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História Projeto Genesis - A Experiência - Prólogo


Escrita por: FireboltViolet0

Notas do Autor


*


Fala, galerinha! Bem vindos á minha mais nova história – que, com alguma sorte, assim como A Pura, muito em breve virará livro!


É a primeira vez que realmente tento escrever uma ficção científica, então ignorem qualquer leigalidade minha em alguns aspectos que possam surgir no enredo. Espero que gostem da história. Boa leitura! <3


*

Capítulo 1 - Prólogo




- BASE SECRETA DO PROJETO GENESIS, 15 DE ABRIL DE 2050

Manipulação genética é o nome dado ao processo de manipulação dos genes num organismo, geralmente fora do processo normal reprodutivo. Envolve, frequentemente, o isolamento, a manipulação e a introdução de DNA num ser vivo, a fim de incorporar novas características em determinado indivíduo.

Ramon Salt nunca havia se esquecido da definição de seu trabalho, desde a primeira vez que havia colocado suas mãos num tubo de ensaio.

Recordava-se muito bem do momento em que havia decidido se aventurar pelos estudos da Genética. Havia se apaixonado pela beleza dos genes, e se encantado com a adorável complexidade da composição biológica dos seres vivos.

Porém, em todos os seus anos de experiência, nunca havia esperado se deparar com o desafio que enfrentava agora.

Depois de um longo debate, durante exaustivos dois anos, uma pesquisa experimental havia se iniciado. O mundo havia decidido que a humanidade precisava de uma cura – uma cura que não seria conquistada naquela geração.

Era preciso evoluir.

O mundo dependia do Projeto Gênesis.

Naquele momento, juntamente de toda uma equipe – escolhida a dedo para aquela tarefa – admirava um translúcido tubo, construído na forma de um grande útero artificial. O grande recipiente estava preenchido até o topo por litros de uma solução especial, cujas propriedades imitavam o líquido amniótico de uma placenta.

Ali, flutuando suavemente, em uma hibernação induzida, estava o motivo pelo qual Salt havia deixado sua cidade natal, a fim de chefiar aquela extensa pesquisa.

De acordo com seus registros, era um pequeno feto do sexo feminino, com pouco mais de dois quilos, quase semelhante à qualquer outro bebê humano.

Mas Ramon sabia a verdade.

Ela estava longe de ser uma criança qualquer. Talvez – de acordo com os futuros resultados da pesquisa – nem sequer poderia ser chamada daquela forma.

Olhou para o pequenino corpo inerte no tanque, cuja cabeça se encolhia atrás dos braços minúsculos. O cordão umbilical alongava-se até uma extensão sintética, ligada a uma máquina ao lado do tanque, que fazia o sangue fluir pelas diminutas veias, consequentemente oxigenando o feto.

Distraído, virou o olhar na direção dos aparelhos que mediam as funções vitais. O eletrocardiograma exibia uma linha límpida e ondulada, indicando todas as normalidades esperadas.

- Qual o nome dela?

A pergunta foi recebida com uma coletiva expressão de surpresa da equipe.

- Ela é o seiscentésimo sexagésimo primeiro experimento do Projeto – comentou uma das geneticistas mais velhas – se quiser encurtar… Experimento 661 – a mulher pausou por um momento, lançando-lhe um olhar significativo – o único que vingou até o momento.

O homem aparentou incomodar-se com o comentário.

- Seiscentos e sessenta embriões…?

- Sim – a doutora confirmou – veja bem… estivemos lutando para mantê-los vivos... e com uma forma física minimamente humana. Afinal, as alterações no DNA não são comuns… estamos introduzindo os genes de outros seres vivos… algumas até mesmo fora de nossa classe biológica. E isso causou disfunções nos organismos da maioria dos experimentos Este feto é o primeiro que não sucumbiu… que se adaptou às modificações – encarou-o – agora é uma questão de estudá-lo minuciosamente. Será o primeiro de sua espécie.

Houve o som abafado e baixo de algo batendo no vidro. Todos retomaram seus olhares para o tubo, vendo um dos pezinhos do bebê sacudindo-se em meio ao líquido, fazendo bolhas subirem em direção à superfície.

- Quanto tempo? - admirou-se Ramon.

- Sete meses, três semanas e um dia – declarou seu outro colega, consultando a prancheta – para esta idade… tem uma força física incomum. Este vidro é um SR 5096 blindado – bufou de forma humorada – e ela acabou de dar um pontapé nele.

Quaisquer outros observadores teriam se enternecido com aquela demonstração de vitalidade. Porém, tudo que havia nos olhares dos geneticistas eram expressões de educado interesse

Era evidente que nenhum deles considerava-a humana o bastante para ser digna de ternura.

- Que componentes foram introduzidos nos embriões até agora, Sally?

A mulher suspirou, revirando o olhar.

- Rato-toupeira… para diminuir o ácido hialurônico do organismo e torná-lo imune á cânceres e tumores, e sobreviver em quaisquer espaços com pouca iluminação e ou ambientes tóxicos. Tardígrado, para superar efeitos letais ou nocivos da radiação, do calor excessivo ou congelamento. Besouro-da-namíbia… absorção de água através do ar. Rã-da-floresta… poderia permanecer congelada por curtos períodos de tempo, sem perda das funções vitais. Lagostas, para auto-renovação constante dos compostos biológicos e aumento da longevidade – Sally sacudiu a cabeça – naturalmente, ainda não nos passaram as alterações genéticas deste espécime em especial. Apenas disseram para a mantermos em observação… até que termine seu desenvolvimento fetal... e seja transferida para outro útero artificial mais adequado.

Ramon Salt olhou novamente o tanque.

-Sabe… Experimento 661 é um nome bem comprido. Podemos deixar isso para os relatórios – propôs – o que acham de algo mais simples?

Sally riu-se, sacudindo a cabeça.

- O espécime está sobre sua jurisdição até a segunda ordem, Dr. Salt – disse, refreando o tom zombeteiro – pode chamar o feto como bem entender.

- Obrigado pelo esclarecimento, Dra. Marshall – Ramon lutou para não vincar a testa de irritação – eu tomo a dianteira por agora… estão dispensados.

Em questão de alguns segundos – acatando prontamente a solicitação de Ramon – a equipe retirou-se do laboratório, enquanto Sally lhe lançava um olhar levemente ofendido por trás do ombro, desaparecendo porta afora com os demais.

O cientista aproximou-se do vidro, sondando o pequeno individuo adormecido na água. Tinha uma rala penugem sobre a cabeça – fios de cabelo, num incomum tom de dourado, que começavam a nascer sobre o couro cabeludo.

Pegou-se imaginando qual seria a cor dos olhos – mesmo que fosse descobrir apenas quando ela finalmente deixasse seu casulo submerso.

Por fim, decidiu denominar aquela estranha e admirável criatura de algo um pouco mais convencional.

- Você será o futuro da humanidade… pequena Arya.






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