Dalyla não era uma garota perfeita, mas tinha um coração bom. Estava no 2 ano do ensino médio, cursava enfermagem, era relativamente bonita, tinha um ótimo namorado e suas amigas eram as ideais.
Mesmo tendo alguns problemas ela gostava da vida que levava, porém, um dia a garota saiu de sala para ir ao banheiro, sentia-se mal por algum motivo, no entanto ela já tinha uma ideia do que estava ocorrendo consigo. Começou a ficar assim depois que inalou um pesticida de um carro que passava pela rua.
A garota tinha vertigem que só piorava a cada passo. Dalyla sentiu suas pernas perderem forças e logo apagou no meio do corredor, deslizando agressivamente pela parede. Sua melhor amiga, Rachel, que estava fazendo prova no pátio viu o que ocorreu com sua amiga e gritou com todas as suas forças pela amiga que desmaiara.
Rachel correu para socorrer a amiga, mas nada sabia, parecia que esquecera toda aula de primeiros socorros. Rachel gritou por ajuda que logo foi respondido pelo professor, paralisado na cadeira, que carregou a menina para fazer os primeiros socorros. Levantar a perna de Dalyla para estimular a circulação.
Outras pessoas chegaram, inclusive os amigos de Dalyla que estavam chocados com a situação, Rachel que chorava com a agonia em sua garganta. Passou-se 20 minutos e nada da menina acordar, a ambulância chegara bem depois.
Dalyla passou 5 anos em coma profundo, os médicos disseram que a menina estava com intoxicação pelo chumbo que continha do pesticida que atingiu uma parte do cérebro da garota, mas seus pais nunca desistiram dela, muito menos seus amigos.
Raniel, o namorado de Dalyla olhava pela janela do quarto a garota no seu 5º ano de coma, ele sempre fez isso, desde o dia que não pudera fazer nada, nem mesmo Deus sabe o quando o garoto, de 21 anos, chorou.
Raniel, fora fiel a garota mesmo em coma olhava para o anel de noivado que comprara a 1 ano atrás e já tinha posto nos dedos da amada que não acordava. Ele só precisava de um “sim”. O garoto olhava atentamente para a garota e quando viu os olhos da amada abrindo ele correu para dentro da sala, foi devagar para o leito e sentou-se. Quantas vezes repreendido pela enfermeira que não podia sentar ali.
Dalyla estava pálida e seus cabelos estavam longos e claros por causa da intoxicação, mas para Raniel continuava bela do mesmo jeito. Ela abria seus olhos castanho escuro e olhou diretamente para Raniel, confusa.
- Amor? – Chamou Raniel.
- Raniel? – A garota sussurrou – Onde estou? Você é mesmo o Raniel?
Ele riu com seus olhos lacrimejando – Sim meu amor, sou eu... você está no hospital.
Dalyla olhou ao redor e voltou a olhar para seu amado já chorando – O que aconteceu?
- Não chore meu bem, irei explicar tudo o que ocorreu.
Raniel explicou tudo com todos os detalhes para Dalyla, no entanto a garota só lembrava de estar tonta naquele dia. Dalyla olhara os dedos de Raniel e viu o anel.
- Você se casou? – Disse com o rosto virado para que o amado não a visse chorar.
- Não – Ele respondeu – Estou noivo.
Dalyla sentiu seu coração disparar.
- Eu só preciso de um “sim” – Disse Raniel e virou o rosto da amada levemente para si e viu seus olhos cheios de lágrimas e sorriu, encostando sua testa na da amada – Do seu “sim”.
“O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.”
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