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História Radioactive - I'm Waking Up


Escrita por: SlytherinNay

Notas do Autor


Hello, sweet ^^
Voltei com outro cap. E embora tenha iniciado outra fic atualmente, eu pretendo finalizar essa e a menos que algum imprevisto apareça, estarei postando toda semana.
Espero que apreciem.
Qualquer erro me avisem, pf!!!

Capítulo 5 - I'm Waking Up


    -Estou adiantada? -questionou Por do Sol quando me viu colocando os sapatos. Neguei com a cabeça.

    -Eu estou atrasada. Perdi a hora conversando com Daniel. -contei, ela me encarou inexpressiva, mas sabia que havia confusão em seus olhos.

    -Ele mudou de turno?

    -Não. Ele estava… -tentei arrumar alguma desculpa para o atraso dele para o trabalho. -Com problemas na cozinha. Mas já resolvemos, ele foi trabalhar agora.

    -Na cozinha? Mas você não acabou de mandar uma mensagem me dizendo para nós almoçarmos? -xinguei a mim mesma baixinho. Quando nervosa dificilmente conseguia manter uma coerência para desculpas improvisadas.

    -Não importa. Vamos. -saí para o corredor e Por do sol me seguiu ainda confusa.

    Caminhamos por mais de uma hora após almoçarmos em um restaurante qualquer. Phoenix estava ensolarada e com deliciosas brisas de verão. Nos acomodamos em um banco de parque á um quilometro do conjunto de apartamentos cujo Daniel e eu vivíamos.

    -Como está sua convivência com Daniel? -questionou Por do sol levemente introduzindo um assunto. Provavelmente ela só queria fazer seu trabalho, mas isso não me impediu de suspirar em desânimo.

    -Tensa. -respondi simplesmente me largando no banco e fechando os olhos para receber os raios de sol no rosto.

    -Descreva a situação. -pediu num tom morno. Suas perguntas eram quase sempre mais diretas que uma confortadora tradicional, mas isso se devia mais aos meus pedidos que realmente ao seu talento. Por do sol e eu havíamos concordado que o tradicional não se adequava a mim.

    -Estou me apaixonando por ele. -um longo silêncio predominou depois disso. Abri meus olhos e olhei para ela que somente me encarava. Poucas vezes eu já havia deixado Por do sol sem palavras, aparentemente esta entrava para o ranking. -Não acho que seja isso que queira saber não é mesmo?

    -Você pode solicitar outro guardião. Reportarei seu pedido e você será movida para outra casa de suporte. Outro buscador pode ser designado para a sua verificação…

    -Não. -neguei antes que ela terminasse sua fala. -Eu não vou deixar Daniel. Não vou sair e não vou trocar de buscador. -afirmei estreitando os olhos. -Não estou incomodada de estar com ele, eu somente estou desenvolvendo outros sentimentos por ele. Coisa básica.

    -Compreendo. -pelo tom de Por do sol, ela não compreendia bulhufas, mas mesmo assim deixou o assunto de lado quando se deu conta que eu não queria voltar ao assunto. -Vamos voltar. Daniel pode chegar a qualquer momento.

    -Avisei a ele que sairia com você. -justifiquei, mas já tinha me levantado.

    Seguimos para o apartamento depois de outra curta caminhada. Me isolei na sala com a TV ligada e um prato de torta. Os programas de almas também não eram lá essas coisas. Eles não tinham talento para o entretenimento.

    Mas mesmo que eu olhasse para TV, dificilmente conseguia me concentrar em qualquer coisa além dos olhos verdes que vinham e iam de minha mente com frequência. Meus lábios formigavam em sincronia com a lembrança e isso me perturbava, pois se Daniel tirava minha concentração mesmo que não estivesse em casa significava que o pior tinha me acontecido.

    Embora tivesse dito á Por do Sol que estava me apaixonando e entendesse que era um processo irreversível, ter a confirmação tão clara quanto ali estava me assustando. Eu nunca havia tido tempo para me apaixonar nos seis anos de fugitiva. Eu geralmente me preocupava com outras coisas, como abrigo, comida e segurança.

