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História Redemption - Capítulo 2:


Escrita por: GiullieneChan

Capítulo 3 - Capítulo 2:


—Quem é esse sujeito, Lydia? Quando meu tio Thad me falou sobre ele, fiquei preocupado. Achei que precisaria de mim aqui. -Adam inquiriu sua namorada assim que se afastaram um pouco do galpão.

—Estranho...você veio me "defender" de meu primo, mas aonde esteve quando seu tio e aqueles engravatados apareceram ontem praticamente me ameaçando para vender a propriedade? -respondeu irritando-se.

—Lydia, por favor. Tente compreender. Meu tio, o prefeito e todos aqueles homens querem o melhor para nossa cidade.

—Não vejo nada de bom em vender essas terras e vê-las destruídas por fábricas. -ela respondeu. -E se veio aqui para falar disso, pode entrar em seu carro e ir embora!

—Não. Eu não vim pra isso. -ergueu as mãos como se pedisse calma. -Mas...se você pensar um pouco a respeito...

—Tchau, Adam. Meus sobrinhos chegarão da escola e estarão famintos! Preciso preparar o lanche deles e do Marco.

Vendo que a namorada não lhe deixaria brechas para continuar a conversa, Adam Lawrence recoloca o chapéu na cabeça e sai. Mas não antes de lançar um olhar desconfiado na direção do galpão onde o tal "Marco" estava no momento.

Seu carro passou pelo ônibus escolar, e acenou para os sobrinhos de Lydia, antes de sumir.

Phillipe desceu correndo do ônibus e parou diante do galpão ao ver "Marco" mexendo no velho trator. Curioso o menino foi caminhando até ele, e parou assustado ao ouvi-lo proferir um palavrão quando aparentemente machucou o dedo em algum lugar no motor.

—Precisa de ajuda? -o menino ofereceu, receoso de início, mas andando até ele.

—Não.

—Eu sou bom com motores.

—Já disse que não. Consertar essa coisa virou questão de honra agora! -resmungou dando um chute na lataria.

—Eu entendo de motor. Meu pai me ensinou algumas coisas, outras foram o vovô. -e se aproximou sentando numa caixa próxima, dando uma chave de fenda para Máscara da Morte. -As peças são velhas, tem que tirar e limpar bem algumas delas, pois ainda dão pra usar. Se precisar de novas, vamos ter que comprar.

—Vamos? -ele ergueu uma sobrancelha encarando o menino. -Ouviu quando eu disse que não precisava de ajuda?

—Ouvi. -e estendeu um lenço limpo para que ele limpasse a mão machucada.

—Hunf...acho que preciso de um ajudante então. -voltou a atenção ao motor, tirando uma peça e estendendo para Phillipe. -Quero isso limpinho!

—Sim, senhor. -o menino aceitou o trabalho com um sorriso.

Alice entrava na casa com a pequena Sarah, indo diretamente para o quarto, mas não antes de ser indagada pela tia.

—Cadê seu irmão?

—No galpão com o Marco. -respondeu antes de subir.

—No galpão?

Sarah acenou afirmativamente a cabeça, antes de sair pela porta em direção ao local onde o irmão estava.

Lydia ficou parada. Depois movida pela curiosidade caminhou até o galpão onde escutava o sobrinho falando sem parar com Marco.

—O Bob Fergunson vive me batendo e empurrando na escola, ele é muito valentão. Vive implicando porque eu gosto de ver anime e ele não. Gosto de Pokemon, o senhor já viu? É muito legal, mas o Pikachu não quer evoluir.

—Nunca vi esse tal de Pokemon. -Máscara da Morte suspirou com tédio da conversa do menino.

—Prefere o Goku? Eu também acho ele legal. Ah, e também gosto de usar camisetas de signos, meu pai também gostava. Mas o Will Preston quis me bater só porque não gostou da estampa da minha camisa. E o que tem eu gostar de mostrar meu signo? Eu gosto dele.

—Qual seu signo? -o cavaleiro perguntou com a cabeça enfiada no motor do trator.

—Sou de Sagitário. Alice é de Aquário e a Sarah de Câncer.

