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História Reencontro do Destino - Kumogakure no Sato


Escrita por: Ryuusou

Notas do Autor


Naruto, Kurama, Choumei e Fuu, junto de Kakashi, chegam a Kumogakure no Sato e...

O Raikage fica...

Em Konohagakure no Sato, o Hokage...

Gai fica...

Capítulo 24 - Kumogakure no Sato


Fanfic / Fanfiction Reencontro do Destino - Kumogakure no Sato

Algumas horas antes, no universo de Naruto, na Terra, mais precisamente nos arredores de Kumogakure no Sato, Naruto, Kurama, Fuu e Choumei, sendo estes os originais, juntamente com Kakashi, chegam aos enormes portões da vila onde são recepcionados por ninjas desconfiados que identificam a bandana de Konoha neles.

O que parecia o líder se aproxima e pergunta de mau humor:

— O que vocês desejam aqui, ninjas de Konohagakure no Sato?

Kakashi se aproxima e fala entregando um pergaminho:

— Tenho ordens do Hokage-sama da minha vila para me encontrar com o Raikage-sama.

O líder, ressabiado, pega o pergaminho, passando a ler atentamente, alterando em olhar do grupo para o pergaminho e vice-versa, arqueando o cenho, até que alguém tira o pergaminho dele que exclama:

— Ei! Como ousa...!

Então, ele fica estupefato ao ver que era Darui, o braço direito do Raikage, que havia pegado o pergaminho e começou a ler, sendo que alternava com selos, como se desejasse confirmar a autenticidade.

— Darui-sama! Perdoe-me. Não vi que era o senhor.

Ele nada responde, sendo que levanta os olhos do pergaminho, para depois olhar para o grupo, falando após alguns minutos:

— Entendo. Bem, podem entrar. Vou leva-los a presença do Raikage-sama.

Eles agradecem e conforme andavam, Naruto pergunta:

— Qual o seu nome?

Com a sua usual calma e com um tom preguiçoso, ele responde:

— Sou Darui, o segundo braço direito do Boss. O primeiro é Killer B, o otouto dele. Fiquei curioso ao saber que tínhamos visita de outra vila.

Ele olha para eles e pergunta:

— Quem são vocês? – ele olha para Kakashi – Eu sei que você é filho do Canino Branco de Konoha, Copy ninja Kakashi ou Kakashi do Sharingan, Kakashi Hatake.

— Sou Naruto Uzumaki. – ele fala, sendo que não pode impedir o fato de achar Darui parecido, de certa forma, com Shikamaru.

— Me chamo Kurama. Prazer em conhecê-lo. – ela se apresenta, falando meigamente, enquanto se curvava levemente.

— Sou Fuu, prazer! – ela exclama, animada, fazendo uma saudação com a mão na testa, como se batesse continência.

— Sou o sortudo Choumei! Yeah! – ele fala fazendo uma pose.

— Prazer.

Ele fala educadamente, enquanto que evitava pensar no fato de que já bastava as poses de Killer B. Ter mais um, fazendo isso, era no mínimo um pesadelo e frente a tal pensamento, não pode deixar de suspirar, enquanto que agradecia o fato de Choumei ser de outra vila.

Em uma sala anexa ao escritório do Raikage, Matatabi estava sentada em frente a uma mesa farta de café, sendo que o Raikage se mostrava prestativo, a servindo, para depois puxar conversa, com a bijuu que falava timidamente, sendo que ele achava ela fofa demais. Inclusive, ouviu, ela ronronar algumas vezes e isso a fazia ficar ainda mais fofa ao ver dele.

Ele sempre perguntava sobre o dia dela, como estava se sentindo e se queria algo.

Yugito, B, Gyuuki, Samui, Karui e Omoi estavam com gotas na cabeça, pois, quando o Kage deles percebeu que o seu jeito intempestivo podia deixar Matatabi desconcertada e até fazê-la ter receio dele, ele, prontamente, passou a ser mais controlado e inclusive, graças a influência dela, ele usava a porta e não mais corria até a janela, estourando a mesma e a parede, se lançando para o chão como ele fazia no passado, quando saia desembestado por ser intempestivo em algumas situações.

