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História Redemption - Capítulo 3:


Escrita por: GiullieneChan

Capítulo 4 - Capítulo 3:


Cercado por homens mal encarados. Alguns armados com pedaços de paus. Sem seu cosmo ou armadura. É, estava do jeito que ele queria. Precisava mesmo extravasar e a briga no bar não foi o suficiente para colocar pra fora toda a raiva que sentia com a situação.

Preso em um lugar que não era seu. Privado de seus poderes. Não estava em seu melhor humor.

E ver os covardes tentarem violentar Lydia só fez seu sangue ferver. A garota seria dele primeiro, havia decidido isso mais cedo. Fazia questão de ter Lydia e depois rir da cara do corno do noivo dela, e não permitiria que nenhum outro homem colocasse as mãos nela.

Pelo atrevimento de ter encostado as mãos nela, Máscara da Morte faria questão de aleijar o idiota que a mantinha ainda presa em seus braços. O covarde gritava ordens para os outros:

—Mata ele de pancada!

Com as mãos nos bolsos da calça esperou o primeiro movimento, não tardou que o fizessem. Como eram lerdos e indisciplinados, pensava enquanto desviava de um ataque desajeitado e socava a boca do agressor em resposta, um segundo agressor recebeu um golpe diretamente na garganta, caindo no chão antes que se desse conta do golpe que recebera.

Até mesmo as crianças que treinavam arduamente no Santuário eram mais rápidos que aqueles homens, pensava. O efeito da bebida somada ao fato de nenhum deles ser um lutador de verdade, tornava o final daquela briga previsível para um guerreiro experiente como o Cavaleiro de Câncer.

A luta não iria demorar muito.

—Não sabem fazer nada melhor que isto? -Máscara perguntou quando derrubava o sétimo homem facilmente com uma queda de braço, mas não antes de quebrar alguns ossos deste.

Os outros recuaram.

—Eu tenho algo pra você, seu puto! -o homem que rendia Lydia a soltou e apontou a arma que havia tirado dela para Máscara. -Que tal isso? O que me diz?

—Eu sugiro que não erre o primeiro tiro. -disse com frieza, andando até ele. -Pois se errar, eu pegarei esta arma e a enfiarei em seu traseiro e ainda apertarei o gatilho só para ver o estrago que isso fará.

—Pra trás! -ameaçou, tremendo diante do olhar do outro.

Mas o Cavaleiro continuou a caminhar, sem tirar os olhos dele. O agressor fechou os olhos e apertou o gatilho. Lydia gritou.

Quando abriu os olhos, viu-se diante do Cavaleiro que mantinha um sorriso sardônico no rosto.

—Você errou.

A última coisa que ele viu, foi o punho do Cavaleiro contra seu rosto antes de perder a consciência, e os dentes da frente pelo golpe. Enojado por tamanha covardia, o Cavaleiro o pegou pela gola da camisa e o jogou contra os outros invasores e falou com tanta firmeza que ninguém ali presente ousou contestá-lo.

—Se não saírem em dois minutos, levando esses lixos, eu parto o que resta de seus ossos. -estalando os ossos da mão numa demonstração de que não brincava.

Imediatamente os invasores se debandaram. Alguns soltaram ameaças, dizendo que voltariam. Ele teve vontade de rir com isso. Mas o soluço de Lydia o fez lembrar que ela estava presente, sentada no chão, abraçando os joelhos.

Sem dizer nada, Máscara da Morte pegou o revólver que pertencia a ela caído no chão e o guardou na cintura da calça, depois a ajudou a se levantar.

—Pra que uma arma se não sabe usá-la? Estas coisas são inúteis.

—Segurança. -foi o que conseguiu responder.

—Bela segurança. -desdenhou.

Jeremiah já estava em pé e sorria satisfeito com o fato dos homens terem sido expulsos de suas terras. Começou a notar que não fora um erro ter contratado o italiano.

—Vamos para dentro. Tivemos emoções demais para uma noite. -sugeriu o idoso. -Me deu uma vontade de beber café.

—Café? -Lydia parecia não acreditar no que o pai dissera. –Temos que chamar o xerife!

—Agora está tudo bem, filha. Depois ligaremos para o xerife para que ele tome as providências. Vamos. Aceita café, Marco?

—Acho que sim. -ele respondeu, entregando na mão de Jeremiah a arma e entrando na casa. -Vamos conversar.

A meia hora seguinte, Lydia se ocupou em se acalmar, enquanto tentava demonstrar aos sobrinhos que estava tudo bem e não deveriam se preocupar mais. Seu pai e Marco estavam na cozinha, bebendo o café que o idoso fizera.

—É assim que compram as terras? Pelo terror? -o cavaleiro perguntou bebendo o café e observando o fazendeiro.

—Eu soube que fizeram isso com algumas propriedades, mas ninguém testemunhou. -ele suspirou, levando a mão ao rosto, cansado.

