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História Red (sterk) - Ganho ou perda


Escrita por: sebasgreen

Notas do Autor


hoi.
eu sei que eu ando demorando muito pra postar e sei que provavelmente meus capitulos estão ficando chatos.
prometo que daqui a pouco volta doa a viadagem que todos adoramos.
provavelmente vou demorar mais ainda. eu estou cheio de provas para fazer, um futuro para se preocupar e obviamente o todo poderoso dinheiro, que no caso está em falta.
então...
é.

Capítulo 23 - Ganho ou perda


Stiles estava pensando sobre o castelo.

Ele não precisava mais esconder tudo o que fazia de Rafe, isso era ótimo — mais que ótimo, na verdade — porem isso queria dizer que ele não estava a par dos movimentos que a Irmandade de Prata fazia.

E tinha seus melhores amigos que ainda se permaneciam "leias" ao diretor e estavam a mercê de sua loucura desenfreada e mania de poder.

Mas o pior de tudo.

Stiles estava entediado.

É isso queria dizer que ele iria perturbar a tudo e a todos até se sentir entretido.

Ele ficou seguindo a Noshiko para todos os lados fazendo perguntas impertinentes sobre a especie dela e sobre as coisas que ela estava fazendo, até a senhora se irritar e usar sua ilusão para que ele ficasse conversando com uma árvore por cinco minutos.

Stiles nomeou a árvore de Derek jr, a árvore rabugenta.

Depois ele passou boa parte da manhã perturbando Mason e Cory. Cory não ligou nenhum pouco, mas Mason o ameaçou com uma faca. Isso fez lembrar de seus amigos, então por motivos claramente destoantes da óbvia por assim dizer saudades, ele foi arranjar outra coisa pra fazer.

Hayden, a garota jaguar e sua fiel arma, sua carranca de tédio/ódio simplesmente ignorou a existência de Stiles apesar de todo o seu esforço para ser uma praga. Completamente ultrajante.

Todos naquele acampamento pareciam ocupados em algo, até a banshee louquinha tinha uma espécie de trabalho. De vez em quando ele sai de sua caverninha e saia dizendo sandices para quem quisesse ouvir e depois voltava para sua toca, com uma expressão de frustração. De acordo com Cory era porque sua predições se tornavam incompreensíveis ou pouco crível no momento que sua palavras saia para quem era diretamente afetado. Há meios de burlar essas regras, Chris foi um dos únicos que conseguia burlar realmente e isso já salvou a vida de várias pessoas lá.

Stiles tinha uma estranha fixação na caverninha da banshee, todas as vezes que deixava a mente vagar, acabava percebendo que se dirija para lá. Seus olhos, seus pés e seus pensamentos gostavam de lhe guiar para a caverna com uma frequência assustadora. Mas Cory o advertir, gritos de banshee costumam machucar mais do que só os ouvidos.

Stiles quase foi morto umas três vezes por fazer perguntinhas totalmente aceitáveis — aceitáveis para Stiles, mas para ninguém mais.

Como um grupinho de Rougarou, seres da noite com aspectos caninos que se alimentam basicamente se sangue — seja animais ou humanos —, eles se ofenderam tão facilmente quando Stiles perguntou se de alguma forma eles teriam algum parente morcego, até porque Stiles passou uma noite inteira como um, ele desenvolveu uma compaixão pelos carinhas hematofagos.

Havia em um canto do acampamento uma jaula com dois wendigos. Stiles presumiu que eles serviam como lixeira, afinal aqueles necrófagos acéfalos comiam qualquer coisa que chegasse perto de suas bocas podres. As plantas do acampamento decidiram que o garoto não poderia ficar lá jogando pedrinhas para os monstros comerem e então o expulsaram dali.

O rapaz tinha quase certeza de que foi Noshiko quem fez aquilo.

Stiles não poderia trabalhar, a falta de dois dedos e meio era grande, sem falar na dor que ele tentava com tanto esforço fingir que não existia. Stiles não podia ficar de vigia, pois seus poderes por alguma razão não estavam funcionando.

E isso era o mais frustrante de tudo.

Como um ex-irmão prateado, Stiles conseguia sentir o que não era humano graças as modificações que a Dama da Floresta cativa de Rafe — alias, Stiles já sentia falta do tempo em que ficava de bobeira no laboratório/prisão de Marin Morell, falando besteiras um pro outro e tramando maneiras criativas de matar o nosso querido diretor.

