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História Projeto Delta 23 - Mike e o Cajado de Djoser


Escrita por: SrtaSnow1

Notas do Autor


Olaa gente <3
Sei que deixei vocês esperando muitoooo tempoo, muito tempoo mesmo, acho que foi quase um mês hasuhasu' Mas é que aconteceram muitas coisas, dentre elas aquela semana com o acidente da chapecoense no qual eu manteiga deretida que sou me emocionei muito e quando essas coisas acontecem eu perco qualquer tipo de inspiração, também tiveram fichas de interativas para terminar, uma amiga minha descobriu que estava doente e precisou bastante de mim e etc.... Mas quero me desculpa <3 e dizer que me esforçarei para não demorar tanto ( vou tentar ahsuahsu)

Sem mais enrolação e leiam as notas finais ;)

Boa leitura <3

Capítulo 9 - Mike e o Cajado de Djoser


Fanfic / Fanfiction Projeto Delta 23 - Mike e o Cajado de Djoser

Base PD 23 - Laboratórios

~ Brandon Kilson~

Mas que merda! — bradava Brook enquanto que Hastings enfiava a luzinha da lanterna médica nos olhos arregalados de Mike.

Ele parece em estado vegetativo, os sinais vitais estão normais mas é como se os músculos estivessem atrofiados! — dizia a cientista tentando manter a calma, porém suas mãos trêmulas entregavam  sua preocupação que no momento também estava escancarada na cara de todos. Enquanto o grande Mike estava deitado imóvel e de olhos arregalados em cima de uma maca, a sala dos artefatos alienígenas havia sido isolada e alguns funcionários faziam uma minuciosa perícia no local em seus grandes trajes brancos anti-contaminação.

Será que ele consegue ver ou ouvir a gente? — perguntou Ken, acenando sobre o rosto do homem

Só saberemos quando ele sair desse estado... — respondeu Hastings, abrindo a camisa de Mike para colocar o aparelho de monitoramento cardíaco.

Se ele sair dessa! — murmurou o cara;

Credo Ken, nem fala uma coisas dessas! — retrucou Danielle;

Gente vamos dar mais espaço por favor, é muita gente na volta dele! — disse Phillip tentando afastar o pessoal curioso — Hastings, a doutora Weaver esta a caminho, ela disse que precisamos isolá-lo na enfermaria, e ela disse que aquilo é o Cajado de Djoser. — ele havia telefonado para a doutora Weaver e parece que ela conhecia o objeto causador de toda aquela confusão.

Djoser? — disse Maicon, ele estava próximo a câmara de vidro onde o cajado havia sido posto e totalmente isolado do exterior, aquela ‘’coisa’’ era pequena para ser um cajado, mas tinha um formato de bastão, era prateado e tinha escritos antigos grafados além de pedrarias amareladas ornamentando a parte inferior, ou superior, ninguém sabia dizer. — Djoser foi o segundo Faraó da Terceira Dinástia do Império Antigo, e isso quer dizer que essa coisa.... — ele colocou suas mãos nas laterais da caixa e fitou o material de perto — ...que essa coisa é de 2600 antes de Cristo.

Pela amor de Deus, não toca nisso! — Brook pediu assutada, Maicon rapidamente tirou as mãos, minha pergunta era como ele sabia de tudo aquilo?

Como é que você sabe disso tudo? — perguntei confuso;

Eu sou... quer dizer, eu era professor de história! Mas não há relatos desse cajado em nenhum livro de história que eu tenha lido ou ouvido falar. — explicou-se.

Se é um artefato alienígena é porque não é egípcio, não é? — supôs Roderick, o que de fato era verdade. Naquele momento a senhorita Hastings levou Mike juntamente com os enfermeiros para a ala médica saindo de nosso campo de visão.

Okay, gente, Coulson não está e nem a Hill, então eu estou a frente da situação! —disse Brook, ela respirou fundo — Marie, despertar! — acrescentou olhando para o computador.

Olá agentes! — disse o computador ou sabe se lá o que aquilo era;

Preciso que contate o Coulson e mande um alerta da situação! — ordenou Brook.

Sim agente Hood! — respondeu o computador, abrindo no holograma uma tela que mostrava a localização de Coulson;

Londres... Vem ca, porque ele está em Londres e não aqui quando mais precisamos? — perguntou Drica descontente;

Está atrás de Nick Fury, o ex-diretor, parece que surgiu uma nova pista dele! — respondeu a agente mais experiente — Marie, me mostre tudo o que sabemos sobre o cajado. — a tela mudou para uma rápida pesquisa em arquivos, até uma foto do cajado aparecer.

O cajado de Djoser foi encontrado em 2012 na Pirâmide de degraus, a nordeste da antiga cidade de Mênfis, vinte quilômetros ao sul da Capital Cairo. O cajado foi encontrado pelo arqueólogo e historiador Dr. Jorge Ballhs... — a medida que ela falava mostrava fotos da pirâmide e do doutor — ... mas ele descobriu um ano mais tarde que a escrita no cajado não era egípcia e que na verdade ele estava incompleto, havia outra parte perdida nesse mundo ou talvez em outro, já que a SHIELD descobriu que era alienígena  e interveio, tomando o artefato. — esclareceu o computador.

Obrigada Marie! — disse Brook. Nesse momento entrou a Doutora Weaver e explicamos toda a situação para ela, Coulson entrou em contato pedindo para Brook assumir o comando e fazer o que fosse preciso até ele voltar e foi por isso que naquela madrugada ficamos reunidos na sala especulando sobre o que fazer, e pela explicação da agente Hood a coisa era simples:

A única coisa que podemos fazer é falar com Dr. Bahlls... — ela disse;

Essa coisa tem compostos que não são desse planeta... — disse Phillip analisando um tablet. — ... se conseguíssemos a tradução para aquelas coisas escritas nele e claro com a outra parte em mãos, encontraríamos algo que poderia reverter a situação, é o que podemos fazer.

Sim, é o que vamos fazer! — ela disse fechando o holograma — Certo, eu odeia essa parte, mas preciso que alguém fale com o doutor Bahlls e descubra tudo o que puder com aquele velho, enquanto isso vou para o Egito, até pirâmide e ver o que descubro por lá.

Eu falo com Bahlls, acho que sou o mais indicado já que entendo de história! — disse Maicon, mas eu não queria ficar de fora;

Eu vou com Maicon, nunca sabemos o que pode acontecer! — falei ao perceber a irritação de Brook, em sequência os outros começaram a murmurar e especular, todos pareciam dispostos a ajudar.

Eu seria útil na pirâmide, já que vamos estar embaixo da terra! — sugeriu Alícia timidamente;

De forma alguma Alícia, os Inumanos não vão sair daqui! — quando terminou de falar mais protestos foram ouvidos;

Porra, vamos ficar mofando aqui? — perguntou Ken;

Vão ficar em segurança, não estão prontos para nada, sequer controlam os poderes, vão cuidar da base se quiserem ajudar e não quero mais ouvir nem uma palavra! — ela gritou furiosa, todos se calaram;

Mas o que pode dar errado em uma pirâmide? — perguntou Jason;

A Hydra esta atras de vocês, se saírem assim, desprotegidos, mal treinados, serão as presas mais fáceis e outra, se usarem os poderes, saberão onde estão.... — esclareceu, calando a todos novamente;

Certo, mas nós podemos ir com você? — perguntou Scarlett.

