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História Revelation - My Lips Shall Praise You


Escrita por: subgi

Notas do Autor


Hello, there.

Então, né. Sim, essa é uma (short) fic que vai trabalhar com o Anticristo, e quem é cristão ou tem contato com a religião ao menos tem uma noção da dita profecia de que ele vai vir à Terra, governar, trazer o apocalipse e todas essas coisas. Se você não tem absolutamente nenhuma ideia do que eu tô falando, não se preocupe, vou explicar o que precisa ser explicado no decorrer da história. Vai ser topper.

Também vale lembrar que eu não vou fazer tudo de acordo com a religião ou a Bíblia, e sim dar minhas próprias interpretações a muito dos “fatos”. Vai ter um gorezinho básico, então, se você tiver um estômago fraco, fica atentx. O primeiro capítulo já é uma demonstração bem bacana disso.

Anyways, espero que todos gostem. Boa sorte na leitura!

Capítulo 1 - My Lips Shall Praise You


— Você confia em mim?

Eram quase três horas da manhã quando Yoongi olhou para o relógio pendurado na parede. A luz de seu quarto estava apagada, mas ele podia enxergar os ponteiros e os números com clareza. Hoseok se encontrava em sua frente, encarando-o, esperando uma resposta. Sua pele dourada brilhava à luz da lua, e assim faziam seus olhos de pupilas escuras. O primeiro não conseguia olhar diretamente, então logo desviou a atenção do relógio para as mãos inquietas no próprio colo. Sabendo disso, o segundo deu um meio sorriso e o observou, paciente. Estavam ambos sentados na cama.

— Confio — Yoongi finalmente respondeu, ainda sem conectar seus olhos com os do outro, em um sussurro. — É só que... É porque eu nunca fiz nada, só isso. Você, sim.

— Está com vergonha de mim? — Hoseok retrucou calmamente. — Do seu melhor amigo?

— Esse é o problema. Você é meu melhor e único amigo. Não quero te perder.

— Me perder? — ele franziu as sobrancelhas. — Yoongi?

— Sim?

— Por favor, olhe para mim.

Yoongi levantou o olhar e Hoseok voltou a sorrir.

— Você nunca vai me perder — o determinado prometeu ao tímido, que mordia o interior de uma de suas bochechas, e acariciou seu rosto em seguida. — Nunca. Não importa o que aconteça.

Lentamente, Hoseok se inclinou adiante, apoiando-se com uma mão ao lado esquerdo das pernas cruzadas de Yoongi, fechou os olhos e pressionou os lábios contra o canto da boca nunca tocada. Foi quando este também fechou os olhos, aguardando o próximo passo daquele, o verdadeiro beijo. Ainda, antes de fazê-lo, ele beijou o outro canto. Afastou-se por alguns segundos e o admirou, analisando cada detalhe de seu rosto angelical, algo que já tinha como hobby há muito tempo. Que privilégio. O quão privilegiado era por ter a oportunidade de conhecer alguém tão perfeito. De todas as pessoas do mundo, Hoseok fora escolhido para Yoongi, e ele não era nem um pouco religioso, ao contrário de sua família, mas isso só poderia ter sido providência divina. E se não houvesse mesmo um Divino, fora a mais pura das sortes.

— Por que você está encarando? — Yoongi disse em voz baixa. — Tem alguma coisa no meu rosto?

Hoseok tentou não rir, sem sucesso, e procurou abafar o som desenfreado no pescoço de Yoongi, que também não se aguentou. O corpo de um pesou sobre o do outro e eles acabaram deitados na cama. O que estava de olhos fechados os abriu novamente, mas apenas por um instante, uma vez que seu rosto foi envolvido, em forma de concha, pelas duas mãos do que estava logo em cima.

— Min Yoongi rindo! É assim que gosto de ver! — Hoseok exclamou, apertando as bochechas alheias. — Você quase nunca ri, e olha que eu faço um tremendo esforço.

— Não é verdade — foi a vez de Yoongi de franzir as sobrancelhas. — Sempre acabo rindo quando você ri... E...