Mas aqui, neste acampamento, era muito a se assimilar. Stiles fazia esforço para manter tudo desligado. Porém como sua visão das almas, pode-se chamar, não estava funcionando como deveria, era como se eles estivesse ficando cego.

Ele odiava o fato de que falar com alguém, ele não poderia saber se estava mentindo ou não, pois sua alma não estava mais tão exposta como antes. E tem o negocio de que quanto mais ele forçava, mas sem energia ele ficava. Era como se todo o lugar sugasse sua vida aos poucos, mas quando tentava usar seu poder, um buraco se abria, pegando tudo o que restava.

Durante suas andanças de tedio, ele achou outro local curioso. Uma pequena chopana. Completamente diferente das outras, que eram sempre tendas feitas de trapos remendados e couro de animais limpos. E o mais diferente era o fato de que lembrava muito a prisão de Marin.

Não havia janelas, mas as tabuas usadas não eram realmente cortadas por um marceneiro de primeira, provavelmente muita luz passava pelas frestas. Havia uma pequena chaminé que constantemente ficava lançando fumaça para o céu, e o mais curioso era o fato de que as cores sempre mudavam. Era bonito e estranho de se vê. Parecia o covil de uma Megera.

Stiles já caçou uma Megera antes, não é algo bonito de se ver. A primeira vista Megeras são como Lâmias, todas cobertas de uma magia especial chamado Glamour, ou seja, como elas se parecem não é a sua real aparência. Elas vivem em forma de lindas donzelas ou gentis senhoras, solitárias em suas choupanas no meio do nada.

Stiles lembra da primeira vez que teve que enfrentar algumas, lá no sul do Reino — elas preferem o calor, por alguma razão — conseguiu matar duas das três irmãs que atormentavam aquelas florestas. Depois disso, nunca mais. Pois elas não falavam quando suas mascaras gentis e solitárias caiam e mostravam seus verdadeiros rostos grotescos, elas urravam, como porcos no abate. O rapaz teve pesadelos por meses.

Mas isso abria uma questão: será que Chris, o mais centrado dos Irmãos Prateados, estaria abrigando uma Megera em seu acampamento? Rougarous, Raposas e jaguares era uma coisa. Já foram humanos um dia, ou são parcialmente humanos, mas Megeras nunca foram humanas nenhuma vez na vida. Na verdade elas nem sequer nasciam. São espíritos malignos que possuem um corpo morto e precisam saciar sua fome por carne humana.

Obviamente Stiles decidiu entrar na chopana.

E de novo, ele teve uma sensação de voltar a prisão de marin.

Havia coisas demais naquele lugar. Varias caixas. Varias estantes, cômodas, gavetas, caixotes e mesas, todas cheias de tralhas que aparentemente não tinham conexão nenhuma. Havias ervas dependuras, galinhas mortas e crânios de animais, havia também desenhos do corpo humano, vários pergaminhos diferentes, pedras de todos os formatos, tamanhos e tipos, frascos contendo vários tipos de líquidos, pós e pastas que Stiles nunca pensou em ver.

Havia um caldeirão borbulhando bem na lareira, soltando fumaças multicoloridas. Havia também pequenos frascos dependurados, que brilhavam, mudavam de cor ou borbulhavam por nada.

Em uma das varias bancadas espalhadas pelos lados da chopana, estava um rapaz. Stiles se lembrava dele, era um dos dançarinos e também era o carinha silencioso que acompanhava Chris para todo o lado — junto com Mason e Hayden.

— Olá — começou Stiles, assim que entrou. — você deve ser… Jackson, certo?

O rapaz não virou. Continuou a trabalhar no que quer que fosse, mas levantou um braço e apontou para algo. Stiles seguiu e viu uma placa, com escritos em varias línguas diferentes na verdade. Havia Arbreris, Nortenho e a língua Comum, que é falada no Reino sem Rei. Stiles, que conseguia falar todas as três línguas perfeitamente, não precisou demorar para entender.

Não era Jackson.

Era Dr. Jackson.