    Era boa em ficar sozinha. Era rápida e inteligente.

    Era por volta das oito horas da noite quando a porta se abriu num rompante. Acordei de um cochilo no sofá meio desorientada, mas meu instinto de sobrevivência agiu ainda mais rápido, me colocando em alerta no segundo em que ouvi passos apressados. Antes de me esconder, reconheci aqueles passos de Daniel e ele rapidamente surgiu na sala enquanto eu me colocava de pé.

    Assim que vi seu rosto, preocupação me inundou. Ele tinha a aparência de sempre, mas seus olhos estavam arregalados e uma fina cortina de suor cobria sua testa, como se ele houvesse passado por alguma maratona ou algum exercício físico exigente demais.

    E isso era preocupante porque Daniel nunca suava.

    -Daniel? O que aconteceu? -questionei com a voz calma, porém mesmo assim a preocupação excessiva se sobressaiu. Felizmente ele não se concentrou no meu tom.

    -Tenho que te tirar daqui. -disse simplesmente antes de desaparecer no corredor em mais passos apressados. Eu o segui para vê-lo em meu quarto colocando roupas depressa em uma mochila que eu sempre guardava por precaução. -Tem algum lugar que possa ir? Qualquer um. Você precisa se esconder, e rápido. -alertou terminando a mala improvisada e fechando o zíper. Me estendeu e eu encarei a mochila e novamente a ele.

    -Você é tão amador. -revirei os olhos, seguindo para cama e levantando o colchão para revelar uma segunda mochila estufada com suprimentos e roupas. Eu tinha seguido esse hábito todas as vezes que consegui tempo para acomodações, ali não seria diferente. Jogando a primeira mochila para ele, larguei o coxão e segui para o armário jogando roupas no chão e encontrando rapidamente a terceira. A que havia preparado recentemente com coisas dele. -Você vem comigo.

    -Não posso! -negou quando me virei. Seus olhos verdes brilhantes desesperados me incomodaram mais do que deveriam. -Tenho que ganhar tempo para você.

    -Não vou te deixar para trás, Daniel. -bradei com os olhos arregalados fitando os seus. Deus, ele estava a beira de um colapso. -Vamos.

    -Samantha, eu tenho que ficar. -neguei com a cabeça resistente no meu ponto de vista. -Não temos tempo para discutir. Você tem que sair.

    Ainda segurando a mochila, Daniel me agarrou pelo braço e me puxou para o corredor, cruzamos a sala, a cozinha e ele sequer fechou a porta ao passar para as escadas.

    -Resuma. -disse adquirindo o ritmo apressado que ele havia imposto, mas apesar de estarmos no mesmo passo, seu aperto em meu braço não diminuiu.

    -Eles descobriram. -afirmou chacoalhando a cabeça com violência e fechando os olhos com força, como se estivesse brigando com o hospedeiro outra vez. -Haviam aberto uma investigação contra mim sem que eu me desse conta. Fui idiota. Aos poucos pegaram pequenos gestos e frases. No início pensaram que eu estava me tornando um de vocês, mas não se demoraram encontrar a verdade.

    -Porque tenho que fugir? -questionei quando ele chutou a porta do estacionamento, verificando rapidamente a área. Corremos para o carro, ele quase sem fôlego.

    -Te acusam de me influenciar. Você já disse tudo que sabia, eles não veem mais utilidade para você. -meus músculos enrijeceram, mas não parei a corrida. -Eles não vão te matar. Acredito que minha raça não seja cruel assim, mas você não terá liberdade. Nenhuma. Se tornar uma hospedeira é arriscado, então te colocarão num centro de contenção. Você não fará mais nada além de comer e dormir. -apenas o pensamento me causou arrepios de horror. -Eu também achei absurdo.

Chegamos ao carro esportivo que todos os buscadores aparentavam ter para as perseguições. Daniel abriu a porta do passageiro e cambaleou. Eu o apoiei em mim quando ele quase caiu. Meu buscador piscou, meio débil e sem foco por um momento vi o reflexo que eu adorava em seus olhos vacilar, se tornar opaco antes de voltar a ser brilhante em questão de segundos. Meus olhos se arregalaram.

