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História Revenge Girl - Bomb-bomb-bomb-bombing


Escrita por: MandsChan

Capítulo 14 - Bomb-bomb-bomb-bombing


Raiva. Ódio. Repulsa. Uma mistura de sentimentos ruins e poderosos passaram pelo meu corpo enquanto eu cerrava os punhos e trincava os dentes.

- Como. Aquele. Desgraçado. Pôde. – eu disse pausadamente de maneira sombria olhando fundo nos olhos de minha amiga doente.

- Calma Saki, já passou e eu-

- Passou mesmo! E você não me disse nada! - eu levantei do sofá e comecei a andar de um lado para o outro da sala, tagarelando. - Você não me disse nada! Quase foi estuprada e deixou por isso mesmo! Dane-se se esse cara se acha o “bonzão” poderoso, dane-se se ele conhece todas as gangues de New York, dane-se que ele é um mau caráter! Se tivesse me contado antes eu podia ter-

- Feito o maior escândalo, eu tô sabendo já! - ela me interrompeu levantando o tom de voz e se arrependendo de imediato ao massagear as têmporas que doíam. – Olha Saki, muito obrigada por se preocupar comigo, você é minha melhor amiga, eu te amo muito, mas eu não podia te contar, eu te conheço, você ia publicar a foto dele como procurado da justiça na primeira página do New York Times, aposto! - ela me acusava e eu apenas a olhava mais calma. Suspirei e voltei a me sentar no sofá.

- Tudo bem, talvez eu exagerasse um pouco. Mas Tomy, você sabe o quanto isso que aconteceu com você acontece no mundo todo, e inúmeras mulheres sofrem caladas por medo das ameaças feitas pelos criminosos? - eu tentava explicar e ela apenas revirava os olhos.

- Saki, o problema é que ele não ameaçou só a mim, ameaçou o Todd e a qualquer pessoa que soubesse. Se essa história vazar não vai ser só eu quem vai sofrer as conseqüências! - ela repousava o rosto nas mãos, morrendo de dor de cabeça.

- Mas, e o Eriol? Você vai explicar tudo pra ele certo? – ela me olhou cabisbaixa.

- Não tenho outro jeito, a não ser que queira perde-lo de vez... – ela se lamentava. Levantei-me de supetão, peguei minha bolsa na mesa e fui em direção á porta. – Onde você pensa que vai? – ela me indagou curiosa.

- Vou atrás do Eriol. Você vai falar com ele agora, e não me venha com evasivas Daidouji. – eu disse firme e saí correndo pelas ruas de New York mais uma vez, já que meu carro estava fora de combate.

...

Meus dedos já tocavam a campainha pela quarta vez, e ninguém atendia, já estava ficando preocupada.

- Eriol! Sou eu, Sakura! Sei que está aí dentro! Abra esta porta! – eu falava pela primeira vez, me identificando, já que o porteiro me deixou subir sem nem mesmo perguntar meu nome, já me conhecia. - Eriol! – eu o chamei mais uma vez. De repente ouvi passos dentro do apartamento e a porta foi destrancada. Quando ela finalmente foi aberta, tive a surpresa.

- O que está fazendo aqui? – perguntei surpresa ao ver Shaoran e não Eriol atender a porta.

- Posso te perguntar o mesmo? – ele tinha um sorrisinho no canto da boca.

- Preciso falar com o Eriol. – eu disse entrando, o empurrando para que eu passasse.

- Ele está com a cara enfiada no sofá há horas, estou tentando tirá-lo de lá, mas ele não sai. – ele explicava enquanto eu ia em direção á sala e constatava a cena que Shaoran acabara de descrever. Eriol estava de bruços no sofá com três travesseiros sobre a cabeça.

- Saia já daí e me acompanhe. – disse puxando o corpo mole do médico pela mão, mas ele não ficou de pé como eu previa, ao invés disso caiu de cara no chão. – Eriol! – disse brava, chacoalhei seu corpo, mas ele não mexia nem um músculo, comecei a ficar preocupada. Virei seu corpo de barriga para cima e constatei que ele tinha um corte na sobrancelha e que não respirava. Que ótimo, matei ele.

- O que foi que você fez? – Shaoran chegou na sala rápido e preocupado, provavelmente ouviu o estrondo que o corpo de Eriol fez ao bater no chão.

- Eu não fiz nada! Puxei ele pela mão e ele caiu de cara no chão! – respondi nervosa. – Acho que ele não está respirando! – eu disse mais aflita. Shaoran logo se aproximou de Eriol e mediu sua pulsação.

- A pulsação dele está muito fraca, acho que a respiração dele está falha pelas horas que ele ficou debaixo dos travesseiros, ele tinha asma, não devia ter feito isso, Hiragizawa seu idiota. – Shaoran repreendia Eriol.

- Mas do que adianta brigar com ele agora? Ele está desacordado e sangrando no chão. O que fazemos?

- Como vou saber? O médico da casa é que está desacordado! – ele ironizou.