— E o quê?

— E você está demorando demais para me beijar — o tímido, mesmo sem enxergar o grande sorriso acima dele, levou as mãos ao rosto com vergonha. As bochechas começavam a ficar verdadeiramente coradas. — Não acredito que eu disse isso. Só finja que não ouviu.

— Tarde demais.

Hoseok afastou facilmente as mãos que o atrapalhavam e voltou a segurar o rosto de Yoongi como antes. Não demorou, dessa vez, para colar seus lábios no dele, mas também não se apressou quando eles já estavam juntos. O beijo estava realmente acontecendo. Yoongi estava realmente beijando seu melhor e único amigo, e ainda não entendia como, muito menos por quê. E era tão bom. Hoseok beijava bem o suficiente para fazer o outro pensar que estava beijando da mesma forma. Mas se ele, o experiente, ainda não havia se retraído com repulsa, devia ser porque também era bom para si. Até sua língua usava agora, tocando a outra como se a chamasse para se movimentarem juntas, e assim foi. O principiante, que ainda se encontrava inseguro, apenas esperava que não babasse demais a boca alheia. Se isso estivesse acontecendo, ele não parecia ligar.

— Tem certeza de que nunca beijou ninguém antes? — Hoseok questionou, afastando-se repentinamente. Yoongi abriu os olhos e o encontrou lhe encarando. — Você faz isso muito bem, Yoongi.

— Faço? — ele retrucou, surpreso. — Porque eu... Eu tenho certeza. Absoluta.

— Inacreditável...

Hoseok parecia completamente hipnotizado pelo corpo de Yoongi. Este sempre dormia de samba-canção, enquanto aquele só se dava por satisfeito, principalmente estando na casa dos outros, se estivesse coberto com sua blusa e sua calça de pijama de uma única cor. Ele costumava sentir mais frio do que o resto das pessoas, e seu melhor amigo, mais calor. Eram tão diferentes, esses dois. Ninguém sabia por que davam tão certo juntos. Não deveriam dar certo.

— Sabe — Hoseok deu um último beijo molhado em Yoongi, que rapidamente retribuiu, antes de redirecionar seus lábios ao pescoço pálido que clamava por seu toque. — Ao contrário do que você deve pensar, eu não beijei tanta gente assim... Mas a verdade é que ninguém me beijou como você. É algo... Algo diferente. E o mais importante: é algo melhor.

— Você fala como se fôssemos almas gêmeas ou coisa parecida — Yoongi sorriu docemente à medida que sentiu seu pomo de Adão sendo beijado. — Como se fôssemos...

— E por que não poderíamos ser?

— Por favor, Hoseok, você sabe. Somos dois caras. Não fomos feitos para ficarmos juntos.

— Bem...

— Sim?

— Isso importa?

— Bem... — ele imitou o outro, sorrindo ainda mais. — Eu não quero que importe.

Logo, Hoseok o surpreendeu beijando seus lábios uma segunda vez, agora com muito mais intensidade. Yoongi não conseguia acreditar na habilidade do outro de fazê-lo enquanto tirava sua samba-canção ao mesmo tempo. Mas era fato que ele ainda estava nervoso. Não era capaz de simplesmente deixar-se levar.

— Você já fez isso com um cara antes? — perguntou entre beijos, preocupado. — Hoseok...

— Sim, Yoongi, não se preocupe. Sei o que estou fazendo.

— Vai doer?

— Não.

— Tem certeza?

— O segredo é preparar o território.

— O que...

Por mais que Hoseok amasse ouvir o que Yoongi estava pensando de verdade, algo incrivelmente raro de acontecer, ele teve que calá-lo com outro beijo voraz, porém rápido, para em seguida descer até entre suas pernas. O principiante sentiu todos os seus músculos travarem. Sua reação foi percebida pelo experiente, que levantou o olhar e, sem dizer nada, pediu um tanto impacientemente que ele relaxasse. De fato, era como se implorasse: "Se diz que confia em mim, então, por favor, confie." Yoongi se sentiu culpado o suficiente. Relaxou. Ou ao menos fingiu.

