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História Qual o valor da minha vida? - Capítulo Um


Escrita por: 0dot1

Notas do Autor


Olá leitores,
Esse é o primeiro capítulo da minha história, e pretendo fazer mais. Mas logo avisando, eu tenho um péssimo hábito de se imprevisível, ás vezes até pra mim mesmo, então o próximo capítulo pode sair no dia seguinte, ou no ano seguinte. Mas não desanimem, eu prometo atualizar o mais rápido que eu puder. Obrigado pela atenção, espero que vocês amem tanto ler a história, quanto eu amei escrever.
Beijos, M.

Capítulo 1 - Capítulo Um


Estava tudo escuro, sem cores, sem barulhos, sem nada, só escuridão até onde a vista alcançava. Então o ruído da realidade fez com que abrisse os olhos, e encontrasse a mesma escuridão. Era difícil saber se estava dormindo ou acordado, pois ambos eram cheios de pesadelos. O estridente soar do despertador dissipou qualquer dúvida sobre realidade e fantasia.

Estivera refugiado no interior de seu quarto durante toda a vida, com luz natural escassa como água no deserto, por isso todo dia, era mais difícil acordar e mais fácil ir dormir.

Rastejou lentamente até o banheiro, com a esperança de que do chuveiro em vez de água, jorrasse vontade, para continuar a rotina, para trabalhar, para viver. Mas apenas caiu água muito fria.

Continuou os movimentos mecânicos que fazia toda manhã, que se transformaram tão naturais a ele quanto respirar, comer, se vestir, até mesmo assistir a um programa, tudo isso era feito de modo cronometrado, e cada passo era dado no mesmo local que ele dera no dia anterior.

Não mais vivia, seguia um manual que ele mesmo tinha escrito, e sabia disso. Era uma máquina, com uma capacidade desperdiçada de pensar diferente, e sabia disso, mas não impedia que continuasse aquilo ciclo que tinha suas dúvidas de chamar de vida.

O relógio em seu pulso apitou, era hora de sair. Fechou seu apartamento, e desceu as escadas. No final da escadaria, já havia entrado num mundo só seu de pensamentos, dúvidas e devaneios, não precisava olhar aonde ia, seus pés já o guiavam perfeitamente para seu trabalho.

Baixou a cabeça, porque o olhar das outras pessoas era incomodo a ele, e se ele tinha a oportunidade de evita-los, não via porque não o fazer. No caminho observou os arredores, a mesma rua, as mesmas casas, as mesmas lojas, a mesma moto apressada que quase sempre o atropelava. Nada diferente do dia anterior. Ás vezes uma loja mudava, uma casa trocava de dono, a rua sofria reformas. Mas para ele, que não entrava nas lojas, que não conhecia os moradores, que não tinha um carro, era sempre a mesma coisa.

Chegou ao trabalho, o restaurante Estrela da Manhã, do qual ele, ora era garçom, ora lidava com a louça. Entrava, colocava o uniforme, e ia trabalhar, sempre absorto em pensamentos. Foi até a cozinha, onde Marlon, meu chefe, geralmente estava naquela hora.

- Maxwell, chegou na horra como sempre. Fantastique.  S'il vous plaît, arrume as mesas, os clientes logo chegarrão.

Ele cumpriu a ordem em silêncio. Logo algumas pessoas começaram a chegar, e ele estava terminando seu trabalho e ia voltar a cozinha, quando sentiu uma cutucada nas suas costas que o pular.

- Ei – Era uma voz feminina, um pouco estridente, porém firme. – Vim aqui para o emprego que anunciaram no jornal. Com quem eu falo?

-Um momento- Ele falou sem me virar- Vou chamar o chefe.

Ele entrou lá, e explicou a situação ao seu chefe, que saiu alegremente ao encontro da menina. Max observou a conversa, e percebeu como a menina e o seu chefe eram diferentes. Marlon era o mais organizado possível, nem um fio de cabelo estava fora do lugar, sua aparência era simplesmente impecável. A garota, entretanto, era o oposto, suas roupas pareciam terem sido escolhidas ás pressas, até mesmo suas meias eram de cores diferentes, seu pescoço estava sujo de algo que não era possível explicar, e suas tranças eram visivelmente assimétricas, com uma a altura do queixo e a outra um pouco abaixo do ombro.

O chefe era extremamente metódico, e a garota era a imagem da desorganização, não tinha como ele aceita-la.

Então Marlon apontou para ele, e pediu que se aproximasse. Ele foi, de cabeça baixa como sempre.

-  Max, essa é Vitórria. Vitórria esse é Maxwell. Vitória é nova aqui. Então esperro que ensine tudo a ela. Bienvenue à l'étoile du matin.

- Merci, monsieur.-  Ela falou.

Ele deu um tapa nas costas dela e saiu com um sorriso, como sempre. Então a garota se voltou a ele.

- Olá Max – Ela estendeu a mão – Prazer, Vitória, como ele já disse. Espero que sejamos grandes amigos.

Ele levantou seu rosto, ofereceu um único olhar que ele tinha para qualquer pessoa: Um olhar de desprezo.

 

 

 


Notas Finais


Expressões em francês:
Fantastique - Fantástico
S'il vous plaît - Por favor
Bienvenue à l'étoile du matin - Bem vinda ao estrela da manhã
Merci, monsieur - Obrigado, senhor


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