que precisava de dois empregos, o que muitas vezes ainda era pouco.

- Está quase pronto! – respondeu a figura gorda e de profundos olhos castanhos, Megan Bennet cuidava de minha irmã, as duas se davam muiro bem enquanto eu não estava fora, ela era uma boa pessoa e tinha total confiança nela;

- Como foi seu dia? – perguntou a minha irmã, enquanto beijava sua testa;

- Normal, Tom teve aqui e nós assistimos Deadpool pela quinta vez, amanhã ele vai vir de novo! – ela sorria alegre contando os detalhes do seu dia,seu sorriso era a única coisa que ainda me mantinha otimista em relação a vida. Megan nos serviu e estava delicioso, contei para as duas o que havia feito hoje no departamento, o dia até que fora normal, após o jantar subi para tomar um banho e tirar a farda, saí de casa apressado mas sem antes desejar boa noite a Ellen.

(...)

Estava frio na rua mas pelo menos os chuviscos haviam cessado, pensei que teria sido interessante pegar a viatura mas não queria que meus alunos soubesse do meu trabalho no turno diurno e além do mais a escola era perto, porém alguma coisa estava me intrigando, tinha alguém me seguindo desde o bar do quarto quarteirão, tentei agir naturalmente como se não tivesse percebido, resolvi sair da rota, não iria até a escola e sim descobrir quem estava me seguindo,se fosse algum engraçadinho tentando pregar uma peça não sabia no que estava se metendo. Comecei a apressar o passo gradativamente, eu sabia exatamente para onde ir.

Comecei a correr, e ventualmente observar o perseguidor, estava sempre atrás de mim, quando cheguei na galeria dois quateirões abaixo da rua da escola, entrei e sai do outro lado do quarteirão ficando fora  de seu campo de visão, virei a direita e me esgueirrei na escuridão de um beco, a maioria das pessoas passavam por ali e nem percebiam a viela, e eu estava torcendo pra que esse cara também não.

Colei as costas na parede, a rua estava deserta era possível ouvir  os passos apressados se aproximando.

- ..... eu o perdi. É ele sumiu! – a voz era estranhamente feminina, assim que a sombra se projetou peguei o ser pelo braço e tapei sua boca com a mão livre, o arrastando para a escuridão, e prensando-o contra a parede. Mas fui um tanto infeliz, aquela figura que por sinal era uma mulher de longos cabelos castanhos cacheados deixou o celular cair e em um movimento sobrenatural se esquivou e torceu meu braço atrás das costas ao mesmo tempo que me prensava contra a parede, grunhi de dor, imobilizado;

- Eu ..s- sou policial! – disse apressadamente – e você está encrencada!

- Eu sei quem você é Maicon Olson! – ela me soltou e se afastou, me virei alongando o braço desesperadamente, ela tinha belos olhos verdes que se destacavam até ali na escuridão;

- Desculpa estar te seguindo, eu ia falar com você quando chegássemos na escola, mas você resolveu dificultar as coisas! – explicou. Mas, espera um pouco, como ela sabe que eu dou aulas?

- Você... você, quem é você? E como sabe da minha vida? – perguntei assustado com aquela estranha garota.

- Sou de uma agência de espionagem americana! – respondeu imediatamente; O que?

- FBI? Espere ai, eu não fiz nada! – falei levantando as mãos, em seguida repensei – Calma, porque eu falei isso? Eu sou o policial aqui, e você é só uma maluca! –  franzi a testa  cada vez mais confuso, lembrei que havia pego meu distintivo em casa, aquilo provavelmente a faria parar de tentar me enrolar, peguei-o do bolso e ergui  próximo ao seu rosto

- Departamento de Polícia de Londres, e você está presa! – falei, ela sorriu sarcástica e em seguida catou algo no bolso e ergueu na mesma altura do meu rosto;

- Superintendência  Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuassão.  E você foi selecionado para o projeto delta 23, mantenha a calma, saia do beco, me siga, haja naturalmente, e n-ã-o t-e-n-t-e n-a-d-a. – ela me fuzilou com olhar, fique boquiaberto, no exército ouvia-se boatos sobre um agência secreta do governo que atuava meio que debaixo dos panos. Ela saiu do beco e eu a segui, um carro preto blindado apareceu do nada e uma porta se abriu,um homem de meia idade e meio careca usando um terno preto sorriu de forma amigável no banco de trás. A mulher entrou na parte da frente e eu no banco ao lado do homem.

