História Psycho, but sweet. - Forty five.

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- 182...182... - Repeti procurando o local até encontrar, porém tinha alguém sentado ali. - moço. - Ele estava de fones, então repeti. - Moço! - Ele tirou um fone. - Esse é meu assento.

- Desculpe, o meu é ao lado. - Ele disse, me olhou e sorriu.

- VOCÊ? O QUE VOCÊ FAZ AQUI? - Falei com os olhos arregalados. 

NOW... 

– O que faço aqui? Não é óbvio? Achei que fosse.

– Aish... Você não vai. Vamos, levanta.

– Gosto do Brasil. Irei.

– Não vai não. Levanta. – Tentei o puxar pelo braço.

– Algum problema? – A aeromoça se aproximava.

– Nenhum. Minha namorada apenas está chateada porque esqueci o nosso aniversário. – Respondeu e me puxou pela cintura para sentar ao seu lado.

– Entendo, já vamos decolar. Por favor, apertem os cintos. – A aeromoça disse sorridente e saiu.

Quando vi ela sair, empurrei ele para o lado e apertei os cintos como a moça pediu.

– Namorada? Nem aqui, nem na China.

– Só na Coréia. – Respondeu com um sorriso em seu rosto.

– Me explica como você descobriu que ia viajar?

– Simples. – Pegou um saquinho com amendoim e começou a comer enquanto explicava – Suas amigas me ligaram e avisaram que você ia sozinha ao Brasil, então aqui estou.

– Não preciso de um guarda costas, Min Yoongi.

– Jura? Não perguntei. – Riu enquanto já ia comer o último amendoim, bati a mão derrubando seu último amendoim no chão. Me encarou e cruzou os braços.

Ótimo. Agora, graças a minhas amigas, teria que encarar longas horas de viagem e duas semanas sozinha ao lado de Min Yoongi. Espero que o Jungkook não descubra ou ele é capaz de matar nós dois!

Decolamos, eu e Yoongi não trocamos uma só palavra desde então. Ele passou longas horas com os fones no ouvido e eu lendo um livro. Não sei ao certo em que momento aconteceu, mas acordei e Min Yoongi estava com sua cabeça sobre meu ombro e eu com a cabeça encostada a sua. Sua mão estava sobre minha coxa e aos poucos pude ver apertá-la, fiquei alguns segundos apenas observando a mão dele ali. Tirei meu cinto devagar e levantei rapidamente fazendo ele quase cair sobre meu assento, apenas sai em direção ao banheiro sem olhar para ele.

Apenas entrei no banheiro, sentei em um cantinho no chão e fiquei ali abracada as pernas. Não sei porquê, mas ficar tão perto do Min Yoongi me fazia sentir mal... Eu sei que ele sente algo por mim, mas eu não quero sentir algo por ele e por isso me sinto mal. Sou instável, sou como uma bomba prestes a explodir a qualquer momento. Tenho medo de sentir algo por ele e quando piscar os olhos estar cortando os pulsos novamente ou tomando inúmeros remédios na tentativa de uma overdose. E ele? Ele já matou antes, será que também me mataria em um momento de raiva? Eu deveria pedir ao ursinho Pooh para que me matasse de uma vez, não seria ruim...

Fechei os olhos por instantes para relaxar e suspirei.

– O que você fez com a noiva do Jin, Yoongi? – Falei comigo mesma.

Depois de longas horas no vôo para o Brasil, chegamos. Estava dormindo quando o avião pousou, acordei com a aeromoça me chamando. Olhei para o lado e Yoongi não estava ali, levantei e minhas malas não estavam ali também.

– Moça! Você não viu as malas que estavam aqui? – Perguntei preocupada a aeromoça.

– Desculpe, mas quando a chamei já não havia nada ai. – Respondeu.

Sai do avião sem minhas malas. Ótimo. Segui para o aeroporto e encontrei Yoongi no desembarque com minhas malas ao lado.

– Por que pegou minhas malas?

– Estavam pesadas. Não queria que se machucasse tentando carregá-las. – Havia um copo de café em uma de suas mãos, estendeu em minha direção.

– Não, obrigada...

– Toma. – Insitiu. – Não vi você tomar café no vôo, deve estar faminta. Podemos comer algo no caminho para sua casa.

Peguei o café e ele pegou as malas, saiu caminhando.

– Espera! – Ele parou de caminhar quando chamei. – Como assim ir pra minha casa?

– Não ficaremos na sua casa? – Ele me encarava.

Como eu poderia dizer a ele que não, ele não podia ficar na minha casa? Abri a boca para falar, mas fui interrompida.

– Lá está ela!

Ouvi alguém gritar e olhei. Minha mãe se aproximava com meu pai. Ela me abraçou e correspondi ao forte abraço, afinal, quase 1 ano longe de sua família não é fácil.

– Como foi de viagem, querida? – Ela perguntou sorridente.

– Cansativa, mas correu tudo bem.

– Aposto que quer dormir um pouco. – Meu pai disse e logo o abracei em seguida.

– Ela também precisa comer. – Yoongi disse.

– Que moço bonito. – Minha mãe disse a ele e eu corei. – É namorado da minha filha?

Ele abriu a boca para responder, mas minha mãe continuou falando.

– Você não disse que estava namorando um rapaz tão bonito, minha filha.

– Mãe, ele...

– Prazer, rapaz. – Meu pai disse apertando a mão de Yoongi.

– Ficará em nossa casa conosco, eu insisto. – Minha mãe disse.

– Ah, então não poderei dizer não. – Yoongi respondeu, me olhou e sorriu.

Meu pai pegou as malas e seguiu para o carro com minha mãe, segui logo atrás com Yoongi.

– Te odeio. – Sussurrei.

– Também te amo. – Ele disse sorridente, envolveu um braço em meu ombro e beijou o alto de minha cabeça.

– Infelizmente, não temos quarto de hóspedes. Tudo bem dormir no quarto da Aut? – Minha mãe perguntou a ele que apenas confirmou com a cabeça.

– Os dois no mesmo quarto!? – Meu pai quase saltou com a notícia.

– Sim. Não podemos deixar o convidado na sala. – Ela respondeu.

– E eu posso ficar na sala? – Perguntei.

– Tudo bem, eu fico na sala. – Yoongi respondeu.

– ótimo. – Meu pai disse.

– Não, os dois no quarto e acabou. – Minha mãe decretou, e quando ela decreta algo, ninguém a faz voltar atrás.

Seguimos para o quarto, Yoongi levou as malas.

– Cama de casal? – Disse sorridente se jogando ali.

Abri o armário e retirei um colchão inflável dali. Enchi e coloquei ao lado da cama.

– Você dorme no chão. – Respondi jogando um travesseiro e lençóis para ele. – Aish...

– Minha casa, minhas regras.

– Ta bem... Você já comeu?

– Farei quando acordar.

– Está bem.

Deitei na cama e logo adormeci.