Os moradores da vila notaram que o Raikage deles estava mais ponderado e menos propenso a simplesmente destruir os obstáculos em seu caminho, preferindo desviar, usando as portas e corredores, por exemplo, do que no passado, em que ele avançava destruindo paredes, apenas pela pressa. Eles agradeciam e muito a jovem que ajudou ele a ser menos intempestivo e pavio curto.

Eles confessavam que mesmo sabendo que o Raikage deles era daquele jeito, parecendo de fato um relâmpago, eles se assustavam, muitas vezes.

Agora, estava tudo mais calmo e eles agradeciam e muito a mudança.

Afinal, o Raikage não deixava de ser uma presença que denotava poder. Isso não mudou. Apenas passou a tomar as coisas com mais parcimônia e desviava dos obstáculos.

— Nunca imaginei que o meu irmão mudaria tanto. – B comenta surpreso.

— Eu também não imaginava que o Raikage-sama mudaria tanto pela Matatabi-chan. Quem diria que ela poderia aplacá-lo?

O Raikage oferece um doce a Matatabi que pega gentilmente e fala meigamente:

— Obrigada, nyah. – ela agradece, mexendo as orelhas e caudas, sendo que as orelhas fazem um som fofo.

Raikage suspira apaixonado, fazendo mais gotas surgirem nos demais, sendo que preocupado com ela, inclusive demasiadamente, havia mandado o Time Samui, que era o melhor time de toda a Kumogakure no Sato, para cuidar da escolta de Matatabi, além de colocar jounnins de prontidão.

Os jounnins não sabiam que quem protegiam era uma bijuu, mas, o Time Samui sabia que era a Nibi no nekomata. Ou melhor, Matatabi e por isso não estranhavam mais as orelhas e as caudas. Eles também sabiam que o homem de terno ao lado de B, aparentando ser sério e centrado era Gyuuki, aqueles que conheciam como Hachibi.

Então, Raikage se surpreende quando Matatabi se levanta, sorrindo, sendo que pergunta curioso:

— Matatabi-chan?

— Meus outros irmãos estão aqui. Estava com saudades deles. Você os sentiu, Gyuuki onii-chan?

— Agora que você falou... – ele comenta pensativo – Vejo que é a Kurama nee-chan e o otouto Choumei.

Então, Darui entra e fala:

— Ninjas de Konohagakure no Sato estão aqui e desejam falar com o senhor, Boss (chefe).

— Entendo. Vou encontra-los no escritório. Poderia ficar aqui, Matatabi-chan, junto dos outros?

Os demais entendiam o ato do Raikage e considerando os sentimentos dele para com Matatabi, seria uma atitude normal protegê-la.

— Posso ir, C-kun? – ela fala usando o apelido que ele pediu para ela usar com ele.

Ela o olha com os olhos pedintes e ele acaba cedendo, como sempre acontece.

Na verdade, ele queria tanto protegê-la, que havia pedido para ela ficar ali por precaução, pois, não sabia o que os ninjas queriam e havia dois jinchuurikis. Mesmo tendo B e Gyuuki, além de Darui e o time de Samui, não queria arriscar. Ele sabia melhor do que ninguém que os bijuus eram alvos de outras vilas. Claro que Yugito também era protegida, já que era jinchuuriki dela e as suas missões foram mudadas para missões internas no prédio do Hokage e áreas adjacentes.

Afinal, se Yugito fosse capturada, a sua amada Matatabi seria capturada também.

— Pode ir, mas, fique junto de mim, sendo que fique um pouco atrás dos outros.

— Não sinto qualquer hostilidade oriunda deles. Se quisessem me fazer mal ou tivessem alguma má intenção, eu e Gyuuki sentiríamos de imediato. Nós bijuus estamos muito unidos, em um nível que não compreenderiam e que não conseguiríamos sequer colocar em palavras. Provavelmente, é por termos sido, um dia, um único ser. Portanto, podemos sentir através deles e não estamos sentindo isso. Não é, Gyuuki onii-chan?

O bijuu adianta um passo e fala:

— Ela está certa, jovem Raikage-sama. Eles podem ocultar por si mesmos, mas, não podem ocultar através dos bijuus. Nós espelhamos os reais sentimentos de nossos jinchuurikis.

