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História Retrocesso - Capítulo 4 - Percepções


Escrita por: linnox e YsBelieber

Notas do Autor


HELLO BABIESSSSS, aqui estou Linnox para postar mais um capítulo para vocês. ESSE CAPÍTULO É AMOR, ENTÃO CUIDEM MUITO, EU E YAS MORREMOS DE AMORESSS! Nos vemos nas NOTAS FINAIS, boa leitura babies!

Capítulo 5 - Capítulo 4 - Percepções


Fanfic / Fanfiction Retrocesso - Capítulo 4 - Percepções

Justin Bieber.

Centro Psiquiátrico Creedmoor;

Tempos Atuais.

O escaldante café descia pela minha garganta causando um forte ardor à medida que o tomava sem me preocupar em tentar esfriá-lo. Meu olhar estava fixo no jardim, onde Katherine se encontrava sentada com uma enfermeira ao seu lado.

Havia uma semana desde a chegada de Katherine ao centro, e depois do seu ataque ao me ver, fomos obrigados a contatar a sua mãe, o que não foi nada bom. Quando Grace me viu, teve um ataque de fúria e exigiu que deixassem-na levar sua filha, o que de fato, não foi permitido mas, fui obrigado a me retirar do seu caso.

Uma semana antes.

“Estava sentado na poltrona ao lado da cama no quarto de Katherine vendo-a dormir profundamente depois do calmante que fora aplicado para que contivesse sua crise. A culpa rugia em meu peito por ter sido fraco e ter a obrigado me ver fugir enquanto precisava de mim. Involuntariamente, levei minha mão até seu rosto, as pontas de meus dedos alisaram com leveza a sua bochecha pálida e sedosa. Uma sensação de prazer em estar tocando-a, surgiu fazendo meu corpo reagir no mesmo momento. Sabia que Katherine não era um assunto acabado para mim, e isso vinha se provando a cada segundo que passava ao seu lado.

Um estrondo na porta me assustou, retraio minha mão rapidamente e me viro vendo Grace entrando como um furacão no quarto. Me levantei em um ato automático, ergo minhas mãos tentando contê-la.

— Grace, se acalme. — Usei toda calma que pude ao proferir tais palavras.

— Calma? Você quer calma Dr. Bieber? — Sua voz reluzia ironia e desgosto ao pronunciar meu nome. — Sabe o que eu quero? Quero que você saia de perto da minha filha. AGORA.

Suspirei em frustração, passando meus dedos pelos fios desengonçados de meu cabelo. Virei meu olhar para Katie por alguns momentos, e decidi atender o pedido de Grace. “Tudo bem Justin, ela não acordará pelas próximas horas.” – Minha mente me tranquilizava.

– Tudo bem, Grace. Entendo seu pedido, e o atenderei por hora. Quando ela acordar, peço que me chame para examiná-la. – O riso de Grace fora praticamente doentio ao me ouvir.

– Você não vai encostar na minha filha, você não é mais o médico dela. Conversei com a Dr. Amélia, e a única forma que deixarei minha filha aos cuidados desse hospital, é se você estiver fora de qualquer situação a envolvendo. Dr. Amélia é medica de Katherine agora. – Suas palavras rasgaram meu coração.

O desespero fluía em minha corrente sanguínea, e sentia como se pudesse perder o controle a qualquer momento. Minha respiração irregular, era o único alicerce que me agarrei para não enfrentar a mulher em minha frente.

– Esse é meu hospital, eu decido quem vai cuidar de quem aqui. – Disse sem conter o tom de raiva.

– Até o momento que você se torna um perigo para a paciente, e ainda mais, pode ser motivo da piora dela, ao invés da melhora. Não é mesmo, Justin? – Naquele momento senti como se estivesse sendo condenado. Como se ela jogasse em cima de mim a culpa de tudo que ocorrera com sua filha.

E foi exatamente isso que aconteceu. Olhei novamente para Katherine, “Eu fiz isso?” – Me perguntava silenciosamente.

Permaneci imóvel, sem qualquer tipo de reação. Após longos segundos a olhando, saí do quarto sem dizer nenhuma palavra se quer. No fundo, concordava com Grace, e teria que usar o máximo do meu profissionalismo para entender e respeitar sua escolha.”

Tempos Atuais.

Desde então, cuidava de Katherine de longe, não tinha sido totalmente tirado do caso. Dr. Amélia me trazia todos os dias um relatório completo do que acontecia com ela e eu indicava o que era para ser feito e quais os melhores tratamentos.

O grande problema era a magnitude que a doença de Katie estava, durante essa semana pude diagnosticar o que me temia. Ela já não tinha controle sobre o que sua mente via. A depressão psicótica tinha como ponto maior as alucinações e delírios, porém, quando a doença está no começo o paciente pode ter certo controle sobre os momentos não reais dos momentos reais. Mas Katherine não, ela não tinha nenhum controle, a parte obscura de sua mente dominava todas as reações de seu corpo. E o que me causava dor e indignação era que ela ao menos lutava com vontade para vencer isso.

