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História Reborn - Carl Grimes - If you think


Escrita por: Gaabizinha

Notas do Autor


Ola meninas,boa leitura

Capítulo 2 - If you think


Viver em um inferno sem nem mesmo ter morrido era demais para minha cabeça.

Como a vida poderia ser tão injusta?Como era possível o mundo ter se tornado nesse grande colapso do dia para noite nos fazendo virar apenas assassinos de almas perdidas,obrigados a lutar por nossa própria vida,lutar para sobreviver?

Era tantas perguntas sem respostas..

Vivemos em um mundo sem respostas.

Temos de conviver com a dor,ou nos afogarmos nelas até poder ter o prazer de encontrar a eternidade.

- Babacas malditos! -Atirei em um outro zumbi que tentou me pegar.Eu estava em cima de uma árvore,após ter corrido por alguns metros de distância,o que foi tolice,já que eles haviam me seguido.

- Hey cretinos! -Carl apareceu do outro lado da floresta com uma arma na mão.O encarei arqueando uma sobrancelha e rir ao ver os zumbis indo em direção a ele.- Me peguem se forem capaz.

Quando eles -os zumbis- estavam em uma distância boa desci da árvore atirando em alguns deles,Carl fez o mesmo, e juntos conseguimos pegar pelo menos a metade do bando. Mas eram muitos.

- Vem comigo. - Disse Carl quando viu que não daríamos conta.Pegou em minha mão,seria esquerda ou direita?Eu nunca soube diferenciar os lados,e saiu correndo em direção a estrada.O acompanhei sem ter escolha,e o mesmo entrou em um carro abandonado.

- Isto é suicídio .-Falei ao vê-lo fechar a porta

- São muitos. Se atirarmos aqui, os outros vem atrás.- Disse ele. - A gente veda as janelas,e quando passar alguma coisa eles irão atrás.

- Apenas sete.- Falei após contar os zumbis que haviam nos seguido,quebrei o vidro da janela com a arma, pegando o caco maior. Eu era teimosa.

Andei em direção aos zumbis e matei um por um com apenas o caco.Carl me olhava indignado pelo retrovisor do carro, e eu podia jurar que estava de boca aberta.Eu até faria alguma piadinha se não fosse pelo fato dele não ter me ajudado.Quando Carl saiu do carro se aproximando de mim joguei o caco nele aos risos cochichando um "fracote". Creio que apenas eu ouvi.

- Você é maluquinha.

- Já me disseram isto antes.- Falei rasgando o pedaço da blusa de uma das zumbis e amarrando em minha mão.

- Ele te morderam?- Ele tentou olhar,mas enfaixei rápido demais para ser visto.

- O vidro atravessou minha mão.. - Tirei o pano e mostrei o corte - Tenho que dar alguns pontos. 2, no máximo 3.

- Por que você não vem comigo? Ficará segura..Podemos curar da sua ferida,te apresentarei pessoas confiáveis..

- Quem me garante isso?- Voltei a pressionar minha mão.

-Você não confiou em mim antes? Confia de novo..

- Não é nada fácil confiar em um garoto que não tem metade do rosto.-Carl me encara sério,mas alguns segundos depois solta uma risadinha revirando os olhos (olho?)- Okay,eu vou com você. Mas eu te mato se alguma coisa acontecer.

Um sorriso surgiu em seu rosto.Ele passou a caminhar para o norte e o seguir calada.Um clima surgiu e eu deveria tirar-lo de lá.Ele tinha sido tão bonzinho,bem diferente dos caras que Ellen descrevia ter aqui do lado de fora.

- É Isabelly..- Quebrei o gelo. - O meu nome, é Isabelly. Mas se preferir me chamar de Isa,ou Bella..Tudo bem.

- Tem quantos anos,Isa? - Ele perguntou continuando a andar tentando puxar assunto.

- Acho que quatorze..Talvez quinze, não sei direito.-Na verdade eu não sabia nada sobre mim mesmo.-E você?

- Provavelmente, dezesseis.É difícil manter as contas sem um calendário por perto. 

- Você tem família,Carl?

- Meu pai e minha irmanzinha.Minha madrasta morreu a pouco tempo.-Ele respirou fundo.

- E sua mãe? - Ousei a perguntar,Eduard costumava a me chamar de maritaca,já que não parava de falar um segundo.Eu tinha muitos apelidos vindo da parte dele.