—O melhor signo é da baixinha! -sorriu examinando uma peça.

—Tia Lydia é de leão.

—Por isso é tão mandona. -e o cavaleiro riu. -Se quiser te ensino a se defender dos valentões.

—Legal! Mas eu sou muito baixinho, não tenho força.

—De onde eu vim, conheci um japonês baixinho que só deu trabalho pros grandões. AAII! - grita e volta a xingar em italiano por ter machucado outro dedo. -Cazzo di macchina inferno!

—Nervoso assim, não me parece canceriano. -falou Lydia, assustando Máscara que bateu a cabeça ao levantar-se rapidamente. -Oh, desculpe! Machucou?

—Meu orgulho. -falou esfregando a cabeça com a “cara amarrada”.

—Ele falou palavrão em italiano, tia! Foi legal! –falou o menino rindo. –O que é cazzo?

—Vão lanchar. -a mulher falou às crianças. -Podem ajudar depois que fizerem as lições de casa.

As duas crianças reclamaram, mas obedeceram à tia, indo para a casa, mas Phillipe o chama.

—Gosta de pôneis, Marco?

—Não. Eles fedem. -respondeu voltando ao trabalho.

—Minhas irmãs e eu temos. Eu posso mostrar para ele, tia? Pôneis são tão legais! O meu é muito rápido, o da Sarah parece que tá dormindo em pé e...

—Vá logo! -ordenou o canceriano. -Eu vou se você parar de falar!

O menino correu satisfeito para a casa. Lydia ficou algum tempo ali, parada observando-o. Estava sem a camisa, sujo de graxa e mesmo assim, era atraente.

—Não vai lanchar?

—Não tô com fome. -mentiu. Estava faminto. -O que dá para aquele pivete para falar tanto?

—Não precisa bancar o durão.

—Não estou bancando nada, não quero comer agora, só isso. -ergueu-se caminhando até ela, e Lydia recuou. Ele falou com um sorriso confiante. -Não precisa ter medo de mim. Não vou fazer nada que não queira que eu faça com você.

—Com coisa que eu queria algo do senhor. -respondeu irritada.

—Fica nervosa muito fácil! -passou por ela, lavando as mãos em uma torneira próxima.

—Fala a voz da experiência. Você também não é um poço de serenidade. -zombou. -Precisa descobrir a causa deste mal humor todo.

—Eu já sei qual é a causa do meu mal humor. Estou longe da minha casa e nem sei como eu faço para voltar. -e percorreu o olhar pelo corpo dela com malícia, deixando-a indignada. -Talvez esse seu mal humor seja por que seu namoradinho não esteja te tratando como uma mulher merece.

—Como se atreve a... -respondeu irada a ponto de dar um tapa no rosto do homem diante dela, mas ele a segurou firme pelo pulso.

—Acho que acertei. -ele ainda mantinha aquele sorriso irritante de vitória no rosto.

—Me solta!

—Me diz, senhorita Lydia, o Mauricinho do seu namorado sabe beijar?

Com um puxão e sem esperar pela resposta dela, a trouxe para perto de si e pressionou sua boca contra a dela, num beijo nada delicado, e sim possessivo, forte, viril. Lydia tentou se soltar, empurrando-o, mas as mãos dele a seguravam com firmeza, impedindo-a de se libertar.

Apesar da raiva que sentia, ela estava tentada a admitir que o beijo dele era quente, provocante...e com um suspiro resignado, permitiu que ele aprofundasse o beijo, invadindo sua boca com sua língua.

Por fim, quando o beijo cessou, Máscara ainda prendeu o lábio inferior de Lydia com sua boca antes de soltar e beijar levemente os lábios inchados e úmidos da mulher, que mantinha os olhos fechados, se recusando a encará-lo. Havia sido o melhor beijo que já experimentara.

—É assim que uma mulher tem que ser beijada. -ele murmurou próximo em seu ouvido, o hálito quente causando-lhe arrepios.

Depois se separou dela, pegando sua camisa e saindo do galpão.

—A..aonde vai? -ela perguntou, depois de se recuperar do beijo.

—Comer algo. Estou morrendo de fome. -respondeu, continuando a caminhar.

