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História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Sedecim


Escrita por: LeticiadAquario

Capítulo 16 - Sedecim


Seguindo a estimativa do centauro Axill, que dizia que os viajantes chegariam ao fim da floresta em uma semana, eles seguiram viajem em um ritmo mais acelerado. Afinal, estava quase para completar um mês desde que Chris e seus amigos entraram na grande floresta. Durante o caminho, os amigos começaram a sentir mais frio a cada dia, eles passaram a andar sempre com as capas e de capuz, mas Eiden não parecia afetado pela temperatura.

- Sou acostumado a viver em lugares de temperaturas extremas, quando estou bem de saúde eu não me sinto incomodado com um frio congelante ou com um calor escaldante. – Explicou Eiden, enquanto andava na frente de seus amigos.

- Que inveja... – Disseram Chris, Feanor e Penny, totalmente cobertos pelas capas.

- Eiden, as suas asas já estão boas? Não podemos sair voando daqui e... – Disse Chris, esperançoso.

- Pela milésima vez...eu já disse que não Chris! – Respondeu Eiden, suspirando. – A ideia de servir de montaria não me agrada.

- Egoísta... – Sussurrou Chris; Penny e Feanor riram um pouco por causa disso.

Enquanto os viajantes seguiam seu caminho, o líder dos lobos gigantes, juntamente com outros poucos seguidores, chegou ao local onde seus subalternos enfrentaram Chris, seus amigos e o centauro. A fera ficou chocada e muito irritada ao ver todos os seus irmãos mortos.

- MALDIÇÃO! Foi minha culpa...deveria ter ido para a linha de frente! – Disse o líder, irritado.

- Não senhor, tenho certeza de que eles tentaram e lutaram até o final! Nenhum deles se arrepende de ter saído na linha de frente. – Disse um dos lobos.

Então, um ogro saiu do meio da floresta e foi de encontro ao líder dos lobos: era Beniesh.

- Nossa...aquele grupo causou muitas baixas na sua alcateia hein!? – Disse Beniesh, observando os cadáveres dos lobos.

- Senhor Beniesh...o que quer comigo? Não o encontramos junto do esquadrão de caça ao dragão, ao menos do que sobrou dele. – Disse o líder.

- Isso foi obra do destino...depois de derrubarmos aquele dragão, antes de prendê-lo, a criatura lutou muito. Um dos golpes dele me jogou bem longe do esquadrão, fiquei um bom tempo desacordado, e quando voltei todos já estavam mortos e o dragão havia fugido. – Explicou o ogro, coçando a cabeça. – Mas chega de explicações! Quero sua ajuda!

- Sério? Para que? – Perguntou o líder, curioso. – Os ogros sempre foram tão convencidos e convictos de seu poder...

- Esqueça essas bobagens! Eu acho que sei a identidade de um daqueles três! Mas não quero avisar nosso rei sem antes ter certeza...por isso, quero que venha comigo, junto com sua alcateia! Vamos encontra-los e eu averiguarei se estou correto com meus próprios olhos. – Disse Beniesh, empolgado.

- Você tem certeza disso? Nosso território é aqui nesta floresta, o correto seria não nos afastarmos daqui, mas se me garantir que conhece a identidade de um daqueles assassinos...eu vou abrir uma exceção. – Disse o líder dos lobos, encarando o ogro.

- Eu garanto! Só precisamos chegar até eles! Você não perdeu o fedor deles, certo? – Disse Beniesh.

- Claro que não...nunca vou esquecer o cheiro daqueles desgraçados! Não vou mais envolver todos os meus irmãos nisto, mas quero reunir alguns aliados para nossa busca! Os que querem vingança...sigam-me! – Disse o líder, uivando.

A maioria dos lobos se juntou ao seu líder, Beniesh montou no grande líder dos lobos e eles partiram para mais dentro da floresta. Os viajantes já tinham completado quatro dias desde que encontraram Axill, e estavam com muitos problemas em racionar água e comida. A comida não era um problema tão sério ainda, pois havia muitas frutas e animais pela floresta, mas logo a água deles terminaria, e também não tinham mais nenhuma erva medicinal. Ou seja, até saírem da floresta e chegarem ao reino mais próximo, não poderiam entrar em nenhuma luta. Mas, até chegarem ao fim do lugar, muitos encontros aconteceram: um dia, os viajantes estavam seguindo caminho de tarde, quando foram surpreendidos pela aparição de uma criatura assustadora e perigosa, que também carregava o emblema de Inflayster cravado em seu corpo.

- Que coisa feia! – Disseram Chris e Penny, assustados.

- Maldição! É um mantícora! – Disse Feanor, nervoso.

- Droga...bem quando não queríamos lutas complicadas... – Disse Eiden.

Mantícora era uma criatura horrorosa e maldosa: era grande como um tigre, possuía cabeça de homem, porém com uma grande boca com muitos dentes, um corpo de leão e cauda de escorpião; são criaturas que não andavam em bando, costumavam ser poucas e a aparecer em situações raras, essa criatura era conhecida por devorar qualquer um inteiro. Ela estava em cima de uma rocha, encarando os viajantes com muita sede de sangue.

- Não vai nos deixar passar...O que faremos? Um movimento em falso e podemos nos dar muito mal... – Disse Feanor, sem tirar os olhos do monstro.

- Isso...Dá para ver que a cauda dele tem muito veneno... – Disse Penny, nervosa.

- Certo! Vocês três fiquem para trás! Eu cuido dessa coisa! – Disse Chris, desembainhando sua espada. – VEM AQUI BICHO FEIO!