— Entendo... Mesmo assim, quero que fiquem atentos. Naquela sala, a prioridade será a Matatabi-chan e a Yugito. Entenderam? São as minhas ordens.

Todos consentem e após ter a confirmação deles, ele acessa a porta que dava a um corredor que fornecia acesso ao escritório do Kage.

Ao entrar na sala, Matatabi contém a muito custo a vontade de abraçar os seus irmãos, sendo o mesmo para Gyuuki, sendo que a bijuu fala:

— Aquela é a Kurama onee-chan e aquele é o Choumei onii-chan.

Ele olha para a jovem de aparência meiga com cabelos na cor laranja e olhos vermelhos, para depois ver o homem com uma aparência de dezessete anos, usando roupas folgadas. Depois, ele olha para os outros e seu olhar se fixa em Naruto, falando:

— Você lembra Minato Namikaze, o relâmpago dourado de Konohagakure no Sato.

— Ele é o meu pai. Sou Naruto Uzumaki.

Raikage abana a cabeça para os lados e fala com um sorriso de canto:

— Lembra muito o seu pai. No passado, o enfrentei algumas vezes. Mesmo naquela época, ele era um shinobi distinto dos demais... Bem, vocês dois são bijuus. Kurama e Choumei, certo? Quando a vocês dois... Quem são?

— Sou Fuu, Raikage-sama! Jinchuuriki do Choumei-kun! Prazer em conhecê-lo! – ela exclama animada como sempre.

— Sou Kakashi Hatake. Sou conhecido como Kakashi do Sharingan ou Ninja Copy Kakashi, filho do Canino Branco de Konoha.

— Já ouvi falar muito de você. É bem famoso. Bem, o que o Hokage de Konohagakure no Sato deseja comigo?

— Antes, gostaríamos que visse esse pergaminho. – Kakashi estende o pergaminho dado por Chornoa.

Raikage pega ressabiado e ao tocar, o mesmo brilha.

Rapidamente, os demais ficam em prontidão, até que eles são levados para dentro de uma espécie de filme que mostrava os ataques aos bijuus, a Akatsuki os capturando e depois, o Juubi, assim como o ressurgimento de Kaguya. Mostrava Obito, Kabuto, Orochimaru e Madara, além de mostrar Mito Uzumaki e os outros membros da Akatsuki, além de mostrar os servos de Demingra e o mesmo.

No final, Chornoa aparece para eles.

Então, eles voltam a sala e o pergaminho desaparece, com eles percebendo pelo relógio na parede que se passou menos de um minuto, apesar de parecerem horas.

— Isso... – Raikage fala estarrecido, suando frio, assim como os demais – Mas...

Então, Matatabi vai até Kurama e a abraça, para depois abraçar Choumei. Gyuuki vai até eles e os abraça, comentando:

— Nunca imaginei que a nee-chan apareceria com uma aparência mais nova do que a minha e de Matatabi-chan.

— Bem, meu jinchuuriki é mais novo do que o seu, logo, assumi essa aparência. – Kurama fala – Para mim, também é estranho. Sei que sou a mais velha, mas, ter que olhar para cima para vê-los é um pouco estranho.

O Raikage comenta ainda estupefato:

— Estas visões...

— Elas são verdadeiras. Isso é o que irá acontecer se não intervimos. Por isso, estamos indo até os bijuus e seus jinchuurikis. Não podemos permitir que os bijuus, sejam capturados e confinados. Claro que o nosso plano para salvá-los, não impedirá Kaguya de ressurgir. Segundo Chornoa-sama, há certos acontecimentos e eventos que estão fardados a acontecer de um jeito ou de outro. Um exemplo disso é a Akatsuki. Mesmo sem o líder original, embora este foi manipulado por Obito para criar a Akatsuki e este, por sua vez, foi manipulado nas sombras, juntamente com o Madara, pelo Zetsu Negro, esse que seria o líder original não a criou, pois, foi salvo do seu destino. Mesmo com essa mudança, a Akatsuki surgiu, mas, dessa vez, por intermédio de outra pessoa. Isso mostra que não importa as mudanças que acontece na linha original do tempo, se tal evento ou acontecimento está fardado a acontecer, ele irá acontecer. Ou seja, de um jeito ou de outro, a Akatsuki iria surgir. Esse é só um dos exemplos. Madara vai voltar e teremos o retorno de Kaguya. Esses são dois fatos inevitáveis e fardados a acontecer, como foi com a Akatsuki. – Naruto fala seriamente.