Lydia sentiu o sangue ferver naquele momento. Como ousava agarrá-la daquela maneira, e depois tratá-la com tanto descaso? Pegou a primeira coisa que estava a mão e jogou nele uma pesada chave de fenda com todas as forças. Máscara pegou a ferramenta no ar, antes que ela chegasse perto dele, numa ação tão rápida que Lydia ficou boquiaberta, espantada.

—Ora, precisa ser mais rápida que isso. -zombou, rindo e entrando na casa.

—Você me paga por isso. -jurou Lydia, ainda fervendo de raiva.

Máscara da Morte a deixou passar, desviando de um empurrão que receberia da moça. Deu uma risada, mas logo que ela entrou na casa fechando a porta com um estrondo, ficou novamente sério, analisando a chave de fenda em sua mão. Por um instante, um breve instante, sentiu seu corpo se aquecer. Seria seu cosmo tentando voltar a queimar? Pelo menos, sentia que sua velocidade não fora afetada.

Mas o que o deixava realmente intrigado era imaginar o que aquelas deusas caquéticas querem com essas férias forçadas nesse lugar.

 

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No caminho da cidade, o xerife Lawrence pega o seu rádio faz uma ligação.

—Tonya, está na escuta? Câmbio?

—Estou aqui, xerife. Câmbio. -respondeu uma voz feminina.

—Procure informações sobre um tal de Marco Bardella.

—Bardella?

—Sim, Câmbio. Com a imigração, polícia estadual, até com aquele seu primo de terceiro grau do FBI, mas quero saber quem é.

—Certo. Câmbio e desligo.

—Você não me engana “Marco”. -falava sozinho. -Conheço o olhar de quem está mentindo.

 

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Naquela noite, Lydia retirou-se após o jantar preferindo não ficar muito tempo na mesma sala que “Marco”. Sem dizer nada, ele saiu da casa indo pela estrada que levava a cidade. Ela ficou observando pela janela do quarto ele sumir na estrada, e pediu em seu íntimo que ele fosse embora e não voltasse mais.

Não demorou muito e Máscara da Morte chegou a um posto na estrada onde havia um bar ao lado, daqueles frequentados por pessoas nada amistosas. Ignorou o barulho ao ver um orelhão. Longe dos olhares curiosos da família Denílson tentaria ligar para alguém que conhecia.

Discou os números de um celular, a cobrar. A pessoa que o receberia iria surtar, mas atenderia. Ele era um dos poucos que sabiam seu verdadeiro nome.

—Másc...quero dizer, Giovanni de Lucca de Wildewood, Canadá. -falou à telefonista esperando que ela completasse a ligação.

Breves momentos depois, uma voz muito eufórica atendeu do outro lado.

—MASK!! -gritou. -ESTÁ VIVO? AONDE ESTÁ?

—Ah, não grita Afrodite! Não sou surdo. Cala a boca que eu te conto e... -De repente a ligação caia. -Mas que merda é essa?

—Não achou mesmo que deixaríamos...

—Que contatasse o Santuário...

—Antes do fim de seu teste?

Máscara da Morte reconheceu imediatamente as Parcas, virando-se e vendo-as se manifestarem a sua frente.

—Suas malditas! -apontou o dedo para elas e depois se xingou. –Merda! Esqueci que estão trapaceando, praga!

Elas apenas gargalharam e sumiram no ar.

—Malditas bruxas! Ainda vou socar suas caras arrogantes!

Depois do que houve, sentiu uma enorme necessidade de beber algo. Estava irritado pelo fato de não ter tido tempo de dizer ao Afrodite aonde estava, mas esperava que ele fosse esperto o suficiente para tentar rastrear a ligação até aquele fim do mundo.

Entrou no bar e olhou o ambiente. Esfumaçado, cheirando a cerveja e bebida, homens e mulheres alterados pelo álcool, distraindo-se em um jogo de dardos ou na sinuca. E música country no ar.

—Odeio esse tipo de música. -resmungou, mas entrou assim mesmo, não tendo muitas opções e querendo muito beber algo forte. Foi ao bar e pediu uma dose de uísque.