Tomei mais um gole de café, meus olhos não perdiam Katherine de vista nem por um segundo qualquer. A enfermeira encarregada de cuidá-la, a ajudava a caminhar pelo jardim parando vez ou outra para incentivá-la a mexer com as flores e os pequenos plantios.

Me levantei com cuidado e caminhei com muita cautela até ficar mais próximo das duas mulheres. Katie tinha a mão sobre uma rosa e a acariciava tão delicadamente, que por segundos, os vislumbres de seus toques em minha pele lampejaram em minha mente. A saudade apertou em meu peito.

– Você gosta das rosas, não é Katherine? – Ouvi a enfermeira, a qual parecia ser Gina, dizer. – Sabe, você é uma mulher linda, tão linda quanto todas essas rosas.

Um sorriso verdadeiro, o que foi raro durante a semana, surgiu em meus lábios ao ver o quanto os olhos de Katie se iluminaram ao ouvir o elogio.

Cruzei meus braços na altura de meu peito, fechando minhas mãos em punho enquanto lutava contra a vontade de me aproximar mais de ambas.

– Espero de coração que você consiga ser maior que essa doença, anjo. Você é muito preciosa para aguentar tudo isso. Espero também que tenha conhecimento disso.

Naquele momento um ofêgo de surpresa rompeu entre meus lábios, meus olhos arregalados viam uma luz, uma chama de esperança. Katherine havia sorrido.

Um sorriso iluminado pelo lindo brilho do sol da manhã.

Sim, aquele sorriso. O sorriso ao qual me lembrava tão bem.

O sorriso que costumava amar.

A enfermeira parece ter ficado tão surpresa quanto eu, eram raros os momentos que ela tinha total lucidez. Ela não falava nada desde o dia da sua crise, e esse sorriso foi o máximo de realidade que ela obteve nos últimos dias.

A felicidade borbulhava em mim, minha mente já coletava todas as informações para trabalhar no que a faz se sentir bem e a coloca presente na realidade.

Katherine virou seu corpo, e pegou no fino cabo de uma rosa e o quebrou entre seus dedos. Mesmo estando trêmula, ela levou sua mão até Gina e a ofereceu a rosa. Gina parecia ainda surpresa com a pequena interação que estavam tendo.

Pegou a rosa e sorriu para ela. Gina, por sua vez, quebrou todo cabo da rosa deixando uma pequena ponta, levou a mesma até o cabelo de Katie e posicionou-a próxima a sua orelha deixando-a presa entre seu cabelo.

– Fique para você, sim? Se tem alguém que merece uma rosa, é você. – Acariciou gentilmente o rosto de Katie enquanto falava.

Ela a encarou, e jurava que conseguia ver felicidade em suas feições.

Até que aos poucos ela foi se perdendo, a sua cabeça se abaixou, fazendo os fios de seu cabelo caírem sobre seu rosto. A rosa caiu no chão em um leve baque, os seus braços rodearam seu corpo, o qual ficou trêmulo.

Pequenos sons de dor saíam de sua boca. Gina se moveu rápido, chamou um outro enfermeiro e os dois ajudaram Katherine a voltar para a escuridão de seu quarto.

Permaneci parado no mesmo lugar pelo o que pareceram horas, um líquido quente e ardido escorreu pelo meu rosto, e me dei conta que chorava. Abaixei meu rosto e passei minha mão pelo mesmo limpando as lágrimas que escaparam.

A dor era tanta que mal conseguia respirar direito. Só queria Katherine saudável, ou pelo o menos entender o que realmente a levou até esse ponto.

– Dr. Justin? Está tudo bem? – A voz de Lucie me tira dos meus devaneios. Recomponho minha postura e a olho.

– Sim, Lucie. Do que precisa? – Perguntei, e já me pus a caminhar em direção da minha sala.

– Sra. Stacy está no telefone. – Assenti minimamente.

Cheguei em minha sala, e ao passar pela porta a fechei. Caminhei até minha poltrona e me sentei pegando o telefone em seguida.

– Oi, Stacy.

– Justin! Por Deus, que merda está acontecendo??? Você não vem para casa há uma semana! – A frustração e raiva eram perceptíveis em sua voz.

Tinha isso também, desde que Katherine chegou me neguei a deixar o centro. Foi como se tivesse esquecido que tinha uma vida. E relembrá-la agora, não estava sendo algo bom. Apoiei meu cotovelo sobre a mesa e usei meu polegar e indicador para esfregar minhas pálpebras cansadas.

– Desculpe, Tacy. Mas aconteceu um imprevisto, um paciente novo deu entrada no hospital e sua situação é critica e muito séria. Preciso me dedicar 100%, pelo o menos por agora.

– Você poderia pelo o menos ter avisado, Justin. Você sabe que eu iria entender. – Sua voz soava mais calma.

– Eu sei, me desculpe novamente. – Disse, mas a verdade é que eu simplesmente não me lembrei de sua existência até tal momento. “Errado, Justin. Muito errado.” – Minha mente me condenava.

