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História Reborn - Carl Grimes - Until the world can be good


Escrita por: Gaabizinha

Notas do Autor


Olá meninas,obrigada a todos que estão favoritando e comentando,boa leitura !

Capítulo 3 - Until the world can be good


Observei Carl calada durante um tempo,e ele fez o mesmo.

Carl era estranho.

E o mais estranho ainda era essa maldita vontade de dentro do meu peito que gritava por conhecer-lo mais.

- Aqui é tudo tão calmo. -Disse sendo a primeira a desviar o olhar quebrando aquele maldito gelo que sempre queria ficar entre nos dois.

- Espera só até o Daryl chegar.-Ele riu baixo de alguma piada interna,arqueei uma sobrancelha voltando a encarar-lo.

- É seu pai?Não é a primeira vez que te escuto falar nele.

- Não.Meu pai é um chato que só sabe mandar e desmandar nas pessoas.Chama Rick.

- Não fala assim Carl,sabe quantas pessoas dariam tudo que tem para está ao lado do pai agora?- Repreendi e observei um sorriso sarcástico surgir.Eu já reconhecia todos seus malditos sorrisos apesar de conhecer-lo tão pouco.

Quando sentir que ele ia me falar algo,ele se levantou e caminhou até uma jovem garota que carregava uma criança -de mais ou menos 4 anos no colo-.A menina maior era bonita,e quando se aproximou de mim percebi que ela era ainda mais linda de perto.A bebê,por outro lado,parecia uma princesinha,tanto de perto quanto de longe,e a semelhança entre o Carl e ela era imensa.

- Essa é Judith,minha irmã.-Carl quebra o silêncio e observo a linda menininha abrir um imenso sorriso.- E essa, se chama Enid.Ela é minha..

- Namorada.-A garota fez questão de terminar a frase.Sentir o sorriso se desfazendo em meu rosto e nem me preocupei em forçar um.-Moradora nova né?

- Só estou de passagem.-Enid assentiu e Carl arqueou uma sobrancelha balançando a cabeça negativamente.Ficamos calados quando uma moça de corpo escultural apareceu.Ela era branca,de cabelos lisos e amarronzados.Tinha um ar de cansada e parecia estar bem preocupada.Carl saiu com ela,deixou Judith com Enid.

- De onde você veio?Alias,qual é mesmo seu nome?Como conheceu Carl?-Enid começou uma série de perguntas assim que Carl saiu.

- Me chamo Isa.Conheci Carl por acaso e vim de um lugar bem distante.E se te faz ficar mais tranquila,eu não to aqui para roubar seu homem não. -Enid arqueia uma sobrancelha- Eu tenho namorado.-Completo,o que faz ela soltar um certo suspiro.

- Seu vestido,é lindo.-Ela diz me olhando de cima abaixo soltando finalmente um elogio,não diretamente para mim.

- Posso fazer um para você,ainda tenho algumas peças,e não é querendo me gabar nem nada,mas sou boa em confecção.

- Não sou de usar vestidos.

- Você é bonita.- Abri um sorriso ao falar com Enid,eu estava sendo sincera,Enid tinha um rosto lindo,a apesar de mal arrumada tinha uma beleza inexplicável.- Tem que se valorizar mais.Carl iria gostar.

- No mundo em que vivemos, não temos tempo para isso Isa.

- Vem comigo,posso te ajudar.- Falei me levantando e ela fez o mesmo. - Vou fazer você ficar bonita.- Bati a porta após ambas entrarem dentro da casa em que eu estava morando.

- Já posso entrar? - Carl bateu na porta pela quinta vez. Estávamos a cerca de uma hora no quarto.

- Já vai Carl,não me estressa- Me segurei para não soltar um palavrão.- Você está linda. - Falei ao olhar Enid.Ela deu um sorriso amarelo e se virou para o espelho devagar.

- Uau.. - Suspirou.

Enid estava com uma blusa azul que eu havia feito alguns decotes, e uma saia bem curta que chegava um pouco a baixo de sua bunda. A saia era branca, que antes era um enorme saia longa. Seu cabelo estava soltos e mal arrumados. O que lhe caiu bem. Com um pouco de maquiagem natural, arrumei seu rosto, o que destacou seus olhos azuis. Com um batom rosa claro que Maggie guardava, valorizeis seus lábios a deixando bem chamativa. Enid calçava agora minha bota. A minha favorita.

Enid estava linda naquele arrumado todo,Carl era um garoto de sorte.

Enid mais ainda.