- Sr, Olson? – perguntou o cara;

- Maicon, por favor! – falei ainda desconfiado.

- Meu nome é Phil Coulson e esta é a Agente Hood. Nós sabemos das suas habilidades e queremos lhe dar uma oportunidade de usá-las para algo maior, este não é uma proposta de emprego dos sonhos, é perigosa e desafiadora. Mas podemos oferecer muitos recursos, sabemos que sua irmã tem uma doença terminal e seus dois salários mal cobrem o tratamento básico! – arregalei os olhos, eles realmente sabiam de tudo – e nós podemos lhe ajudar! – o homem tirou do bolso um aparelho celular e estendeu para mim;

- Esta é uma linha criptografada, tem apenas um contato, daqui a exatamente um mês entre em contato e o aconselho a não falar nada sobre isso, nós somos os amigos mas sempre existem os inimigos! – peguei o celular alternei olhares entre ele e a agente Hood, de repente o carro freou, notei que estávamos na escola.

- Tenha um boa aula Olson! – disse Phill, e a Agente Hood sorriu sarcástica dando um aceno tímido, saí do carro ainda atônito enquanto observava o blindado virar a esquina.

 

Dublin – Irlanda do Norte

Empresa WS System

~Michael  Richard Collins~

 

- Mike, você está me ouvindo? – era  voz de Lizzie me acordando;

- Hãã? Desculpa, você disse alguma coisa? – perguntei para a garota de óculos e jaleco branco que nesse momento pegava sua bolsa pronta para sair;

- Mike, é horário de almoço, eu peguntei se você gostaria de ir almoçar comigo? – ela repetiu calmamente;

- Ahh – mostrei me surpreso – Eu preciso revisar o projeto! – falei fitando a tela do meu adorado Macbook de última geração, Lizzie revirou os olhos tirando o casaco da sua cadeira, notei que o laboratório estava vazio a não ser por nós dois;

- Já é a terceira vez desde cedo que você revisa esse maldito projeto! – resmungou a mesma. Ela era minha colega de trabalho desde que comecei a trabalhar na WS System, uma empresa que desenvolve diversos softwares de segurança. Aliás era nisso que estava trabalhando, um complexo sistema anti cyber-ataques e malwares. Era um protótipo avançado, mas precisava de inúmeras alterações, porém Lizzie o achava perfeito e disse que eu me sairia muito bem na apresentação, que por acaso é hoje.

- Lizzie, vai na frente, eu já venho! Você sabe que vou apresentar o protótipo para o comprador hoje e não quero que dê nada errado!  - ela finalmente se deu por vencida e saiu do enorme laboratório. Eu estava bem animado, o comprador era de uma empresa alemã  que estava em recente assenção no mercado, tinha um amplo sistema operacional com diversas informações sigilosas e projetos científicos complexos e de ponta que não poderiam vazar ou ser corrompidos de forma alguma.

(...)

No almoço Lizzie tagarelou o tempo todo sobre um novo cara bonitão da sessão de desenvolvimento de aplicativos que supostamente teria flertado com ela no corredor, eu apenas concordava enquanto atualizava o facebook no meu celular, não estava muito interessado. Ela era legal, apesar de as vezes falar realmente demais, era inteligente e tinha uma percepção incrível, principalmente comigo, não conseguia esconder praticamente nada dela, ela sempre sabia de tudo. Também havia me dado muito apoio quando perdi meus pais em um acidente de carro há dois anos, na época eu era um mero estagiário da WS, mas subi rapidamente depois de terminar o doutorado.