— Então...

— O que podemos fazer é dar a nós as melhores chances para reagirmos. Podemos impedir muitas mortes se pudermos ter os bijuus conosco e não confinados. Com os bijuus passando a ajudar a humanidade, por si mesmos, teremos mais chances de enfrentar o que virá. – Kakashi fala.

— Se impedirmos que os bijuus sejam capturados, o Juubi não poderá ser ressuscitado. Inclusive, podemos destruir a estátua do Juubi que é o seu corpo, o Gedou Mazou. Assim, não haveria onde colocar os bijuus. – Darui comenta esperançoso – Não vejo como o Juubi ou a Kaguya, possam voltar sem a estátua.

— Se nós unirmos, eu e os meus irmãos, podemos usar uma técnica para localizar a estátua. Claro que iria demorar um pouco, após ser lançada a técnica, pois, iria verificar o mundo inteiro e ele é enorme. Só precisamos estar em um círculo e usarmos uma sequência de selos em conjunto. Depois, podemos continuar com as nossas vidas e quando for localizada a estátua que é o corpo do Juubi, irá surgir em nossas mentes o local. Talvez demore alguns anos. – Kurama comenta pensativa.

— Entendo... Então querem, ao menos, reunir todos os bijuus em um único local?

— Isso mesmo, jovem Raikage-sama. – Choumei fala – É a única chance. Porém, é como Chonoa-sama disse. O Juubi vai surgir de um jeito ou de outro.

O Raikage não estranhou o fato do bijuu se referir a ele como jovem, pois, os bijuus têm vários séculos de vida e de fato, frente a todo esse tempo de existência, ele pode ser considerado jovem. Mesmo sabendo que Matatabi tinha inúmeros séculos de vida, ele não conseguia vê-la como um ser milenar. A aparência meiga e jovem dela destoava totalmente a idade milenar que ela tinha.

— Mas, como isso será possível? – Karui pergunta estupefato.

— Aquele bastardo do Demingra pode buscar um Juubi de qualquer outro universo. Afinal, agora vocês sabem que há o multiverso. Basta conseguir um Juubi e o usar o ritual do Tsuki Me. Pronto. Teremos o retorno de Kaguya. – Naruto fala, seriamente.

— Não duvido que aquele bastardo, conseguiria algo assim. – Choumei fala.

— Imagino que Chronoa-sama está intervindo, pelo que compreendemos de sua autoridade e poder, pois, o bastardo do Demingra está intervindo nesse mundo, certo? – Samui pergunta em tom de confirmação, sendo que eles ainda assimilavam o fato de que havia o multiverso e um ser que cuidava do multiverso.

— Sim. Só por isso. O desgraçado está alterando vários multiversos e esse é um dos que ele está alterando. Por isso, que ela está intervindo. Se Demingra não tivesse começado a intervir nesse universo, ela não poderia intervir. – Fuu fala.

— Também quero entregar algo aos bijuus e seus jinchuurikis.

Naruto estende Kunais com pergaminhos.

— Isso é... – Matatabi comenta surpresa.

— Caso sejam atacados por alguém da Akatsuki, basta segurar o selo, que eu e os demais iremos aparecer na frente de vocês. Eu aprimorei o jutsu do meu pai, no sentido de que cada Kunai só será ativada pela primeira pessoa que a segurou. Isso impede que outros a usem. Além disso, caso não usem de imediato, ele sente o chakra. Se alguém fica inconsciente ou muito fraco, a emissão de chakra diminui e se isso acontecer, o jutsu será ativado, automaticamente, pela perda de chakra de seus portadores e daqueles que reconhecem como sendo os seus donos.

— Incrível! – Raikage fala, olhando para a Kunai nas mãos de Matatabi – De fato, você herdou a genialidade do seu pai. Pelo visto, aquele ditado que uma geração supera a outra é verdade.

