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História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Triginta et unus


Escrita por: LeticiadAquario

Capítulo 31 - Triginta et unus


Novamente Chris estava naquele local escuro, mas desta vez ele não estava assustado e nem nervoso. O rapaz começou a caminhar pela escuridão calmamente e, em certo momento, a sombra maligna de Deysmon apareceu. A sombra estava ainda maior, com olhos e boca em chamas, mais assustadora do que nunca, porém Chris olhava seriamente para ela, sem perder a calma.

- Qual o problema? Não vai fugir de novo? – Disse a sombra, se aproximando do rapaz.

- Não vou. Estou cansado de fugir. – Respondeu Chris, firmemente.

- E não sente medo de mim? – Perguntou a sombra, levemente confusa.

- Eu cansei de sentir medo...Não apenas de você, mas também do futuro. – Disse Chris. – Escute bem, seu demônio: não importa como e nem quando, mas eu vou derrota-lo! Guarde minhas palavras!

- O QUE!? – Disse a sombra, enfurecida.

- Não dou à mínima se as chances são poucas, ou se não existe nada mais neste mundo que possa dar cabo de você...Eu darei um jeito! Certamente acabarei com você, e com seu reinado de terror! – Disse Chris, se aproximando da sombra.

- Idiota! É impossível me vencer e, se conseguir chegar até mim, todos os seus companheiros morrerão! Não aprendeu que perderá tudo se insistir em me enfrentar? – Disse a sombra do demônio, nervosa.

- É verdade que não quero perder mais ninguém...mas não é por isso que irei desistir! Eu mesmo garantirei que meus amigos e minha irmã não morram! Até aqui eu conheci muitas pessoas que me ajudaram e me deram força...Já perdi a conta de quantas vezes fui salvo nesta jornada. – Disse Chris, segurando seu colar. – Por meus pais...por meu mestre...pela minha irmã...por meus amigos...por meu reino...pela mulher que amo...por todas as pessoas e seres que conheci até aqui, e por este mundo! Eu lutarei até o fim! Irei até o Reino de Inflayster e lhe enfrentarei! E não estarei sozinho!

No mesmo instante, Clare surgiu ao lado de Chris, segurando sua mão. Ao mesmo tempo surgiram Feanor, Penny e Eiden. Todos ao lado de Chris, encarando a sombra com muita determinação. O ser maligno parecia recuar diante das palavras de Chris. O local, antes escuro, estava começando a clarear, e a sombra diminuía cada vez mais de tamanho. Por um segundo, a sombra de Deysmon pôde ver, bem atrás de Chris, a miragem de uma mulher: era Sophia.

- Agora que entendeu... – Disse Chris, desembainhando sua espada. – Faça-me um favor e deixe-me dormir em paz!

O rapaz se atirou na sombra, cortando-a no meio. Ao fazer isso, todo o local ficou completamente branco. Chris sorriu aliviado para Clare e seus amigos, que também estavam contentes ao seu lado.

- Acordem “pombinhos”!

Chris abriu os olhos surpreso, e viu Feanor, Penny e Eiden em pé, em cima dos destroços onde ele dormira. Os amigos do rapaz olhavam sorridentes e com olhares sugestivos para ele e Clare, que estava ao lado de Chris, já acordada. Os dois, que ainda estavam de mãos dadas, se afastaram um pouco no mesmo instante.

- Não quero atrapalhar todo o romance, mas vocês precisam comer um pouco também. – Disse Feanor, sorrindo.

- Além disso, temos que prosseguir. Vocês sabem...temos um reino para combater, entre outras coisas... – Disse Eiden, rindo baixinho.

- EU SABIA! FINALMENTE ACONTECEU! – Disse Penny, rodopiando no ar de alegria.

- N-não aconteceu nada! – Disseram Clare e Chris, vermelhos de vergonha.

Durante o café da manhã, Chris e Clare tiveram de ouvir vários comentários de seus amigos sobre o que teria acontecido na noite passada, e por parecerem um casal de namorados.

- Tá bom! Chega! Estamos juntos agora sim! E eu amo esta mulher! – Disse Chris, suspirando e passando o braço pelo pescoço de Clare, trazendo-a para perto de seu corpo.

- VIVA! – Disse Penny, batendo palmas.

- Parabéns para o novo casal então. – Disse Eiden, batendo palmas.

- E muito boa sorte para você Clare. – Completou Feanor, rindo.

Clare estava tão envergonhada que ela não conseguiu dizer mais nada, apenas continuou a comer. Após isso, os viajantes arrumaram as coisas e começaram a andar novamente. Feanor guiou todos por outro túnel da caverna e, depois de algumas horas, voltaram à superfície. Eles estavam em um mesmo ambiente de antes: uma campina, repleta de rochas e algumas árvores, e com ruinas espalhadas também. A diferença é que o frio estava mais intenso. Com exceção de Eiden, os outros viajantes estavam todos com suas capas bem fechadas. Durante a caminhada, Chris se aproximou de Clare.

- Graças a você eu superei meus pesadelos...Literalmente eu venci o Deysmon lá! – Disse Chris, rindo.

- Ah! Que bom! Fico muito feliz com isso... – Disse Clare, contente. – Só estou tentando me acostumar com meus novos sentimentos...Nunca havia me sentido assim na vida.

- É...eu também. – Disse Chris, suspirando.

Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos.

- E foi bom para você? – Perguntaram os dois ao mesmo tempo.

- Ah! Desculpa! – Disse Clare, tapando a boca.

- Não! Desculpa! Pode falar primeiro... – Disse Chris, envergonhado.

- Foi sim...Eu gostei muito... – Respondeu Clare, olhando para o chão, tímida.

