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História Promisse-me - First


Escrita por: stefanysslopes

Notas do Autor


Desculpem qualquer erro, não sou profissional, mas espero que gostem💜

Boa leitura e mil perdões de joelhos pela demora horrível ❤ me sinto muito envergonhada

Capítulo 2 - First


Fanfic / Fanfiction Promisse-me - First

Milene Delilah Blanche

Seattle, 22 de fevereiro de 2017. 19h02min.

Mansão dos Blanche.

A mesa de jantar estava, como sempre, muito bem posta. Sempre com as melhores comidas de toda a Seattle, palavras essas usadas por Drenne, minha cozinheira. Drenne, assim como todos nessa casa, sabia muito bem o horror que era minha vida, as horas de tortura que eu passava quando meu maldito irmão chegava a casa, e mesmo assim fingiam como se nada vissem naquela casa. Todos medrosos. Mas quem sou eu para criticá-los? Também sou uma fraca medrosa, sou outra nessa casa que vive com medo do meu irmão. Mas também sou a que mais sofre, sou a mais quebrada, literalmente e psicologicamente, sou a que mais precisa ser salva do monstro de olhos vermelhos sangue que até anos atrás eu me orgulhava chamar de irmão.

– Menina Milene, a senhora tem que comer ou o senhor Kit irá ficar furioso. – Drenne tentava, sem muito sucesso, me fazer comer aquela comida. Mas eu não queria aquilo, era nojento, nunca gostei de caracóis e kit sabia, mas como sempre, me fazia comer coisas insuportáveis de propósito. – Por favor, senhora, coma.

– Já disse que odeio caracóis!

– São ordens do senhor Kit.

– Foda-se o Kit! Não irei comer essa porcaria nojenta. – Fiz uma careta ao notar o cheiro horrível dos caracóis entrarem nas minhas narinas. Aquilo fedia. – Me coloque uma língua de boi pra comer, mas caracóis não. – Podia estar parecendo um tanto mimada ou dramática, mas aquilo era nojento demais. Não sei como pessoas comem aquilo.

– Tudo bem, senhora Milene. Vou ligar para o seu irmão e...

– Não o chame de meu irmão! – A cortei antes que eu vomitasse com aquilo em vez do cheiro dos caracóis. – Ele não é mais meu irmão. Todos vocês sabem disso! – Odiava que o chamassem de meu irmão, era repugnante.

– Desculpe senhora. – Ela abaixou a cabeça envergonhada. Como todos sempre fazem. Antes de tudo isso acontecer, todo esse terror que é minha vida, eu era como uma Barbie da vida. Mimada, mandona, e estupidamente sentia-me a "rainha da porra toda". E quando meu irmão surtou, finalmente eu acordei do meu sonho de princesa para viver o pesadelo da vida real. – Com licença, senhora. Irei ligar para o senhor Kit e perguntar se a senhora pode comer outra coisa.

– Faça o que quiser, mas eu não vou comer esses malditos caracóis. – Dito isso bufei enquanto olhava Drenne se dirigir ao telefone, ligando para o secretário do Kit. Tal secretário que deveria ser meu e não dele. 15 minutos se passaram até que finalmente Drenne voltasse.

– Ele deixou a senhora comer, mas só se for purê de batata com bife, apenas isso.

– Tudo bem, assim está bem melhor. Obrigada Drenne. – Purê de batata com bife era o prato preferido de minha mãe, e por tempos comer aquilo me causava tristes lembranças. Hoje em dia é uma das memórias que tenho dela que me fazem sorrir, mas lógico que Kit não sabe disso. Eu sempre fingi odiar quando como, assim ele pensa que é uma tortura quando na verdade é quase um alívio para mim. – Drenne?

– Pois não senhora Milene?

– E a June? – Não via minha filha a mais de três dias, tudo isso porque meu querido irmão não estava a fim de me deixar vê-la. Como eu o odeio.

– Ela está bem, senhora. Come tudo direitinho, mas sente saudades da senhora, como sempre. – Ah June, eu ainda vou nos tirar daqui, tenha calma meu amor.

