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História Projeto Delta 23 - Bem vindos ao Nível 7 - Parte 4


Escrita por: SrtaSnow1

Notas do Autor


Oiii meus queridos <3
Bom... esse cap era para ter saído ontem, maaas acontece que eu estava prestes a postar, estava revisando, quando caiu um temporal muito doido aqui e eu acabei ficando sem internet até agora. Mas voltou e cá estou eu!
Também estou muito feliz porque saiu o resultado do terceiro desafio de fanfics do spirit e eu fiquei na vigésima colocação, acabei vendo só agora, por causa da porcaria de internet, então pensem em alguém feliz :D e multipliquem hehehh'
Hoje então temos os três últimos recrutas! Boa leitura <3

Capítulo 6 - Bem vindos ao Nível 7 - Parte 4


Fanfic / Fanfiction Projeto Delta 23 - Bem vindos ao Nível 7 - Parte 4

Alburquerque – Novo México

Setor de pesquisas avançadas

~Phillip Rogers~

O corredor estava vazio e o caminho entre o laboratório e a cafeteria era certamente curto. Com o café expresso em mãos pesquei o smartphone do bolso, na esperança de que tivesse uma mensagem de Chloe no WhatsApp, e havia mas infelizmente não era o que eu esperava:

Chloe [ 09:23] :  Eu sei que vivemos momentos muito bons Lipe, mas acontece que eu não consigo sentir nada além de amizade por você, eu sinto muito, mas não podemos continuar namorando, eu já expliquei isso.

E lá se ia minha oitava namorada, mais uma que me via como um amigo e não como um namorado, talvez porque eu era certinho demais e a relação sempre caía na rotina, eu não tinha problemas com isso já elas precisavam de alguém mais descolado, mais intenso, menos monótono. Nenhuma foi capaz de olhar por traz do Lipe fofo e conselheiro, eu era só o cara com o ombro amigo. Suspirei e guardei o aparelho sem responder, enquanto passava pelas portas do laboratório, lá haviam muitas pessoas, todas em seus jalecos ocupadas com pesquisas e mais pesquisas, alguns corriam de um lado para outro, apressadas em analisarem todos os resultados, aliás o centro estava assim desde que o governo americano descobriu a existência de pessoas geneticamente alteradas, e não é qualquer alteração e sim mutações de gêneses avançadas e incomuns, que davam aos portadores capacidades sobre humanas.

Eu sei que parece muito louco, eu também fiquei pasmo ao descobrir, mas ao mesmo tempo é fascinante, por exemplo eu já tive o prazer de estudar o DNA de um cara que congelou no tempo, estou falando de Steve Rogers o Capitão America, tudo bem que a maioria das pessoas não sabe o que ele faz, já nós cientistas do governo sabemos bem até demais. Cheguei a minha bancada, Carolaine e James estavam ocupados com suas tarefas e nem me notaram chegar, até eu derrubar o copo de café no chão.

- Mas que merda! – praguejei enquanto me abaixava para tentar limpar a bagunça, a garota dos cabelos curtos rapidamente me acompanhou;

- Deixe Phillip, eu faço isso! – ela me encarou com aquele olhar de pena que eu odiava, ela sabia da minha situação amorosa atual, James observou enquanto ela deixava o local com o copo e uma flanela suja de café;

- Tudo bem cara? – ele perguntou;

- Sim, eu estou legal James! – me virei para a bancada, estava trabalhando em uma análise, o DNA estava pronto para a eletroforese, precisava separar a cadeia em fragmentos menores para realizar o próximo passo.

- Lipe, eu posso cobrir você hoje, se quiser ir para casa, descansar...- era a voz de Carolaine atrás de mim, revirei os olhos e larguei os materiais;

- Quantas vezes eu vou ter que dizer que estou bem! – falei encarando seus olhos castanhos, ela ficou carrancuda e cruzou os braços;

- Você não precisa manter essa pose Lipe, eu te conheço, sei quando está bem e quando não está. Quando você está bem é um pouquinho menos ignorante. – admitiu, eu balancei a cabeça concordando, se era assim que ela me via, tudo bem.

- Carolaine só esta tentando ajudar, apesar de que eu acho que ela está interessada em você a um bom tempo! – James sugeriu aquilo maliciosamente, era típico dele, eu encarei o nada enquanto Carolaine ruborizava delicadamente;

- Cale a Boca James, você só sabe falar merda! – ela disse olhando sobre os ombros de forma mortal para o colega de trabalho, em seguida se voltou para mim. – Eu sei o quanto você sofre depois que essas coisas acontecem, foi a oitava não foi? Mas tudo bem, você vai superar! – Meu Deus, alguém faz essa mulher calar a boca, será que ainda teria como me fazer sentir pior? Pode apostar que para Carolaine sempre tinha;

- Oitava? – James riu – Achei que Chloe fosse a sexta! – comentou o idiota.

- Vocêes resolveram tirar o dia ppara se meter na minha vida não é? – perguntei irritado, odiava falar de Chloe para eles, eram tão curiosos e tinha certas coisas que não peecisavam saber, claro que Carolaine sempre acabava sabendo de tudo porque se tornava quase melhor amiga das minhas namoradas, ou ex-namoradas, use o termo que quiser.

- Você sempre acha que não precisa dos conselhos dos outros, por isso sempre se fera! Parabéns! – disse Carolaine sarcasticamente.

- Na verdade, você não quer dar conselhos, você quer é dar uns pegas no Phillip! – James deixou o microscópio de lado para dar palpite novamente;

- James, essa sua abstinência de homens está te fazendo ver coisas que não existem! – a essa altura Carolaine já estava encarando James a centímetros de seu rosto.