Estavamos agora de volta ao laboratório, que agora estava lotado de engenheiros e pesquisadores trabalhando arduamente.

- Sabia que vai ter um show do The Script mês que vem, aqui em Dublin? – ela riu animada, enquanto colocava novamente o jaleco branco;

- Noooosaa mãe! – eu abri um largo sorriso e dei um soco no ar – Você esta brincando?

- Não Mike, e nós vamos não vamos? – ela apontou para mim ansiosa, era claro que nós iriamos, eu já abri o site para comprar meu ingresso, amava demais essa banda.

- Você ainda pergunta Lizzie, é óbvio que a gente vai! – diminui o tom já que estavam quase todos nos fitando pelo pequeno escândalo.

- Sr. Collins, O Sr. Münchow e sua equipe estão na sala de reuniões! – disse o Bennet, do secretariado, ele nunca sorria para nada e dizia que eu era novo demais para ter um doutorado. Ou seja, um completo babaca! O Sr Münchow era o cara para qual eu iria ‘’vender’’ meu projeto, comecei a suar frio instantaneamente.

- Ok. Taaa legal! – falei coçando a testa e organizando meus pensamentos, rapidamente catei o MacBock e fitei Lizzie, enquanto já me afastava atrás do Bennet, ela acenou sorrindo;

- Boa sorte Mike! – disse a loira.

(...)

A sala de reuniões era grande e estava assustadoramente vazia, a tal da ‘’equipe’’ do Münchow só incluía ele e uma mulher o que era estranho. Além deles ainda se encontrava na sala, o meu chefe supremo, Dr. William Summers o renomado especialista em sistemas computacionais e robótica e claro, dono da WS.

- Olá Dr. Summers é... é um prazer revê-lo! – disse sorrindo, enquanto tentava me manter calmo, estendi a mão para ele que a apertou, enquanto isso Bennet fechava as portas atrás de nós.

- Sr. Collins este é o Dr. Münchow! – ele apontou para um homem de estatura média, terno preto, e cabelos finos loiro escuros, a parte da frente na realidade ostentava uma pequena careca, ele forçou um leve sorriso. Estendi a mão para o mesmo;

- É um prazer! – disse enquanto o homem apertava minha mão;

- O prazer é meu Sr. Collins! Seu projeto é aparentemente incrível! Ahh. Esta é a Srta. Müller, meu braço direito e esquerdo! – ele disse eu sorri para ela. Na verdade algo me chamou a atenção, aquela mulher de saia e terninho azul, com os cabelos presos em coque bem arrumado e óculos estilo Clark Kent que estendia  mão para mim, parecia tão... familiar. Talvez eu já  a tivesse visto em algum congresso na Alemanhã, na faculdade íamos muito para lá.

- Muito prazer! – apertei sua mão sorrindo.

- Bom Dr. Summers, se não for encomodo, a srta. Müller gostaria de conhecer suas instalações, enquanto isso eu e o Sr. Collins podemos conversar sobre o projeto! – disse Münchow, enquanto que a mulher sorria abertamente para o meu superior.

- Mas é claro! – ele retribui o sorriso dela e os dois saíram da imensa sala de reuniões. Me apressei em iniciar o sistema de projeções holográficas, tínhamos aquilo graças a Tony Starck, e era fantástico, enviei os dados do projeto pelo MacBook e em segundos a apresentação estava pronta para ser iniciada.

- Bom... O FJ – Security Lion é basicamente um software ... – comecei a minha apresentação tentando ser bem direto e o mais simples possível, não era muito de falar e nem de ouvir, na verdade eu sempre fui meio impaciente. O Sr. Müchow observava tudo atentamente da cadeira onde estava sentado e quando terminei ele se levantou e me aplaudiu, eu obviamente fique sem graça esboçando um sorriso idiota.