Naruto sorri, enquanto que Kakashi pegava um pergaminho e estendia ao Uzumaki, falando:

— Neste pergaminho, vocês terão acesso as técnicas de todos os membros da Akatsuki e de Mito, Kabuto, Orochimaru, além de Obito e de Madara. Tem também a descrição deles e nomes, além das fraquezas e formas que eles capturaram os jinchuurikis e bijuus em outro universo. Esse último ponto será somente para os que ainda estão na Akatsuki. Não há as capturas de Pain, pois, ele não existe nesse universo. Com esse conhecimento, poderão lutar melhor. – Kakashi entrega o pergaminho a Naruto que faz uma sequencia de selos rápidos, recriando o pergaminho, fazendo surgir cópias do mesmo.

Todos recebem uma cópia e passam a ler.

Longe dali, em Konohagakure no Sato, Gaara e seus irmãos, assim como Shizuka, conhecida como Ichibi, estavam digerindo o que foi revelado pelo pergaminho de Chornoa, sendo que naquele instante ouviam sobre o plano de reunirem os bijuus em um único local para usarem a técnica, enquanto que ele entregava Kunais com pergaminhos enrolados, que estavam dentro de uma caixa para não receberem o toque do Sandaime, com o mesmo explicando que Naruto aperfeiçoou a técnica do genitor.

— Entendo...

— Mas, se impedirmos esse bastardo do Demingra de pegar os bijuus, sendo que também destruiremos a estátua, o Juubi não vai voltar. – Kankurou fala confuso. – Não entendo o motivo dele, conseguir surgir e consequentemente a bastarda da Kaguya, se o corpo do Juubi for destruído.

— Lembre-se que esse bastardo do Demingra pode ir a qualquer multiverso. Ele pode, perfeitamente, pegar o Juubi de outro universo para ressuscitar Kaguya. Claro, ele terá um trabalho adicional do que capturar os bijuus daqui. – Gaara fala torcendo os punhos – De fato, é como Chornoa-sama falou. Há eventos que irão acontecer de um jeito ou de outro.

— Estou ansiosa para rever os meus irmãos. – Shizuka fala sorrindo – Com certeza, conseguiremos usar essa técnica.

O Hokage traga o seu cachimbo uma vez mais, sendo que estava tão tenso, que não percebeu que o fumo no mesmo já havia acabado antes de falar seriamente:

— É a nossa única esperança. Evitar a captura de vocês e destruir o corpo do Juubi na forma de estátua. Assim, não tem como condicionar vocês. Espero que consigamos encontrar a estátua Gedou mazou, antes do início do plano de captura dos bijuus.

Há vários quilômetros dali, enquanto o grupo de Gai acompanhava a atriz, o jounnin pergunta curioso:

— Qualquer um ficaria surpreso da senhora ter ensinado ao meu pai o Hachimon (八門).

— Isso é normal, apesar de muitos verem como sendo algo errado. – Tsukihime comenta.

— Como assim? – Tenten pergunta curiosa.

— Muitos mestres, infelizmente, são arrogantes e somente treinam alguém, se esse se destaca em algo ou é tido como um gênio. Eu treino aqueles que possuem um espírito forte, uma alma nobre e um desejo absoluto de serem melhores, desde que seja por uma boa causa. No caso de seu genitor, ele possuía uma alma nobre e um desejo forte, assim como sincero, do fundo de seu coração de possuir poder, mas, não por motivos egoístas. Ele queria ter poder para salvar aqueles que eram importantes a ele. Eu vi tudo isso em seus olhos que refletiam a sua alma. Não me importo se alguém é um gênio ou não. Isso não importa para mim. Eu vejo acima de tudo a alma de alguém e seu coração. Seu pai possuía o coração e alma de um guerreiro nobre. Saiba que ele foi um dos que treinei que mais tinha um coração puro para com os seus sentimentos, assim como uma alma nobre. A força em seu coração era imensa. Era alguém valoroso e digno para mim e por isso, o treinei, em segredo, a pedido dele.

Todos os ninjas ficam fascinados com as palavras dela, a reconhecendo como uma verdadeira mestra, sendo que admiração por ela, apenas se intensificou.

— Imagino que o seu pai usou o Hachimon Tonkou no Jin (八門遁甲の陣) para salvá-lo, certo? – ela pergunta em tom de confirmação.

— A senhora soube de seu sacrifício? – Gai pergunta visivelmente surpreso.