- Bom. -Peguei Judith no colo- Você está linda.-Ela corou passando um fio de cabelo para trás da orelha.

- Já posso entrar?- Carl resmungou de novo.

- Entra logo seu chato. - Destranquei a porta e ele me olhou feio de primeiro contado.Dei-lhe a língua o fazendo rir e entrar no quarto.

-Nossa que demo.. - Carl parou pela metade ao olhar para Enid,boquiaberto, quase não conseguiu fala. - Você, tá lin-linda. - Sorriu maliciosamente.

- Obrigado.. - Enid não era acostumada com isso,pude notar ao vê-la corar novamente.

- Isa, você tem mãos de anjos. - Carl falou.

- Não. Sua namorada que é linda.

- Você que é magica. Isso sim. - Enid comentou fazendo a gente rir.

- Não.. As pessoas precisam de motivação para viver. Se não para que viver, né?Então agora vocês dois, vão aproveitar o dia, e eu fico com a Judith. - Falei pondo Judith na cama.

- Mas... -Carl começou e o interrompi tacando um dos travesseiros na cara dele.

- Sem mas. - Empurrei ambos para fora e me deitei ao lado de Judith , não demorando muito a pegar no sono.

Em meu breve sonho, Eduard vinha em minha direção; Seu cabelo grisalho e loiro (as vezes ruivo) brilhava em meio ao sol, o mar atrás dele vinha e ia, era o mundo perfeito.Até o homem de capuz aparecer e puxar Eduard para longe. Me fazendo apenas ouvir seu sussurro distante, "Seja corajosa Isabelly"  

  ღ  

Acordei com Judith mexendo em meus cabelos.Sorrir ao perceber que ela estava deitada encima de mim.Passei a acariciar seus loiros cabelos.

- Uma garotinha tão especial criada nesse mundo tão cruel. -Pensei alto e observei que Judith era uma criança triste e carente.Talvez o pai passasse muito tempo fora.- Podemos ser amigas sabia?Meu nome é Isabelly. Talvez seja um nome complicado para você,então me chama de Isa.

- Isa. -Judith repetiu me fazendo sorrir.-Quer brincar?

- Sou um pouco velha para isso.-Soltei uma risada baixa.-Cadê seu papai Judith?Só mora você e o Carl?

Judith apenas balançou os ombros como quem não soubesse explicar direito. Quando a porta se abriu,Judith correu até Carl gritando seu nome com uma pronuncia engraçada. Sorri me sentando e olhei janela a fora,já era noite.

- Gostou de ficar com ela?-Carl falou assim que pegou Judith no colo. Judith assentiu abrindo um sorriso imenso.

- Eu posso morar aqui?Com a mama Isa.

Carl me olhou sério e boquiaberto, engoli em seco segurando para não rir, como assim "mama"?

  ღ  

Após mandar Judith ir brincar no quarto ao lado,Carl me olhava indignadamente.Seu maxilar estava travado e o quarto estava totalmente tenso.Sério mesmo que eu iria levar um maldito sermão por conta disso?

- O que você tem na cabeça? - Começou

- Cérebro , talvez? - Debochei e Carl revirou os olhos.

- Não seja engraçadinha, por que ensinou ela te chamar de mãe?

- Eu não ensinei.

- Então ela simplesmente dormiu e acordou achando que você era a "mama" dela? - Ele ressaltou as aspas fazendo-as com as mãos.

- Parece loucura,mas sim. - Realmente era o que havia acontecido.Porque diabos eu ensinaria aquela menina me chamar de mãe?

- Escuta só garota. - Carl segurou meu punho firme, o mesmo que estava com pontos.Me levantei ficando cara a cara com ele sentindo meu pulso latejar.- Você não vai roubar o lugar da minha mãe,okay?A Judith tem mãe.Eu tenho mãe.E só para deixar claro,não é qualquer garota que vai fazer ela pensar ao contrario.

- E cadê sua mãe agora?

-Não fala da minha mãe! - Carl deu um passo até a saída do quarto mas o segurei firme, intensamente. Carl me dava nos nervos.

- Sua mãe está morta,no mesmo inferno que a minha.A culpa não é minha sua irmã está carente. 

- Mas a culpa é sua por ela te chamar de mãe.- Carl se soltou.Mas rápido do que eu esperava.

- A culpa não é minha de sua mãe ter ficado gravida. Não é minha culpa se sua mãe morreu. A culpa também não é minha esse maldito apocalipse ter começado. Quer achar um culpado? Culpe apenas a si mesmo. Você escolheu está aqui hoje.