Assim que Hoseok começou o serviço, no entanto, o outro esqueceu suas seguranças como em um passe de mágica. Não, ele não ficou confiante do nada, apenas esvaziou sua mente. Sem querer, estava aproveitando muito mais do que deveria, levando em conta como lidava com as coisas. Houve um momento em que até abriu seus olhos, antes fechados justamente, para observar aquele que o fazia sentir tão bem, tão fora de si. Ele notou e sorriu. Quis voltar a beijar a boca que gemia, a qual exibia lábios tão suavemente viciantes, mas já tinha outros planos.

Hoseok levantou a perna esquerda de Yoongi sobre sua cabeça e fez o corpo pálido dele deitar de bruços na cama. O segundo choramingou baixinho, estando seu pênis sensível e agora em contato com a colcha da cama, e enterrou seu rosto no travesseiro, ao passo que o primeiro ficou rapidamente de joelhos, com eles afastando ainda mais as pernas alheias uma da outra. Ele tirou a blusa, jogou-a no chão e subiu novamente em cima do outro, plantando beijos breves e molhados em seu pescoço, assim como em sua nuca.

— Você fez como eu disse? — Hoseok perguntou em um sussurro. — Aquilo de...

— Eu sei, eu sei — Yoongi interrompeu, afoito. — Não precisa explicar isso de novo. E, sim, eu fiz. Por quê? Não ficou bom?

— Não sei, Yoongi, foi só uma pergunta. Até porque não tenho como ver daqui.

— Vou matar você.

— Não vai, não — aquele de repente beijou a bochecha deste, sorrindo, — Então... — e colocou a mão em um dos bolsos da calça. Dali tirou um tubinho e o levou ao campo de visão do outro. — Eu consegui um de morango. Fofo, não é? Você tem alergia ou algo parecido? Me esqueci totalmente de perguntar.

— Não que eu saiba — ele deu de ombros. — Conseguiu a camisinha também?

— Sim, mas ela não tem sabor.

— Obrigado por esclarecer.

Estavam ambos rindo quando Hoseok se reergueu, apoiando-se mais uma vez em seus joelhos, e deslizou sua mão direita desde o topo da coluna de Yoongi até o início da fenda entre suas nádegas. Ele as admirou por um tempo, ainda com um sorriso no rosto, discretamente. Nunca diria isto em voz alta, conhecendo o melhor amigo como conhecia, mas pareciam tão delicadas, tão femininas. Mesmo isso nele era adorável, e de considerável abundância, por assim dizer. Distanciando-as de leve, balbuciou:

— Você.. Você fez...

— Meu Deus do céu — Yoongi grunhiu. Seu rosto, já profundamente corado, queimava mais que nunca, sem ter certeza se era por vergonha ou ódio. — Sim, Hoseok. Sim, eu fiz depilação.

— Doeu?

— Bem, eu pensei que sim, mas a depiladora percebeu minha cara de choro misturado com arrependimento após a primeira arrancada, riu de mim e falou: "Pode ter certeza, querido, de que o que você pretende fazer depois daqui vai doer muito mais." Então aparentemente aquilo não foi nada, o que me leva a temer o que vem a seguir, eu ficando consequentemente nervoso e ansioso e todo o maldito resto. Eu... — o principiante parou por um instante, sentindo o despreocupado Hoseok passar o tal lubrificante de morango entre suas nádegas. Decidiu engolir em seco e continuar o discurso aleatório. — Eu não sei por que estou contando isso agora, foi mal. É só que... Sabe, ela só disse aquilo para me amedrontar, não disse? Não foi engraçado. Ouço uma coisa de você, ouço outra dela. Esses paradoxos não fazem bem para a cabeça de nin...

Yoongi gemeu um pouco alto demais ao sentir a língua de Hoseok em sua extremidade mais íntima. O contato com a colcha da cama também não ajudava, pelo contrário, apenas o estimulava mais. E ele quis alcançar seu pênis para livrá-lo de modo mais rápido daquela doce tortura, um gesto claramente pubescente, mas o outro logo notou sua mão esquerda deslizando por seu corpo e a afastou sem rodeios. As duas mãos brigaram veementemente por um instante, e lá estavam eles de novo. Rindo.