Podem, vou precisar do Phillip também se você entende dos apetrechos do laboratório. — disse Brook, ele acenou que sim, ele saiu para preparar os equipamentos.

Okay, então Maicon e Brandon vão para a Itália, falar com Bahlls e eu, Phillip e  Scarlett vamos para o Cairo, tenho quase certeza que a outra parte desse cajado está por lá. — concluiu a morena;

Espera ai e eu ? — perguntou Maggie —Não sou inumana!

Maggie, eu não sou o Coulson, ao contrário dele eu não confio em você, pelo menos não ainda!— disse Brook;

Isso é ridículo! — ela riu sarcástica — Quem você pensa que é para ficar mandando em mim, eu vou e...

Não, não vai! — gritou Brook — Não vai, vai ficar aqui mantendo contato conosco, todos vocês ficarão aqui mantendo contato! — disse, depois deu as costas e saiu.

(...)

 

Encaixei a arma cuidadosamente no cós da calça jeans, e passei a camiseta por cima, era só uma faculdade de arqueologia mas nunca se sabe quando algo poderia tender a dar errado. Caminhamos pelo imenso saguão principal, haviam ossos de dinossauros sobre vidros nas paredes.

Não acha que a Brook está sendo muito chata com o pessoal todo? — perguntei quebrando o silêncio;

Não... — ele respondeu pegando o pequeno lance de escadas de alguns andares que tínhamos pela frente — ... ela está aplicando as regras que são necessárias. Se não há regras vira bagunça.

Eu entendo, mas o pessoal estava disposto a ajudar e eles já sobreviveram tanto tempo pelo mundo sozinhos para agora ficarem trancados na base? — perguntei;

Mas é para a segurança deles, ou você acha que a Hydra não está por ai só esperando os coelhinhos saírem da toca? — ele devolveu com outra pergunta e eu me calei, mas que Brook estava abusando da sua autoridade estava.

Será que ela é sempre assim? Quero dizer... todos os agentes, parecem máquinas, não sorriem, só dão ordens, será que nós vamos ficar assim também? — voltei a quebrar o silêncio, agora com outra coisa que me intrigava, eu não queria me tornar alguém frio.

A Brook? — ele perguntou;

Sim — assenti;

Não sei,  talvez ela curta beber uma dose de wisky depois das missões, ou jogar uma partida no vídeo game, fazer maratona de séries, qualquer coisa. A  momentos em que precisamos agir com a razão e outros com a emoção, o que nós precisamos aprender é saber separá-los como ela faz. — ele concluiu.Momentos depois chegamos a sala do Doutor Bahlss.

 

(...)

 

O homem pegou uma pequena flanela e limpou as lentes de seus óculos lentamente, em seguida voltou a colocá-los e abriu o velho livro, a sua sala na verdade era uma enorme biblioteca e naquele momento eu deslizava os dedos pelos volumes.

Não mexa aí meu rapaz! — repreendeu o velho, Maicon me encarou e eu deixei os volumes em paz;

Foi mal! — falei em tom baixo;

O cajado foi dividido em duas partes... — ele disse lendo o livro;

E aonde está a segunda parte? — perguntou Maicon um tanto impaciente;

Eu não sei meu jovem, andei trabalhando anos em cima de um possível localização, mas não há como saber, talvez o Faraó Djoser tenha o separado em duas partes para que ninguém mais tivesse acesso ao seu poder. — explicou o homem;

Poder? Que poder? — perguntei me aproximando da mesa onde estavam;

Os escritos egípcios nas paredes da sala do artefato contam que Djoser tinha poder sobre todas as pessoas, ele foi idolatrado e temido e tudo indica que seja por causa desse cajado. — respondeu analisando algumas paginas;

Eu posso ver? — perguntou Maicon, olhando para o livro, Bahlls estendeu-o em sua direção, Maicon o analisou;

Entendo um pouco de egípcio antigo... aqui diz que o cetro do céu veio para as mãos do seu Rei e o seu poder ficará guardado nesta terras por toda a eternidade, e que a vontade dos Deuses foi feita, o cajado do Rei foi separado e  ninguém jamais reinará sobre  essas terras como Djoser reinou. — leu o agente;

O que nos diz que a outra parte está no Egito, isso se ainda estiver lá, nunca saberemos. — lamentou Bahlls — Sinto muito, mas não posso ajudar o seu amigo.

E se estiver em uma das outras pirâmides? — perguntei.

Não é possível, a pirâmide de Djoser é  a primeira da Necrópole, as outras foram feitas muito tempo depois. — comentou Maicon sem tirar os olhos do livro;

Huumm... eu sei, digo e se alguém encontrou esse cajado e o levou para lá depois, tipo algum dos outros Faraós. — era mentira, mas bolei essa desculpa na hora, não queria parecer o trouxa.

Pode ter acontecido, mas nunca saberemos! — disse Bahlls;

Não, se algum outro Rei tivesse encontrado a  outra parte teria unido a parte que esta na tumba de Djoser e utilizado a seu favor, essa parte secundária nunca foi encontrada, está perdida... — respondeu Maicon;

Claro, concordo plenamente! — disse Bahlls ajeitando o óculos, ele parecia nervoso, era nítido;

Concorda? Eu não sei se posso acreditar nisso Dr. Bahlls, que tal começar a falar a verdade e todos saímos bem dessa? — perguntou Maicon largando o livro sem cerimônia sobre a mesa — O que acha Brandon?

Uma ótima ideia! — cruzei os braços, o doutor nos analisava com cuidado.

Mas... mas os fatos comprovam o que estou dizendo, vocês sabem, não diz nada aqui, nada sobre onde encontrar a outra peça! — a essa altura o doutor já suava frio.

E esses inscritos que foram cortados e sutilmente apagados com um programa ruim de Photoshop. — ele colocou o livro sobre a mesa e apontou para a parte inferior das fotos, agora parecia nítido que alguém havia apagado coisas ali.

Não sei do que estão falando! — ele disse engolindo a seco, eu soquei a mesa na frente dele perdendo a paciência;

Nós não somos idiotas, o que diz nessas inscrições que você apagou? — perguntei, tirando a arma e apontando na sua cabeça;

Brandon! — advertiu Maicon. Ahh claro, isso era contra as regras, mas seu não estava nem aí.

Tá bem, tá bem! — ele disse fechando os olhos com medo — Mas... mas vocês vão se arrepender de mexerem com coisas tão antigas!

Conte doutor é importante! — disse Maicon e eu tirei sua cabeça da mira da arma;

‘’ Quando duas metades se tocarem, os céus se tornarão inferno e a terra conhecerá o verdadeiro poder, sangue brotará no templo, besouros perfurarão os olhos daquele que o possuir, ele nunca mai será o mesmo, Mênfis cairá de joelhos assim como o restante do mundo.’’ — ele citou as escrituras, eu e Maicon trocamos olhares;

- Okay, isso é horripilante! – disse Maicon, para mim era uma grande bobagem e não levava a lugar algum;

E isso quer dizer que? — perguntei;

Que a outra parte está no antigo templo das ruínas de Mênfis e que quem juntar as duas partes morrerá, mas ninguém disse que precisamos juntas as duas partes. – observou Maicon otimista. — Vamos, obrigado doutor! — Saímos da sala e rapidamente levei a mão ao comunicador em meu ouvido, o acionei;

Oi gente, novidade, avisem a Brook que a parte dois está nas ruínas do templo de Mênfis, e diga para tomarem cuidado.

