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História Querido Diário - Capítulo Oito


Escrita por: Padfoot__t

Notas do Autor


*As partes Sublinhadas são palavras que o Draquinho riscou, já que diário algum não possui esses erros basicos ;3

Capítulo 9 - Capítulo Oito


4 de Dezembro de 1995

 

Querido Diário.

Não sei se você. Sabe quando. Diário. Tem algo que eu preciso por pra fora. É mais sobre um sentimento. Tão complexo que nem mesmo eu entendo. Todos dizem que o ódio é o antônimo do amor. Acho que eu sou o único que não acredita nisso. Lembra-se do maldito grifinório que citei antes? Pois bem, vou falar a verdade. Eu o amo! Mas não, não é um amor comum, como o que ele tem com a cadela no cio, é algo tão intenso, tão platônico que eu sinto raiva!

Agora eu não sei se eu me sinto dessa forma por ter sido a primeira pessoa que eu amei. Não sei bem explicar... É só que, quando eu o vejo, tenho vontade de puxá-lo pela gravata, arrastá-lo para um canto qualquer e beijá-lo, mordê-lo, fazê-lo meu. Tão profundamente meu!  De o torturar de todas as formas possíveis  enquanto digo palavras doces. De fazer carícias em seus negros cabelos  enquanto ele adormece em meu colo. De gritar em sua orelha o quão estúpido ele é enquanto eu lhe estapeio para ver se ele volta à realidade. São tantos desejos que não posso cumprir que eu sinto meu estômago queimar enquanto uma ânsia me domina e meus olhos ardem por causa do mais profundo ódio.

Diria que o antônimo do amor seria a indiferença. Porque, por vezes, aquele maldito age como se eu não o afetasse, e você não tem ideia do quanto isso me machuca. Porém, outras, eu vejo sua cor avermelhar e tudo o que eu faço é sorrir, já que a maldita esperança renasce de meu peito. E no final ela é massacrada porque eu me lembro de que ele nunca andará lado a lado comigo. Nunca poderei beijar seus lábios e segurar sua mão enquanto reclamo por ele sorrir demais.

Eu amo tanto aquele otário, que eu sinto meu coração arder cada vez que escuto seu nome. Tenho vontade de enforcar cada imundo bruxo que fala sobre ele como se fossem íntimos. Quero sentir algum tipo de dor para anestesiar essa que eu sinto na minha alma, mas nenhuma é tão forte a ponto de me fazer esquecer. Nem mesmo Daniel, tampouco meu pai. Porque eu tenho medo deles. E o medo pode ser esquecido. Mas o amor? Tsc, nunca! Mesmo que eu lute com todas as minhas forças ou esbraveje contra os céus, aquele doce sorriso ainda me assombrará cada vez que fecho minhas pálpebras.

E o sentimento de fúria vindo dele, sendo que o causador fui eu, faz todos meus sentimentos borbulharem e eu consigo esquecer momentaneamente dos meus problemas. Ver o potencial daquele songo é revigorante e me faz seguir em frente a cada dia que acordo. Ser tocado de forma cruel faz com que minhas células recebam uma carga elétrica nunca sentida, e antes que eu perceba, o reflexo de meu corpo corresponde intensamente a isso, insanamente. Não é como se meu cérebro ou coração quisessem, é como se meu corpo clamasse por ele, e somente por ele.

Contudo, por mais que eu desperte um forte sentimento nele, eu sei que nunca será meu. E isso me deixa irado! Tão irado que eu quero gritar aos quatro ventos tamanho ódio que eu carrego comigo. Libertar-me dessa pesada corrente que ele me prendeu sem ao menos perceber... Eu

Eu estou cansado, portanto não vou escrever nada. Ignore esse monte de rabisco, eu estava... Quem escreveu... Não faço ideia de quem foi o louco que escreveu isso. Até mais.

 

-º-

 

Harry riu consigo mesmo ao ver as três únicas frases não riscadas. Entretanto, não deixou de sentir uma fisgada no estômago por causa do restante da página. Não sabia exatamente o que estava sentindo, se era compaixão, raiva ou o caralho a quatro. Só sabia que fora extremamente tocante ler essa página. Pela primeira vez, viu que o outro abrira seu coração, mesmo que não até o fim, mas era um começo.

Suspirou, fechando o diário, passando nervosamente a mão pelos cabelos revoltos. Não tinha ideia do que o outro estava passando. Amar alguém tão intensamente e nunca poder tê-lo. Parecia coisas de histórias muggles¹ ou algo assim. Fechou os olhos um tanto deprimido pelo escritor. Queria tanto fazer qualquer coisa para ele se animar e mostrar que a vida não era tão merda quanto parecia.

E nesses pensamentos de consolo, Potter desejou que pudesse ser ele o amado do outro. Para, enfim, abraçá-lo e mostrar um mundo mais bonito. Contudo, no mesmo instante que esse devaneio cruzou sua cabeça, balançou-a um tanto assustado. Afinal, ele não era gay! Tinha uma namorada e tudo mais! E não, querer segurar carinhosamente a mão do escritor definitivamente não fazia Harry James Potter ser gay... de jeito nenhum!


Notas Finais


¹. Muggle é equivalente a trouxa.


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