Era óbvio que Yoongi, por mais que Hoseok tivesse preparado o território, sentiria um pouco de dor. Os dois primeiros dedos foram fáceis, o segundo um pouco menos que o inicial, porém foi no terceiro que realmente pediu ao experiente um pouco mais de calma e cuidado. Em suma, demorou para se acostumar com o dito cujo. Mas quando o fez... Cara! Ele ficou implorando! Yoongi implorou para ter Hoseok dentro dele. Ah, a agitação... Este estava certamente mais animado do que excitado por saber que vinha percorrendo o caminho certo. Tornou-se tão afobado por um segundo que quase não conseguiu colocar uma mísera camisinha. Aquele teve de ajudá-lo, o que foi bom, tendo em vista que terminariam, assim que se deitassem, exatamente como imaginaram em suas mentalidades juvenis: olho no olho, lábios nos lábios, frente a frente. Não queriam se perder de vista uma única vez.

A maioria das coisas havia sido discutida por mensagens de texto. Não foi dessa forma que tudo começou, no entanto, e sim no jardim de infância, onde ambos se encontraram pela primeira vez. Nenhuma criança parecia gostar do introvertido e frágil Yoongi. Hoseok, que nunca tivera nada contra ninguém, não entendia. Sentiu-se responsável pelo garoto solitário muito ligeiramente. Ao conhecê-lo a fundo, passou a criar uma antipatia por quem o ignorava, porque, honestamente, não fazia o menor sentido. Ele era, sem sombra de dúvidas, o mais legal de toda a sala, talvez até da cidade. Hoseok quis protegê-lo; encontrara sua principal missão na Terra. Costumava dizer a qualquer um que se aproximasse que Yoongi era seu e de mais ninguém. Não por ser possessivo, não era nada do tipo, só não aguentaria ver alguém arruinando o que ele tinha de mais precioso. Sempre levou isso muito a sério. Até em relação aos seus pais, que insistiam em criticar Yoongi e sua mãe solteira desde a chegada dos dois à cidade, principalmente em razão de não irem à igreja aos domingos como o resto dos locais. A família Jung, contando também com a irmã mais velha, repudiava aquela amizade. Logo ela, a mais próxima à família do pastor, indiscutivelmente uma das mais influentes da região.

Havia sido, de fato, uma espécie de amizade proibida. Quando Hoseok e Yoongi cresceram mais um pouco, perceberam que também era amor. Bem, a outra melhor amiga do primeiro, Jennie, tentou fazê-lo enxergar isso por anos, até que o segundo se aproximou do professor de Música de tal modo que o alertou. O homem tinha segundas intenções. No Dia dos Namorados, ainda que fosse feriado, teimou que seria necessário terminarem a partitura que treinavam há semanas. A mãe de Yoongi não estaria em casa, e eles tinham um piano velho de família. Hoseok pegou emprestado o Land Rover preto de seu pai, já sabendo dirigir mesmo sem tirar a carteira, e usou o alto-falante instalado nele para pedir o amigo em namoro enquanto passava por ali, uma suposta brincadeira para despistar o professor. Ele foi realmente embora. Hoseok também, pois foi quase morto a tapinhas mal direcionados por Yoongi.

Os rumores tiveram início na escola. Hoseok começou a olhar para Yoongi de uma maneira diferente. Pela primeira vez em um longo tempo, as bochechas de Yoongi coraram com algumas das coisas que Hoseok dizia. Surgiu uma tensão no ar. Segundo Jennie, obviamente, ela sempre esteve ali. E foi no Dia Branco, um mês depois, que o protegido pediu para ter uma conversa franca com seu protetor através de uma mensagem de texto. Afirmou não querer mais que este o protegesse de seus reais sentimentos, pois ele próprio estava disposto a tirar sua armadura. Mas ambos se encontravam tão nervosos que simplesmente concordaram em discutir por telefone.

