- Eu posso saber o que vocês estão conversando? - Disse com uma aura maligna.
Ambos se arrepiaram com o toque e levantaram as mãos em sinal de rendição, e com o susto deles quem riu foi eu.
- Bobões, voltem ao trabalho de vocês e parem de encher o saco da Anylan, e ah! Sandro, obrigada por estar cuidando dos meus arquivos também, é uma grande gentileza sua.
- Claro, mas depois quero que marque um dia para passarmos alguns dias fora do país ou em alguma casa perto da praia, você quem sabe.
- Claro, pode deixar. - Disse rindo.
Luna queria ficar lá, batendo papo, ela adorava fazer aquilo, e só faltava Sandro puxar o pé dela, eu não continha as risadas até ambos sumirem e eu ouvir barulhos de coisas caindo (ou seja, eles devem ter despencado no chão e começado a se estapear) Eu olhei para Anylan que também tentava segurar a risada e quando paramos eu peguei me sua mão e começamos a caminhar para fora do hospital.
- Quem é aquela garota?
- Uma amiga, ela me ajudou com um momento difícil na faculdade, ficávamos o tempo todo batendo papo, e ela sempre foi desastrada e atrapalhada, e eu a recomendei para o hospital.
- Ue, mas ela só vai mexer com os papeis do hospital?
- Não, pelo contrário, não só os papeis da empresa como ela é uma grande médica, e vai me ajudar em sua cirurgia dos olhos, ela é uma especialista nesse caso e vou precisar da ajuda dela para saber se a minha tese estará certa. Sem a ajuda dela os procedimentos seriam até mais complicados e esperar alguém vir de outro país resolver os problemas, então ela vai ser de grande ajuda.
Anylan entendeu do porque ambas eram idiotas juntas, e ficou confusa pensando nas idiotices que eu e Luna fazíamos quando andávamos lado a lado. Entramos no carro e eu dirigi até a casa de Anylan, estacionando ao lado do carro de seu pai, o mesmo estava em casa e abriu a porta já preocupado.
- Onde estavam?
- Ela na noite passada dormiu na minha casa, peço perdão por não termos tido avisado senhor.
- Ufa, eu tinha ficado tão preocupado, me liguem da próxima vez.
Anylan se aproximou e me abraçou por trás, me dando um beijo na bochecha, o pai dela já olhou levantando a sobrancelha e já sabia o que havia ocorrido ontem para que ela não voltasse para casa, ainda acompanhando o machucado em seu pescoço deve ter pensado coisas até piores.
- De uma coisa eu tenho certeza, a noite foi boa.
Eu fiquei vermelha de vergonha, ele começou a rir e entrou para dentro, deixando a porta aberta, acompanhamos ele e após entrarmos ele fechou a porta e me sentei com Anylan no sofá, Eliza parece sentir nosso cheiro, pois chegou logo em seguída na sala, descendo as escadas, ela me viu e já sorriu de um jeito safado, tipico dela, e veio para perto de mim.
- Olá gracinha, a quanto tempo eu não... vejo você.
- Oi para você também senhorita Eliza
- Porque não veio aqui antes, veio pela saudade de mim?
- Na verdade não, vim aqui para conversar com seu pai sobre alguns assuntos
- E quando arrumará um tempo para mim?
- Não vou arrumar um ''tempo'' pra você, tenho coisas a fazer.
- Tipo o que?
- Bom, o tempo que arrumei com a sua irmã ontem a noite já foi o bastante para que eu esquecesse da agenda dos outros dias, mas espero estar recuperada depois da nossa viagem.
O pai dela se aproximou confuso e disse:
- Vão viajar com Anylan nesses estados?
Eu virei para ele e bufei e logo sorri, eu imaginei que ele fosse falar algo de mal mas mesmo assim resolvi propor a viagem.
- Não se preocupe senhor, era sobre isso que eu queria conversar com você, Anylan ligou para a mãe dela, até choraram ao telefone enquanto conversavam, eu propus que a mãe de Anylan viesse ficar um tempo com vocês, até ela se recuperar após a cirurgia que será daqui algumas semanas, Anylan disse que buscaria ela em casa e eu vou com ela, então queria convidar o senhor para vir conosco nessa viagem.
- Mas... vou atrapalhar se eu for, é melhor irem sozinha se for para buscar a mãe de Anylan.
- Preciso que vá conosco senhor, pois caso eu tenha imprevistos você estará lá para guia-la.
- Certeza que não vou incomodar então?
- Absoluta, então vou pedir que vocês dois arrumem suas malas, eu vou para casa agora arrumar as minhas e comprarei as passagens pela internet para hoje a noite.
- As passagens deixe conosco, sabemos como fazer isso de forma mais rápida.
- Como quiserem, bom vou indo pois tenho que arrumar as minhas coisas e orientar a minha mãe com Alice.
Eu virei para Anylan e me abaixei, e beijei o canto de sua boca, ela não se contentou apenas com aquilo e me beijou com vontade, e os meus pensamentos safados começavam a surgir, quando o ar entre nós ficou pesado eu parei e ela me abraçou com força.
- Logo volto para ficar com você ok meu anjo.
- Vê se não demora por favor, quero ficar mais tempo com você.
- Sem problemas amor.