- Pelo menos eu não estou querendo pegar meu melhor amigo! – ele praticamente gritou, fazendo o laboratório todo olhar para nós. Eu passei as duas mãos pelo rosto, como se aquilo pudesse me fazer sumir, mas não, infelizmente eu não tinha esse poder.

- Chega... – falei, mas os dois continuavam discutindo – CALA A BOCA, OS DOIS! – coloquei minhas mãos em seus ombros e alternei olhares de Carolaine para James. – Vocês precisam parar com isso! – falei tirando o meu jaleco, e o deixando sobre a cadeira, eles ficaram me encarando enquanto saía furioso do laboratório, peguei minha credencial e passei pela segurança com certa brutalidade nas ações, peguei o elevador direto para o térreo e saí do edifício. Carolaine e James eram legais, porém eles ocupavam espaço demais nos meus problemas, as vezes se tornavam importunos, eu entendo que queriam ajudar mas não tem como ser ajudado com isso, pelo menos se fosse um deles eu iria respeitar o espaço pessoal porque saberia que absolutamente nada do que eu dissesse faria o dia deles menos bosta, aliás nada no mundo, nesse momento, poderia melhorar o meu dia.

Catei as chaves do meu carro nos bolsos, quando finalmente as achei, havia um homem ao meu lado, eu o encarei de testa franzida, era de meia idade e um pouco menor do que eu, usava um terno bonito, seus lábios desenharam um sorriso ao perceber minha confusão mental.

- Dia ruim? – perguntou, apoiando as costas no carro, ao meu lado, eu inclinei a cabeça ainda mais confuso, estava tentando me lembrar de quem ele era, mas não obtive sucesso.

- É, um péssimo dia! – comentei sem dar muito espaço para a conversa, queria logo saber o que aquele homem queria comigo.

- Tem um tempo para uma conversa? – perguntou, me fitando pelo canto do olho;

- Do que se trata? Me desculpe, mas eu não lembro de onde nos conhecemos! – completei, estava tudo soando muito estranho;

- Na verdade não nos conhecemos, mas eu tenho uma proposta que irá mudar a sua vida! – O que? Pensei. Okay, esse dia está mesmo muito estranho.

- Confesso que fiquei curioso! – me obriguei a esboçar um sorriso, deixei as chaves descansarem no bolso;

- Se não se importar, podemos sentar naquela praça, o que tenho para falar é  bem sigiloso, e eu também gosto de alimentar pombos! – ele ergueu um pequeno saco de ração na altura de seu sorriso.

- Por mim, tudo bem! – falei, e então começamos a ir em direção a praça, na verdade só tivemos o trabalho de atravessar a rua, andar mais cem metros e sentar em um dos bancos.

- Meu nome é Phil Coulson, e você é Phillip Rogers certo? – perguntou, enquanto jogava um pouco da ração na calçada a nossa frente, eu concordei com um meneio de cabeça. – Já ouviu falar da S.H.I.E.L.D? – certo, agora a coisa havia ficado séria. SHIELD era uma agência de espionagem altamente secreta, os caras praticamente não existiam para boa parte da população, mas quando você é um cientista do governo que trabalha com mutação genética, tecnicamente você acaba descobrindo muitas coisas das quais não sabia, e eles eram piores que a CIA pois não estavam ligados ao governo, geralmente eles deixavam o governo puto.

- Sim... muito pouco, mas mais do que a maioria das pessoas! – falei esboçando outro sorriso, porém esse passou muito mais nervosismo que o anterior.

- Ótimo – o senhor Coulson fitou os pombos comendo a ração de forma bem esfomeada – Podemos pular direto para a parte dois, eu sou o diretor da SHIELD e tenho uma proposta de trabalho para você garoto! – falou de forma direta, eu fiquei pasmo, sério que eu estava sentando num banco de praça e tratando pombos com o diretor da SHIELD?

- Uau! Isso é sério? – foi o que consegui dizer, ele afirmou que sim;

- Estou trabalhando em um projeto, chama-se Delta 23, e sei que você é especialista em mutação de gênese, então certamente sabe dos inumanos já que o governo ficou sabendo recentemente. – afirmei que sim, esperando que ele continuasse – Então minha proposta irá animá-lo, pois o governo  tem  acesso apenas a ponta desse iceberg, a SHIELD sabe da existência de muitos outros inumanos, inclusive a equipe que estou formando será composta por esse inumanos, além de agentes especiais e gênios da ciência como você. E meus parabéns, você foi selecionado, acredito que poderá ser muito útil em nossos laboratórios, estudando e entendendo as mutações de seus colegas e de todos os outros que provavelmente resgataremos, e claro você os ajudará a entender melhor o que se tornaram! -  quando ele terminou, minha boca se abriu em um completo ‘’O’’. Quando entrei para a faculdade,  meu sonho era obter a cura do câncer, entender as mudanças que doenças hereditárias causavam no DNA das pessoas, e continuou sendo por muito tempo, até eu trabalhar nessa base do governo e descobrir que existem mutações genéticas bem mais complexas e perigosas, e então foi impossível não ser cativado pela complexidade desses novos e digamos ‘’ repaginados’’ seres humanos, então eu poderia dizer que ficar frente a frente com um Inumano e poder ter um de seus fios de cabelos, um pedaço da unha, uma lasquinha de pele ou uma gota de sangue dele é sim o meu sonho.

- Então, quer dizer que terei contato com Inumanos e poderei estuda-los? – as palavras saíram meio atropeladas, mas saíram.