Estava bebendo tranquilamente, quase esquecendo a sua raiva, dando atenção para uma loira que sentou ao seu lado, se insinuando e pedindo que lhe pagasse um drinque, quando ouviu uma conversa interessante vinda de dois homens próximos.

—É agora? -um homem que mais parecia um caminhoneiro perguntou a outro bem vestido.

—Sim.

—Mas não é perigoso? Ela não está andando com o xerife?

—Não precisa esquentar com isso. A gente dá um susto na garota e ela não vai querer ficar na fazenda mais. Além disso, só tem um velho e três crianças por lá. Serviço fácil!

—Não tinha um cara trabalhando lá também?

—O que é um cara contra sua turma? -jogou algumas notas sobre o balcão e chamou um grupo de homens mal encarados que jogavam sinuca com a mão. -Vai ser agora! Esta noite!

E Máscara ficou observando eles saírem, afastando a loira que havia se agarrado ao seu pescoço.

—Preciso ir.

—Tá me dispensando? Quem você pensa que é?

—Não pedi sua companhia. -e a afastou com um gesto brusco.

—Algum problema? -vários homens os cercaram, e um grandalhão careca perguntou. -Ele te fez algo, Tammy?

—Ele tentou se aproveitar de mim! -choramingou a loira.

—Eu não forcei a sua mão a entrar na minha calça. -respondeu o cavaleiro a ela.

—O que está insinuando a respeito da minha prima? -o grandalhão parecia disposto a brigar.

—Que ela é uma piranha. -respondeu com um sorriso, pronto para revidar. Precisava mesmo se aquecer.

 

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O som de vários carros se aproximando a despertou do sono leve em que estava. Lydia viu caminhonetes e homens usando máscaras de esqui e viu que não era nada bom. Vestiu o robe e pegou a arma que tinha em casa, um revólver calibre 38 que era de seu irmão.

—Tia? -Alice acordou e estava na porta do quarto.

—Pegue seus irmãos e fique no quarto com seu avô. -ordenou e vendo a hesitação da menina falou com rispidez. -Agora! E ligue para o Adam!

Alice assentiu e foi aos quartos dos irmãos menores. Lydia desceu as escadas e abriu a porta da frente, disposta a expulsar aquela gente de sua propriedade.

—Vão embora! Já chamei a polícia. -avisou apontando a arma para os homens.

—Quero saber como, se cortamos as linhas. -disse um deles e os outros riram.

—O que querem? Deem o fora ou eu atiro!

—Não pode atirar em todos. -um deles deu um passo à frente.

—Não. Mas posso acertar seis de vocês.

Enquanto falava e mantinha o olhar para os homens diante dela, não percebeu a aproximação de outro que a pegou pelas costas, desarmando-a. Lydia esperneava e tentava se soltar.

—Vamos nos divertir, minha gente! -ele ria jogando-a em cima do capô de um dos carros, dois homens segurando-a pelos braços para impedi-la de lutar. Mas ela revidava com chutes. -Segurem as pernas dela. Quero me divertir.

—Mas, não foi isso que combinamos! -um dos homens hesitou. -Vamos ter problemas!

—Cala a boca! -ordenou o líder. -Ela pediu isso!

—Soltem minha filha! -Jeremiah apareceu, mas um dos homens o socou no estômago fazendo-o perder o fôlego e cair de joelhos.

—PAI!

—Calada e colabore. Seremos gentis...ou você quer que peguemos seu pai e os pirralhos. -o agressor que parecia o líder segurou o queixo dela com violência. Estava nítido o que ele queria e isto causou nojo em Lydia, lágrimas vieram aos olhos. -Não chore. Você vai gostar.

—Se não soltarem ela...eu mato todos vocês. Mas se a largarem, serei gentil e deixo alguns aleijados de lembrança.

Todos olharam na direção de onde partiu a ameaça. Máscara da Morte tinha um sorriso maligno no rosto e olhos de predador sobre os invasores, estava com as mãos nos bolsos da calça e parecia não estar intimidado pela diferença numérica, ao contrário, parecia se divertir com a situação.

—Então? Quem é o primeiro que vai morrer?

 

Continua...



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