Eu peguei as minhas coisas e olhei para Eliza com um cara um pouco nojenta, pois mesmo ela sendo mais velha que nós era uma babaca, a mesma me olhou com o mesmo olhar de desejo e quando virei as costas ela se aproximou de mim para me agarrar e se não fosse Anylan entrar na frente ela iria conseguir, ambas ficaram paradas uma para a outra.
- Se você se aproximar dela com outra intenção eu te juro que mesmo cega eu te matarei Eliza.
- Para amor, deixa ela, se ela ousar em me agarrar eu mesma vou cuidar dela com agressividade.
Anylan empurrou Eliza e se subiu as escadas até seu quarto, o cachorro guia dela correu atrás para guia-la, eu olhei para Eliza e logo virei novamente, saindo da casa e indo até meu carro. Estava um pouco transito e eu olhava sempre a hora, praticamente ficando louca, eu teria que me aprontar rápido e tomar novamente outro banho. [...] Após chegar em casa saí do carro e o fechei com pressa, entrei em casa e Alice estava junto de uma amiga, que eu sempre via brincando, ela se aproximou de mim e me puxou para um beijo na bochecha e eu aproveitei e peguei em sua mão.
- Titia vai viajar durante alguns dias, no máximo quatro dias, eu vou pedir que você se comporte, que cuide da vovó e do vovô, e que seja uma garota obediente, e nada de dormir tarde ou ficar comendo guloseimas a noite mocinha, vou pedir que fiquem de olho em você.
- Ta bom tia... Mas eu vou ficar sozinha?
- Não, claro que não, como eu disse sua vovó e seu vovô vão estar aqui, e eu logo volto, eu preciso fazer uma surpresa com Anylan, vamos buscar a mãe dela para que ela fique também muito muito muito feliz, e eu te prometo uma coisa, quando voltarmos da viagem eu e você e se quiser a Anylan vamos ao parque central fazer um piquenique, ou se preferir podemos viajar juntas com dois dos meus amigos de trabalho.
Ela pulou em meus braços e me abraçou com força. - Promete?
- Prometo, e é promessa de dedinho.
Ela me beijou mais uma vez e eu fui falar com a minha mãe, conversamos um pouco e ela me recriminou por não passar tanto tempo com Alice, e que eu estava fazendo errado. Eu expliquei a ela o que eu queria fazer e após isso ela entendeu um pouco a situação e aceitou cuidar da Alice, prometi que após voltar iriamos ou fazer um piquenique ou iriamos viajar com Anylan, e eu vou cumprir a promessa que eu mesma fiz.
Eu fui até meu quarto e peguei apenas uma bolsa, colocando algumas roupas dentro, já que passaríamos apenas um dia ou dois dias. Após arrumar tudo retirei as roupas e fui caminhando até a banheira do quarto, eu observei meu corpo pelo espelho e pude ver marcar pelo meu corpo, de chupões e beijos, e só de pensar que eu não havia visto aquilo e que saí de casa daquela forma eu comecei a rir, e me sentei na banheira ainda rindo. Comecei a lembrar das coisas que eu e Anylan fizemos ontem e afundei a metade do rosto dentro da água e fiquei assoprando, fazendo bolhas, meu rosto queimou de vergonha e eu fiquei um pouco excitada, confesso. Não fiquei muito tempo na banheira pois eu precisava ir, então sai e coloquei um vestido azul claro que ia até as coxas, os dois botões de cima ficaram abertos pois quase todos estavam fechados e coloquei um casaco mais escuro um pouco maior que o vestido. Peguei meu all star de cano alto preto e os coloquei, e por fim o chapéu feminino preto.
Peguei a bolsa que estava em cima da cama e desci as escadas com minhas chaves, me despedi de Alice com um abraço apertado e repeti todas as coisas que combinamos, que eu queria que ela fosse obediente e que não fosse dar trabalho a avó, e que dormisse cedo pois havia aula e se ela fosse todos os dias a chance de viajar com ela seria maior (Já que ela escolheu viajar comigo e Anylan) Ela aceitou e eu fui para fora de casa, minha mãe e ela ficaram esperando eu sair com o carro e logo voltaram para dentro por causa do frio, dirigi até a casa de Anylan e quando eu cheguei lá bati na porta e o pai dela bem arrumado abriu para mim e me abriu espaço para entrar.
- Anylan está te esperando no quarto
- Ah, obrigada, vou lá.
Eu subi as escadas e evitei cumprimentar Eliza, eu bati na porta e senhorita Dona não deixou eu entrar, disse que Anylan estava quase pronta, esperei rindo um pouco e logo ela abriu a porta e saiu, deixando eu e Anylan a sós. Entrei dentro do quarto e ela estava bem arrumada, um sapato preto de cano alto, aberto nas últimas partes que o cadarço passava, a calça escura que estava dobrada uma vez no final, a camiseta social de botões azul claro, apenas aberta no primeiro botão de cima, as mangas dobradas até um pouco a baixo dos cotovelos e um colete preto masculino, eu fiquei doida do jeito que ela estava, e me aproximei dela, passando os meus braços atrás de sua nuca e a deitando na cama, beijando-a.
Nos estávamos quase nos descontrolando juntas e foi ai que parei, me afastando dela.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.