- Claro que não serão cobaias de estudo, mas sim, você poderá aplicar seus conhecimentos para ajuda-los a melhorarem suas habilidades, assim espero! – ele esclareceu;

- Sim, sim... eu entendi a ideia, então... caramba! – cocei a cabeça, era muita coisa para absorver, mas acabei sorrindo feliz da vida, por mais que aquele dia estivesse sendo horrível.

- Devo avisar que não será um mar de rosas, teremos missões e elas serão perigosas, você terá que lidar com outras pessoas, essas coisas.... Mas terá um mês para decidir... – ele pegou um celular no bolso, assim que deixou o pacotinho de ração de lado. - .... este aparelho é o que usarei para entrar em contato, em mais ou menos um mês, e cuidado, ele se auto destrói após a ligação. Se você aceitar a proposta, então mandarei alguém lhe buscar. – eu peguei o celular, e o senhor Coulson alimentou os pombos uma ultima vez antes de se levanatar, eu fiz  o memso;

- Foi um prazer conhece-lo! Nos falamos, e tome... – ele estendeu o pacote de razão - ... talvez seja bom para os problemas! – eu peguei o pacotinho ainda um pouco desatento;

- Foi um prazer conhece-lo diretor Coulson! – me lembrei de ser gentil quando ele já se afastava, acenou uma última vez antes de atravessar a rua, eu voltei a me sentar no banco, na verdade eu meio que desfaleci nele, catei um pouco de ração e joguei para os pombos, sobre a parte de que nada poderia melhorar meu dia, eu estava um pouco enganado. Senti meu celular vibrar no bolso, o catei rapidamente e era uma mensagem no Whatsapp.

Chloe [14:28] : Ahh e esqueci de dizer que obviamente podemos continuar sendo amigos não é mesmo? Voce é um cara incrível, não quero perder essa amizade linda que construímos.

Bufei frustrado, fui até minha lista de contatos e apaguei o número, pronto, acabou Chloe. A-C-A-B-O-U!

 

Washington, DC – Estados Unidos

Casa Branca

~Jason Miller Wake ~

Merda! Odiava flashes de câmeras, não poderia haver nada mais irritante do que jornalistas e paparazzis com aquelas máquinas de propagação de tontura. Segurei firmemente o braço do Secretário de Estado Josh Black, enquanto os outros seguranças faziam uma barreira para que ninguém passasse, com rapidez comecei a encurtar o caminho entre os portões da Casa Branca e o carro do homem.

- Por... Por favor Senhor Black, qual o resultado da reunião com o Presidente?- perguntou uma mocinha loira muito insistente;

- Desculpe, o Senhor Black não dará entrevistas! – falei firmemente, seguindo com secretário até o carro, uma vez que ele estava em segurança, fechei a porta traseira, indo para o banco do carona, Sam, o motorista, sorriu amigavelmente para mim, entrei e ele deu a partida, agradeci mentalmente por ter saído daquele caos.

- Para onde senhor? – perguntou Sam;

- Para minha casa por favor, depois estão dispensados por hoje, darei uma festa privada a noite, e não quero ninguém assustando minhas visitas! – falou, eu sorri para Sam, e fiz um gesto obsceno insinuando sexo, Sam tentou segurar o riso e acenou negativamente, ele sempre se incomodava com minhas piadinhas quanto ao senhor Black. Mas Washington inteira sabia que ele dava umas festinhas particulares bem apimentadas enquanto a mulher dele viajava.

O caminho não era muito longo, mas ficar em total silêncio me incomodava, na verdade eu tinha receio do silêncio, ele sempre me fazia pensar demais, principalmente em partes não muito agradáveis do meu passado e das quais eu nem me lembrava direito, era como se alguém tivesse pegado uma borracha e apagado várias linhas do livro da minha vida, pense se alguém tivesse rasgado uma folha ou manchado algumas partes do diário de Anne Frank, não teria sido legal, pois bem, te digo que não é legal.

Todos dizem que eu deveria estar apodrecendo em um caixão, mas eu sobrevivi a um terrível acidente de helicóptero e bom... passei oito meses em coma, quando acordei eu mal sabia meu nome, algumas coisas voltaram depois, como as torturas que sofri em uma prisão, mas não lembro como fui parar lá, não lembro da minha família, não lembro nem seus nomes. A única coisa que sei é que vivi a minha vida toda no exército e eles não me revelaram absolutamente nada, por isso saí e ainda hoje tento juntar os cacos de quem é Jason Miller Wake.

Chegamos na casa do Senhor Black as sete em ponto, saí e abri a porta para ele que passou por mim como um furacão, fechei a porta e  Sam arrancou,deixando o blindado na garagem da mansão Black, já podia se ver uma movimentação nos jardins, haveria uma festa maneira ali, mas era de rico e não fazia o meu estilo, apesar de que teriam mulheres, o que era sempre bom, mas eu tinha outro planos para aquela noite.

(...)

Depois de passar em casa e tomar um banho e vestir alguma coisa melhor que aquele terno quente, Sam me pegou em casa e fomos direto para um bar. Era sexta-feira e eles estavam lotados, e o dia pedia um bom drik e com bastante gelo.

Sam estacionou em frente ao mais badalado daquela rua, saímos e entramos em um pulo, estava lotadíssimo e estava difícil conseguir uma mesa livre então decidimos jogar uma sinuca, Sam comprou as fichas e eu as bebidas, em pouco tempo estavamos bebendo nossas cervejinhas e alternando as tacadas.

