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História Retrocesso - Capítulo 5 - Começo


Escrita por: linnox e YsBelieber

Notas do Autor


OLÁÁÁÁ MEUS AMORES. Aqui estamos com um capítulo novo para vocês. Muito obrigada por todos favoritos e comentários, nos incentivam bastante a sempre escrever para vocês. ESSE CAPÍTULO É AMOR DEMAIS, NOSSOS CORAÇÕES TÃO DOENDO DE TANTO AMOR!!! Até as notas finais, boa leitura mores! Kassia & Yasmim.

Capítulo 6 - Capítulo 5 - Começo


Fanfic / Fanfiction Retrocesso - Capítulo 5 - Começo

Katherine Eckhart.

Centro Psiquiátrico Creedmoor;

Tempos atuais.

Minhas pálpebras tremeram e senti meu corpo despertando depois de uma noite de sono muito bem aproveitada. Isso era raro, há muitos anos não conseguia se quer dormir direito. Suspirei profundamente enquanto esticava cada membro rígido do meu corpo, pequenos estalos eram ouvidos. Quando virei meu corpo na direção do lado da cama, na expectativa de poder me levantar, um ofego me fez paralisar.

Um homem estava deitado na poltrona bem ao meu lado, ele parecia estar em um sono profundo. Mordisquei meu lábio inferior tentando controlar a sanidade que me envolvia, tudo estava tão calmo na minha cabeça, não queria perder isso.

Meu olhar passou a analisar a figura em minha frente, seus cabelos em um tom castanho trouxeram alguns flashes para meus olhos, no mesmo instante meu coração acelerou e o medo fechou minha garganta. Eu conhecia ele.

“É ele, Katherine.” – A voz em minha mente acusou. Uma risada veio em seguida, eu sentia a dor me envolvendo. Sentia a rejeição me envolvendo. Então os zumbidos preenchiam meus ouvidos.

Um murmúrio de frustração ficou preso em minha garganta, minha respiração acelerada demonstrava meu nervosismo, meu corpo correspondia as emoções presas dentro de mim, liberando descargas que me faziam estremecer.

O movimento ao meu lado me chamou a atenção, meu corpo se virou me negando à encará-lo, minha mente gritava “JUSTIN”, e eu esperava que fosse só mais uma alucinação.

– Katherine? Você está acordada? – Sua mão se encostou em minhas costas no momento que falava.

Choraminguei ao sentir seu contato em mim, os tremores pareciam se intensificar. Minha garganta parecia tão seca que não tinha certeza se conseguiria proferir uma palavra se quer.

– Katherine? – Ele me chamou novamente. – Você está tremendo, sei que está acordada. Vire-se para mim, não a farei nenhum mal. Não tenha medo de mim. – Pude extinguir a dor que suas palavras traziam.

Ponderei por longos segundos, fechei meus olhos ao tomar minha decisão, com lentidão, me virei e abri meus olhos para encontrar um par de olhos caramelados me encarando com intensidade. O emaranhado de sentimentos explodiu em meu peito, meu coração correspondeu à ele da mesma forma que fazia anos atrás.

– Justin... – Consegui sussurrar, mesmo tendo pequenas falhas na pronuncia.

– Katherine... – Ele respondeu no mesmo tempo.

Nos encaramos, nossos olhares não se desviavam para nenhum outro lugar. A intensidade que nos olhávamos me deixava mais nervosa ainda, era ridículo a forma que ele ainda possuía poderes sobre mim, mesmo depois de tudo que aconteceu e passei.

– Katie, eu senti tanto a sua falta. – Ele quebrou o silêncio.

Aos poucos, seu corpo se moveu e ele se sentou na cama bem ao meu lado. Seu cheiro me fez suspirar, e mesmo que fosse estranho, me deu aquela paz que sentia quando estava perto das flores.

– Justin.. – Repeti. O choro se prendeu, e duvidei que pudesse dizer mais uma palavra sem me derramar em lágrimas.

– Sim, Kat. Sou eu. Fale comigo. – Ele suplicou.

O uso do apelido que costumava usar, me deixou ainda mais paralisada.

Com cuidado, sua mão foi até a minha. Seu toque me fez vibrar. Seus dedos acariciaram a costa da minha mão com leveza, aos poucos ele encaixou seus dedos no vãos dos meus e entrelaçou nossas mãos em um aperto delicado.

– Porque? – Abaixei meu olhar ao falar. – Porque você se foi? – A dor era visível em meu tom.

Justin pareceu perceber isso, seu corpo se retraiu um pouco mas ele continuou a segurar minha mão, dando inicio a leves movimentos circulares com o seu polegar. Parecia querer me deixar calma.. E estava funcionando.

– Eu sinto muito, Katherine. Eu não fazia ideia do que estava fazendo. – Ele fungou, parecia tão emocionado quanto eu estava. – Eu quero te ajudar... Me permita á isso.