– Eu ainda vou nos livrar de Kit, Drenne. Ouça o que eu digo. – Disse olhando para a senhora de 45 anos a minha frente que apenas me deu um sorriso acolhedor, o único que recebia de verdade naquela casa, pois os de June eram, por ser uma criança, sempre verdadeiros e puros então eu não os contava.

Monique, outra de nossas 4 empregadas, trouxe o meu prato e logo me pus a saborear a deliciosa comida a minha frente. Quando terminei minha comida, uma deliciosa fatia de bolo de chocolate com morangos foi me dado e muito bem saboreado, era meu bolo favorito. Depois de comer fui para a sala ver alguma coisa na TV.

Por sorte, e puro alívio, Kit estava viajando e só iria voltar daqui três dias. Dias esses que eu aproveitaria da melhor forma possível, pois sei que quando o monstro do meu irmão chegar, toda aquela tortura irá começar de novo.

Estava assistindo Kong Fu Panda 3, um dos meus filmes favoritos, quando o telefone da sala toca, fazendo com que Martin, meu mordomo atendesse o mesmo.

– Mansão dos Blanche, boa noite... Sinto muito, mas o senhor Kitten está viajando... Somente daqui três dias senhor... A irmã dele apenas... Senhora Milene? – Martin me chamou e veio até mim com telefone em mãos. – É da Bieber Tec. querem falar com a senhora.

– Obrigada, Martin. – Agradeci e peguei o telefone de suas mãos. – Milene Blanche, pois não?

Boa noite senhora Blanche, sou Jeremy Bieber, presidente da Bieber Tec. e queria saber se a senhora aceitaria uma proposta para com minha empresa.

– E qual seria essa proposta? – Apesar de tudo, meu irmão vivia de aparências, então eu tinha que agir como se eu fosse normal, feliz e blá blá blá.

Nós da Bieber Tec. ficaríamos honrados em ter a senhora como nossa modelo propaganda do novo lançamento de laptops da empresa. – A Bieber Tec. era uma das maiores e mais importantes empresas no mercado tecnológico do mundo. Tão grande quanto Apple ou Samsung, essas eram consideradas "de segundas” comparadas a Bieber Tec.

– Senhor Jeremy, eu realmente me sinto honrada por ter recebido essa proposta, principalmente por ter sido o senhor a ter feito, mas... – O que eu poderia dizer? Se eu negasse logo de cara, iria sujar a reputação da Blanche Corporation's. Droga. – Bom, eu teria que falar com minha assessoria antes. – Com assessoria eu quis dizer o bastardo do meu irmão.

Oh, tudo bem senhora Milene. Estamos a sua espera.

– Bom, tem algum número que eu possa contatar caso queira falar com o senhor?

Claro anote, por favor. – Pedi para que Jeremy esperasse e peguei uma caneta e um bloco de anotações que ficava ao lado do telefone na mesinha. Pedi a Jeremy que me dissesse os números e logo o mesmo começou a me dizer cada um deles. – Bom, tenha uma boa noite senhora Blanche.

– Me chame apenas de Milene, Senhor Bieber.

Então me chame apenas de Jeremy, querida.

– Claro Jeremy, boa noite e mais uma vez, obrigada pelo convite.

Nós que agradecemos pelo seu tempo, querida.

– Até mais Jeremy.

Até, Milene. – E a ligação foi encerrada. Coloquei o telefone de volta no seu lugar e voltei a prestar atenção no filme, ou pelo menos tentei.

Essa proposta da Bieber Tec. realmente traria muitos benefícios para a Blanche Corporation's, daria uma ótima propaganda "gratuita" para nós, isso com certeza dariam. Kit, mesmo com seu "surto", ainda é o mesmo apaixonado por dinheiro e fama. E essa propaganda nos traria bastantes benefícios.

Só Deus sabe o quanto eu queria poder usar isso pra me livrar do meu irmão. Mas como a vida é injusta, aquilo era apenas mais um sonho de ilusões da minha cabeça.

