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História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Tricesimo tertio


Escrita por: LeticiadAquario

Capítulo 33 - Tricesimo tertio


- Tem...certeza...de que isto...vai dar...certo!? – Disse Nik, se balançando para frente e para trás.

- Sim! Tem...que dar! Não podemos...parar agora! – Disse Chris, fazendo o mesmo.

O plano de Chris consistia no seguinte: ele e Nik usariam as correntes que os prendiam no teto para balançar e ganhar mais velocidade e força com o tempo, e então os dois chutariam as grades da cela várias vezes, até se quebrar. Chris batia com todas as forças no canto esquerdo das grades, enquanto Nik fazia o mesmo do lado direito, os dois ao mesmo tempo. Além disso, com o movimento repetitivo dos rapazes, as correntes que os prendiam no teto começariam a ceder, porém esse plano exigia muito esforço, ainda mais por que as correntes machucavam os pulsos dos rapazes cada vez que se balançavam.

- Pode explicar de novo...por que acha isso? – Disse Nik, parando de se balançar e ofegando.

- Certo.... Essas grades não estão tão firmes quanto deveriam, isso por que não são devidamente usadas a muito tempo. A última vez que essa cela foi aberta de forma tradicional foi quando seu pai morreu, certo? – Explicou Chris, também parando de se balançar. – O Malkon só deve entrar aqui por entre as barras, como fez a pouco. Ou seja, por falta de uso e cuidado, estas grades estão fracas e enferrujadas. Se aplicarmos força suficiente nas duas extremidades ao mesmo tempo...elas vão cair! E, ao mesmo tempo, estas correntes aqui já estão bem desgastadas...com o nosso balanço e a força dos nossos golpes, elas também vão se soltar do teto!

- Uau.... Você não havia me dito que era um cavaleiro? Parece até um ferreiro falando... – Disse Nik, impressionado.

- Há há há! Meu mestre foi um grande ferreiro também, ele me ensinou umas coisas aqui e ali...mesmo eu não prestando atenção na maioria. Esse assunto de “grades” fiz questão de aprender pela minha irmã. – Disse Chris, sem graça.

- Tomara que essas coisas se quebrem antes dos nossos pulsos.... Os meus já estão todos rasgados, doí até demais... – Disse Nik, olhando para seus pulsos ensanguentados.

- Vamos conseguir! Temos de aguentar esta dor para sair daqui! Depois meus amigos vão cuidar de seus machucados. – Disse Chris, determinado. – Vamos voltar ao trabalho! Não temos tempo a perder!

Chris e Nik continuaram a se balançar e a bater nas grades o mais forte que podiam, e repetiam este movimento sem parar. Ao mesmo tempo, do lado de fora do Reino de Vernance, os quatro viajantes já estavam mais próximos dos muros do castelo, mais especificamente da entrada principal.

- Hum.... Esse é mesmo o plano? É loucura... – Disse Eiden, nervoso.

- Exatamente. É algo que qualquer pessoa sã não faria...e que com certeza nós quatro não faríamos. – Disse Feanor, colocando um tipo de liquido viscoso em suas flechas.

- Mas é algo que o Chris faria! Com certeza! – Disse Penny, rindo baixinho.

- Sim, é verdade! – Disse Clare, sorrindo.

- Faz tempo já que decidimos pressupor que nossos inimigos têm informações sobre nós. Malkon é um vampiro bem meticuloso com essas coisas, se ele sabe de nossas personalidades e identidades, que eu acho que sim, temos de agir de maneira distinta. – Disse Feanor, guardando o liquido viscoso em um frasco e colocando-o em sua sacola.

- Tem razão.... Então, fogo funciona contra eles, certo? – Disse Eiden, suspirando.

- Sim, deixa os vampiros bem feridos e, se for forte o suficiente, pode até mata-los! – Respondeu Penny.

- Entendido! – Disse Clare, determinada.

- Certo, vamos recapitular agora: temos de ir até o castelo, o mais perto que conseguirmos. Se o Chris está como prisioneiro, e se ainda existe algum humano sobrevivente nesse reino, com certeza é naquele castelo. Até lá, temos de combater todos os vampiros diante de nós, não podemos deixar que nos mordam e só precisamos aguentar até chegarmos ao Chris. – Explicou Feanor. – Prontos então?

- Sim! – Disseram os três viajantes, sérios.

E no castelo, os dois rapazes prisioneiros continuavam com seu plano.

- Sinto que...agora vamos...conseguir! – Disse Chris, balançando e batendo nas grades sem parar.

- Eu...também! – Disse Nik, fazendo o mesmo.

- Um...dois...três...e....! – Disseram Chris e Nik, juntos.

No mesmo instante, as grades quebraram e foram jogadas para o chão, assim como as correntes do teto se soltaram e jogaram os rapazes para frente. Ao mesmo tempo em que isso ocorreu, um grande tremor tomou conta do reino inteiro. Os dois rapazes se sentaram e olharam um para o outro.