Fiquei um pouco confusa com seu pedido, o olhei curiosa. Aos poucos, a lógica começou a fluir, lembranças daquela noite foram forçadas até minha mente e finalmente entendi o que ele quis dizer com “quero te ajudar.”

– Você é um médico. – Afirmei. – Você conseguiu o que queria, Justin. Parabéns.

- Não! – Ele praticamente cuspiu tais palavras. – Não me deseje parabéns. Eu errei tanto Katie. Eu... – Ele parou e olhou para baixo.

- Você...? – O questionei.

- Nada. – Ele forçou um sorriso.

O silêncio ponderou no ambiente, mas era um silêncio bom. Olhava para baixo enquanto pensava em sua proposta. Ele queria me ajudar. A questão era, eu queria ser ajudada?

Lembrei de tudo que passei até agora, lembrei-me da dor e do desespero de não ter controle sobre mim mesma. Estava estranhando conseguir me manter lucida por tanto tempo. Voltei a olhar para Justin e um pensamento incomum surgiu, “ele é o único que pode te ajudar.”

– Sim. – Disse sem pensar novamente.

– Sim, o que? – Ele rebateu.

– Eu quero que me ajude. Eu aceito sua oferta, Justin. – Sussurrei com uma pontada de medo me atingindo.

“Ele vai te fazer sofrer, queridinha. Como sempre.” – Aquela voz pulsava em meus ouvidos.

Engoli a seco e me recusei a acreditar. Eu precisava ter fé.

– Oh, Katie. – A emoção e alivio no seu tom, me fizeram sentir como se estivesse fazendo a coisa certa.

Em um ato rápido, Justin abaixou seu corpo ao nível do meu. Seu braço livre rodeou minha cintura, passando-o por baixo das minhas costas. Ele me puxou com cuidado, e quando dei por mim, estava embalada em seu colo como um bebê.

Justin encostou seu queixo em minha testa e pude sentir sua respiração em meu cabelo. Meu rosto descansou em seu peitoral, e mesmo parecendo tão errado, me senti segura ali.

“Isso Kassye, se permita ser burra novamente. Queremos você conosco querida, e você acaba de decretar sua sentença de morte.” – A voz veio e risadas a sucederam.

Não podia negar o medo que me envolvia. Mas sabia, que se existia alguma pessoa que poderia me ajudar, seria Justin. Eu só precisava ser forte.

Pela primeira vez em anos, eu senti vontade de lutar. Senti vontade de lutar por mim.

{...}

Andava pela grama morna pelo sol, meus pés descalços traziam uma sensação de plenitude. Me sentia viva. Fui em direção as rosas, parei próxima as mesmas e sorri vendo o quão delicadas elas eram.

Me identificava tanto com elas por que, mesmo sendo delicadas e aparentemente fracas, elas eram fortes. Sobreviviam ao sol, a chuva, e a toda poluição do ar. Era assim que queria ser. Eu queria ser uma rosa.

Ouvi passos se aproximarem de mim, logo Justin estava do meu lado.

– Está gostando de ficar no jardim, Katie? – Pelo seu tom, sabia quando a conversa iria ser profissional.

– Sim.. As rosas me dão paz. Estou aqui a bastante tempo, e não perdi a lucidez uma vez se quer. Estou no controle. – Respondi.

– Não gosto quando fala assim, o controle sempre é seu Katherine. Nunca coloque ninguém em prioridade, você sempre foi e sempre será sua própria prioridade. – Mesmo que ele tentasse, eu podia sentir a culpa em cada palavra.

Olhei para baixo enquanto pensava. Eu queria me curar, queria viver e queria retomar o controle da minha vida, mesmo parecendo idiotice, Justin colocou essa vontade em mim. Foi apenas olha-lo e eu quis me sentir bem novamente. O motivo? Eu não sei. Mas sei, que posso lutar, eu preciso lutar.

Passei anos me culpando pelo o que aconteceu, me deixei ser levada por uma doença porque não conseguia aceitar o que a vida me reservou. Sabia o que deveria ser feito para dar inicio a esse processo de cura.

Virei meu corpo em direção ao corpo de Justin, com incerteza, peguei sua mão e seu olhar se direcionou à mim.

– Eu te perdoo Justin. – Disse com determinação. – A culpa foi sua. Sim, eu estou aqui porque eu te coloquei em um pedestal e me permiti ser jogada a nada. A culpa é inteiramente sua. Venho me culpando por muito tempo, mas preciso aceitar que não é nada sobre mim, foi sempre você. Mas olhe, eu te perdoo. Eu te perdoo porque eu consigo ver seus olhos. Consigo ver a verdade agora. Preciso me curar, ou apenas me sentir melhor... Eu te perdoo e aceito sua ajuda.