— Ok. Doutor então. — ele caminhou mais um pouco pela chopana. Parecia com um laboratório de alquimista comum, porém muito pequeno e abarrotado. Stiles não podia andar muito em esbarrar em alguma caixa. Ele abriu uma delas e viu que na verdade, a caixa estava cheia de brinquedos. — tudo isso é seu? — ele perguntou, levantando um dos soldadinhos de chumbo.

O doutor largou o que estava fazendo e arrancou o bonequinho da mão de Stiles e guardou de volta na caixa, colocando-a em outro canto, longe das mãos do rapaz.

—Minhas sinceras desculpas, doutor. — Stiles fez questão de deixar um pouco de veneno em suas palavras. — não sabia que isso era tão importante para o senhor. — ele fez uma reverencia, mas foi totalmente ignorado pelo Bom Doutor.

Stiles não gostou. Está certo que Stiles achava atraente homens rabugentos, Derek era um ótimo exemplo, mas nesse cara era só irritante. Principalmente para o Stiles-indediado. O rapaz decidiu mexer em uma das bugigangas que estavam em uma das mesas. Um metrônomo. Stiles gostava daquilo, principalmente por fazer um som muito irritante e continuou. Tic, tac, tic, tac…

o doutor bateu as mãos no balcão que se encontrava e e parou o balançar do pendolu do metrônomo, olhando de cara feia para Stiles.

— O que? — perguntou inocente. — … é fome? Sua cara está meio estranha. Eu acho que tenho carne seca, se quiser.

Dr. Jackson grunhiu e foi em direção ao quadro, apagando vigorosamente o que estava escrito, só para escrever outra coisa.

“O que você quer?!”

Stiles olhou para o quadro e depois para o olhar furioso, mas silencioso do Bom Doutor. Ele era mudo.

— Nada. Só estou vendo.

Ele apagou mais uma vez, e escreveu.

“Não toque nas minhas coisas.”

— Mas o que é isso tudo?

“Não é da suas conta”

Para Stiles foi engraçado o fato de que ele apenas deixou o “não” intacto enquanto escrevia o resto.

— Desculpe, desculpe. — Stiles tentou se fazer de arrependido, apesar de não está. — só estou entediado. — ele não falou, e sim gesticulou. — desculpe, mas só sei os sinais do Norte.

Jackson pareceu menos agressivo na hora. Até na defensiva, Stiles poderia dizer.

Mas você sabe sinais. Gesticulou ele. Como?

Stiles sorriu.

Eu sempre tive muito tempo livre.

Tempo livre…?

No castelo cinzento. Não era sempre que tinha missão. Não quando se é um Elite Carmesim aos treze anos.

Elite carmesim…?

Stiles riu. Obviamente o Bom Doutor era tão sedento de curiosidade quanto Stiles. Provavelmente nunca perguntou nada para Chris por respeito, mas com o garoto não existia essa barreira.

Vamos fazer o seguinte, me conte algo, que eu lhe conto outra coisa.

Jackson pareceu pensar. Na verdade ele era muito expressivo, mesmo sendo mudo, seus olhos desconfiados e a espécie de bico que ele fez foi bem fácil de se ler, mesmo sem os poderes da Visão das Almas.

Ok. O que quer?

Todo mundo aqui parece ser algo diferente do normal.

Jackson fez apenas três sinais: Aberração. Maquina. Você.

Stiles revirou os olhos. Mas deu de ombros. Tanto faz mesmo.

O que você é?

O bom doutor hesitou. Ele pegou a plaque debaixo do braço e ficou olhando para ela por um tempo. Depois pegou novamente o pedaço de giz e escreveu rapidamente algo.

A placa havia escrito apenas uma palavra e uma ceta apontando para cima.

— Tritão… mas você está na terra. E com pés!

Dessa vez foi ele quem revirou os olhos e bufou. Ele escreveu novamente. “Capitão Obvio” estava escrito.

Como? Gesticulou Stiles.

Mais três gestos em resposta: Não. Conta. Você.

— Tá. Desculpa. Pergunta muito pessoal. Saquei. — porque você é mudo?

Isso adiciona duas perguntas na minha vez.

Tá que seja.

Jackson suspirou novamente. Tive que perder algo, pra ganhar algo.

— Vago…

Agora é a sua vez. Gesticulou ele.

— Ok… — disse ele. — por onde eu começo?

 


Notas Finais


então. esse foi um cap de apresentação de personagem.
deixem seus pesamentos sobre a fic nos comentarios.


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