 

Ruínas de Mênfis — Ao sul de Cairo — Egito

~Phillip Rogers~

 

Pousos no quinjet não eram como em aviões normais, e ainda com Brook dando instruções enquanto eu lutava contra a turbulência tentando manter meu cinto o mais preso possível tornava tudo mais difícil.

Vamos ser rápidos, n[os temos o equipamento necessário para detectar objetos de outro planeta a distâncias grandes então creio que será fácil. Marie me mandou a localização do antigo templo, ela disse que temos equipamentos bons para nos guiarem até lá. — terminou a agente e nós pousamos, soltei o cinto um tanto aliviado;

Aposto que não vai ser tão fácil! — comentou Scarlett ao meu lado;

Não, não vai! Lá em baixo tem quilômetros de areia, e blocos imensos de pedras calcárias, a tecnologia da Shield vai ser um pouco inútil se não encontrarmos uma passagem para uma urna secreta ou sei lá onde aquela coisa está... — comentei enquanto já começava a organizar na minha mochila e a de Scarlett com tudo que precisávamos enquanto que Brook dava instruções ao piloto.

Phillip, está aí? — era a voz da doutora Weaver, falar com ela me deixava extremamente nervoso, ela era como minha chefe, depois de Coulson é claro, e um pouco a frente de Brook, essa hierarquia toda me deixava confuso mas pelo menos haviam muitas pessoas para recorrer em momentos como estes, onde eu, claramente não sabia o que fazer.  Não era como trabalhar na base do governo, lá recebíamos os materias de mão beijada, aqui na SHIELD precisávamos enfrentar toneladas de areia no deserto do Cairo e tentar não focar nas múmias e maldições, isso sem citar que o artefato era alienígena. – Phillip?

Hã... oi, oi doutora, sou eu e estou...aqui! — falei limpando a testa de suor, sim eu estava suando frio, era a primeira missão caramba.

Você está bem? — ela perguntou;

Sim, eu estou ótimo! — falei tentando passar confiança para mim mesmo;

Okay, sabe que as esferas podem ser usadas para reconhecimento de áreas? — ela perguntou;

Sim, as pokebo...las! — arregalei os olhos, merda, porque eu sempre falava merda quando ficava nervoso? — quero dizer, as esferas, sim eu sei o que fazer! — Scarlett riu ao meu lado — Elas... elas vão mandar um mapa holográfico para o relógio controlador! — acrescentei, esse relógio era fantástico, na verdade todo aquele equipamento de reconhecimento de território era incrível.

Ótimo Phillip! Materemos contato! — ela disse;

Certo! — concordei e desliguei o comunicador.

(...)

Uma vez em terra firme o ar era muito seco, e mesmo ali com a brisa da noite dar dois passos parecia já desidratar o corpo. Segundo nossa localização o Templo estava um pouco longe e sua área era infinitamente grande. Tirei a mochila e vi Scarlett tirar as esferas das bolsas e analisá-las.

Não toca... — eu falei assustado, aquilo em mãos sem conhecimento científico era um perigo. A ruiva franziu a testa para mim e largou a esfera delicadamente —... Esse equipamento é sensível e precisa de muito cuidado!

Está bem, já coloquei de volta! — ela sorriu de canto irônica;

Vamos com isso! — pediu Brook;

Okay, só preciso ativar o relógio.... — o coloquei no meu pulso e iniciei, o pequeno holograma apareceu ainda com poucas informações, mas as esferas ligaram e uma a uma entraram pelas vielas abandonadas das ruínas, nós as seguimos mas não com tanta pressa. A partir daquele momento não tirei os olhos do controlador em meu pulso, aos poucos as belezinhas iam revelando um mapa em terceira dimensão das ruínas de Mênfis que aparecia em meu Tablet também, não demorou muito para que eu pudesse reconhecer o templo: algumas colunas ainda pareciam intactas.

Temos que ir para a direita! – falei para as meninas, Brook que ia na frente mudou a direção, enquanto Scarlett iluminava o caminho com uma enorme lanterna.

Em cerca de meia hora encontramos o templo, e as esferas fizeram um ótimo trabalho, contatei a doutora Weaver para saber sobre os avanços na tradução da língua do cajado.

Phillip, estamos analisando algumas anotações do Dr. Bahlls, mas está difícil, não há nenhuma informação sobre os escritos em nenhuma parte da história do Egito Antigo, e acabamos de confirmar que a escrita também não é Kree. — ela disse;

Isso não é bom! — comentei — Espero que com a outra parte possamos saber mais sobre o cajado!

Certamente! — concluiu e desligou o comunicador;

 

Estudamos cada canto do Templo, a maior parte já não existia mais, restavam uma enorme ‘’mesa’’ de sacrifícios, e algumas colunas não muito ornamentadas, mas mesmo assim era grandioso em espaço e necessitou-se de muito tempo para que  o equipamento de reconhecimento de material alienígena estudasse toda a área e para que também pudéssemos colocar iluminação em todos os cantos, como imaginei nada foi encontrado, deveria haver algo abaixo de nós, alguma sala secreta ou passagem.

Isso não está funcionando! — disse Brook irritada, larguei as coisa e ativei as esferas, elas fizeram o reconhecimento da área, porém não havia nada abaixo de nós.

Qual o alcance vertical? — perguntei a Brook;

Provavelmente depende da densidade do solo! — ela respondeu;

Estamos sobre pedra calcária, é um enorme palco, deve haver algo abaixo de nós! — comentei minha suposição inicial;

Concordo, deve haver alguma coisa aqui que nos de passagem! —Scarlett fez a volta para o outro lado do enorme bloco onde eram feitos antigos sacrifícios e começou a apalpar a base em busca de algo, Brook a ajudou e eu voltei ao tablet para calcular algumas suposições que se formavam em minha mente.

Óbvio que eu não queria estar em uma missão no segundo dia como agente, e mais óbvio ainda era que eu não estava nem um pouquinho preparado, por mais que Brook repetisse que seria simples. Eu era otimista, mas isso aqui estava me testando, parecia improvável que a outra parte do cajado estivesse por aqui em algum lugar.

 

Por um momento lembrei de James e Carol e de como tudo era calmo e pacato na base do governo, sem armas alienígenas malucas, cajados mais velhos que Cristo, e nada de desertos e escorpiões. Deu saudade até de discutir com Chlöe pelo Whatsapp.... Quer dizer, não, não! Esqueçam essa parte! Franzi a testa após o pensamento;

Psiuu! — ouvi alguém chamar, girei os calcanhares, Brook e Scarlett sacaram armas, a ruiva foi para a parte de trás de uma coluna e quase atirou em Maggie, meu Deus!

- Sou eu, vocês são burros caramba, a resposta está na frente do nariz de vocês! – ela disse saindo de trás da coluna assim que Scarlett abaixou a pistola automática;

O que você esta falando? — perguntei sem querer;

Não, espere aí, eu disse para ficar na base, como chegou até aqui? — perguntou Brook;

Me escondi no compartimento do trem de pouso e segui vocês! Sou a Caveira Fantasma, esqueceram? — perguntou dando um sorrisinho irônico;

Não, não esquecemos! — a voz de Brook era firme e autoritária — Inclusive foi por isso que mandei ficar na base!