- Morreu no parto da minha irmã.Faz bastante tempo.

- Sinto muito.Eu sei como é perder alguém que amamos.A dor faz parte.-Carl apenas assentiu e continuamos andando calados.Eu até cheguei a pensar que ele tinha odiado minhas perguntas curiosas e que eu havia sido muito inconveniente,mas esses pensamentos sumiram quando vi um grande muro na minha frente.Era a comunidade de Carl,certamente.

- Chegamos.- Falou ele dando uma batida no grande portão que logo se abriu,uma moça de cabelos curtos estava do outro lado,e me perguntei se ela estava grávida.Parecia estar.

- Quem é essa,Carl ?- Falou a garota assim que entramos fechando o portão.

- Isabelly. Achei ela por ai,é uma boa pessoa.

- Eu sou Maggie Greene .-Disse a moça com um sorriso semi-aberto.

- Prazer em te conhecer.- Tentei ser educada, mas minha vontade de perguntar se ela estava realmente gravida, ou gorda,me impedia de abrir a boca.

-Bom, bem vinda a comunidade.- Acho que ela sentiu que eu estava travada.Abriu um sorriso,muito bonito por sinal e subiu as escadas voltando a vigiar o portão.Carl e eu voltamos a andar.

- O que aconteceu com sua mãe? -Ele enfim fez aquela maldita pergunta.

- Estávamos na floresta.Ela era sempre tão cuidadosa,e desde que meu namorado tinha desaparecido ela era quem sempre ficava acordada para vigiar o lugar.Até que eu acordei no meio da noite,e vi um idiota matando ela.Com uma flechada.Ela morreu na hora, o maldito era bom de mira.

-Daryl.. - foi tudo o que ouvi Carl dizer.

- O que ?

- O que?Ah, não é anda, apenas pensei alto.- Assentir mesmo sem não entender muito bem e junto a Carl entrei em uma casa.Analisei tudo por dentro,era bem decorada e tinha cheiro de lavanda.- Aqui tem roupas limpas,toalhas,medicamento,água quente, alguns alimentos..Tudo o que precisar.

- Quem mora aqui? -Perguntei percebendo que tudo estava limpo demais para não ser habitado por ninguém.

- Eudine morava.Ele morreu.Perdemos muitos amigos nos últimos meses,e infelizmente perdemos ele também.- Carl suspirou fundo.-Eu moro aqui do lado,okay ?Se precisar me chama.

- Obrigada por tudo.- Sorrir encarando-o.

  - Descansa um pouco,e cuida dessa ferida- Após me dar um beijo na testa, Carl se retirou saindo da casa.

Eu já nem me lembrava como era bom tomar banho quente.Só quem "nasceu" em um laboratório sabe como é terrível perder as mordomias do dia para a noite.

Após terminar meu banho -que por sinal foi bem demorado- peguei um dos vestidos que haviam deixado.Ficou um pouquinho -talvez muito- e por esse motivo tive que customizar-lo.Ellen havia me ensinado como faria.Tive que dar alguns pontos na minha mão,e usei um quite de custura para isso.Quando estava pronta,sai para fora da casa dando de cara com um coreano.

- Olá, nova aqui né ? - Fiz que sim ainda um pouco assustada.Ele apareceu tão de repente.- Meu nome é Glenn, Carl me pediu para te apresentar a comunidade.

- Ah sim,prazer Glenn, meu nome é Isabelly.

- O prazer é todo meu. 

Glenn tinha um sorriso lindo,e um brilho nos olhos gritante.Fiquei sabendo que ele era marido de Maggie,e que ela estava sim grávida.Conheci todos da comunidade,e cada um era tão diferente um do outro,mas ao mesmo tempo muito únidos.Eles me receberam bem,por sinal,e até falaram sobre querer que eu jante com eles essa noite.Recusei cada pedido da forma mais gentil possível alegando está me adaptando ainda.

Andamos certa de trinta minutos,quando paramos enfrente a uma grande casa.

- Bom, prefiro te polpar em apresentar a moradora desta casa.Chama Carol.Nada mais a declarar

- Por que? - o encarei

- Ela está quase morrendo. Foi um tiro, nossa médica morreu e bala ainda está lá.Infeccionou. 