—Sabe que seu amigo xerife pode estar envolvido, já que até agora não prenderam ninguém?

—Sim...E pensar no que poderiam fazer com Lydia...

—Eu os mataria antes disso. -resmungou, e o idoso sorriu.

—Não duvido. Depois desta luta, não duvido. Teve treinamento militar, Marco? Serviu no Iraque?

—Algo parecido. Mas não estive no Iraque. Estive em outras guerras.

—Achei mesmo que era isso. Você não me parece ser alguém que aprendeu a lutar em bares contra bêbados. -sentiu-se tonto.

Máscara o observou...não parecia bem.

—Vá se deitar, Jeremiah. A última coisa que esta noite precisa é de você tendo um ataque!

—Sim. Amanhã bem cedo irei ver o dr. Fallon. Com você aqui, me sinto mais seguro. -respondeu saindo da cozinha e cruzando com a filha na porta. -Ele machucou a mão. Faça um curativo, por favor.

Máscara tentou esconder a mão com um corte, mas Lydia sem dizer nada pegou a caixa de primeiros socorros e sentou-se ao lado dele. Em seguida, pegou a mão ferida.

—Golpe de sorte. Foi no bar...precisa ver o que sobrou do careca que fez isso.

—Pode infeccionar.

—Bah! É um machucado de nada. Já tive piores que isso! -virou o rosto e segurou um gemido quando ela colocou uma solução de iodo. -Tá fazendo o que?

—Limpando.

—Não precisa.

—Se ficar infeccionada não poderá trabalhar e de nada vai me servir. -respondeu já se irritando com ele. -Para de bancar o poderoso machão comigo!

—Esse é o meu pagamento por ter salvado seu pescoço? -tentou puxar a mão, mas ela a segurou firme. -Essa coisa...tá ardendo!

—Para de ser criança. -e apertou o algodão com iodo de propósito. -Terminei. Vai sobreviver.

O cavaleiro notou que ela guardava os remédios com mãos trêmulas, deixando um vidro cair, espatifando-o ao chão. Lydia praguejou, se ajoelhou para catar os cacos, e ela começou a falar.

—Eu...eu...me senti inútil. Covarde...não consegui proteger minha casa...eu... -segurando os cacos, os apertou na mão e acabou se cortando. -Ele iam me...eles iam...

A mão quente dele a segurou, retirando os cacos e observando o estrago que foi causado na pequena mão.

—Eu não deixaria.

Respondeu e ela começou a chorar. Irônico sentir-se segura com um completo estranho, que mentia sobre sua própria identidade e que brigava como se estivesse possuído. Ela via nos olhos dele que não era um homem que fazia gentilezas e que com certeza tinha um passado questionável, mas também via que se ele disse que não deixaria que a machucassem, era verdade. E havia algo em seu olhar, no calor de sua voz, algo que ele tentava esconder a todo custo. Gentileza.

—Eu sei. –respondeu se levantando e lavando a mão na pia da cozinha.

Mãos fortes a seguraram pela cintura, fazendo-a estremecer. E o hálito quente dele em seu ouvido não ajudaram em nada a fazer seu coração parar de disparar.

—Eu não quero que ninguém mais te toque, nem aquele franguinho do seu namorado... -as mãos a apertaram, fazendo suas costas se chocarem com o peito másculo do cavaleiro. -Sabe o que quero?

—O que..? -ela virou o rosto e olhou para ele.

—Quero que você seja minha. -beijou o seu pescoço e se afastou. -Mas na hora certa. Cuida dessa mão. Boa noite.

 

Disse fazendo um leve aceno e entrando em seu quarto, deixando Lydia abobalhada por alguns minutos. Depois seu orgulho ferido falou mais alto, e o xingou mentalmente por ser irritante e arrogante. Bateu na porta que levava ao quarto dele com força e não obteve resposta.

Abriu a porta e entrou, já com o discurso na ponta da língua.

—Como ousa falar comigo daquela maneira como se eu fosse uma ... -tampou os olhos e virou-se rapidamente. -Jesus! Você está nu!

—Eu ia dormir. -respondeu com naturalidade, nem se importando com seu estado.

—Tem crianças nesta casa! Seu pervertido! -ainda de olhos fechados.

—Eu ia subir e trancar a porta, mas você invadiu meu quarto. -a voz dele estava bem próxima a ela, podia sentir o calor dele bem às suas costas. -O que você queria comigo?

—Em primeiro lugar...vista algo! -se recusando a abrir os olhos.

—Você gostou do que viu. Admita.

—Ora seu...-abriu os olhos, mas mirou o chão, se recusando a fitá-lo. Reparou em seus pés e um ditado que sua avó lhe dizia veio à mente...Pés grandes significam um grande...ficou ruborizada. O que estava pensando?

—Que foi? -ele ria, parecia estar adivinhando seus pensamentos. -Não achei que haveria uma mulher da sua idade tão cheia de pudores.