Ta, podemos discutir isso depois? — ela continuou e fitou a coluna, me aproximei instantaneamente;

Rose queridinha, aponte a lanterna para ca! —  disse a loira, eu fitei a ruiva com estranheza;

Rose? — perguntei;

É meu segundo nome, e eu gosto mais dele!  — ela disse e deu um sorriso tímido;

Vocês olharam bem para esses desenhos? — ela perguntou se referindo as gravuras nas paredes, eram desenhos de escravos guerreiros com lanças, eram todos de mesmo porte e faziam a volta em toda a coluna;

Sim, são desenhos de... — eu comecei a explicar;

Não, não observaram bem! — ela fez a volta e nós  a seguimos – Olhem para esse cara! — ela apontou para um dos escravos — Vocês são míopes para não verem que isso não é uma lança e sim um cajado! — ela passou o dedo pela superfície – E vejam só, milimetricamente em relevo! — ela sorriu para mim e apertou aquela coisa. MEU DEUS, estávamos ferrados!

Nãooooo! — gritei, mas já era tarde ela havia apertado;

—  O que foi? — perguntou assustada;

Caramba, as armadilahas... sempre tem armadilhas... — choraminguei enquanto alguma coisa dentro do templo começava a se mover;

Armadilhas? — vociferou, poeira começa a cobrir o local e Maggie me olhava como se eu fosse paranoico. Brook e Rose já haviam disparado em direção a mesa de sacrifícios;

É. Caramba você não assistiu Indiana Jones? Sempre tem armadilhas... — comentei, mas ela já estava a minha frente esperando a poeira baixar, eu fiquei imóvel assim que o silêncio tomou conta do local.

Acho que não dessa vez! — respondeu Maggie, porém um pequeno barulho de compartimentos se abrindo  ecoou pelo templo, a sequência a seguir foi rápida mas não passou despercebida por meus olhos que acompanharam tudo de tras da coluna.

Assim que a poeira baixou, compartimentos se abriram nas laterais da mesa de sacrifícios e delas saíram flechas, a primeira  a perceber foi Scarlett, que saltou sobre Maggie a derrubando ao chão e evitando que a loira fosse acertada pela primeira flecha. Elas estavam sendo lançadas no sentido anti horário e assim que a segunda partia na direção de Brook a mesma inteligentemente correu na direção oposta, mantendo uma velocidade razoável em torno da mesa conseguiu evitar que as flechas a alcançassem e na última se jogou e deslizou para dentro do enorme buraco que agora circundava a mesa de sacrifícios, eu fechei os olhos naquele momento e ouvi seu grito seguido do baque no chão. Uma nova sequência de flechas foi lançada no mesmo sentido, uma a uma, e Scarlett e Maggie permaneceram deitadas no chão e inatingíveis.

Brooook! — gritei, mas não ouve respostas, quando tudo parou me levantei lentamente, removi a poeira do tablet ao meu lado e tentei controlar a respiração. Saí de trás do pilar, e vi Maggie e Scarlett corereem até a lateral do buraco, cheguei logo em seguida;

Broooook? — gritou Scarlett, iluminando para a escuridão com sua lanterna, a luz alcançou a agente mais experiente, estava sentada e tossia devido a poeira;

Eu... eu estou bem gente! — havia sido uma queda de cinco metros calculei, Maggie já descia pela escada em espiral que circundava o buraco;

Podia ter usado as escadas! — ironizou a loira enquanto a seguíamos até Brook, corri até ela e a ajudei a levantar, estava com um dos braços bem ralados;

Caramba, foi por pouco! — ela disse  e em seguida sorriu analisando o ferimento, parecia não a abalar.

(...)

Pegamos nossos equipamentos e descemos novamente, era uma sala enorme e cheia de inscritos e desenhos. No centro estava ele, dentro de uma urna ornamentada e delicadamente posta sobre um pedestal de ouro puro, a outra parte do cajado jazia em paz, o mesmo não podia ser afirmado sobre mim, o medo que eu sentia daquela coisa era alucinante.

Registramos tudo aos poucos, mapeamos os lugares e as inscrições, doutora Weaver e a equipe na base traduziam tudo que podiam em tempo real pelo comunicador:

Maggie como descobriu aquilo? — perguntei enquanto terminava de fazer algumas anotações sobre uma das partes;

Sabe desde pequena tenho facilidades em criar engenhocas, equipamentos úteis para os assaltos! — respondeu, fiquei meio paralisado, era muito, mas muito estranho falar com uma criminosa e agir naturalmente.

Aii não faz essa cara кот¹, sou uma boa pessoa quando quero e com quem eu quero! Mas.... onde estávamos? — ela disse enquanto continuava sentada em um dos cantos ao meu lado, iria perguntar do que ela havia me chamado, eu era poliglota mas russo eu realmente  não entendia uma palavra sequer. Mas ela continuou — Ahh sim... Se eu fosse um Faraó, onde colocaria a tal da alavanca pensei? Mas como não sou um Faraó, eu pensei onde eu colocaria: afastado, mas não muito, o menos óbvio possível e algo forte que resistisse ao tempo, e foi só isso mesmo.... — esclareceu;

Legal! — observei — Mas do que é que você me chamou mesmo?

кот? É gato em Russo! Você é bonitinho sabia? — ela sorriu maliciosa, antes que eu pudesse argumentar e gaguejar infinitamente por aquele momento constrangedor, Brook apareceu para me salvar;

Alguma coisa Phillip? — perguntou a agente;

Nada! – um sinal no meu comunicador  apareceu, era Weaver — Opa,opa! Weaver tem noticias!

Phillip, há muitas coisas nesses inscritos, fala de  morte, de poder, de ambição, e de uma luz no céu mas nada que possa nos ajudar.... — lamentou a doutora;

Gente, vejam isso! — chamou Rose do canto oposto da sala;

Doutora, Scarlett descobriu algo, vou manter contato!

Certo — ela respondeu;
 

Fomos até Rose, ela limpava uma parte coberta por muito pó e teia de arranhas, aos poucos figuras eram reveladas.

O que é isso? — murmurou Brook,eu me aproximei mais e analisei, capturando imagens das palavras para  a doutora fazer  a tradução;

  Esse Faraó com o cajado... — apontou Rose;

Djoser, certo... — concordei — ... espere, olhe só, metade do cajado, porque a outra metade... – tirei um pouco de pó de um dos desenhos — ...está aqui!

E esse bonequinhos caídos aqui são o Mike! — acrescentou Maggie;

Sim, quando Djoser usa a parte do cajado que a SHIELD encontrou...— afirmei;

E quando ele junta as duas partes, eles se levantam e? — pergunta Brook analisando o último desenho;

E parecem zumbis... — disse Maggie;

São controlados — gritei para as meninas – Isso, o cajado imobiliza e depois os reanima como soldados, robôs obedientes a quem  domina essa coisa.— falei empolgado com a descoberta, mas de fato isso não era nem um pouco positivo para o pobre do Mike.