— Eu senti pelo modo como falou de seu pai. Você demonstrava pesar em sua voz. Imagino que como os demais, você passou a julgar o seu pai pela aparência e que passou a vê-lo como os demais o viam.

Maitou suspira e fala cabisbaixo:

— Sim. Até aquela noite, enquanto que não compreendia quando criança, porque ele ocultou as suas verdadeiras habilidades dos outros, no caso, o seu taijutsu.

— Mas, por que ele faria algo assim? Por que ele iria revelar? - Tsukihime pergunta confusa.

— Como assim, sensei? – ele a chamou de sensei, pois, ela treinou o seu pai, que por sua vez o treinou e isso a tornava sua sensei, sendo o mesmo para Lee.

— Conhecendo a sua alma, como a conheci, o motivo dele buscar poder foi apenas para poder salvar aqueles que ele amava. Não havia outro motivo para ele desejar dominar o Hachimon. Não foi por vaidade ou orgulho que ele deu o sangue e alma para dominar os princípios básicos em apenas alguns meses. Ele sempre quis ter poder para proteger o seu amado filho. Você, Gai. Logo, não havia motivo para fazer alarde sobre a sua nova habilidade. Para ele, títulos não eram importantes. Além disso, graças a acharem que ele era um fracassado, quando ele precisasse intervir para salvá-lo, contaria com a vantagem dos outros não o verem como um inimigo em potencial por julgarem, erroneamente que ele era um fracasso por ser, ainda, um gennin. Isso aumentava as chances dele acabar com os adversários o mais rápido possível para salvar o seu filho querido.

O jounnin fica emocionado e começa a chorar, sendo que sentiu culpa por ter chegado a condenar o seu pai, assim como os outros e por ter tido vergonha dele, mesmo que por algumas semanas. Ele chegou a duvidar de seu pai e nunca se perdoou, mesmo após anos.

Tsukihime apoia a mão no ombro dele e fala, fazendo o jounnin olhar para ela:

— Não se sinta culpado. Você era só uma criança. Você era jovem.

— Mesmo assim, eu... eu tive vergonha dele.

— O seu pai sempre sentiu orgulho de você. Os seus olhos brilhavam quando ele falava de você para mim. Imagino o quanto ele ficou feliz por poder salvar aquele que amava. De fato, o oitavo portão, o Shimon (死門 – portão da morte), somente pode ser usado quando você encontra alguém que vale o seu sacrifício. Na verdade, o requisito para conseguir abrir o oitavo portão que é o da vida e que representa o seu coração, é a força do seu próprio coração. Se possuir um coração forte, irá desenvolver mais rapidamente o Hachimon e mesmo se for jovem, pode abrir vários portões. O forte desejo de proteger aquele a quem considera querido. O intenso desejo de salvar aqueles que são preciosos a você. Tudo isso, faz o Hachimon Tonkou no Jin ser usado, plenamente. Portanto, somente pessoas que possuem esse sentimento em seu coração são capazes de usar o oitavo portão. Sinto que você pode usar o Hachimon Tonkou no Jin, pois, em seu coração há o forte desejo de proteger aqueles que lhe são queridos e se mesmo assim, ainda sentir culpa pelo seu pai, pense no fato de que você treinou Rock Lee. Dedicou de corpo e alma a treiná-lo para ele ser um shinobi. Se havia qualquer dívida, ela foi sanada e se mesmo assim, ainda sentir essa culpa sem motivo em seu coração, se dedique a salvar aqueles que lhe são queridos.

— Sensei... – ele murmura dentre lágrimas.

— Saiba que seu pai nunca desejaria que você carregasse esse sentimento de culpa. Procure viver plenamente para que quando morrer, não tenha nenhum pesar. Você, assim como o Lee, tem a alma e o coração necessários para dominar o Hachimon Tonkou no Jin. Saibam que poucos são dignos de dominar por completo essa técnica, pois, falta a nobreza e o desejo sincero e puro de salvar aqueles que lhe são queridos, ao mesmo tempo em que possuí um coração capaz de se sacrificar pelos outros, sem titubear.

— Sensei, eu... eu... – Gai inspira e seca as lágrimas em seu rosto.