- Parabéns Sr. Collins! – ele disse, e então fez toda a volta na mesa de reuniões, fechando a cortinas das janelas uma a uma enquanto eu franzia a testa sem compreender, ao chegar no fundo foi direto para o quadro com a foto do fundador da empresa, ele mexeu em alguma coisa e tirou uma micro câmera.

- O que o senhor esta fazendo? – perguntei assustado, ele sorriu de canto para mim e colocou alguma coisa na câmera, um microchip, uma fumacinha saiu do aparelho, ou seja, ele acabou de fritar o aparelho de espionagem, recolocou a câmera no local de origem.

- Bom... eu acho que não fomos apresentados direito! – ele disse, voltando-se na minha direção. A essa altura eu estava um pouco apavorado com aquilo.

- Meu nome é Phill Coulson! – ele disse;

- S.H.I.E.L.D? – perguntei já revirando os olhos, finalmente havia ligado os pontos, a senhorita Müller era uma agente, por isso que eu já a havia visto, foi ela que me interceptou as uma da madrugada enquanto eu estava tranquilamente em meu quarto com roupas debaixo hackeando a S.H.I.E.L.D, um dia desses.

- Sim Michael! Você nos conhece bem... – ele sentou na borda da mesa - ... bem até demais! – acrescentou. Ok, eu havia hackeado eles mas isso foi só uma brincadeira, eu tive férias recentemente e não viajei, e eu meio que fico pirando quando estou no tédio, e hackear me acalma os nervos, mas de qualquer forma eu já havia explicado a situação e o carinha do tapa olho disse que  não haveriam ressentimentos.

- Olha Sr, Coulson, eu hackeei a S.H.I.L.E.D, já confessei isso e além do mais de certo modo foi útil porque aposto que você fizeram um upgrade e tanto no sistema não é? – sorri, mas o homem permaneceu sério.

- Ou... talvez não tenha sido tão legal! – admiti;

- Não vim falar sobre isso, eu estou aqui porque a S.H.I.E.L.D precisa dos seus serviços, estamos formando uma nova equipe e seu nome foi cogitado, nós o chamamos de Projeto Delta 23 – Coulson disse, enquanto eu fechava o holograma.

- Para que? – perguntei um pouco distraído, fechando meu projeto.

- Para reconstruir a agência, você terá acesso a informações e a todo tipo de material que julgar necessário, será nível 7! – Pera aí, desde quando a S.H.I.E.L.D precisa ser reconstruída?

- Reconstruída? – perguntei;

- É, várias bases foram destruídas pela S.H.I.E.L.D, incluindo a Academia de Ciência e Tecnologias, Nick Fury sumiu e eu sou o novo diretor! Bom... não tenho muito tempo.... – ele tirou um telefone celular do paletó. – Esta linha está criptografada e foi feito para se auto destruir após uma chamada, então daqui a exatamente um mês, quando eu entrarei em contato e se desejar, buscaremos você! Mantenha essa conversa em total sigilo, estaremos monitorando seu passos até a data combinada! – ele deixou o aparelho sobre a mesa.- Até breve Michael!

Fiquei observando o aparelho, boquiaberto enquanto Phill Coulson saía da sala de reuniões.

- Ahh e diga que eu vou comprar o software quando estiver pronto! – ele sorriu e deixou de vez a sala. Minha consciência emitia inúmero sinais de alerta, a SHIELD deveria ter inúmeros níveis de acesso e milhares de regras e protocolos, e porque estavam recrutando pessoas normais como eu, que nunca nem tinham ouvido falar da Acadêmia de Ciências e Tecnologia? Isso definitivamente estava cheirando a encrenca. Droga! ''Mike seu idiota, maldita hora que resolveu se auto desafiar a hackear esse caras''.