Phiilip? — era Weaver no comunicador;

Sim doutora, diga! — falei;

A tradução é ‘’ poder’’, ‘’respeito’’, ‘’ obediência’’ e... ‘’morte’’. — ela disse, notei que morte corresponderia ao último desenho, mas estava vazio, alguém não o havia feito ou não conseguiu terminá-lo. Recuei assustado daquela parede e fitei a parte do cajado;

Lipe, o que foi? — perguntou Brook;

A última palavra é morte e não tem ilustração, ela não foi feita, não foi terminada, alguma coisa deu errado, muito errado. — falei, andando de um lado par ao outro,

Vamos levar a segunda parte do cajado para o PD 23! — disse Brook;

E depois? — perguntou Rose;

Acho que vamos ter que usar essa coisa! — respondeu;
 
 

Base PD  23 – Localização Desconhecida

~Maggie Cooper~
 

Desde que cheguei as coisa fugiram um pouco do meu controle. Não queria que meus colegas soubessem da Caveira Fantasma, e a Caveira Fantasma não queria que soubessem que seu verdadeiro nome era Maggie Cooper. Mas aquele Сукин сын² do Roderick de alguma forma sabia que eu e a Caveira Fantasma eram a mesma pessoa, agora  a pergunta que não saía da minha mente era como? Ainda não havia tido a oportunidade de falar com ele e, bem..., acertar as contas, mas depois dessa história com o cientista acabar, vai ser a primeira coisa que vou fazer.

Eu sempre fui cuidadosa, nunca deixei pontas soltas, tudo bem que David era uma bela exceção, havia me envolvido demais e deixado ele saber do cabelo loiro e olhos azuis por detrás da máscara, um erro sim, mas talvez apenas tinha que acontecer, já que provavelmente era pra eu estar nessa merda de SHIELD. Há males que vem para o bem.

E hoje ter sido barada de ir na missão não me desceu, não mesmo. Na verdade aquela garota, Brook, não vou com a cara dela e só para mostrar que simples ordens não funcionam comigo me escondi dentro do quinjet e ainda sai por cima, pois se não fosse por mim jamais teriam achado a passagem ou no mínimo teriam levado o dobro do tempo. Então agora, posso andar por esses corredores confiante e arrasadora, pois quero ver algum superior vir me peitar por causa de desobediência. E quer saber? Acho que eu tinha o direito de ir, sou uma agente agora, meu passado é passado, se me escolheram confiam em mim, é só aquela Brook que tem que bancar a metidinha e superior, deveria ter enfiado uma das minhas facas nela quando tive a oportunidade, mas fui fraca.

Depois que chegamos de Cairo as coisas na base viraram uma correria, principalmente o laboratório, lotado de profissionais que ao lado de Weaver, Phillip e aquela garota nanica tentavam estudar cada parte daquelas duas coisas que pareciam ainda mais mortais juntas no mesmo ambiente. Enquanto isso Mike permanecia em uma espécie de cubo de vidro que os agentes chamavam de quarentena, estava totalmente imóvel e com os olhos vidrados no vazio, parecia uma espécie de transe hipnótico,. Eu já havia visto muitas coisas horríveis na vida mas aquilo superava tudo.
Entre o pessoal que ficou na base o clima era de pesares, parecia mais que Mike estava morto, nem mesmo os engraçadinhos do grupo faziam piadas, ao invés disso permaneciam todos em seus quartos ou em silêncio na ala da cozinha e sala de confraternização. Já eu, preferi me isolar no saguão de embarque/desembarque ou a garagem da Shield, como preferir. Ali em um avião de carga, com o compartimento aberto eu trabalhava em ajustes na minha moto quando de repente Coulson chegou com Lola, seu amável carro conversível vermelho, limpei as mãos com um pano e sai do avião;

Quem é vivo sempre aparece! — comentei;

Queria não ter que retornar nestas circunstâncias! — comentou o diretor, deixando seu automóvel, ele fez uma pausa para ajeitar o terno como sempre — Quais os avanços?

Não sei,  o pessoal que entende disso está preso lá no laboratório quebrando as cabeças em busca de respostas. — falei deixando definitivamente o avião;

Brook me disse que você desobedeceu uma ordem direta dela! — comentou o homem enquanto se dirigia até o corredor, eu o segui lentamente;

Nossa, rápida ela! Mas... desobedeci sim, porque ela estava errada e irredutível, e eu não tenho que relevar isso, achei que era útil e realmente fui, ou ela não contou essa parte? — ironizei.

Contou, mas não a culpe desse jeito,  é difícil para todos os agentes experientes assimilarem que alguém imprudente possa fazer parte da nossa equipe, ao invés de bater de frente, porque não mostra que pode ser confiável! — explicou, abrindo a porta automática que nos separava da ala de laboratório;

Mas eu não sou confiável. — descordei com um leve sorri ameaçador o qual Coulson não viu;

Você não é tão má quanto tenta transparecer, e se isso fosse uma mentira não teria se escondido no quinjet para salvar alguém que acabou de conhecer! — retrucou a altura. Chegamos a quarentena, Coulson fitava Mike próximo ao vidro ao lado da doutora baixinha;

Srta. Hastings, quais as novidades? — perguntou o diretor, eu fiquei observando de longe, a garota lançou suas enormes órbitas azuis em minha direção, mas em seguida as cravou no mais velho;

Phillip está estudando minuciosamente a composição estranha dos cajado e comparando os resultados de cada uma das partes, parece que são feitos com uma fibra que contém aquele composto novo que a Shield descobriu, ele e a doutora Weaver estão tentando achar uma forma de reverter os efeitos sem precisar usar o cajado. — ela explicou e forma clara.

Ótimo, não quero que corram nenhum tipo de risco mexendo com esses artefatos, nem vocês e nem o Mike! — respondeu , a pequena doutora assentiu com um aceno seguido de um olhar triste sobre o companheiro de trabalho, Coulson percebendo aquilo acariciou as costas da doutora;

Vai dar tudo certo!— e depois disso saiu passando por mim e indo em direção ao núcleo do laboratório, eu decidi que seria uma boa dar um pulo na sala de confraternização, chegando lá encontrei Ken e Maicon e o gato do Isaac ou Brandon conversando nos sofás, Drica estava sentada na mesa com papéis e lápis a  sua frente e a garota ruiva a observava, também se encontrava ali o imbecil do Roderick ouvindo músicas com fones em um Ipad, estava alto o suficiente para ouvir da porta: era Rock sem sombra de dúvidas.

Me aproximei dos meninos:

Oi! — falei me sentando no sofá maior ao lado de Brandon, eles responderam instantaneamente;

Oie! Tem um pouco de graxa no seu queixo e isso é broxante! –—comentou Ken com a mais pura sinceridade, eu limpei instantaneamente e eles riram;

Ótimo, quando está em vocês não é broxante! — comentei seriamente, eles riram mais;

Quer dizer que aquela Yamaha é sua? — perguntou Ken se inclinando e apoiando os cotovelos nos joelhos;

É! – respondi me apoiando  o braço direito no sofá e cruzando as pernas;

Viu o meu mustang? — continuou o moreno;

Vi, um belo carro por sinal. — elogiei, ele sorriu satisfeito;

Ken estava contando que era o terror na faculdade, cria feita dos rachas e das melhores festas. — comentou Brandon;

Rei das fraternidades femininas! — acrescentou Ken me fazendo rir;

E pirocinético, pena que quase ninguém soube! — supôs o professor de história, Maicon.