A expressão de Justin era indecifrável, podia notar sua respiração irregular, e com o passar dos minutos, seus olhos se encheram de água. Engoli a seco me recusando sentir culpa. Um sorriso no rosto de Justin me deixou um tanto confusa, ele, mais uma vez, me tomou em seus braços em um abraço apertado e cheio de significados.

– Obrigado, Katie. – Sua voz soprou em meu ouvido. – Você vai ficar bem, eu prometo.

Fechei meus olhos e me permiti absorver e acreditar em suas palavras.

Aproveitei o contato de seu abraço por o tempo que consegui. Mas como em um clique, a escuridão tomou conta dos meus olhos. Vozes enfurecidas gritavam e me martirizavam. Meu corpo reagiu e me senti perdida.

– Me leva para o quarto. – Sussurrei em tempo.

Justin me afastou e me olhou. Ele entendeu.

Justin me ajudou a caminhar enquanto minha cabeça vibrava. Doía tanto. O oco em meu peito voltava e era como se nada tivesse acontecido. Então, meu controle se esvaiu de vez.

Gritei em desespero e me debati contra o corpo que me segurava, a todo lado que olhava, via diversos vultos e imagens assustadoras. Olhei para a frente e conseguia ver bichos estranhos se aproximando.

- SOCORRO! ME TIRA DAQUI, ESSES BICHOS VÃO ME COMER VIVA. – Gritei com toda força que obtinha em meus pulmões.

Pude identificar vozes ao fundo, mas o medo e desespero me consumiam. Senti aquela leve picada em meu braço, a qual estava acostumada, e com tal rapidez, meu corpo começou a desfalecer.

– Eu tenho você, Katherine. Se acalme agora, você está bem. Foque na verdade. Foque nisso enquanto dorme. – Identifiquei uma voz antes de apagar, dedos carinhosos acariciavam meu rosto.

“Foque na verdade..” – Pensei antes que a escuridão me tomasse de forma profunda.

Justin Bieber.

Cai em minha poltrona sentindo a exaustão me consumindo. Ontem a noite quando decidi ir ao quarto de Katie, não imaginava o que iria acontecer em seguida. Não sabia identificar se era felicidade o fato de ela ter falado tão abertamente comigo desde então.

As suas palavras no jardim me quebraram em primeiro momento, porque ali, confirmei o que suspeitava. Ela se permitiu simplesmente enlouquecer por minha culpa. Nada iria reparar o que isso me causou, meu coração ainda se retraia e trazia dor ao faze-lo enquanto suas palavras rondavam meus ouvidos de forma clara.

Mas, no mais de tudo, sabia que ela tinha obtido um grande passo em seu processo de cura. Foi surpreendente o tempo que ela conseguiu se manter em pleno controle de sua lucidez. Foram horas! Isso me deixou eufórico e com mais esperanças.

Me dirigi até meu computador, digitei a senha e entrei no sistema de segurança. Todos quartos obtinham câmeras para melhor atendermos os nossos pacientes. Procurei pelo quarto de Katie e ao acha-lo, abri a câmera.

Ela se encontrava em sua cama, em um sono profundo. Observei seu pequeno corpo sendo enrolado por uma coberta de espessura grossa, para melhor a aquecer. Lembrei-me dos momentos que a tive em meus braços novamente, e lembrei também, da forma como ela se encaixava contra mim. Apenas parecia tão certo tê-la em meus braços.

Lembranças de como erámos no passado me fizeram sorrir, e foi lembrando-as, que consegui admitir que naquele tempo eu era realmente feliz. Tudo que veio depois do nosso rompimento trágico, fora uma mentira, fora vazio, e não me acrescentara em nada.

“Stacy, Justin. Lembre-se de Stacy.” – Minha mente me repreendeu, mas tudo que fiz, foi afastar esse pensamento para longe. Não precisava lidar com ele agora.

Relaxei meu corpo contra a poltrona, e fiquei a observar Katie atentamente. Minha mente trabalhava sem parar. Trabalhar em um hospital psiquiátrico nunca esteve em meus planos, para falar a verdade, nunca esteve em meus planos reencontra-la, a garota pelo qual amei por vários anos. Minha mente vagava, novamente, para o nosso passado. Em um passado ao qual agi feito criança nos afastando por coisas banais e droga, como fui estúpido! Poderíamos ter sido felizes. O destino mudou nossas histórias mas isso não significava que ela teve seu fim.

Katherine precisava de mim agora, e estava disposto a fazer tudo para tê-la saudável, e junto a mim novamente. Não me importava com nada, e não deixarei nada me impedir, nem mesmo minha esposa.


Notas Finais


ALO ALO!! Esperamos que tenham gostado! Não deixem de comentar, indicar etc etc
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=b9_AUwaw0dY&t=34s
Até o proximo, beijos.
Kassia & Yasmim.


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