– Tudo bem, meu amor. Só não faça isso novamente, ok? Me ligue todos os dias, e tente vir para casa. Você deve estar imundo, você se quer levou roupas limpas.

– Estou usando as vestimentas do hospital, querida. Pedi também para que Lucie providenciasse o necessário para meu uso pessoal.

– Hum, bom assim. Tente vir para casa o mais rápido possível. Estou com saudades. – Disse toda manhosa.

– Tudo bem, irei assim que for possível. Também estou com saudades. – Forcei minha voz a proferir o que ela queria escutar, mesmo que no fundo sentia que estava lhe dizendo uma mentira.

Abaixei minha cabeça encostando minha testa sobre a madeira da mesa. “Mal, Justin. Muito mal.” – Minha mente estava lá, novamente, para me repreender.

– Eu te amo, me ligue à noite.

– Eu também, ligarei sim. Irei estudar o caso agora, beijos.

Me despedi de Stacy, e me praguejei. Uma conversa que deveria soar normal, havia soado tão errada. Como se minha vida estivesse errada.

Naquele momento, era o que eu achava. Estava vivendo uma mentira, e a culpa era inteiramente minha.

{...}

Olhava pro teto da minha sala enquanto me encontrava deitado no sofá, o qual estava sendo minha cama nos últimos dias. Meus pensamentos não saíam de Katie, fiquei o dia inteiro estudando e coletando informações que poderiam ser úteis para melhor realizar seu tratamento. Não sossegaria até tê-la em total controle de si mesma novamente.

Conversei com Dr. Amélia ao final da tarde, e ambos concordamos que seria bom mantê-la no jardim o máximo de tempo que conseguíssemos. Lá era seu lugar, o lugar que lhe proporcionava paz e lucidez, isso estava claro.

Olhei para o relógio sobre minha mesa, e vi que já se passava das 11:00pm. Uma ideia louca surgiu em minha cabeça. Precisava ter Katherine perto de mim, precisava a olhar e ficar com ela. Meu corpo gritava por isso.

Me levantei sem nem pensar no que estava prestes a fazer. Calcei os chinelos e saí com cuidado da minha sala. Olhei em todas as direções buscando o vislumbre de qualquer pessoa que estivesse em plantão essa noite.

Caminhei rapidamente pelo corredor até que parei em frente à porta de seu quarto. O quarto de Katherine. Abri a porta com calma, caminhei até a poltrona e me sentei causando o mínimo possível de barulho.

A olhava dormindo serenamente em sua cama. Seus claros cabelos esparramados sobre o travesseiro, seus lábios cheios e rosados levemente entreabertos enquanto respirava profundamente, tornavam aquela visão uma das mais belas que poderia presenciar. Estando assim, ela parecia aquela mesma garota pela qual me apaixonei e amei tão intensamente, me custava a acreditar no que ela era agora. Uma mulher tomada por uma depressão profunda, tomada por distúrbios de personalidade e alucinações.

No fundo, sabia que tudo era culpa minha, tão dolorosa e gritante. Todos os dias vendo-a dopada, pensava na razão pela qual tudo aconteceu, e quando foi que a perdi em meu destino. Em meio aos meus pensamentos, um pequeno movimento na cama me chamou a atenção, Katherine se virou e seus lindos olhos me encaravam como se ela pudesse me ver por dentro, e tão estranhamente, isso me aquecia da mesma forma de quando éramos um casal.

– Huhum.. – Pigarriei antes de falar. – Olá Katie, como está se sentindo?

Seu olhar intenso sobre mim era o mesmo de quando conversavam com ela. Era um olhar confuso. Em nenhuma das vezes sua voz saiu para responder, nem mesmo um balançar de cabeça ela dirigia a mim. Suspirei frustrado.

– E-eu.. Nã-ão sei... – Sua voz fraca soprou entre seus lábios e veio como uma brisa suave para meus ouvidos. Sem acreditar, pisquei diversas vezes para ter certeza que ela tinha mesmo me respondido.

– Ah Katie.. – Murmurei, deixando que toda dor dentro de mim esvaísse naquele momento. Em um ato afobado, fui até seu encontro e a tomei em meus braços.

Seu pequeno corpo se ajustou contra meu peitoral, apertei meus braços em sua volta a embalando em um abraço protetor e cheio de saudade. Minha garota estava ali, em meus braços e tudo o que eu queria e precisava era a ter assim para protegê-la de tudo.

Mas durante o percurso que minha mão fazia em suas costas, senti a aliança em meu dedo anelar esquerdo se prender em sua roupa, e a realidade caiu como uma bomba em meu coração. A lembrança de minha esposa em casa, começou a apagar as pequenas chamas de esperança que nasciam em meu interior.


Notas Finais


NÃO DEIXEM DE COMENTAR, TIA KASS E TIA YAS AGRADECEM!!
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=b9_AUwaw0dY&t=34s
Até o próximo, beijos!
Kassia & Yasmim.


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