- Acha que aquelas coisas que o presidente falou, sobre pessoas com super poderes existem? – perguntou Sam, eu bebi um gole da cerveja, não estava tão boa assim, mas talvez fosse porque meu paladar tinha uma apreciação maior por vinhos.

- Não sei, talvez... Se existem alienígenas, porque não pessoas com poderes? – perguntei, queria desconversar, Sam não sabia que eu tecnicamente tinha super poderes, na verdade, eu não sabia o que era, só sabia que tinha reflexos sobre humanos, eu podia desviar de balas, golpes, chutes, eu conseguia prever movimentos em uma fração de segundos, se eu quisesse que acontecesse agora, não era possível, só funcionava sobre pressão mesmo, e era bem melhor com minhas espadas.

- Isso é tudo muito assustador!  - ele disse, se apoiando no taco, nem havia percebido que era a minha vez, foquei na vermelha número dois, a branca fez sua viagem sutil até a dois que bateu com força no canto da mesa indo parar do outro lado, acertando bem no meio a amarela doze, que foi direto para a caçapa. Vibrei em comemoração!

- Chupa essa Sam! – dei uma gargalhada, bebendo outro gole da cerveja, o moreno me olhou indignado, na jogada seguinte acabei errando, era a vez de Sam;

- Essa não foi inteligente cara. – observou, se dobrando sobre a mesa para a tacada, na verdade Sam estava enganado, eu já havia bolado a estratégia e no momento ele havia feito a jogada que eu queria que ele fizesse, sorri de canto;

- Vamos ver, você sabe que não é bom me subestimar! – o encarei, ele estreitou o olhar, sabia o que tinha acabado de fazer, eu ia dar minha extraordinária tacada, e foi o que fiz, Sam ficou muito puto;

- Cara você é um filho da puta! – ele disse isso quando encaçapei a segunda seguida e eu ri da cara dele.

- Oiii! – disse Mary, nos cumprimentamos;

- E aee gatinha! – respondeu Sam, abrindo um sorriso – Predadora, canibal, estripadora de homens! – eu riu, tudo isso só porque ela havia tomado um porre no fim de semana anterior e saído com alguns caras. Mary se aproximou, apertou os lábios dele e deu um selinho, ela fazia isso as vezes, era eficaz para calar a boca do Sam, eu tinha que admitir.

- Eu mereço, a única coisa que faz o Sam cala a boca é um beijo, cara porque você não é uma mulher? – falei fingindo estar indignado, os dois riram e Mary me deu um abraço apertado;

- E ae, garotão, como anda? – ela perguntou, dei um beijo em seu cabelo ruivo;

- Bem e você ruivinha? – retribuí, enquanto Sam tacava;

- Bem também, apesar de que eu estou chateada porque os meus dois seguranças não me acompanharam ontem no show da Dark Hill! – comentou fazendo beicinho, eu estreitei o olhar, Dark Hill era uma banda de rock não muito famosa mas que Mary amava.

- Sabe que eu gosto de rock, mas você sempre nos abandona para ficar com as suas presas! – agora foi minha vez de parecer triste, ela sentou na ponta da mesa, e eu fui tacar, ela pegou minha cerveja e beberricou.

- Não posso fazer nada se vocês são duas estátuas, nem para se mexer um pouquinho! – resmungou;

- Eu tenho uma ótima desculpa, não sei como dançar rock! – observou Sam, enquanto dava uma lixada de leve na ponta de seu taco, Mary revirou os olhos;

- Quantas vezes eu preciso dizer, Rock não se dança, explica pra ele Jason! – ela me fitou, eu dei a tacada, e não consegui a caçapa, Sam me olhou com cara de vencedor, era a última bola dele.

- ‘’Rock se sente’’ – murmurei com a voz fininha de Mary, ela me deu um leve tapa no braço – O que? Você sempre diz isso, que Rock não se dança, se sente, e ai você deixa a música te levar! – falei como se fosse óbvio, mas eu só queria irrita-la.

- Mas não dessa forma, com esse tom aí! – protestou a baixinha, Sam riu, como um cara que entende a piada duas horas depois, e em seguida errou a tacada e foi minha vez de dar uma risada bem do lado sombrio da força mesmo. Eu tinha duas bolas ainda para encaçapar e vencer o jogo.

- Vou ter que concordar, sua voz é irritante! – disse Sam;

- Opa, eu não disse que sua voz era irritante, olha ele! – apontei para o Sam, ela finalmente deixou a pose de brava e riu graciosamente como sempre fazia.

- Vou deixar vocês dois terminarem essa droga de jogo e buscar três cervejas para nós! – disse, se levantando;

- Ótimo! – falou Sam, me observando enquanto estudava a próxima tacada, apoiei o taco e o impulsionei, a bola foi direto para o alvo que por sua vez tilintou pela caçapa a baixo, Sam bufou de raiva, eu fiz a volta na mesa chegando mais próximo a ele;

- Foca no bar, ao lado do cara de xadrez! O homem e a mulher, estão nos vigiando disfarçadamente! – sussurrei para Sam, enquanto me posicionava para a tacada final, mas acabei notando que Sam estava praticamente os encarando.

- Cara, da para parar de bancar a menina do exorcista, por favor! – falei irritado, ele não entendia que era para olhar mas disfarçadamente, e que aquilo realmente era sério, pessoas não constumavam me seguir, mas quando acontecia eu sabia extamente o porque, queriam saber como que eu havia adquirido super habilidades.

- Ta, foi mal! – respondeu parando de olhar para eles, eu dei minha tacada e a bolinha quicou gloriosa caçapa a baixo. Sorri vitorioso para Sam.

