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História REMAIN - 002 Band-aid


Escrita por: giovannamape

Notas do Autor


Oie, mochis! 🥔
Boa leitura =^.^=

Capítulo 3 - 002 Band-aid


Fanfic / Fanfiction REMAIN - 002 Band-aid

Depois dos dois tempos da incrivelmente chata aula de inglês do professor com cara de abóbora (não me pergunte como, mas ele tem sim cara de abóbora) o sinal toca, informando que a aula finalmente chegou ao seu fim. O dia parece ter sido mais cansativo e longo que o normal - ou talvez fosse culpa da ansiedade que se apossara da minha pessoa, mas até que enfim eu estava dispensado.

Sai da sala com mais pressa do que de costume e segui praticamente correndo até o portão da saída, pensando em como eu iria desenrolar um assunto com o garoto que logo eu encontraria. Por algum motivo que eu desconheço, essa aposta se tornou mais importante para mim do que eu esperava. Poderia ser por conta do meu espírito extremamente competitivo, porém algo me dizia que essa não era a razão de eu não ter conseguido parar de pensar no encontro de hoje desde que Taehyung finalizou nossa desastrosa conversa no dia anterior, virando as costas para mim.

Depois do que me pareceu tempo demais, o garoto chegou segurando um de seus livros (muito pequeno, comparado aos que o observei lendo na semana anterior) acompanhado da melhor cara de tédio que eu poderia esperar.

— Olá, leãozinho! - o saudei, recebendo outra careta e o que eu poderia jurar ser um rosnado baixinho.

— Pare de me chamar assim, narigudo - revirou os olhos e eu o olhei indignado. Ok, dessa vez ele apelou, mas apenas dei de ombros. Mesmo ele sendo irritante e insolente, eu ainda precisava dele - me diz logo para o que exatamente você precisa de mim nessa festa.

— Planejamento, decoração...

— Não seria melhor contratar um organizador de eventos? Dinheiro eu sei que não é problema para você.

— Você quer seus livros ou não? - disse impaciente, ele apenas revirou os olhos - Minha mãe realmente gosta desse livro e, hun... eu preciso de alguém que realmente o conheça para tornar tudo mais realista em seus detalhes.

— Que seja. Mas o que te faz ter tanta certeza de que eu conheço esse livro e tão bem assim? - de fato, eu não havia pensado nisso, mas o garoto lê tanto que julguei ser impossível ele não ter lido algum livro existente - Mas sim, eu o conheço tão bem assim - ele mesmo se respondeu, antes que eu pudesse pensar em algo para dizer - e vamos logo, porque tenho compromisso mais tarde.

“Se tem tanta pressa, por que marcou para hoje, então?” Pensei, mas decidi deixar só em pensamento, não era da minha conta. Talvez ele de fato só quisesse se livrar da minha presença o mais rápido possível.

Seguimos então para minha casa, onde julguei ser o lugar adequado para tentar me aproximar do Kim, com a desculpa de que era o lugar mais próximo da escola para irmos andando, que depois de uma pequena discussão, ele cedeu.

Após um curto tempo, chegamos na minha “humilde” mansão. O garoto não pareceu surpreso, mas pude reparar nos seus olhinhos brilhando para alguns detalhes do meu jardim. Após adentrar a residência, o levei até meu quarto, com uma certa relutância do mesmo. Pedi que se acomodasse na minha cama e percebi que ele estava incomodado com a situação de estar sozinho comigo em um cômodo tão íntimo da casa. Ri com esse pensamento e, para provocar, decidi trocar minha camiseta ali mesmo, no ritmo mais lento que era permitido sem parecer estranho, dando a ele a visão do meu abdômen levemente definido. O acastanhado tentou desviar o olhar, mas consegui perceber que ele me observava cuidadosamente de canto de olho, enquanto brincava com os dedos de suas mãos.

Fiquei o encarando até que ele notou e corou violentamente, logo depois voltando com sua típica feição emburrada.

— Vamos logo com isso - falou quase em um sussurro, claramente envergonhado, ainda tentando manter o tom de poucos amigos.

Apenas sorri e caminhei até ele (já vestido), me sentei ao seu lado e o encarei novamente, tentando fazer a cara mais séria que consegui no momento.

— Gostou do que viu? - perguntei em um tom sacana, ainda mantendo a pose de seriedade. Taehyung me olhou indignado, mas sua expressão logo adquiriu um aspecto muito raivoso e se apressou em tentar me bater com minha mochila que se encontrava ao seu lado e eu, como um bom atleta que sou, me apressei a correr antes que o garoto - que tinha uma mira péssima, por sinal - conseguisse me atingir com aquele trambolho. 

Na tentativa de me alcançar, ainda correndo, ele tropeçou e foi direto ao chão. O tombo não foi feio, então me permiti gargalhar com o que aconteceu, enquanto me apressei em ir ajuda-lo. Porém, quando cheguei próximo ao pequeno, percebi que grossas lágrimas rolavam pelo seu rosto, cessei o riso no mesmo instante e corri para ver se ele havia de fato se ferido.

— Você se machucou? Ta’ doendo em algum lugar? Ah meu deus, devo chamar a ambulân...