-O que foi isso? -questionei-o.

-Exaustão. Não dormi essa noite e ele está tomando vantagem disso. -afirmou ofegante. -Chega a ter o efeito de uma luta física. Ele está se esforçando dessa vez, fazendo qualquer coisa para tomar o controle.

-E você não está confiante. -murmurei. Ele grunhiu cerrando os olhos para o chão de cimento e apertando meu ombro onde se segurava.

-Não deixarei que tome o controle ainda. Só preciso adormecer. Se eu fizer, nenhum de nós pode mais lutar. -ele meneou a cabeça, expulsando pensamentos e levando os olhos em minha direção. -Você precisa ir. Eles estão a caminho.

-Entra. -eu disse empurrando-o para o banco do passageiro. Ele não lutou, achei que não tivesse mais forças para isso. -Não vou deixar você com sua espécie. Ele pode acabar machucando-os.

-Ele pode acabar machucando você. -ele grunhiu momentos antes que eu fechasse a porta. Suprimi os arrepios que me surgiram com tal frase e dei atenção ao que fazia. Rodeando o carro e entrando no banco do motorista. Joguei a mochila no banco detrás e coloquei o cinto escutando em sincronia o som de outros carros entrando no estacionamento em alta velocidade. -Samantha, não corra esse risco. Tenho que te manter segura.

-Então vá dormir. -eu disse olhando-o e abrindo um sorriso para sua figura recostada no vidro e de pálpebras pesadas. -Eu vou tirar a gente daqui. Confie em mim.

-Sabe para onde ir? -assenti com seriedade e ele fechou os olhos por um curto momento, me distraindo com seu rosto quase adormecido. -Quando eu acordar, tenha certeza que sou eu. -ele abriu os olhos e quase ofeguei quando o reflexo ofuscou-se outra vez. -Há uma arma debaixo do seu banco. Se ele acordar no meu lugar, você atira.

Assenti sem discutir pois sabia que era isso que ele precisava. Suspirando pesadamente ele fechou os olhos e adormeceu instantaneamente. Olhando para frente notei quando os buscadores se aglomeraram em frente a porta escancarada. Eles se dispersaram rapidamente, procurando pelo lugar.

Respirando fundo dei partida, chamando atenção quase imediatamente.

Não dei atenção aos gritos de alerta e coloquei o carro em movimento quase no mesmo momento cantando pneus para a saída. Alguns buscadores tentaram entrar na frente, no entanto logo se deram conta que não era um deles que dirigia aquele carro. Jogaram-se para o lado antes que fossem atropelados.

Daniel era o único ser daquela raça que eu me importava e sinceramente para tirá-lo dali eu podia matar. Com esse pensamento em mente dei uma olhada rápida no retrovisor e vi alguns dos colegas buscadores de Daniel com celulares nos ouvidos. Soltei o ar que havia preso de uma só vez e sorri a ponto de mostrar os dentes. Eu adorava uma boa perseguição.

Entrei na principal sem muita cerimônia, e alguns poucos minutos consegui ouvir o som do helicóptero em nossa cola, depois de verificar os espelhos retrovisores algumas vezes consegui notar os outros buscadores desviando dos carros usuais.

    Mas eu tinha uma vantagem que eles não imaginavam, aquilo era Phoenix. Eu nascera e crescera em Phoenix. E não havia sequer uma rua que eu não conhecesse como a palma da minha mão.

    Com isso em mente, guinei para a direita com um solavanco, descendo da avenida e entrando na escuridão e proteção de uma das pontes perto. O carro de Daniel era veloz e muito fácil de ser guiado, mesmo com os faróis desligados, consegui passar calmamente pelas travessas estreitas. Segui para a saída da cidade. A saída menos usada por questões de segurança.

    Olhei para o rosto adormecido de Daniel e constatei que devia valer a pena. Tinha que valer a pena.


Notas Finais


Alguns comentário? Nem que sejam reclamando da demora ^^


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