- Você é um merda mesmo! – ele disse me fazendo mudar de sorriso para riso, pelo canto do olho fitei os dois, estavam agora conversando animados e claro, tentando disfarçar da melhor maneira. Busquei por Mary pelo bar, preocupado com a garota, a avistei em um canto oposto, conversando com a garçonete, provavelmente iria demorar com as cervejas.

- O que esta pensando? – perguntou Sam;

- Nada, não sei quem são Sam, e não queremos descobrir também! – falei, de repente uma garçonete surgiu a nossa frente, eu e Sam a encaramos, ela estava com uma dose de Uísque em mãos.

- Oi, qual de vocês é o Jason? – perguntou ela, eu e Sam trocamos olhares desconfiados;

- Eu sou o Jason! – falei;

- Bom, parece que você tem um admirador ou admiradora! – ela estendeu a dose de Uísque com o guardanapo para mim;

- Ok, isso é estranho! – Sam disse, a garota ficou nos encarando meio sem jeito – Obrigado querida, pode ir! – ele sorriu falsamente – O que que diz aí? –  perguntou em seguida, se virando para mim;

- V Street com Fourteen Street! – falei calmamente deixando o uísque sobre a mesa de sinuca,enquanto tentava inutilmente raciocinar, levantei o olhar do papel e o homem de meia idade me encarava enquanto que a garota havia sumido.

- Você não vai ir não é? – perguntou Sam, era óbvio que eu ia, ele queria falar comigo ou sei lá o que.

- Claro que eu vou! – falei amaçando o papel, e me afastando do meu amigo;

- Ta, eu vou seguir você  e eu posso beber isso? – ele perguntou pegando a dose de uísque, acenei que sim e me virei em direção a saída, quando voltei a olhar para onde o homem estava, ele havia sumido também. Caminhei tranquilamente, a esquina mencionada era na rua de baixo, estava um pouco frio na rua, fato que me levou a colcoar as mãos nos bolsos da jaqueta jeans instantaneamente, fiquei olhando paranoico para todos os lados, aquilo estava estranho demais.

Cheguei na esquina, estava bem movimentada, havia um restaurante do outro lado da rua, me encostei contra a parede, não precisei esperar muito pois os dois estranhos logo apareceram pelo lado oposto pelo qual eu havia vindo. Consegui nota-los melhor: o homem já era meio calvo, usava uma camisa azul e jeans, enquanto que a garota usava jeans, all star e uma camisa xadrez preta e branca, ela possuía olhos verdes e longos cabelos castanhos ondulados.

- Olá Jason! – disse o homem meio que disfarçadamente, enquanto se parava ao meu lado. A garota passou por mim, se colocando a minha direita.

- Seu amiguinho não precisa se preocupar, não queremos te fazer mal algum! – disse a garota, olhando rua abaixo, enquanto eu me esforçava para encontrar Sam, ele estava em meio a uma multidão fingindo atender o celular.

- Quem são vocês e o que querem? – fui direto ao ponto friamente, encarando o homem, ele desviou o olhar, como se quisesse ter certeza que ninguém mais estava ouvindo;

- Somos da SHIELD! – disse, mostrando-me um distintivo que parecia legítimo, SHIELD era aquela agencia de inteligência secreta ? Isso estava mesmo indo para um mau caminho;

- Ótimo, era só o que me faltava,eu estou farto de caras como você querendo me dizer o que fazer! – falei o encarando;

- Não queremos dizer o que você deve fazer! Só queremos lhe fazer uma proposta! – ele parou para pensar um pouco – Um tanto perigosa eu diria, mas já soube que você não foge do perigo! - sorriu de canto, e eu franzi o cenho confuso com a situação, olhei para a garota dos olhos verdes;

- Ahh essa é a agente Hood, participará do mesmo projeto que você, se aceitar é claro! E eu sou o Diretor Coulson! – continuou o careca;

- Que projeto? – voltei minha atenção para ele;

- Delta 23, foram selecionados quinze pessoas, habilidosas, perigosas, super poderosas e inteligentes, e você é uma dessas! – disse a agente Hood. Aqueles dois estavam me deixando zonzo!

- Espera ai, isso é uma oferta de trabalho? – alternei olhares entre eles;

- É! – disse o homem dando de ombros, eu comecei a rir de uma forma desesperada, bem que falaram que o coma havia mudado meu humor, eu simplesmente não conseguia parar de rir, apertei a barriga e os dois me olhavam indignados;

- Desculpa, mas... – gargalhei de novo, e em seguida tentei me recuperar – Sam vai morrer de inveja, caramba! Eu nunca mais vou ter que olhar pra cara de bunda do senhor Black, maravilha! – comecei a pensar alto;

- Bom terá um mês para decidir se quer deixar a vida de segurança! – ele me entregou um telefone celular, eu o peguei sem receio – entrarei em contato em cerca de um mês, se decidir aceitar vamos lhe buscar em seguida! – terminou dizendo, enquanto que eu matutava a ideia, talvez fosse precipitado demais aceitar, era como voltar ao exército, e eu não considerava muito essa possibilidade, não depois do que quer que tenham feito comigo.

- Hey, eu... eu não sei se eu quero isso! Tem coisas que aconteceram comigo que não foram legais! – comentei, antes que os dois deixassem o local;

- Nós sabemos Jason, talvez você possa encontrar as respostas para as lacunas com a SHIELD! – argumentou o Coulson;

- Diretor, temos um sério problema! – disse a agente Hood, eu nem havia percebido que a morena tinha se afastado para falar ao celular – Precisamos ir, agora! – ela não parecia estar brincando.