— Você é um idiota, sabia? - ele me interrompeu com a voz embargada - ISSO É CULPA SUA! - sua voz se alterou e eu quase cai para trás com a mudança repentina de tom.

— M-me desculpa. Deixa eu te ajudar a se levantar, por favor...

— Sai daqui, me deixa sozinho, eu me viro. Maldita hora que aceitei te ajudar com essa baboseira, essa humilhação é tudo culpa sua! - e ele começou a chorar mais. Percebi que não se tratava de algum machucado em si, mas sim por ele ter ficado envergonhado por ter caído. Taehyung é um garoto adorável, apesar de toda sua marra.

Sorri minimamente e me aproximei do pequeno que ainda chorava desesperado no chão e, mesmo com muita resistência de sua parte, consegui pega-lo no colo e o levar para meu quarto novamente. O deitei na minha cama e peguei o kit de primeiros socorros que senhora Lee - a babá da minha irmã - deixava sempre por perto, começando a fazer curativos em seu joelho, logo depois em suas mãos, que notei serem delicadas e lindas (apesar de enormes) e me surpreendi ao constatar como combinavam com o ser tão pequenino a quem pertenciam. Taehyung não é de fato uma pessoa pequena (na verdade, acho que temos praticamente a mesma estatura), mas é uma criaturinha tão delicada que parece ser uma criança. Apesar de toda sua “nerdeza”, ele é surpreendentemente lindo, mesmo todo inchado e vermelho pelo choro. Tudo no seu rosto parece ter sido desenhado com um capricho invejável, até suas pintinhas foram calculadas para estarem onde estão, com certeza. Acho que passei tempo demais admirando seus detalhes que só notei naquele instante, pois o menino me tirou de meus pensamentos com um pigarro.

— Você é lindo... - eu disse num sussurro, mas acho que ele ouviu, pois me olhou com uma feição surpresa e logo me empurrou para longe de si.

— A-acho que já está bom, se passar mais desse negócio tenho medo de que minha mão caia. - ele disse emburrado, mas suas bochechas ficaram mais vermelhas ainda.

Me repreendi mentalmente por ter verbalizado meu pensamento, mas sorri com o jeito que ele corava tão fácil. Realmente adorável.

Peguei um curativo da caixinha e coloquei sobre seu minúsculo arranhão para finalizar meu trabalho de enfermeiro amador. Devo confessar que fiz um bom trabalho, mas digamos que não me surpreende, pois tudo que eu faço acaba saindo de bom para ótimo.

— Me desculpa mesmo por isso, espero que não esteja doendo muito. - me desculpei por ter me sentido estranhamente culpado por vê-lo chorando daquele jeito e, principalmente, para evitar que ele saísse correndo da minha frente.

— Acho que você deveria começar pelos saltimbancos. - ele disse e eu entendi um total de zero coisas. Ele percebeu minha confusão e rindo, se explicou - a festa, o livro... acho que você deveria começar pensando em incluir os saltimbancos, eu gosto muito deles e acho que sua mãe também gostaria muito.

— Ah sim, a festa - eu havia me esquecido completamente da tal festa - obrigada, irei procurar algum circo ou algo do gênero. Será que você poderia me ajudar com isso, também?

Ele revirou os olhos (acho que deve ser alguma mania dele), mas concordou.

— Vou te levar em uma academia circense que conheço - eu concordei e um silêncio confortável se instalou brevemente, enquanto nos encarávamos, mas foi cortado pelo acastanhado a minha frente — Pode me beijar se quiser - e abriu mais um de seus sorrisos indecifráveis. De todas as coisas que poderiam sair daquela boquinha, essa era a última que eu poderia esperar.

— O-o que? - então ele começou a gargalhar. Eu acredito que fiz a melhor cara de “ué” que eu sei fazer, pois ele começou a rir ainda mais alto.

— O meu... livro - ele disse interrompendo a fala por conta do riso - meu pagamento.   “Pode me beijar se quiser”, do Ivan Angelo.

— Ah sim - fiquei triste de repente. Mas agi como se aquilo não tivesse me abalado de modo algum, fingindo que já sabia que era sobre isso que ele falava o tempo inteiro e desconversei - Mas uma coisa você ainda não me respondeu - e abri um sorrisinho malicioso - você gostou do que viu?

Ele fez uma cara insatisfeita rapidamente, desmanchando o sorriso que havia em seu rosto.

— Quem vai precisar de um band-aid agora é você!


Notas Finais


*** TROLEI ***

Meu g-deus, 10 milhões de seguidores no Twitter e 100 milhões de vizualizações no MV de Danger, DID YOU SEE MY VIEW??? Que orgulho desses amorzinhos, que orgulho desse fandom maravilhoso!

Enfim, finalmente capítulo novo yey

Vou tentar postar toda segunda-feira #vamoquevamo hehe

Minha irmãzinha não me obrigou a dizer que ela colaborou com a fic escrevendo a palavra "minúsculo", obrigada pela imensa colaboração 💙 espero que a reação de vocês tenha sido igual a dela, porque eu amei presenciar isso aushuahs

Até semana que vem, vkook hard shippers (rs)
🦁🐰


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