Verdade, se eu já fazia sucesso assim imagina quando as gatinhas soubessem que eu era mais quente do que elas realmente sabiam. — se gavou Ken, eu ri com os meninos e balancei a cabeça sem acreditar naquela figura tão cômica;

E você Brandon?  — arrisquei o encarando;

Eu o que? — ele me olhou confuso;

Sei lá...  Você é um professor de luta, alto, forte e bonito, aposto que fazia sucesso com as mulheres. – ousei, porque ousada era meu nome do meio, ele desviou o olhar sorriu;

Eu? Não cara, definitivamente não! – riu;

Huumm... acho que vamos dar uma volta Maicon! — Ken fitou o amigo;

Estamos sobrando, nitidamente... – Maicon ia se levantar ao falar aquilo, foi quando Alícia nos interrompeu;

- Gente... — me virei em sua direção, Ken ainda zoava algo – Gente... — ela chamou de novo e então todos estavam coma a atenção sobre a ruiva — É, a Drica está estranha... — ela apontou para a a amiga sentada na mesa, eu me esforcei para espiá-la, parecia obcecada com as folhas;

Como assim? — Maicon foi o primeiro a se levantar, seguido por nós, Roddy ainda ouvia sua música de olhos fechados e curtindo ao máximo, estava inerte a tudo a sua volta e não nos ouviu. Ao me aproximar da garota podíamos ver sua estranha obsessão, já haviam vários desenhos prontos sobre a mesa e ela desenhava freneticamente e murmurava alguma coisa;

Eiiii — estalei os dedos na frente dela, mas a garota nem notou;

Que merda é essa? — Ken erguia as sobrancelhas em busca de uma resposta

-— Ela só disse que em consequência de seus poderes, ás vezes ela tem sonhos e depois precisa desenhar tudo que vê. — explicou a ruiva. Maicon pegou um dos desenhos;

Gente, essas são as inscrições do cajado. — disse;

Então provavelmente isso é o cajado? — Brandon virou para nós um dos desenhos, nitidamente era um Faraó com o cajado em mãos. Ken se abaixou próximo a garota para tentar ouvir o que a mesma murmurava;

Não da para entender nadinha! — comentou se pondo em pé novamente, eu catei os outros desenhos e os analisei;

Olha isso, parece o Mike inconsciente não é? — mostrei para Alícia;

Acho que não, parece outra pessoa... Olha esse... — ela tirou outro das minhas mãos — ... são uma sequência, aqui ele está com o cajado, aqui ele usa a primeira parte, aqui a pessoa fica inconsciente e aqui o Faraó usa a união dos cajados, nesse ele desperta e serve infinitamente ao Faraó! — ela ordenou sobre a mesa e após fitei o desenho que Drica terminava freneticamente;

Caramba! — levei a mão a boca instantaneamente, no novo desenho havia uma mulher egípcia e ela tocava o braço do homem hipnotizado, esperamos ansiosos Drica terminar o próximo rascunho e para nossa surpresa o homem acordava, essa parte era nova para todos com certeza;

Preciso.... Preciso ir até o Mike! — murmurou Drica, ela parecia cansada, exausta;

Não sei se é uma boa ideia — comentou Brandon fitando a todos;

Eu preciso, por favor! — pediu e tentou se levantar,mas ela parecia franca, Maicon a amparou de imediato;

Vamos leva-la para os outros, eles precisam saber! — disse Maicon, passando o braço de Drica em torno de seu pescoço, Alícia, Ken e Brandon os seguiam de perto, eu estava com os desenhos e matutando as ideias que vinham, fitei Roddy ainda com os malditos fones a raiva subiu e eu não pude evitar o ato de arrancar os fones de suas orelhas com um tapa, ele se assustou de começo mas depois sorriu daquela forma que eu odiava ao ver que se tratava da minha pessoa;

— Heyy, não se pode mais ouvir música em... que é isso? — ele fitou os desenhos;

Acorda, Drica é a solução do Mike, ela é a única que pode salvá-lo. — afirmei, jogando as folhas na sua frente e saindo em seguida, Roddy me seguiu com as mesmas em mãos, não fez pergunta alguma apenas ficou um silêncio, e eu apreciei o quanto aquilo  era magnífico vindo dele.
 

(...)
 

Quando chegamos a quarentena, todos já discutiam a situação.

Por favor Diretor, ali... os desenhos! — ela apontou para Roderick, Coulson veio até nós e os arrancou das mãos dele;

— Faz sentido, a mulher desse desenho parece ter o mesmo poder que ela, sei lá... Podíamos tentar! — sugeriu o professor;

Não, é arriscado demais... A pessoa não desmaia? — Coulson acenou que sim e Phillip continuou — Pois então, não sabemos o que isso pode causar nele nesse estado, — afirmava Phillip;

Concordo com ele! — manifestou se Hastings;

Gente, presem atenção... Não é a primeira vez que isso acontece, eu já sonhei muitas coisas que realmente eram do passado de pessoas que eu nem conhecia, isso aconteceu agora quando tirei cochilo, eu sonhei com o Faraó Djoser, sonhei que ele portava o cajado e usava a primeira parte para hipnotizar as pessoas, depois unia as duas partes e acabava construído um exército de fiéis seguidores. Mas no meu sonho havia uma mulher muito bonita, e ela salvava essas pessoas, tocava nelas e absorvia o passado, ou uma parte dele, o choque fazia ele acordar. — comentou Drica exaustivamente;

Como você pode ter certeza, e se não for a mesma coisa? E aliás, porque esse poder? O que ele tem haver com o cajado! — as perguntas que Hastings fez eram persistentes, eles tinham que admitir;

Eu sei, porque acha que estou sonhando com isso? Essas pessoas morreram a milênios e eu estou sonhando com o passado delas, é por causa desse cajado, ele... eu sinto que ele tem alguma ligação comigo. — ela disse em desespero;

Calma Drica! — Disse Coulson, naquele momento Brook e Weaver chegaram, logo o caso foi explicado a elas;

Olha só, acho que isso é melhor do que usar o cajado, temos que tentar, mas a palavra final é sua diretor. — Naquele momento todos já estavam lá e fitavam Coulson, ele andava de um lado para outro até por os olhos em Mike pelo vidro, ele se apoiou nele e assentiu;

— Okay, você entrará lá... seja rápida. — disse Coulson;

Serei, obrigada —  respirou aliviada.

(...)

Após vestirem trajes anti-contaminação, Brook e Hastings levaram Drica para dentro da quarentena, antes de tocá-lo, ela respirou fundo, nos fitou uma última vez e com aquele olhar eu desejei que aquilo realmente desse certo, e então ela fechou os olhos, tirou a luva e levantou a mão em direção a de Mike, franziu a testa uma última vez e finalmente tocou a mão do grandalhão, o susto a seguir pegou todos desprevenidos, Mike deu uma espécie de solavanco na cama e um grito, Hastings ia intervir mas Brook a segurou firme. Quando Mike desmaiou dessa vez com os olhos fechados, quem começou a gritar foi Drica, porém logo soltou a mão do homem e em seguida desmaiou. Todos corremos para ajudar, esperando enquanto ela era trazida por Brook e Hastings controlava os sinais vitais de Mike.
 

Drica estava fraca e foi levada ao quarto.

Ele parece na mesma! — comentei com Danielle que estava ao meu lado;

Temos que esperar, ela me contou que geralmente as pessoas desmaiam por meia hora! – respondeu ela. Então só nos restava torcer para que aquilo realmente desse certo.
 
 

~Roderick O’reilly~
 

Estávamos novamente na sala, fazendo aquilo que mais havíamos feito nas últimas quarenta e oito horas: esperar. Eu poderia estar no meu quarto ensaiando um solo de guitarra, ou essa enorme tv na minha frente poderia estar ligada mas o momento não era para isso, também poderia estar enchendo a cara no meu quarto já que eu havia trazido cinco garrafas de whisky e porque não transando com alguém? Só que também era cedo demais para isso. Falando em coisas acontecendo cedo de mais, como é que fomos parar em uma missão no segundo dia de agente? Aposto que essa pergunta não estava só na minha mente, mas na de todos.
 