Após olhar atentamente para ele, Tsukihime fala, sorrindo:

— Não vejo mais a nuvem da culpa em seus olhos. Fico feliz que tenha compreendido o desejo de seu pai e os sentimentos dele para com você. Aposto que de onde ele está vendo você, está aliviado por saber que não há mais essa culpa em sua alma.

Tenten chorava emocionada, assim como Lee, sendo que Neiji sorria.

Após alguns minutos, ela fala:

— Quero ensinar a vocês dois a técnica que desenvolvi para diminuir os danos causados pelo Hachimon Tonkou no Jin.

Todos ficam surpresos e ela fala, olhando para o horizonte:

— Foi uma pena que desenvolvi apenas há alguns anos, após décadas de estudo e treinamento. Mesmo assim, dependerá da vontade de viver do usuário. Claro, parece uma contradição para o princípio básico da abertura do oitavo portão, o Shimon. Mas, isso somente a primeira vista. O Hachimon consiste no uso da força do amor e isso é um fato imutável. Alguém sem amor pode copiar a abertura de alguns portões, mas, nunca conseguirá usar em plenitude. De fato, há o amor. O amor capaz de se sacrificar por quem ama. Mas, como ficam as pessoas deixadas para trás? Elas vão ficar felizes pela perda daqueles que amam? – os demais olham surpresos para ela – Em essência o Hachimon representa o coração e a força de seus sentimentos, no caso o amor, representando quantos portões consegue abrir. Afinal, essa técnica representa o amor. Mas, o amor para se sacrificar é o amor para salvar aqueles que amam. Quem ama não quer ver o outro feliz? Como o outro pode ficar feliz com o seu sacrifício? De fato, para usar o Hachimon Tonkou no Jin é preciso sentir um amor tão intenso que torna a pessoa, capaz de se sacrificar pelo próximo. Um amor forte e que não precisa ser entre casal. Pode ser amor de pais e filhos, de irmãos e etc. Mas, é preciso igual amor para superar o sacrifício, pensando na felicidade daqueles que são deixados para trás. Ao superar a linha tênue da vida e da morte, naqueles microssegundos fatídicos das consequências da abertura do Shimon, instantes antes de concluir o Hachimon Tonkou no Jin. Não somente isso e sim, também, dominando a morte e inclusive a superando pelo poder do amor, não somente não morrerá como irá evitar os efeitos nocivos em seu corpo do uso do Hachimon Tonkou no Jin. Claro, precisará ficar em repouso absoluto após usar o último portão, mas, não será privado de andar, por exemplo.

— Incrível! – Lee exclama, animado.

— É como eu disse. Não basta aprender a técnica. O sucesso ou não dela dependerá da força do coração da pessoa e o desejo de ver aqueles que lhe são queridos, felizes. A pessoa tem que superar o próprio Hachimon Tonkou no Jin, que por si só, já exige um forte amor de quem usa e o desejo sincero de salvar quem é querido. Você precisa superar o seu próprio coração e amor. Você precisa do forte desejo de viver por aqueles que você ama ou que lhe são queridos, após o forte amor capaz de se sacrificar por aqueles que lhe são queridos. Essa é a essência dessa técnica.

— Interessante... Uma técnica desenvolvida pelo amor. – Neiji comenta surpreso.

Tsukihime sorri e fala:

— O amor é muito poderoso e age de formas misteriosas. De todos os sentimentos, é o que possui os poderes mais misteriosos, assim como intensos e que cujo poder é o mais difícil de conseguir e inclusive, é o mais difícil de manter, principalmente se levarmos em conta a influência do ódio que é intenso. Porém, o poder que o ódio gera não é superior ao do amor, mas, mesmo assim, tem intensidade suficiente para destroçar o amor se a pessoa não tiver o coração forte. O ódio e sentimentos inferiores residem em todos os indivíduos. É algo que está em nós, assim como temos o amor e os demais sentimentos. Sempre precisamos estar atentos e vigilantes. É muito fácil sentir ódio. Quanto ao amor, sendo que falo do amor puro, não confundindo com obsessão, é algo mais difícil, pois, o ódio nos torna mais facilmente. É preciso uma grande força em seu coração para lutar contra os sentimentos inferiores que residem em nós mesmos.

— Verdade. É difícil lutar contra os sentimentos do ódio. De fato, é preciso uma grande força interior para resistir.



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