- Eu também. Não sei explicar...mas agora tenho a sensação de que quero passar o resto da vida com você. – Disse Chris, olhando para o céu.

- M-mas...como consegue dizer essas coisas tão fácil!? – Disse Clare, muito envergonhada.

- Há há há! Você me conhece...Eu sou bem idiota, acho que até para entender a situação atual. – Disse Chris, rindo. – Mas no meu sonho eu tive certeza de muitas coisas...

Chris beijou a boca de Clare rapidamente, deixando a garota ainda mais desconcertada.

- E uma delas é que eu amo muito você Clare! – Disse Chris, sorrindo sinceramente.

-Chris... – Disse Clare.

- Olhem. Dá para ver o pico das montanhas daqui. – Disse Eiden, apontando para o horizonte, e quebrando o clima de romance.

- Poxa Eiden! Você não tinha noção do clima!? – Disse Penny, chateada.

- T-tudo bem... – Disse Clare, sem graça.

- São brancas...Deve ser neve, com certeza estará muito mais frio lá. – Disse Feanor, olhando para as montanhas.

- Caramba...Ainda estão um pouco distantes! – Disse Chris, desapontado. – É nesses momentos que sinto falta do Bull...

- Quem!? – Disseram os quatro viajantes, confusos.

- Ah sim. É o meu cavalo, ele está no Reino de Floriyan, com meu mestre. – Explicou Chris.

- Falando nisso...Deveríamos conseguir montarias, já estamos há muito tempo na estrada. – Disse Clare, pensativa.

- Concordo. – Disse Feanor.

- O Eiden seria ótimo, mas... – Disse Penny, olhando para o rapaz dragão.

- Enfim... – Disse Eiden, ignorando o comentário da fada. – Mesmo que conseguíssemos montarias, só poderíamos usá-las após cruzar o mar. Mas pensaremos nisso depois, agora vamos prosseguir. Logo chegaremos às proximidades do Reino de Vernance, depois de lá, se andarmos por mais alguns dias, já estaremos no pé das montanhas.

- Esse reino ainda é habitado? – Perguntou Chris, curioso.

- Ouvi rumores de que criaturas do mal, companheiras de Inflayster, o possuíram. E que não há mais humanos por lá. – Disse Feanor.

- Mas ouvi falar que o príncipe do reino é mantido prisioneiro lá... – Disse Penny, pensativa.

- É possível contornarmos o lugar? – Perguntou Clare.

- Teremos de fazer isso mesmo, na verdade. Isso se nosso plano é ir para o mar. Contornando esse reino, nós chegaremos à extremidade das montanhas e, portanto, mais perto do mar. – Disse Eiden. – Amanhã de manhã teremos de ir com cuidado.

Assim, Chris e seus amigos seguiram em frente, normalmente. Já de noite, eles pararam próximos de várias pedras, todos dormiram perto um do outro por causa do frio e, desta vez, Feanor estava de vigia. Durante a noite, o elfo avistou coisas estranhas se aproximando pelo ar. Pareciam ser animais. Feanor começou a atirar, mas, por alguma razão, os bichos não paravam de voar em sua direção. Quando já estavam perto o suficiente, Feanor viu que era um monte de morcegos.

- ACORDEM! – Gritou Feanor, começando a atirar mais nos morcegos. – É UM ATAQUE!

Todos acordaram assustados e, ao verem a imensa quantidade de morcegos, começaram a atacar. Não importava quantas vezes os viajantes abatiam os mamíferos voadores, eles sempre voltavam para atacar. Mesmo com a magia de Clare atordoando-os, eles voltavam. Os morcegos mordiam e arranhavam os viajantes, e apenas a espada de prata de Chris conseguia matar os seres definitivamente.

- De onde veio esse enxame!? – Disse Chris, cercado de morcegos.

- Se apenas você consegue matá-los...Droga, não são morcegos! – Disse Feanor, irritado. – São vampiros!

- COMO É!? – Disseram Chris, Penny e Clare, surpresos.

A ação dos vampiros ficou mais violenta. Eles começaram a fazer rajadas brutais em bando em cima dos viajantes, nenhum deles conseguia sair do lugar. Chris, que conseguia elimina-los, acabou se separando do restante. Os morcegos cercaram o rapaz e, para a o espanto dele, um dos animais se transformou em um ser de forma humana rapidamente, por trás de Chris, e mordeu seu pescoço. O rapaz urrou de dor, muito sangue começou a escorrer. Porém, o vampiro se afastou, também gritando de dor, tentando cuspir e limpar o sangue de Chris de sua boca. O rapaz acabou desmaiando e, assim, os morcegos e o vampiro pegaram o rapaz e sumiram com ele no meio da noite, deixando a espada de prata para trás. Os morcegos que atacavam os viajantes também foram embora, e aí eles começaram a procurar por Chris.

- Onde ele está!? – Disse Clare, preocupada.

- Ah não...Olha esse sangue! Não é possível que ele... – Disse Penny, apontado para o sangue no chão.

- Não, eu vejo mais sangue para lá. Os vampiros capturaram o Chris. – Disse Eiden, apontando para mais adiante.

- E já posso ter uma ideia para onde o levaram... – Disse Feanor, pegando a espada do rapaz. – Todos estão bem? Ninguém se sente tonto?

- Estamos bem! – Disseram todos, que estavam apenas com alguns arranhões pelo corpo.

- Posso sentir o cheiro do Chris pelo sangue...Vamos lá! – Disse Eiden, usando seu olfato.

- É nossa vez de salvá-lo agora! – Disse Penny, determinada.

- Sim! – Disse Clare.

- Espero que ele fique bem...e que não faça nenhuma bobagem até chegarmos. – Disse Feanor, seguindo em frente.



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