Em um movimento rápido,Carl apertou meu maxilar me olhando olho no olho.

- Se você for embora. - Carl roçou o nariz no meu - A culpa não será sua.Será minha!- Ameaçou me soltando e indo até Judith, ambos partiram em seguida. 

Após saírem a única reação que tive foi quebrar um vaso de margaridas na porta, o que causou um estrondo. Peguei os cacos deixando as flores no chão. Me deitei e logo peguei no sono novamente.

  ღ    

  Acordo com o sol batendo no meu rosto,e só então me lembrei que eu tinha deixado a janela aberta.Me levantei pegando uma peça de blusa que restava e fazendo virar uma linda blusa totalmente feminina, que mostrava um pouco mais pra cima do umbigo. Peguei uma das calças que haviam me deixado , e a fiz de short,um short de cós mais alto que não entraria em moda tão cedo.Tomei um banho rápido trocando o curativo de minha mão e assim que estive arrumada sair daquela casa.

Fui para varanda, onde encontrei Carl, o que me surpreendeu.Passei direto fingindo que não o tinha visto -mas eu tinha,e ele também- e minha vontade de ir até lá e furar seu outro olho era imensa.

Assim que ele me alcançou,a alguns passos da casa,me puxou o que foi o suficiente para me virar.Seu perfume corporal me fez esquecer o ocorrido ontem de imediato.

-Aonde você vai?

- E interessa?- fui rude

- Olha.. Desculpa por ontem..

- Por que? - Interrompi.- Pelo o sermão desnecessário ou por ter quase tirado minha mão do lugar?

- Pelas duas coisas. Ouvi a Judith te chamando de "Mama" me irritou muito.

- Tanto faz.- Dei meia volta e voltei para casa.Não queria papo com ele, mas ele me seguiu, batendo a porta assim que entrou atrás de mim.

- Eu sei que se importa.- Carl se sentou no sofá, e eu sentei ao seu lado olhando em seus olhos azuis.Ou azul, fora do plural,ainda era difícil pensar nessas coisas.

-Você não disse que a culpa será sua se eu for embora?Então fique com está culpa no coração. - Ameacei. Mas não faria nada,eu não queria ir embora de Alexandria tão cedo.

-Eu não quero isso,Okay?

- Você não sabe o que você quer,este é o problema.

-Eu quero você.- Suas palavras suaram tão nítidas que quase tremi.- Quero você aqui comigo. - completou.

- Você é um babaca

- E você uma filhinha de mamãe.- Carl me fez rir-Não quero ficar brigado.Não com você.

- Okay. Mas só porque você é bonito.E fofo.- sorri e Carl deu uma gargalhada.- Mas se encostar a mão em mim de novo,não poderá ter filhos.

- Que menina malvada. - Gargalhamos juntos e me deitei em seu colo.

- E Enid?Como foi ontem com ela?

- Ah foi legal.. Saímos um pouco,treinamos,matamos, fomos ver tartarugas..

- Caralho, ela tava tão sexy ontem,achei que já iam ter filhos e eu seria a madrinha.. - Ironizei- Você não sabe ser nem um pouco romântico né?

- Eu não. Ninguém nunca me ensinou.

- Olha é simples,você só precisa elogiar a pessoa em que você está afim,dizer como ela é linda e como é especial em sua vida.-Pauso-Depois,tudo termina em sexo.

- Senhorita Isabelly,você é linda. -Ele falou depois de um tempo.

-Obrigada. - Ele sorriu e eu lhe encarei.-Espera,que?-Não pude evitar as gargalhadas.

- Sente saudades dele?- Ele disse depois de um tempo.

- De quem?

- Eduard. - Está é uma ferida que eu não queria que fosse tocada. Sinto meu olhos se encherem de lágrimas, mas antes que e derramassem as contenho,eu era muito sensível em relação a esse assunto. Carl percebe e acaricia meu rosto.

-Penso nele todos os dias. Onde ele está,com quem e se ainda está.Essas malditas dúvidas me corroem todos os dias,mas eu tenho certeza que ele ainda está por ai.

- Mas,ele não morreu?

- Podemos conversar sobre isso depois?- Pedi um pouco baixo demais.Esse assunto me magoava. E muito.

- Tudo bem.- Concordou e olhou em meus olhos, seu olho azul brilhava,era tão azul como o oceano. Me trazia paz. 

A paz que foi cortada por gritos de uma garota.

Maggie certamente.Nos levantamos e vamos até a porta, onde ouço a seguinte frase.

"Isa, a Carol precisa de ajuda"

 



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