Duas semanas e um dia se passaram até o presente momento.

— Ok, agora eu vou colocar, você sabe, dentro — Hoseok disse, inclinando-se sobre Yoongi, que assentiu de olhos direcionados para baixo. — Se estiver machucando, qualquer coisa que seja, você me avisa, certo?

— Certo... — Yoongi consentiu apenas antes de acontecer. — Puta merda!

— Você quer que eu tire?!

— Não! — ele exclamou, sentindo-se um pouco ofendido, mas depois notou como estava sendo impulsivo e decidiu se conter. — Não. Não, Hoseok, você já colocou, só...

— Vou mais devagar? — o outro sugeriu, preocupado. Ele assentiu novamente em retorno. — Meu Deus, você é mesmo bem apertado... Entende, o...

— Hoseok.

— Eu.

— Por algum motivo, não sei exatamente qual, agora gosto mais de você com a boca ocupada.

— Sabia que você não é o único que está nervoso aqui? Hein? Sabia? — o tagarela quis falar sério, mas acabou rindo. — Mas tudo bem. Ótimo. Seu pedido é uma ordem.

Eles estavam se beijando de novo. Como prometido, Hoseok se empurrava para dentro do outro ao ritmo mais lento possível, e a verdade é que não era fácil. Toda aquela chamada "preparação de território" o estimulou mais do que previra em seus devaneios. Nem se moveu direito e já começou a gemer no meio do beijo, em uma espécie de sussurro que ouvidos humanos quase não poderiam ouvir, e de certa forma o som ajudou Yoongi a sentir-se mais confortável, claro, como consequência de sentir-se desejado. Esse pensamento em si o excitava profundamente; cada vez menos tenso, tentou ao máximo focar no prazer mais no que da dor que ele ainda proporcionava. Agora nenhum dos dois conseguia ficar calado. Claro, em momento algum esqueceram que havia mais gente em casa, então estavam sempre se atentando ao barulho da ação como um todo. Ah, o segredo proibido! A adrenalina que vinha com ele! Aquilo não era necessariamente errado, porém, no ambiente que viviam, poderia ser considerado bem mais do que isso. Um pecado. A propósito, um dos piores. E o quão esplêndida era a sensação!

Hoseok começou a pegar pesado. Estava indo com tanta força que a cama passou a ranger um pouco, mas nada que chamasse muita atenção, e Yoongi, tendo sua próstata abusada de novo e de novo, para não gritar, fincou suas unhas nas costas alheias com o mesmo vigor que era penetrado. O primeiro chiou, falou alguns palavrões e tudo mais, e não foi sem razão: quando o segundo levou as mãos ao rosto dele no intuito de envolvê-lo, trazendo-o para perto do seu e beijando seus lábios, observou que as pontas de seus dedos estavam ensanguentadas. Ele até pensou em se desesperar, todavia, se o outro ainda não tinha parado, talvez de fato pudessem cuidar disso depois.

Surpreendentemente, Yoongi gozou primeiro. Ou nem tão surpreendentemente assim, porque, ao contrário de Hoseok, estava sendo estimulado também por sua própria mão, masturbando-se, e dessa vez este se encontrava tão concentrado em seu próprio prazer que sequer ousou impedi-lo.

— Hoseok...

— Vá em frente — ele disse, ofegante. — Estou perto também.

Foi de súbito que os olhos rijamente fechados de Yoongi viram estrelas. Ele abafou seu último gemido, o mais alto até então, mordendo o pescoço de Hoseok, que tinha sua testa contra o travesseiro e sua têmpora encostada na têmpora do outro. Haveria um hematoma mais tarde naquele lugar. A vítima, porém, não queria deixar barato, e assim seus lábios desocupados desceram ao pescoço do criminoso para fazerem um chupão ali. Este sorriu ao toque, mas franziu as sobrancelhas ao sentir algo quente, estranhamente quente entrar em contato com sua pele tão sensível. Logo pensou na saliva, porque não poderia ser outra coisa.

Então Hoseok levantou o rosto para mais uma vez ter uma vista do seu.