- Okay, até breve Senhor Wake! – o homem acenou para mim, enquanto que a mulher parecia preocupada demais para direcionar qualquer despedida a mim. Me virei rapidamente em direção a Sam e acenei para que viesse até mim, ele veio correndo prontamente.

- Qual é a desses dois? – perguntou se encostando na parede para descansar da breve corrida, eu abri os braços e comecei a rir e girei em trezentos e sessenta graus.

- Você está olhando para o mais novo agente da SHIELD! – falei animado, Sam me encarou seriamente;

- Ta, e eu sou o papai noel! – disse sarcasticamente;

- È sério, eles eram da SHIELD, me convidaram para trabalhar com eles! – falei, mas Sam já começava a descer a rua sem dar muita atenção;

- Cala boca Jason, para de me zoar, eu te conheço, você só mente para depois ficar me zoando, e eu sei que esses caras nem existem, e se existem são como fantasmas, e porque diabos eles viriam  logo atrás de você? – ele disse com desdém – Nem sabe manusear um rifle de assalto direito!

- Como é que é? – bufei, isso porque Sam não viu o que faço com espadas, e porque ele não sabe das minhas habilidades, idiota – Não quer acreditar, problema seu, mas daqui a um mês eu vou ser um agente secreto, e vou esfregar meu distintivo nessa sua cara! – falei, Sam se virou para mim e começou a rir;

- Confessa logo que eles queriam te contratar para ser segurança de boate! – disse o grandão, eu revirei os olhos e ele seguiu andando, tentei acompanha-lo.

- Você é o pior parceiro que alguém poderia ter Sam, mas não vai estragar minha felicidade! – falei enquanto o observava entrar no bar, antes ele se virou na minha direção e sorriu;

- Você não vai se livrar de mim tão fácil! –  disse, e se misturou a multidão, eu balancei a cabeça em negação. Eu já zoei o Sam tantas vezes que ele acha que praticamente tudo que eu falo é brincadeira, mas o pior é que dessa vez eu estava falando sério e ele vai perder o parceiro. Bateu até uma pena de abandonar o Sam com o Secretário Black, mas ele vai sobreviver sem mim, preciso fazer isso, é uma grande chance de descobrir o que o exército americano fez comigo, embora eu já desconfiasse que era um protótipo de arma de guerra ambulante.

 

Nova York – Estados Unidos

Deville's House

Alícia Deville

- Hmm.. que cheirinho bom! – disse Ashton, meu irmão, ao chegar em casa. Eu esava na cozinha preparando uma lasanha, e ele veio até mim pedindo um abraço, eu não recusei, nós tínhamos uma relação maravilhosa apesar dele ser um pouco protetor demais, mas entendo, porque se eu fosse a irmã mais velha seria assim também.

- Lasanha de frango, só porque você gosta! – falei dando uma piscadela, ele sorriu, e largou a mochila sobre a mesa da cozinha enquanto se sentava em uma das cadeiras. Dei uma espiada no forno enquanto ainda lavava a louça. – Então como foi o dia?

- Cansativo, a gráfica estava bem movimentada hoje! – comentou, tirando o casaco e o jogando junto a mochila, eu estava em meus trajes de ‘’não fazer nada’’, que consistia em uma camiseta do Red Hot Chili Peppers, calças de moletom cinza e um chinelo. – E o seu dia? Como foi na faculdade?

- Bem, falamos sobre os primeiros estágios, vai demorar mas eu já estou tão animada! – falei sorrindo, enquanto atravessava a cozinha para guardar uma panela no armário;

- Não sei como você consegue ficar animada para ver um monte de sangue e pessoas morrendo na sua frente! – observou Ashton, me parei no meio da cozinha e o encarrei, o comentário era ridículo. A medicina era fascinante e exatamente por isso, poder salvar vida era incrível, éramos como super heróis, os reais, não como esses idiotas da tv, além de que saber tudo sobre o corpo humano era incrível, principalmente quando você era uma pessoa que conseguia mover toneladas de terra com um gesto de mãos. Pois é, eu tenho algum tipo de super poder, e o Ashton sabe.

- É uma questão de gostar e pensar nos outros! – falei carrancuda e ele riu;

- Também penso nos outros maninha! – disse;

- Se pensasse já teria levantado da cadeira e pegado pratos, talheres e copos e colocado na mesa, certo? – falei, ele levantou em um pulo;

- Claro, como eu pude esquecer! – respondeu ironizando, eu ri de forma leve, gostava de me sentir assim, na verdade eu só conseguia essa façanha com o meu irmão,com outras pessoas eu mantinha uma certa distância, na verdade eu me isolava em uma bolha com o Ashton, o resto fora dela era sempre uma ameaça ou difícil de se lidar, tinha algumas poucas pessoas que conseguiam estoura-la e eram essas que eu levava para minha vida inteira, e eram essas também as únicas que conseguiam me fazer falar abertamente, sem medos de fantasmas do passado.

- Vai demorar? – Ashton perguntou, eu concordei com um meneio de cabeça, recém havia colocado a comida  no forno antes dele chegar. Sequei as mãos em um pano de prato, e me joguei no sofá da sala já pegando o controle e ligando o televisor em um canal qualquer de notícias. Peguei o livro da faculdade e comecei a folhea-lo até a página onde havia parado de estudar. As vezes era doido pensar que eu só tinha dezessete anos, porque eu me sentia aos vinte e poucos, era como se eu tivesse pulado a adolescência, culpa minha por ser sempre a nerd.  Eu nunca havia me achado inteligente, até meus professores perceberem que eu sabia coisas demais, e isso apenas aos dez anos quando troquei de país vindo da França para os Estados Unidos, lá eles nunca haviam dito nada, aqui quando fiz o teste para entrar em uma boa escola, falaram que eu estava muito adiantada em relação a outros alunos e decidiram me passar para outra turma, e foi assim que consegui a façanha de me formar no colegial com 16 anos.