Então, sobre o que vamos falar? – perguntou Ken, sentado na poltrona ao meu lado, também estavam sentados naquela quase roda, Danielle, Jason, Maicon e Jack Parker, aquele garoto extremamente revoltado.

Qual o sentido de falar se é apenas um monte de merda? — retruquei voltando para minha adorável atividade: ficar olhando para o nada com cara de cu.

O que? De onde tirou essa agora? — perguntou Jason se rindo todo;

É de um filósofo não tão famoso! – respondi como se não estivesse dando muita importância;

Sério cara? Não sei nada dessas paradas mas provavelmente essa é a única frase de filósofo que eu entendi de primeira — naquele momento todos riram — Sério gente, mas Roddy, compartilha ai o nome do cara! — eu sorri de canto e o encarei;

Eu mesmo e você continua sem entender frases de filósofos! — os outros riram exceto Jack, que já não havia esboçado reação anteriormente e Ken apenas revirou os olhos;

Essa frase combina muito com você, porque sempre que você fala é um monte de merda — disse o pequeno Jack que não era absolutamente nada sem sua legging preta, na verdade mesmo sem o uniforme ele era menos ainda, eu poderia ter me irritado e devolvido a altura mas eu preferi rir, a risada as vezes é um doce veneno, Jack se levantou e saiu da sala irritado;

Voltamos ao silêncio mortal! — comentou Danielle, estava sentada na outra ponta do sofá, seus traços... australianos eu acho, eram muito bonitos, mas se eu entendia de interesse sexual masculino, Jason já havia demarcado território desde o dia da reunião e já não havia mais chances para ninguém. De repente Scarlett entrou na sala e passou rapidamente para a cozinha sem olhar para ninguém;

Essa aí é muito estranha gente! — cochichou Danielle;

Talvez ela só esteja quieta na dela — comentou Maicon, mas eu discordava, havia alguma coisa no quarto dela e essa coisa comia, mas a desconfiança ia muito além de um animal que ela escondia no quarto, ela tinha segredos, estava escrito em negrito e neon na sua testa. Muito rapidamente Phillip entrou na sala, fazendo todos pularem em seus lugares de susto, ele parecia tenso e com uma cara realmente séria;

Notícias do grandão? — perguntou Danielle se aproximando, Phillip encarou a todos antes de responder. Pelo amor de Deus, parecia aqueles médicos que vem dar notícias depois de uma cirurgia.

Fala logo cara! — falei quase perdendo a paciência e quando eu estava a um segundo de sair andado até a parte dos laboratórios ele finalmente resolveu mover a boca;

Gente... Mike acordou! — falou o jovem cientista abrindo um grande sorriso, Danielle pulo em seu pescoço o abraçando no calor do momento. Ken e Jason fizeram um cumprimento estranho, algo me dizia que já haviam criado aquilo, Maicon bateu palmas em comemoração e até assoviou, confesso que até eu me senti bem com a notícia, observei Scarlett se aproximando timidamente e sorrindo, porém ao perceber meu olhar sobre ela fechou a cara e fez a frente até o laboratório. Todos a seguiram até lá e pelo que pude entender ele estava bem e bastante lúcido. Quando chegamos lá uma aglomeração em volta da quarentena se formou, Mike sorriu e abanou para todos enquanto Hastings e até mesmo Alícia faziam alguns exames nele juntamente com a equipe médica, a pequena Drica chorava de emoção do lado de fora nitidamente abalada com o que havia acabado de fazer.

Hastings saiu com Alícia alguns minutos depois:

Ele está bem, tudo está normal, é como se nada tivesse acontecido! — ela explicou;

E ele lembra de algo? — perguntou a doutora Weaver;

Lembra do momento em que encostou no cajado, ele acha que acionou alguma coisa naquele momento e... — ela fez uma pausa, encarando Coulson, como se pedisse permissão para falar ou não — e... ele... ele disse que quando Drica tocou nele se sentiu muito mais forte e sentiu como se ele, ela e o cajado estivesse ligados numa só corrente, ele sentiu o mesmo que quando foi atingido pelo cajado.

Nossa, isso... isso é muito estranho! — comentou Phillip;

Como assim conectados? — perguntei;

Mike acha que aquele cajado tem algum papel na história dos Inumanos, e faz sentido depois dos desenhos da Drica e o porquê dela conseguir ver o passado de uma ‘’ coisa’’ e não uma pessoa... — respondeu a smurf, todos naquele momento estavam pensativos principalmente os Inumanos;

Gente, prometo que se isso for verdade eu vou descobrir, e oficialmente esse parece ser o primeiro passo em busca das suas origens! — sorriu Phillip, eu não pude compartilhar da sua alegria, não estava nem um pouco interessado em saber como consegui os poderes já que não poderia me livrar deles mesmo e eu nem queria também, na realidade estava doido para usá-los por ai e em especial numa pessoa que eu não via a muito tempo.
 

(....)
 

No dia seguinte Mike já estava de pé e acompanhava o trabalho minucioso de Phillip em busca das respostas que o cajado continha, além deles Maicon tinha um nítido interesse no artefato e também encontrava-se sempre próximo ao laboratório.

Quase no final da semana tivemos outra sessão na sala de desenvolvimento e novamente Drica não conseguiu controlar seus poderes, quanto aos outros todos foram bem nas atividades, eu me sentia livre e muito forte quando podia usufruir da eletricidade, porém sempre precisava voltar para os malditos pulsos eletromagnéticos. Mas Coulson me prometeu que logo logo eu estaria livre daquela pequena prisão pessoal, esperar por isso é que era dolorido.

Ainda na noite daquele dia fiquei acordado, preferia virar noites acordado do que com os pesadelos que eram cada vez mais frequentes, porém quando se estava de olhos abertos haviam as vozes que sussurram na minha cabeça, mas eu tinha meu estoque de bebidas então estava tudo sobre controle, ouvi uma porta ranger no corredor e resolvi das uma espiada e adivinhem? Dei a sorte de ver cabelos ruivos esvoaçarem pelo fim do corredor, ela estava indo a cozinha de fininho, pensei. Não podia entrar em seu quarto escondido, pois todos tínhamos nossas trancas com identificação biométrica, mas eu podia esperar e pega-lá desprevenida, por isso apaguei a luz e deixei a porta milimetricamente entre aberta e aguardei, assim que ouvi alguma coisa espiei a tempo de vê la abrindo a porta com outra sacolinha em mãos, quando ela foi fechar deu de cara comigo e eu esgueirei metade do meu corpo pela porta o que não impediu que ela me acertasse com a porta em cheio, mas permaneci firme;

O que você quer? — grunhiu de raiva enquanto permanecia firme no intuito de fechar a porta;

Terminar aquela nossa conversinha de alguns dias atrás! — Falei entre um sorriso maléfico;

Não temos nada para conversar e alias é de madrugada e você deveria estar dormindo! — protestou impaciente, minha atenção saiu de seu rosto para um lugar mais abaixo, e não não eram seus peitos mas sim uma bola de pêlos branca e laranja que se esgueirava entre suas pernas e miava insistentemente em busca daquilo que ela trazia em mãos;

Olha só o que temos aqui — eu falei e soltei uma gargalhada, ela soltou a porta e pegou o gato sem eu colo como se eu pudesse fazer algum mal a ele, eu entrei e fechei a porta atrás de mim;
 

Como conseguiu trazer essa bola de pelos para cá sem que ninguém percebesse? — aquela altura eu já estava pensando em coisa mirabolantes que seriam possíveis de se fazer com um gato infiltrado na SHIELD, o que incluía bombas, era uma ideia muito doida ter um gato explodindo  a SHiELD, seria a tragédia e a piada do ano.

