História Reborn from the Ashes - Fallen

O sol batia contra seu rosto e Amy percebera que as cortinas se mantinham abertas, levantou-se com dificuldade, — ainda encontrava-se sonolenta. — calçou suas pantufas caminhando posteriormente em direção ao banheiro onde faria suas higienes pessoais. Alguns minutos mais tarde a moça pensara em ligar para Niall, suas tardes monótonas nem sempre lhe eram convenientes, pelo menos não quando seus pensamentos teimavam em pensar nele, e por motivos óbvios não o queria como companhia, restando assim seu melhor amigo.

— Por favor, diga-me que não fará nada importante esta tarde. — indagou antes mesmo que o garoto pudesse dizer qualquer palavra do outro lado da linha.

— Bom dia pra você também, senhorita Amy Morgan! — ironizou. — E não, não possuo planos para hoje. O que tem em mente?

— Eu pensei que poderia vir à casa de sua melhor amiga para assistirmos algumas séries e comermos muitas porcarias. O que acha? — sugeriu a moça.

— Chego em dez minutos. — disse recebendo uma gargalhada em resposta.

— Estou a sua espera. — e desligou e a chamada em seguida.

A campainha tocara e imediatamente Amy se pôs a atendê-la já sabendo que tratava-se de seu amigo.

— Então, pronta? — disse o garoto adentrando à casa e jogando-se no sofá a medida que observava a garota atentamente.

— É realmente terrível quando as pessoas tornam-se íntimas. E pensar que chegou a pedir licença ao entrar por aquela porta. — falou apontando para a mesma.

— Eu precisava dar-lhe uma boa primeira impressão. — disse o rapaz com um sorriso divertido nos lábios.

— Ainda mais quando a segunda é: Olá, o que temos para comer hoje? — falou e pôs-se a rir.

— Não ligou-me às nove da matina, fez eu dirigir até aqui para ofender a minha pessoa dessa forma não é mesmo? — questionou de maneira dramática.

— Não seja bobo, deixe seus dramas para depois Niall James Horan. Agora vamos, ajude-me com as comidas. — disse pondo-se de pé e rapidamente o garoto também o fez.

                        ***

Passavam-se das sete quando Amy despertara, percebeu que o rapaz se mantinha ao seu lado e dormia tranquilamente, resolveu que não o acordaria pois mais tarde ele mesmo o faria. Ainda haviam resquícios de sonolência, a moça subiu as escadas lentamente adentrando em seu quarto, trocou-se e tratou de deitar em sua cama. Um barulho em sua janela chamou-lhe atenção e logo que tornou-se repetitivo a menina decidiu por ver do que se tratava.

— Justin? O que faz aqui? — indagou um tanto surpresa.

— Senti saudades, não nos falamos hoje. Tentei te ligar, mas não obtive retorno de sua parte, por fim decidi verificar se havia algo errado. — disse em um tom mais alto para que a moça o escutasse.

— Você é louco! Vai entrar ou conversaremos assim mesmo? — referiu-se ao volume da conversa de ambos.

— Eu vou entrar. — partiu em direção a árvore que ficava em frente à janela de Amy.

— Eu não acredito que fará isso! — disse boquiaberta.

— Já estou fazendo. — escalou a árvore por completo, pulando em seguida para dentro do quarto da garota.

— Sabe que poderia ter entrado pela porta da frente não é? — questionou.

— E qual seria a graça?! — respondeu beijando-a no momento conseguinte.

— Não notei seu carro lá fora. — comentou ao partirem o beijo.

— Talvez por que tenha caminhado até aqui. — disse o rapaz.

— Sabes que não vou deixar-te retornar uma hora dessas, não sabe? — falou o beijando novamente a seguir.

— Eu torcia por isso. — disse entre o beijo que se aprofundava mais e mais a cada instante, tomando certa liberdade Justin a tocou por cima do tecido fino de sua calcinha.

— Justin? Não pare. — disse em meio a gemidos. — Eu preciso de você. Agora! — implorou.

Imediatamente a vontade de Amy se fez, e no segundo seguinte sua camisola se encontrava em um lugar desconhecido do quarto. A moça ousou desabotoar-lhe os botões de sua camisa, e desfrutar daquela visão maravilhosa que ansiava por ver há alguns minutos. Atacou-lhe seus lábios com voracidade, como conseguira resistir durante todo esse tempo? Nem ela mesma conseguiria responder aquela maldita pergunta. Incrivelmente apenas seguia os instintos que seu corpo ordenara apesar de aparentar possuir mais conhecimentos que o próprio rapaz, jamais tivera quaisquer experiências sexuais, e de certa forma isso causara medo e insegurança da parte de Amy. As mãos curiosas da garota tatearam o feixe da calça que o mesmo vestia, como num impulso Justin virou-se ficando por cima tratando de terminar o trabalho que começara. Agora ambos vestiam apenas roupas íntimas, o lugar cheirava a sexo, as respirações descompassadas e os gemidos poderiam claramente ser ouvidos do cômodo vizinho. Aquela era a primeira vez que o casal se amava.

***

Amy abriu os olhos tentando acostumar-se com a claridade, pela primeira vez em dias tivera uma ótima noite de sono, todas as suas desconfianças haviam ido embora assim como as roupas de seu corpo na noite anterior. Virou-se lentamente encontrando Justin, o mesmo dormia tranquilamente, desejou por vezes acordar com aquela visão. Em meio a pensamentos mal deu-se conta de que seu namorado fitava-a com certo sorriso no canto dos lábios, ele há tempos não sentia algo tão forte por alguém mas Amy despertara um sentimento confuso, mal conseguia definir, por mais que tentasse explicar em palavras, jamais conseguiria.