Observei meu irmão passar pela sala.

- Vou tomar um banho! – disse e sumiu escadas acima, ele trabalhava e eu estudava o dia inteiro, não tinha como ajudar, mas Ashton não parecia se preocupar, nem com  o fato de nunca ter feito uma faculdade, apesar de que eu sempre insisti. Nós eramos sozinhos, desde que minha mãe morreu o que coincide infelizmente com o dia em que nasci, e meu pai sofreu durante anos e a cada dia desses longos anos ele pôs toda a culpa em mim, teve épocas em que eu realmente acreditei nisso, mas Ashton me fez ver que não era isso, que papai havia se perdido, ele via em mim a morte da mulher da sua vida, e o fato de ter que cuidar todos os dias dessa pequena coisa que havia matado sua amada o deixava conturbado, eu não pensaria assim, mas é fato de que a mente dele esteve doente durante todo esse tempo e isso o deixou incapaz de me amar um segundo sequer. Fato que fez com que ele se tornasse alcoólatra e morresse cedo.

Virei a página sem conseguir me concentrar nem na tv e muito menos no livro, mas os pensamentos foram interrompidos por um ruído estranho vindo do jardim, franzi o cenho automaticamente e me levantei, fui até a grande porta da varanda observar o quintal, estava vazio, a luz estava acesa porém não havia nada ali, senti o cheiro da lasanha adentrar minhas narinas e alimentar a minha fome, voltei a cozinha, peguei as luvas e me agachei para espiar no forno, a lasanha estava quase pronta. Assim que voltei a fechar o forno e me reerguer, senti algo atrás da mim, quando me virei um homem de preto e encapuzado apontava uma arma para mim, automaticamente gritei.

- Não se mexa! – ele disse, olhando no fundo dos meus olhos verdes, senti um frio percorrer todo o meu corpo. Um segundo homem apareceu na sala e mais dois subiram as escadas.

- Ally, o que aconteceu? – meu irmão gritou no segundo andar. O homem a minha frente fez um sinal de silêncio enquanto eu começava lentamente a soluçar e tremer como gelatina. Em segundos ouvi barulhos de coisas se quebrando e gritos do meu irmão.

- Nããoo... o que estão fazendo? – perguntei entre soluços. O outro homem se aproximou deixando apenas a bancada da cozinhas entre nós.

- Sabemos o que você faz, e estamos aqui para levar você! – disse friamente, eu arregalei os olhos.

- Como assim, me levar pra onde? – perguntei, e nisso o cara ao meu lado me agarrou pelos braços e eu comecei a gritar e me debater loucamente em seus braços, precisava fazer alguma coisa, assim que passamos para a sala senti a presença das pequenas porções de terra nos potinhos de flor que eu havia colocado na varanda do jardin, eu os adorava tanto, mas teriam que ser destruídos infelizmente. Em vez de me contorcer, relaxei e fechei os olhos, senti  levitarem e aos poucos deixarem seu potes.

- O que ela esta fazendo? – ouvi um deles perguntar;

- Idiotas, ela esta atacando vocês! – disse uma terceira voz no ambiente, abri meu olhos e nesse exato momento as porções de terra com as flores acertaram os homens com fúria, comecei a me concentrar no jardim, a grama começou a levitar e a entrar pela sacada em um velocidade absurda. Os homens começaram a ficar atordoados com a quantidade de porções de terra que os acertavam.

- FAÇAM ELA PARAR! – gritou o homem careca e alto, o único que não estava com o rosto tapado, provavelmente era o líder deles, eu corri até a porta da sacada deixando Ashton para traz, sabia que eles queriam a mim, e viriam atrás de mim. Porém do lado de fora haviam mais deles e estes atiraram na minha direção, sem pensar duas vezes ergui uma barreira de rocha para me proteger, e fiquei atras dela enquanto eles atiravam em minha direção. Me concentrei para mantê-la e ao mesmo tempo erguer parte do chão, mas era o meu limite, eu nunca havia segurado uma barreira e feito outra coisa ao mesmo tempo, apesar de treinar muitas vezes naquele pequeno quintal rochoso.

Porém ouvi barulhos vindos da sala, sons de luta corporal e corpos caindo. Vi um avião enorme descer perigosamente perto da minha casa, e várias pessoas descerem dele enquanto eu me agarrava a única coisa que me dava segurança, o chão. Fiquei aliviada ao perceber que eles estavam contra-atacando os meus sequestradores, enquanto observava a troca de tiros no meu quintal, uma garota me pegou pelos ombros, me assustei inicialmente mas ela tratou de me acalmar.

- Hey! Você está bem? – ela perguntou, me fitando com incríveis olhos verdes,afirmei que sim freneticamente, estava atônita demais para falar qualquer coisa. – Meu... meu irmão.. ele!  - assim que me lembrei dele, a barreira de rochas começou a se desfazer, porém voltei a me concentrar para mante-la.