- O que é isso!? Não fomos nós... – Disse Nik, desconfiado.

- Não importa agora! Estamos livres! Sabe se aqui tem as chaves disto aqui!? – Disse Chris, erguendo seus pulsos machucados e presos com as correntes.

- Na verdade...não existe mais chave para isso, os vampiros jogaram todas fora... – Disse Nik, sem graça.

- Caramba..., mas enfim! Vamos seguir! Sabe ao menos onde eles manteriam seu povo preso? – Disse Chris, se levantando.

- Sim, eu acho.... Abaixo daqui existe outro calabouço, que é bem maior e muito antigo. – Disse Nik, se levantando também. – Eu sei o caminho, mas isso faz parte do seu plano também?

- Meu plano era só até aqui...O restante agora é improviso! Vamos salvar seu povo! – Disse Chris, sorrindo.

- Não creio..., mas bem, vamos lá! – Disse Nik, rindo e correndo na frente de Chris pelos corredores.

Enquanto os rapazes seguiam pelos corredores do castelo, o tremor que assolava o reino não parava. Do lado de fora das torres, os vampiros estavam assustados e nervosos, pois um dragão enorme havia destruído os muros do reino e estava pisoteando tudo o que via pela frente, indo em direção ao castelo. Feanor, Penny e Clare estavam em cima da cabeça de Eiden, e então, quando os vampiros os avistaram, começaram a atacar. Penny usava sua magia para soterrar as criaturas usando as construções das casas e dos muros e também usava suas raízes do chão para prende-los; Clare usava sua magia de fogo, os vampiros pegos ficavam desesperados, tentando apagar as chamas; as criaturas que tentavam se transformar em morcegos eram rebatidas para o chão pelas asas de Eiden, que também começou a cuspir fogo; e Feanor aproveitava as chamas de seus dois amigos para incendiar o liquido viscoso em suas flechas, o elfo atirava suas flechas em chamas certeiramente nos vampiros confusos e em pânico.

- Eiden! É uma boa ideia avisar ao Chris que estamos aqui! – Disse Feanor, preparando mais flechas.

Eiden se concentrou um pouco, e então conseguiu entrar em contato com Chris.

-“Chris! Responda! Você está bem!?”

- Ah! Eiden! – Disse Chris, enquanto corria atrás de Nik.

- Que!? – Disse Nik, assustado.

- Eu estou bem! Estou andando pelo castelo, descendo para outro calabouço! Esse tremor todo é você!? – Disse Chris, contente.

- “Calabouço? Mas por que?”

- Longa história...depois eu digo! – Disse Chris, que esbarrou em Nik. – Ai.... O que houve!?

Nik apontou nervoso para dois vampiros bem na sua frente, eles olhavam surpresos para os rapazes. Os vampiros começaram a avançar na direção de Chris e Nik, com seus dentes a mostra. Chris usou seu corpo para empurrar Nik para o lado, desviando da primeira investida dos vampiros. O rapaz, então, pegou uma tocha que estava presa na parede e resolveu lutar com ela. Um dos vampiros avançou contra Chris, o rapaz esquivou outra vez, e o monstro bateu a cara na parede; antes que o vampiro se virasse, Chris desferiu um chute em suas costas e no instante em que a criatura se virou, irritada, o rapaz enfiou a tocha em chamas na boca do monstro.

- CHRIS! – Gritou Nik, que estava desviando dos golpes do outro vampiro por pouco.

Chris chutou o monstro que havia atacado, que estava com o rosto em chamas e sentindo muita dor, e o jogou contra as costas do vampiro que atacava Nik. Os dois caíram no chão, o fogo de um passou para o outro, e ficaram gritando e se contorcendo no chão.

- Vamos rápido! – Disse Chris, empurrando Nik para frente.

- “O que houve!?”

- Vampiros, é claro.... Por favor, me diga que trouxe minha espada! – Disse Chris.

- “Sim! Logo vamos até aí! Aguente firme!”

Eiden logo contou o que aconteceu com Chris para seus companheiros.

- Essa não...Ele não tem arma para se defender! – Disse Clare, preocupada.

- Mas ele consegue se virar...Eiden, vá mais rápido, por favor! – Disse Feanor. – Penny, voe para lá e fique com ele. Logo estaremos lá.

- Entendido! Me cubram por favor! – Disse Penny, diminuindo de tamanho e voando até o castelo.

Os vampiros, que estavam como morcegos, que decidiam ir atrás de Penny eram pegos certeiramente pelas flechas de Feanor. A fada conseguiu se infiltrar bem no castelo, e começou a voar para o fundo dele, tentando encontrar seu amigo. As criaturas estavam começando a ficar mais organizadas agora, Eiden e seus amigos estavam machucados já. Lutar contra um bando inteiro de vampiros era loucura e muito perigoso; Malkon estava sem reação e confuso sobre o que fazer, ele estava muito irritado e começou a liderar seus comparsas da sala do trono.



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