- Eu posso e vê-la ? - Glenn arqueou uma sobrancelha mas logo assentiu
 

-Ela não está nada bem..- Falei ao ver Carol na cama.Seu rosto estava pálido,e sua respirando bem fraquinha.Tinha algumas marcas de expressão mais fundas demonstrando cansaço,e quando tirei a faixa de seu ombro pude ver que estava bem infeccionado.Caminhei calada até a janela e abrir deixando a luz do entardecer entrar.- Tá vendo à parte que brilha ?- Falei mostrando a Gleen .- É o pedaço que restou da bala. Ele está atrofiando, o que fez infeccionar e atingir a veia que liga ao coração

- Consegue tirar? - a moça que estava ao lado de Carol perguntou

- Precisaria de algo para desinfetar e algodão.Ah e algum de tipo de remédio para quando ela acordar.

- O Carl pode conseguir isto.- Falou Glenn e a moça assentiu.

- Temos que retirar à bala dela.- pensei um pouco - E rápido. Se a bala entrar mais, pode danifica-la , talvez para sempre.

- Como você sabe disso ? - A menina perguntou

- É questão de lógica,.- Falei.- Glenn, pode pedir as coisas ao Carl ? E trás ele junto. - Glenn assentiu saindo do quarto.

- Qual o seu nome? - Perguntei a moça

- Todos me chamam de Tara.Eu sofri uma aminesia a pouco tempo. Não lembro direito.E você?

- Isabelly.

- A cada 2 horas chequem a respiração dela,se estiver falha. Me chamem.- Falei limpando minha mão.Foi fácil retirar a pequena bala de Carol,quem a acertou tinha um armamento bem pesado.

- Você é muito nova para ser cirurgiã..- Falou Tara me encarando

- Eu não sou.Aprendi com meu namorado.

- Ele era medico?- Disse Glenn se sentando ao lado de Carol

- Não sei.Nunca perguntei- Não fui totalmente sincera,eu sabia tudo sobre Eduard,mas não podia contar.Não ainda.- Vou nessa.Qualquer coisa,me chamem..- Dei alguns passos em direção a porta e senti alguém me puxar.

- Hey.-Era Carl.- Me espera

Ambos saimos para fora, e paramos em frente a casa que eu estava ocupando.Sentamos na escada que tinha em frente a ela e Carl logo quebrou o gelo

- Você é uma garota estranha.- Comecei a rir

-Por que você acha isso ? - Falei ainda aos risos.

- Você quase morreu por dezenas de zumbis,cortou a mão,e ajudou uma pessoa que nem conhece..Isso tudo em um só dia.

- Sabe, um babaca me disse que toda vida é válida. - Agora foi a vez de Carl rir - Mas você que deveria se considerar um garoto estranho.

- Mas por que, se sou tão normal ?

- Você salvou uma garota à troco de nada.Usa esse chapéu que te deixa extremamente sexy, não corta o cabelo a anos. E alias, qual é a dessa faixa?- Acho que falei demais.. Mas quem liga para isso ?

- Foi um tiro. Sorte que pegou de raspão ..

- Sorte mesmo. Imagina se destroem este seu lindo rosto?

- Isto foi uma cantada senhorita Isabelly? - Carl falou,o que fez ambos rirem - Mas agora é serio.Qual é dessas tatuagens? Fez antes disso tudo?

- Não , não..- Sabia que alguém uma hora ia perguntar.Eu tinha três.-Eduard fez para mim.A do coração no ombro simboliza o amor.E a frase nas costas, esperança. " O senhor é meu pastor, e nada me faltará." .. Acho que está frase é tola hoje em dia..

- Você é tão nova para isso..

- O mundo acabou Carl..Ninguém é dono de ninguém.Isto aqui é o inferno,temos que viver como podemos.

- Sua visão sobre o mundo é tão..

- Real? - Interrompi arqueando uma sobrancelha.

- Iria dizer que tola.Mas real serve.- Falou Carl me fazendo rir

- Mas falando em visão. Minha mãe tinha os olhos igual ao seu.. - Mudei de assunto

- Faltando um ? - Ironizou

- Azul,palhaço. -Carl riu disso, os olhos dele brilhava. Era lindo a forma que ele me olhava, mas lindo ainda seu jeito de vestir. Carl Grimes era perfeito.



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