— Hoseok? — Yoongi arregalou os olhos. — Seu nariz? Está sangrando?!

— Não está, não — Hoseok retrucou, não sentindo nada de incomum, mas teve aquela mesma expressão em seu rosto quando o sangue respingou no do outro. — Mas que porra...

— Isso já aconteceu antes?

— Óbvio que não.

— Nunca aconteceu comigo também, então... O que a gente faz?

— Você tem... Algodão ou algo do tipo?

— Na primeira gaveta do criado-mudo, se não me engano.

Perplexo, Yoongi o observou esticar o braço na direção do criado-mudo e tirar um saco quase vazio de algodão de seu interior. Pegou dois deles e enfiou um em cada narina, simples assim. Já dava a entender que queria continuar o que ainda não pudera ter seu digno fim.

— Hoseok, você não acha que deveríamos deixar para outra hora?

— Mas eu estava tão perto... E veja, o problema já foi resolvido. O sangue estancou.

— Você acabou de colocar os algodões. E minha mãe é enfermeira, lembra? Poderíamos...

— Acordar a pobre mulher às três da manhã? Não mesmo. Eu estou bem. Juro que estou bem.

— Você jura? — ele questionou, ainda em choque. O garoto estaria mesmo tão despreocupado quanto aparentava? — Então, se cair qualquer gota de sangue em mim, eu juro que nunca faremos isso de novo.

— Não é uma proposta um tanto radical?

— Não soa como uma agora.

Hoseok decidiu arriscar. Em alguns segundos, Yoongi já ria das duas bolotas brancas dentro de seu nariz, sem querer falar que estava, sim, pronto para dar o que ele desejava a ponto de não se preocupar com um sangramento. Mais que isso, estava a caminho do segundo ápice, apesar de mais longe. À medida que o outro se reaproximava de seu primeiro, ele notava a palidez estranha em seu rosto, uma de aparência bastante doentia. Hoseok não estava bem, e era notável. Parecia ser, contudo, o único a não compreender o próprio estado.

Mas finalmente aconteceu. Hoseok jogou a cabeça para trás, fechando os olhos e gemendo alto, e Yoongi o sentiu gozar dentro de si.

— Tudo bem — o aflito acariciou rapidamente a bochecha suada do outro. — Vamos descansar. Amanhã... — De repente, este engulhou como se fosse vomitar, — Ok, já chega. Hoseok... — e tampou a boca daquele com a mão, o qual continuou a resmungar apesar de estar ininteligível. — Não tente me calar, eu...

Na verdade, ele estava meio que protegendo Yoongi de si mesmo. Hoseok engulhou novamente. Vomitou para valer dessa vez. Sangue. Muito, muito sangue. E não só isso: ao cessar do fluido grosso e vermelho, como se não houvesse mais vida em seus olhos, desmoronou por completo, caindo ao lado do outro na cama. O garoto com saúde se levantou de uma vez, sem conseguir respirar regularmente, e correu para erguer a calça do enfermo, a qual, graças aos céus, estava abaixada apenas até os joelhos, além de procurar apressadamente sua samba-canção no escuro do quarto. Começou a gritar por sua mãe ao passo que, com a intenção de contatar a emergência o mais rápido possível, pegava o celular de cima do criado-mudo. A senhora Min chegou quase no mesmo segundo que seu filho destrancou a porta. Hoseok não conseguia ouvi-la. Por um instante, não conseguiu ouvir coisa alguma, somente observar.

Antes de apagar totalmente, sua cabeça pendeu para o lado oposto ao que se encontravam os Min. No canto da parede, havia uma figura escura que se assemelhava a de um homem. Ele não era capaz de ver nada que não fosse seu brilhante sorriso. Foi aí que escutou sua risada e sentiu seus movimentos exagerados enquanto o fazia. Em seu último devaneio, perguntou-se se aquela era a morte zombando dele. Hoseok não queria morrer. Disse telepaticamente a ela que ainda era muito jovem. Implorou inúmeras vezes, mas a figura continuou rindo.

Ele estava muito cansado para persistir.



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