Afinal, eu nunca me livraria do monstro que saiu debaixo da minha cama para aterrorizar minha vida fora dela.

...

Seattle, 24 de fevereiro de 2017. 11h48min.

Mansão dos Blanche.

Era quase meio dia e estava naqueles dias de sempre, o típico tempo nublado de Seattle. Kit iria chegar daqui dois dias e, senhor! Como eu queria que o avião dele caísse durante a viajem. Pedia por isso todas as vezes que ele viajava. Mas nada daquilo virar realidade. Pior do que pedir pra Taylor Swift fazer feat com a Katy Perry, não saíra nunca.

Olhava pela varanda os caminhões de mudanças que iam e viam na casa da frente. Eu teria novos vizinhos. E pelo o que aparenta, eles são muito ricos. Já havia visto entrar naquela casa 2 carros da Ferrari, 1 lamborghini, 3 BMW, 2 motos Ferrari e 1 Mc Laren, ou seja, automóveis pra caralho. Perguntei de Jorge, chefe da segurança, quem era os novos moradores e ele apenas me disse que não sabia.

O engraçado é que geralmente os empregados sempre sabem de tudo que ocorre nesse condomínio, até o nome do cachorro da mansão mais longe daqui, mas não sabem quem chegou. Impressionante.

Três batidas na porta. Era Drenne.

– Entre, Drenne.

– Com licença, senhora. – Disse entrando no quarto com os lençóis limpos. Esses lençóis que foram sujados com meu sangue. Não, eu não menstruei. O sangue que continha naqueles lençóis eram resultados do que meu irmão fazia comigo. Resultados dos estupros que sofria naquele quarto. E tudo que eu fazia era aguentar calada, chorar silenciosamente, esperando que ele acabasse com aquilo. Drenne trocou os lençóis sem trocar mais nenhuma palavra comigo, e agradeci mentalmente por aquilo. – Senhor Kit lhe deu total liberdade para escolher o almoço hoje. – O que deu naquele filho da mãe? – A senhora vai querer o que para o almoço?

– Faça frango frito com cebolas e macarrão ao queijo branco e suco de laranja.

– E sobremesa?

– Torta de brigadeiro. - Como eu amava aquela torta. O que faz lembrar... – Leve para June também.

– Tenho que avisar o senhor Kit.

– Pode deixar Drenne. Eu mesma falo com ele. – Ela assentiu e depois se retirou do quarto.

Voltei minha atenção para a mansão em minha frente e observei que os caminhões pararam de chegar. Pelo visto apenas os instaladores estão lá.

Ou não.

Na frente da mansão surgiu um homem falando no celular, loiro e com um porte físico muito bem cuidado - se é que me entende -, vestia uma camisa polo (detalhe da marca feito pelo corte do colarinho e o brasão da marca no peito) preta de mangas compridas, calça jeans de lavagem clara e nos pés um sapatênis. Por causa da distância, não conseguia ver direito seu rosto, mas com certeza devia ser um homem muito bonito.

Ele olhou para minha mansão, analisando-a, e então seu olhar parou na minha sacada, mais precisamente em mim. Sorri timidamente e o homem loiro sorriu também, voltando a falar no telefone e entrando na sua casa.

O sorriso dele é lindo.

Droga.

Não posso pensar nisso. Seria impossível qualquer tipo de aproximação entre nós.

Eu odeio você, Kitten. Céus! Como eu odeio.

Mas eu ainda tenho esperanças.

Meu pai costumava dizer que as guerras podem durar o tempo que for, mas sempre acabaram. Você pode ser o campeão, ou não, mas do que isso importa quando se no final, sempre haverá morte?

E era isso que eu queria. Que minha luta final fosse com uma morte: A do meu irmão.

Nem que para isso eu mesma tenha que dar o golpe fatal.  


Notas Finais


Agora, oficialmente Promisse-me começou!!!
VAMOS AOS QUE INTERESSA rs


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