Lydia teve vontade de socá-lo pelo atrevimento e pelas palavras rudes.

—Você é um idiota. -respondeu, abrindo os olhos e o encarando.

—Mas um idiota que você quer.

—Seu... -cansado de discutir, ele encerrou a conversa beijando-a.

A boca cobrindo a dela de forma dominante. Apesar de Lydia relutar inicialmente, foi cedendo ao poder de sedução que ele possuía, retribuindo ao beijo após uma breve resistência. Máscara sugou o lábio inferior dela com gentileza e depois sua língua começou a explorar aquela boca que o tentava.

Lydia gemeu, encostando os seios contra o peito forte. Ele respirava com força, beijando-a com mais ímpeto, enquanto a mão envolvia seu seio, sentindo o mamilo ficar duro em resposta. Ela não reagiu, mal acreditando nas reações do próprio corpo com as carícias.

Ele deveria ser um amante hábil, facilmente perceptível pelo modo como seu corpo reagia aos toques dele. O corpo nu e másculo a pressionava contra a parede, podia sentir o quanto ele estava excitado.

—Tia Lydia! -Alice a chamava da cozinha.

Subitamente conscientes do que fariam se não fosse a menina chamá-la, eles recuaram.

—Tia Lydia. A Sarah tá chorando. Não consegue dormir. A senhora tá aí embaixo? -a voz dela vinha do alto da escada.

—Es..estou indo! Não desça! -Lydia pediu subindo as escadas rapidamente.

—Lydia...-ela a chamou. -Na próxima ninguém vai nos atrapalhar.

Ela não respondeu, subindo as escadas rapidamente e fechando a porta com brusquidão. Máscara da Morte deitou na cama, com os braços apoiando a cabeça e sorriu.

 

X..x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x..X

 

—Idiotas! -O xerife deu um soco em um dos homens que deveriam assustar a família Denílson.- Era pra assustar eles! Não machucar a garota!

—Mas a gente...-um deles havia contado que alguns se exaltaram por causa da bebida. -A moça nem se feriu, o estrangeiro que está trabalhando pra eles apareceu e...

—Me expliquem como um cara sozinho conseguiu surrar oito homens! -o xerife estava aborrecido. -E vários homens num bar antes disso?

Ninguém respondeu.

 

—Ele não é quem afirma ser.- Adam Lawrence apareceu. -Não existe nenhum Marco Bardella. Ao menos morando aqui no Canadá ou nos Estados Unidos.

—Tem certeza?

—Sim.-respondeu jogando uma pasta sobre uma mesa. -Mas não parei de investigar. Fiz um retrato falado dele, mandei pros federais aqui e na América. Logo teremos notícias.

—Sabia que podia contar com você, Adam. -o xerife sorriu. -Com o dinheiro daquelas terras, você mudará sua vida.

—Quero Lydia. Mando os sobrinhos para algum colégio interno e nos mudamos pra Capital. -sorriu. -Mas aquele sujeito pode atrapalhar.

Seu computador anunciou que havia chegado um e-mail. Era do FBI. Abriu rapidamente a mensagem, que avisava que agentes estavam a caminho, pois o retrato falado foi identificado sendo de um misterioso assassino, procurado pela Interpol por ter eliminado vários figurões da máfia anos atrás. Um assassino que trouxe medo pelo peculiar costume de levar as cabeças das vítimas consigo. O assassino havia desaparecido depois da ação...e que estava ali...em Wildwood.

—Ora, ora, ora...isso é interessante. - Adam sorriu, pegando sua arma.

—Aonde vai?

—Prender um assassino e me tornar herói.

—Não seja idiota! -o xerife falou. -Se metade deste relatório for verdadeiro, não vai pegá-lo facilmente.

—Mas...

—Está com ciúmes...raciocine! O que ele está fazendo aqui? Talvez sua namoradinha e a família dela sejam mortos por aquele cara. Isso iria facilitar minha vida mas, você gosta dela.

Adam não respondeu.

—Envie um e-mail avisando ao FBI que ele saiu da cidade em direção a Vancouver. Vai nos dar um tempo. Primeiro temos que saber pra quem ele trabalha, o que está querendo aqui...se sabe o que estas terras tem. -dizia o xerife. -Depois pegamos ele e viramos heróis.

Adam concordou, e foi realizar a tarefa que seu tio impôs. Mal esperando a vontade de poder dar o troco no falso senhor Bardella.

—E vocês. -o xerife apontou para os homens. -Quero-os sóbrios para darem o corretivo que aquele cara merece. McBride chame os irmãos Logan.

—Os Logan? –o chamado McBride estremeceu. –Quer que eu os chame?

—E tem outro John McBride aqui? Vão!

—S-sim senhor. -os homens saíram.

—Os irmãos Logan? -Adam estranhou. -Para que? São animais!

—Para pegar um animal...usa-se outro.

 

Continua...

 



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