 

 

Sintra – Portugal

Biblioteca Municipal

~Scarlett Rose Campbell~

- Hmmm..- murmurei passando o dedo pelas prateleiras da estante – Esse não... esse também não... – continuei minha análise criteriosa sobre qual livro escolher para ler naquela manhã ensolarada de sábado, eu tinha adotado o hábito a um bom tempo, ler era algo que semper me fazia ficar mais calma, esquecer das coisas, era quase como poder se teletransportar para outra dimensão, uma bem melhor e mais agradável do que a que eu particularmente vivia. Encontrei um exemplar das Crônicas de Narnia e não excitei em deixa-lo passar, escolhi um lugar próximo as janelas para sentar, foi fácil conseguir, haviam três ou quatro pessoas apenas ali, afinal quem além de mim iria sair para ler um livro num sábado?

Geralmente quando você faz coisas erradas na sua vida toda, tende a querer se refugiar de tudo, e era exatamente o que eu fazia. Não pertencia a Sintra, nem a qualquer outra cidade Portuguesa, nem mesmo a Rússia onde fui criada, eu pertencia a algum outro lugar, pertencia aos meus pais e fui arrancada deles por pessoas que achavam que sabiam das coisas, mas elas se esquecem que quando se cria uma arma com consciência ela pode se voltar contra o criador.

Eu havia feito tantas coisas, algumas das quais me arrependia, outras eu julgava necessárias, mas aqui em Portugal ninguém sabia, ninguém me olhava de forma estranha, as pessoas passavam por mim e não sabiam que eu era uma assassina, que por baixo desse rosto angelical vive um pequeno monstrinho criado pelo KGB. E isso era maravilhoso, poder ser a Rose que eu sempre quis ser, e não  um protótipo secundário da Viúva Negra.

Tentei focar na leitura por um bom tempo, inibindo minha mente de se distrair com outras questões, tanto é que nem notei que alguém havia sentado a minha frente,e  meu coração falhou vergonhosamente assim que fiz contato visual.

- Phill? – o nome saiu alto demais para o local onde estava, as outras pessoas na biblioteca me encararam carancudas.

- Bom dia Rose! – ele disse, com aquele mesmo sorriso de sempre;

- O que você esta fazendo aqui? – perguntei prontamente, abaixando o tom.

- Fazia tempo que não fazia uma visita! – ele respondeu simplesmente, soltei uma risada irônica;

- Você nunca fez uma visita Coulson! – informei. Coulson era agente da S.H.I.E.L.D e nós havíamos nos topado algumas vezes tanto nos tempos em que trabalhei no KGB, como depois de me rebelar, e não haviam sido encontros amigáveis, até eu perceber que a S.H.I.E.L.D eram os bonzinhos, tanto é que deixaram que eu viesse atrás das raízes da minha família, mas não havia nada aqui, nem um vestígio, eu nem sequer sei se Campbell é meu sobrenome verdadeiro.

Se veio ver se eu estava bem, ou me comportando, acho que o local onde me encontrou responde! – falei, fitando a capa do meu livro.

- Sabe que me preocupo com você, as coisas que você passou, as coisas que teve que fazer... – ele começou novamente com aquele papinho;

- Por favor! – fiz um gesto para que ele parasse de falar – Não gosto de falar do passado, você sabe muito bem porque, ele não é bonito de se lembrar, nenhuma parte é! E não foram as coisas que eu tive que fazer, foram coisas que eu escolhi fazer! – falei já um pouco irritada, ele fechou a cara instantaneamente.

- Ok! Não falaremos sobre nada disso! Me conte o que anda fazendo por aqui? – perguntou;

- Ahh nada demais.... – deixei escapar um bocejo – ... não consegui me adaptar em nenhum trabalho, tenho estudado em casa e lido bastante sobre inúmeras coisas para passar o tempo! – admiti.

- Parece entendiante! – ele disse sorrindo;

- Já você deve ter inúmeras missões! Admite está aqui porque tem alguma em Portugal não é? – perguntei;

- É, você me pegou Rose! – disse, mas algo em seu olhar insinuava alguma coisa – Mas a S.H.I.E.L.D tem tido problemas, principalmente com a Hidra! Vários dos nossos agentes eram infiltrados, e nos  apunhalaram pelas costas, Fury sumiu do mapa, e deixou a agência para mim, sou o novo direior! – Ótimo, agora eu estava surpresa, sempre achei que coisas como a SHIELD eram indestrutíveis.