- Ele está bem, só precisamos sair daqui! – ela me abraçou com o braço direito e corremos acocoradas até a varanda adentrando a sala, lá um homem acabava de invadir, porém outro cara de meia idade  começou a travar uma pequena luta corporal com ele, o homem mais velho era nitidamente mais rápido e o deixou desacordado rapidamente. A mulher fechou as portas atrás de nós, e uma terceira pessoa apareceu, era uma mulher de cabelos curtos, ela descia as escadas com o meu irmão desacordado.

- Segundo piso limpo senhor! – ela disse secamente, eu corri até o meu irmão, ele estava com um corte na cabeça.

-Meu deus, ele vai ficar bem? – perguntei a ela, enquanto pegava o rosto do meu irmão em minhas mãos.

- Ele só está desacordado, ficará bem! – uma batida na janela da varanda me fez dar um pulo, era um cara fardado de preto, a garota de longos cabelos castanhos foi até ele e abriu a porta de vidro.

- Tudo sobre controle, a hidra recuou e temos alguns prisioneiros! – disse dirigindo a palavra ao homem parado no meio da minha sala.

- Ótimo, leve os no quinjet, nós teremos uma conversa com a senhorita Deville! – ele olhou ara mim, de uma forma quase amigável, o homem deixou minha varanda e a garota fechou a porta de vidro.

- O que é Hidra? – perguntei confusa, enquanto me sentava no sofá, pondo a cabeça de Ashton em meu colo.

- Já falaremos sobre isso – respondeu, e voltou a atenção para a agente de cabelos curtos – Hill e Brook levem o irmão da Alícia para o nosso atendimento, e falem com a polícia local que já deve ter sido acionada! – elas nem responderam, tiraram Ashton das minhas mãos, mas não protestei, não depois de terem me ajudado, quero dizer, salvado a minha vida, já que meus poderes não serviram de quase nada ali. Por fim, ficamos apenas eu e o homem na minha sala, ele se sentou ao meu lado no sofá, nem me preocupei com a falta de delicadeza em pedir licença da parte dele, afinal não era  momento para educação.

- A Hidra esta atrás de pessoas como você, não sabemos o porquê, mas sabemos que não é para o bem! – ele disse em um tom preocupante.

- Eu sempre soube que um dia descobririam! – lamentei enxugando uma lágrima que rolava pelo meu rosto.

- Na verdade, a culpa é minha, sou o diretor da SHIELD – eu olhei confuso para ele sem entender nada, não sabia o que era a SHIELD e muito menos por que ele tinha culpa nisso – Somos uma agência de inteligência secreta, e trabalhamos com Inumanos como você, e quando a HIDRA invadiu nossas bases acabou roubando dados, e nesses dados haviam informações pessoais sobre você e outros inumanos em nossos registros. – ele explicou;

- Você disse, inumanos? – fitei o nada confusa, então era assim que chamavam pessoas como eu, pensei rapidamente, eles deveriam saber muitas coisas já que estavam nos ‘’ estudando.’’

- Sim, inumanos! Nós estávamos prestes a entrar em contato com você, mas com esse ataque da Hidra, acabamos antecipando! Alícia! – ele enxugou uma lágrima que descia pela minha bochecha chamando minha atenção – Você precisa vir comigo, para a SHIELD, estará protegida lá, aqui fora não teremos como proteger você! Na verdade minha proposta era recrutar você para o meu projeto, o que inclui missões, outros como você, outras pessoas com habilidades e inteligência, mas não era para ser tão as pressas e você teria uma escolha, mas agora, eu sinto muito, essa é a sua única saída! – eu o encarei perplexa, como assim? Eu não posso abandonar a minha vida, Ashton, como vou deixar Ashton para tras? Automaticamente eu comecei a soluçar sem controle algum sobre os sentimentos, algumas partículas de poeira e a terra das minhas antigas flores começaram a flutuar na sala.

- Eu sinto muito! – disse o homem ao meu lado, enquanto eu me desesperava. Ele gentilmente me abraçou e eu ensopei o seu colete a prova de balas, aquilo tudo não podia ser verdade, não podia. Como eu iria viver em algum lugar que não era a minha casa? E sem o Ashton, sem minhas coisas, minha faculdade, sem os meus sonhos. Malditos poderes, malditos. Só por causa deles eu estava passando por tudo isso,sentada no meio da minha sala, com um estranho me abraçando, meu irmão desacordado em algum lugar lá fora, a casa inteira destruída e... e a minha lasanha queimando no forno.


Notas Finais


Genteem, espero que tenham gostado, como eu sempre digo: qualquer erro e tal me avisem, não fiquem com receio de falar!
Aos donos dos personagens: gostaria muito de saber se acertei na forma como apresentei o personagem de vcs, e no que posso melhorar. Sugestões sempre estarão bem vindas :)
E agora posso decretar que está ABERTA a temporada de palpites, shippers ( apesar de que isso meio que ja começou ahsuashu), sugestões, quem vai se dar bem com quem, quem provavelmente vai se matar. Em fim, opinem sobre tudo e me ajudem a organizar esse povo ahsuashu'
Em breve saira o proximo, no qual eu vou juntar o povo todo em uma reunião de boas vindas que vai dar o que falar. Ainda estou vendo se continuo escrevendo em primeira pessoa ou mudo para terceira, que da para ver tudo de uma forma mais geral, mas eu amo tanto fazer ponto de vista de cada personagem ahsusahu' ( vcs podem opinar sobre isso também). Se eu continuar com os POV's voue scolher conforme eu achar melhor quem vai contar que parte da história, pra começar pensei em escolher a pessoa mais observadora, ainda to vendo isso ahusasu'
Até breve O/ Tem um bom dia leitores <3
Bjss da Taila.


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