Chris começou a pular como um macaco, depois jogou umas pequenas pedras na criatura, tudo para chamar sua atenção. A mantícora ficou irada, pulou da pedra e começou a caminhar devagar na direção de Chris. O monstro deu uma investida veloz, mas o rapaz conseguiu desviar por pouco. O problema era que a cauda do monstro também estava tentando acerta-lo, e Chris tentava prestar atenção nas duas coisas. Porém, quando desviou seu olhar da mantícora para sua cauda, a besta usou suas patas para empurrar Chris no chão, o rapaz acabou soltando sua espada, no susto, que também caiu no chão, próxima ao rapaz. A cabeça do monstro avançou para tentar morder o rapaz, mas ele usou suas duas mãos para segurar o rosto assustador da criatura, que estava com seus dentes afiados à mostra e babando muito em cima do garoto. Para piorar, a cauda da mantícora estava tentando acertar Chris, que conseguia desviar por pouco ao inclinar seu corpo para os lados, mas isso não duraria muito tempo. Penny estava prestes a gritar por Chris, mas Feanor tapou a boca da fada.

- Não podemos chamar a atenção do monstro. Se não, a atitude de Chris terá sido em vão. – Sussurrou Feanor. – Confie nele.

Chris queria pegar sua espada e sair daquela posição desfavorável, mas com suas mãos ocupadas segurando a cabeça do bicho, ele não conseguiria pega-la.

- Mas...que...droga! – Disse Chris, irritado e olhando para sua espada.

O rapaz, rapidamente, soltou suas mãos da cabeça do monstro, esticou seu braço esquerdo para pegar sua espada e, no mesmo instante, a mantícora mordeu o braço direito e o pescoço de Chris. Aguentando toda a dor, o rapaz conseguiu pegar sua espada e, logo quando a cauda do monstro voltava para ataca-lo, ele usou sua arma para cortar parte da cauda da besta. A mantícora, graças à dor, soltou Chris e se afastou dele; o rapaz logo se levantou e aproveitou o momento de distração da criatura para avançar. O monstro esticou sua cabeça para morder o rapaz outra vez, mas ele logo desviou da investida e chutou de lado a face da mantícora, fazendo-a ficar mais desequilibrada. Depois de respirar um pouco, Chris percebeu algo inusitado: seu colar estava pendurado nos dentes do monstro. Isso graças à mordida anterior que o rapaz sofreu.

- Ei! Devolva...o meu colar! Não se atreva...a mastigar isso! – Disse Chris, irritado e avançando novamente contra a criatura.

Ele correu e pulou por cima do corpo da mantícora, para confundi-la, quando estava de volta ao chão, antes que ela virasse seu rosto, Chris desferiu um golpe de espada no pescoço do monstro, cortando sua cabeça. Finalmente o monstro caiu morto, Chris recuperou seu colar e caiu sentado no chão, ferido e aliviado.

- Uau...conseguiu lidar com um mantícora sozinho, parabéns Chris. – Disse Eiden, impressionado.

- Você não tem jeito mesmo...Que ideia foi aquela de ir sozinho!? – Disse Penny, irritada.

- Há há há...eu sou o único aqui que pode se curar sozinho, não podemos arriscar que vocês se machuquem mais...pelo menos até conseguirmos mais mantimentos. – Disse Chris, cansado e sem graça. – Desculpe pela preocupação.

- Isso mesmo “herói”, mas essa é a última vez que você servirá de escudo para nós. Vamos sair daqui sem mais embates. – Disse Feanor, ajudando Chris a se levantar. – Vamos seguir, estamos quase fora deste lugar.

No restante do caminho os viajantes ficaram bem mais cautelosos, eles usavam os sentidos apurados de Eiden para escapar de possíveis batalhas. Próximos do fim da semana estipulada, os viajantes deram de cara com criaturas bem estranhas. Chris e Penny estavam prestes a gritar de espanto, mas Eiden e Feanor impediram isso. Eles encontraram um pequeno grupo de Blemmyae: eram seres grandes, do tamanho de um homem adulto bem grande, humanoides e nus, não possuíam cabeça, mas tinham seus rostos completos no meio do peitoral; eram seres ditos como malignos quando ameaçados, mas eram bem idiotas e, por não possuírem orelhas, eram surdos.

- Não façam nada. Só continuem andando normalmente. – Disse Feanor, seguindo o caminho.

Chris e Penny ficaram muito incomodados, pois os olhares bizarros dos Blemmyae seguiram o percurso deles por algumas horas, mas conseguiram seguir sem confusão alguma. Então, depois de muito tempo, finalmente os viajantes saíram da grande floresta. O lado de fora ainda possuía árvores, mas não tantas, o lugar era uma mistura de campo com floresta, porém, com menos vida: a grama era bem seca, as árvores eram poucas e muitas estavam feias, o ambiente ficava pior a cada passo que davam para perto de Reino de Inflayster. Com os olhos apurados de Eiden, ele conseguiu avistar algo animador, pelo menos naquele momento.

- Vejam lá. Estão vendo umas pontas de torres mais adiante? – Disse Eiden, apontando para frente. – Aquele é o Reino de Stráuvia, ou era pelo menos.

- Sim, eu vejo. Temos que seguir para lá. – Disse Feanor, respirando fundo.

- Finalmente saímos daquela floresta! – Disse Penny, se alongando.

- Sim...desde que eu saí do Reino de Floriyan, se passou mais de um mês... – Disse Chris, olhando para frente com determinação. – Estamos perto de te salvar Teresa! 



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