- Quer dizer que você é o chefão? – perguntei soltando uma risada;

- Mas não é uma promoção que me agrada, já de cara recebi um desafio, e por isso que eu estou aqui! – ele olhou no fundo dos meus olhos me deixando desconfortável – Rose, estou aqui para lhe propor um desafio, preciso de pessoas com suas habilidades para um novo Projeto, chama-se delta 23, foi um último pedido de Fury, ele pediu que eu reconstruísse a SHIELD formando uma equipe de 15 pessoas, altamente capacitadas para ter acesso aos níveis mais altos sem passar por qualquer teste. – começou, realmente ele estava querendo me colocar nisso? Uma ex- agente do KGB?

- Coulson, eu não estou usando minhas habilidades a um bom tempo, e estou muito bem aqui, tanto fisicamente como mentalmente que é o mais importante! E eu fui do KGB, 99% das pessoas da sua agência querem cortar a minha cabeça pelas coisas que fiz! -  admiti, era duro mas era a realidade, por mais que trabalhar na SHIELD fosse fantástico, aquele lugar não era para uma pessoa com a  minha bagagem.

- Eu sou diretor, e seu nome já esta na lista, claro que a decisão é sua! Mas pense bem Rose, porque acha que não consegue se encaixar em nenhum emprego? Porque acha que não é feliz aqui? porque  você se sente inútil quando não usa as suas habilidades? Sei que elas te trazem lembranças horríveis mas pense, se você aceitar entrar para o Projeto poderá fazer bem as pessoas, poderá se redimir como profissional e dar uma finalidade realmente importante para as suas habilidades. – disse, umedeci os lábios, precisa pensar, pensar.... Ele tinha razão, claro que tinha razão, me redimir era tudo que eu sempre quis, poder reparar os danos, E a vida aqui, por mais que eu gostasse, de certa forma era muito parada. E Scarlett gostava de desafios, gostava do perigo e de coisas insanas, fitei Coulson com meu melhor olhar, aquele bem ameaçador.

- Eu topo! Mas, não quero que ninguém saiba do meu passado, n-i-n-g-u-é-m! – adverti cuidadosamente, ele assentiu concordando.

- Fico feliz que tenha aceitado, a equipe fara o primeiro contato daqui a pouco mais de um mês, vou vir lhe buscar, esteja preparada! – ele disse já se levantando e ajeitando o paletó;

- Eu sempre estou! – falei arqueasdo uma sobrancelha, ele pousou os olhos sobre o meu livro;

- Nárnia? – soou provocativo;

- Algum problema? Aposto que você também tem uma passagem secreta no seu guarda-roupa! – falei divertida;

- Se cuide Rose! – ele disse deixando um sorriso escapar entre os lábios. Parece que eu teria que abandonar meus dias tranquilos no sofá ouvindo música e afagando Miku, meu gato de estimação. Mas um pouco de adrenalina sempre era bem vindo! Coulson deixou a biblioteca a passos lentos e despreocupados, olhei pela janela e o sol já estava quase no meio do céu,pensei que talvez... só talvez esse mês passasse mais rápido que os outros.


Notas Finais


Gente, tentei ao máximo pegar a essencia dos personagens de vocês, mas se tiver qualquer erro volto a dizer que vcs podem ficar avontades para apontar!
Pra mim o mais difícil foi a parte do Mike, por causa dos papos de computação, me digam se me sai bem ou se escrevi alguma bobagem ahsasahashas
Pessoal estou adorando vcs, e os comentarios, e a interação <3
Espero que nesse vcs se façam tao presentes quanto no anterior heheh'
O proximo provavelmente sai na terça, vou me esforçar pra q sim :)
Bjuss e bom finde <3


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