Que eu saiba, não lhe diz respeito! —ela sorriu sarcástica e deixou o felino no chão, foi até um potinho em um canto e depositou alguns restos do jantar para ele;

Ótimo — comentei e depois me joguei na cama, ela me fitou em reprovação, mas nada freava essa minha capacidade de me sentir a vontade em qualquer lugar — Que tal você me contar o porquê está na SHIELD enquanto seu gato come?

Que tal você ir dormir enquanto que eu vou dormir também e o meu gato come sem ouvir a sua voz irritante? — ela ergueu as sobrancelhas, foi até a porta, a abriu e sinalizou para que eu saísse;

Que ótimo, pois eu já estou na cama. — comente e ajeitei as mãos atrás da cabeça fitando o teto;

Tá, podemos  fazer isso do jeito difícil! — ela fechou a porta;

Vai me bater? — arrisquei;

Não, eu não sujo as minhas mãos por pouca coisa, estava falando de ignorar você até o meu gato terminar de comer — ela se sentou na poltrona em frente ao gato, eu me ergui e sentei na borda da cama. Notei que ela usava um pijama de listras brancas com rosas, algo muito doce para uma menina tão perigosa, mas de certa forma ficava sensual em seu corpo pequeno.

Woow! talvez fosse mais fácil você me contar a sua história, a verdadeira, não o mimimi que você deve ter invetando por ai! — ela cruzou os braços e suspirou;

O que quer saber? Nunca conheci meus pais, cresci em um orfanato e fui adotada por um japonês que me treinou para ser uma máquina assassina mortal, mas o projeto de vida dele falhou... — contou;

Porque você matou ele? — supus rapidamente;

Não senhor sabe tudo, porque ele morreu sem me dar a lição mais importante... — ela fez uma pausa, mas antes mesmo eu já sabia que era tudo uma mentira;

Humm... diga! — falei sem paciência;

A de que eu nunca, jamais deveria deixar um idiota entrar no meu quarto e dizer o que eu devo ou não fazer com o meu gato! — as palavras soaram tão mortais que eu tive que rir;

Foi boa, tão boa que eu quase acreditei, tenho que admitir, mas eu não disse o que você deveria fazer com esse gato! — me defendi;

Mas assume que é um idiota e intrometido certo? — questionou, podia perceber um sorrisinho brotando em seus lábios, mas a fraca luz me impedia de ter certeza absoluta;

Admito que eu seja intrometido e idiota, mas  veja bem você faz com o seu gato o que quiser, não vou contar a ninguém mas você sabe que não vai mantê-lo por muito tempo aqui. Mas em fim, isso não é da minha conta mas não gosto de não saber nada sobre uma pessoa com que me relaciono — disse, ela franziu o cenho;

Desculpa, eu me perdi! Que relação nós temos mesmo? — disse a ruiva;

Somos colegas de trabalho não somos? — esclarecei e ela assentiu — Sou um cara mau para a sociedade, Maggie também é e você nos defendeu no dia da reunião, então eu tirei duas conclusões: ou a) você é muito solidária e sentimental, ou b) você tem o rabo mais preso que eu e a Maggie juntos. Convenhamos que a opção a esteja descartada não? — esclareci;

Convenhamos que você não me conhece e não sabe e vai continuar sem saber o porque eu defendi vocês dois aquele dia. E na realidade eu sou uma boa pessoa! — ela se acomodou na poltrona provocativamente;

Ownnn ... — fiz um beicinho — Porque você tem um gatinho? — falei com uma voz fofa;

Não! — ela sorriu — Porque ainda não te matei com  a pistola que está debaixo da minha poltrona! — eu sorri e desviei o olhar para o gato que havia terminado sua refeição e agora caminhava na minha direção, o bichano pulou na cama pedindo carinho e eu me levantei imediatamente, a garota riu e o gato desceu da cama em direção aos meus pés;

Não, sai gatinho! — falei firmemente, Scarlett caiu na gargalhada enquanto me afastava para porta;

Caramba e eu só precisava ter jogado  O MIku em cima de você para me deixar em paz! — ela bateu a mão na cabeça, eu abri a porta;

Nós ainda temos muito para conversas Scarlett! — falei me esgueirando de volta ao corredor;

É Rose! — advertiu revirando os olhos, e realmente Rose soava melhor que Scarlett. Fechei a porta e fui até o meu quarto, tentei dormir e realmente dormi, porém acordei as cinco depois de mais um terrível pesadelo em que em algum momento eu era Mith Bailey e em outro Roderick O’Reilly e acordei sem saber quem eu realmente era de verdade.

Resolvi dar uma volta pela base, havia profissionais já acordados trabalhando, eu segui direto para o meu destino final com a garrafa de Wisky embaixo da jaqueta de couro, fui até uma passagem que encontrei pelos ductos de ar que davam diretamente para a parte externa e ao contrário do que muitos pensavam, nossa base não estava no meio do oceano ou em algum lugar frio do Alasca, pelo contrário nós estávamos embaixo da área industrial de alguma cidade, quando cheguei ao teto da antiga fábrica de lacticínios Woodye o sol já estava brotando no horizonte e contrastando com as luzes da cidade, me sentei, abri a garrafa e sorvi um longo gole do líquido, era ardente e saboroso, me permiti soltar um suspiro de liberdade por estar ali em um lugar que ninguém mais estaria, era minha nova válvula de escape, ou não...

’Não esqueça de quem você é de verdade...’’

‘’Não o se esqueça de tudo que você fez...’’

‘’Das coisas que ainda precisa fazer, Roderick...’’

Cala a boca! —praguejei para a voz na minha cabeça, e bebi mais um gole do whisky na esperança de que aquele fantasma desabitasse a minha alma.

__________________________________________________________


¹кот – Gato
²Сукин сын – Filho da puta
 


Notas Finais


Genteeem,foi muito dificil bolar esse cap porque ele é muito importante pro futuro da história. Mas se ficou ruim me avisem pela amor de Deus, e se ficou bom falem também por favor, comentem bastante, critiquem e deixem opiniões <3

Mike sempre se metendo em confusão, mas dessa vez ele saiu de boas ahsuashu' No próximo capítulo teremos uma pequena passagem no tempo e todos já estarão mais familiarizados heheh'

Me desculpem de novo pela demora e não desistam de mim hahah' <3

Alguns avisos:

Gente, eu criei o grupo no whats com alguns leitores e tá mto, mto legal <3 então vcs tem mais uma chance de mandarem seus números e ficarem por dentro de tudo e ainda conhecem o pessoal que é mara :33

Também queria avisar que a capa do capítulo passado ficou pronta, e esta divando lá já e foi feito pela @Nomie <3

Outra coisa é a minha dica de interativa de hoje que é Witchunt, uma fic de bruxas com AD, então pra quem gosta está maravilhoso, escrita perfeita, um tumbrl e um jornal lacrantes <333 aqui está o link : https://spiritfanfics.com/historia/witchunt-7362219/capitulo1

Eu estou com a impressão que tinha mais alguma coisa para falar, mas esqueçam ahsuahasu'

Bjsss,
Boa madrugada <3

Até mais o/

~Taila


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