Tinha perfeita noção de que o que fizera com a garota era errado porém prometeu a si mesmo que controlaria seus instintos para com Alicia, sim ele a traía. Ambos estavam em estado de êxtase, a relação chegara em seu ápice e Justin faria o impossível para que Amy não descobrisse sua falha, bastariam alguns dias e o trabalho estaria completo finalmente, não precisaria ter encontros diários com sua amante e talvez pudesse evitá-la de todas as fomas. Amy deu-lhe um selinho repentino, o libertando assim de seus devaneios.

— Como dormiu? — perguntou o rapaz.

— Maravilhosamente. — respondeu-lhe com ternura.

— Eu amo você, não esqueça-te disso jamais. — disse Justin.

— Eu também te amo. — sussurrou em resposta.

***

Amy recordou-se que Niall também havia dormido em sua residência naquela noite, após aprontar-se desceu as escadas a fim de constatar o que já imaginava, o amigo provavelmente saíra há algumas horas. Katy notou instantaneamente o bom humor que tomava conta de sua filha e já desconfiava qual o motivo por trás de seu sorriso largo.

— Por acaso viu um passarinho verde? — questionou-a divertida.

— Mais precisamente um certo loiro de olhos cor de mel. — disse lembrando de sua fantástica noite.

— Usaram preservativo? Não que eu não queira ser avó mas creio que ainda sou muito jovem para isso. — falou tomando um gole de seu café em seguida.

— Mãe, será que por favor pode ser um pouco menos indiscreta? — murmurou um tanto envergonhada.

— Oh querida, por acaso esqueceu-se que somos melhores amigas? Não precisamos de formalismos, mas então ele respeitou seus limites? — continuou a interrogá-la.

— Mãe! — a repreendeu novamente.

— Tudo bem, depois conversamos. Estou de saída marquei com Marylin às nove portanto já estou atrasada. — disse caminhando até a porta. — Os waffles estão no microondas. — gritou antes que pudesse finalmente sair.

— Enfim, só. — sentou-se à mesa e pôs-se a tomar seu café.

— Bom dia! — disse Justin ao entrar no cômodo e abraçar-lhe por trás.

— Ótimo dia. Então, o que faremos hoje? — perguntou animadamente.

— Eu pensei em levar-te ao parque, passear de mãos dadas, talvez um piquenique. — sugeriu.

— Perfeito. — disse e selaram os lábios pela segunda vez no dia.

As semanas recorrentes foram as melhores possíveis para o casal mas alguma coisa ainda causava certo desconforto por parte da moça. Com a apresentação dos seminários nada mais ligaria Justin à Alicia, pelo menos era o que pensava. Por vezes a mesma pegou os dois as escondidas, ambos discutiam a respeito de um assunto qualquer, mas que raios de motivos eles teriam para brigarem? Este era um dos vários questionamentos que invadiam a mente da garota.

***

Era uma bela noite de domingo, Amy estava sentada em uma das cadeiras do estabelecimento Nando’s. A sua frente, Niall tagarelava algo sobre a viagem que faria nas próximas férias, a garota o ouvia atentamente enquanto vez ou outra se punha a rir das histórias do irlandês. Em um movimento involuntário Amy virou o olhar de encontro a janela onde pôde ter plena visão de seu namorado e sua colega Alicia, dessa vez eles não brigavam como antes, muito pelo contrário, pareciam extremamente confortáveis com o assunto.

— Por favor, diga-me que não estou alucinando. — disse vidrada na cena que acontecia do outro lado da rua.

— O que houve? — acompanhou o olhar da garota a fim de descobrir do que se tratava. — Mas o que eles fazem juntos?

— Acredite, eu gostaria muito de saber a resposta para a sua pergunta. E por que Justin inventaria uma desculpa esfarrapada para não sair conosco, mas está com Alicia agora mesmo? — falou ainda atônita com a situação.

— Eles estão de saída, vem comigo. — disse e deixou uma nota alta de dólar como pagamento ao que consumiram antes de puxar a garota consigo rumo afora.

— Espera, para onde estamos indo? — questionou adentrando ao veículo do rapaz.

— Fazendo o que já devíamos ter feito há tempos, indo atrás de respostas. — falou dando partida alcançando em poucos segundos o carro de seu amigo.

Amy permaneceu calada durante o curto trajeto, parecia aflita com os últimos acontecimentos. Estacionaram poucos metros à frente do casal, que para surpresa de ambos entraram juntos em um motel.

— Eu sinto muito. — disse Niall também em choque com o rumo que as coisas haviam tomado.

— Não sinta, agora vamos até o fim disso tudo. — disse e imediatamente saíra do automóvel sendo seguida por seu amigo, um misto de raiva e decepção tomou conta da garota, parecia não acreditar no que acabara de ver.

Os minutos seguintes passaram-se muito rapidamente, em um segundo Amy entrava no quarto encontrando Justin na cama com sua colega de sala, a mesma não conseguia pronunciar uma palavra sequer, simplesmente saiu do local aos prantos e sem rumo definido. — o que menos desejava naquele momento seria dividir o quarto com aqueles dois traidores. — Niall por sua vez tomou as dores da moça partindo para cima do garoto, certamente amanheceria com alguns hematomas.

Justin sentia-se péssimo pelo que fez, deveria ter colocado um ponto final em toda aquela história, porém Alicia não lhe deu escolha, ou continuavam com os encontros ou ela arruinaria o namoro do rapaz. Contra sua vontade decidiu que não suportaria perder sua amada, então continuaria a ter uma amante por algum tempo ou pelo menos até descobrir um jeito de livrar-se da garota, agora estava tudo acabado, Amy jamais o perdoaria.