- Ele não era asmático? Tem alguma bomba de asma aqui? – eu perguntei procurando por uma solução.

- Não, como eu disse ele era, do verbo não é mais. – mais ele tá pedindo... Um soco na cara.

- Mas asma não é uma doença crônica? – eu indagava desesperada por aquela bombinha que podia salvar Eriol naquele momento.

- Pergunta pro Eriol! Eu sei lá por que ele não é mais asmático! – ele agora esbravejava, mas eu via a preocupação em seus olhos.

- Não dá pra perguntar pro Eriol! Ele está DESACORDADO no momento! – eu soltava minha ironia que estava segurando há tempos. Ele apenas rolou os olhos e sentou no sofá onde Eriol deitava há pouco. Resolvi tomar uma atitude. – Quer saber? Eu não vou ficar aqui sentada esperando uma solução, vou atrás dela. – disse decidida e me agachei mais aproximando meu rosto do de Eriol. Shaoran se assustou.

- O que pensa que está fazendo? – ele perguntou surpreso ao ver o meu rosto e o de Eriol tão próximos.

- Vou ser a bomba dele. – disse simplesmente e encostei meus lábios quentes nos lábios frios de Eriol e soprei meu ar, para que ele voltasse. Repeti isso três vezes, até que na quarta ele abriu os olhos levemente e começou a tossir. Saí de perto dando espaço para ele respirar. Olhei para Shaoran e vi que um sorriso brotava em seu rosto mesmo que seu cenho ainda estivesse fechado.

Eriol apoiou os braços no sofá e o escalou com dificuldade, quando finalmente se sentou e olhou em volta me viu e franziu o cenho com surpresa.

- O que... O que está... Fazendo aqui? – perguntou um pouco ofegante ainda. Então percebeu uma gota de sangue escorrer pelo seu rosto. Apalpou a testa e sentiu dor. – E por que... Por que... Estou sangrando...? – ele indagava mais uma vez com dificuldade. Eu apenas abri um grande sorriso em meus lábios e pulei no sofá enlaçando o moreno em meus braços.

- Ainda bem que está bem. – disse simplesmente. Senti que ele me abraçou um tanto fraco de volta, e logo depois senti as mãos de Shaoran nos separar do abraço.

- Não acha que tem que dar espaço pra ele agora?- ele dizia um tanto quanto bravo.

- Vocês... Têm... Que... – Eriol começava e eu o interrompi.

- Temos que te explicar, já sabemos. Mas recupera o fôlego do meu beijo primeiro garotão. – eu brinquei, mas ri sozinha. Eriol estava me encarando surpreso e Shaoran revirava os olhos cético. Eu ri mais ao ver a reação dos dois.

...

- E isso foi tudo. – disse ao terminar de contar o que tinha nos acontecido há minutos atrás, rindo um pouco da situação. Eriol já estava com a respiração normal e já tinha feito um curativo em seu corte.

- Então quer dizer que você quase me mata e acha engraçado Kinomoto? – ele perguntou sorrindo também.

- Ah, faça-me o favor! O corte pode ser culpa minha, mas essa sua crise de asma aí, foi graças a sua estupidez Hiragizawa. – eu respondi mais séria. Ele me encarou. Shaoran apenas assistia a nossa conversa.

- Que ótimo. Anos e anos perdidos em curar uma doença sem cura e eu estrago tudo em horas. – ele dizia revirando os olhos ao perceber sua estupidez. Então voltou a me olhar. - Você não me disse ainda o que faz aqui.

- Estou aqui para te buscar. Vista os sapatos e penteie este emaranhado de fios negros que você chama de cabelo, nós vamos sair. – disse me levantando e pegando minha bolsa.

- Posso saber ao menos pra onde? - Eriol me olhava curioso. De repente seu olhar mudou para tristeza. – Não estou muito a fim de sair para lugar nenhum Sakura...

- Não tem desculpas, você vem comigo e pronto. – disse convicta. – Quer outro corte? – o ameacei. Ele apenas revirou os olhos e foi para o quarto se arrumar. Shaoran então entrou na conversa.

- Delicada como um mamute. – ele riu.

- Não me venha com comparações tolas Li. – disse revirando os olhos. Então percebi que ele pegou as chaves do carro e seu casaco e veio em minha direção. – Onde pensa que vai?

- Vou levar você e o seu amor pra ver Tomoyo. – ele dizia me provocando.

- Como sabe que vamos ver Tomoyo? – perguntei curiosa ignorando a parte “vou levar você e seu amor”

- Ele só não sabe por que é ingênuo demais para conviver com você. – explicou.

- Pensei que eu não tinha mudado, que ainda era a ingênua do universo. – provoquei. – Não era isso que tinha me dito? – ele apenas se aproximou de mim e sussurrou em meus ouvidos.

- Você ainda é a mesma, só que de um jeito diferente. E é esse jeito diferente que confunde o Eriol. – disse numa voz macia e rouca que me provocava arrepios – Mas nunca vai me confundir Kinomoto, nunca. – afirmou. Logo depois pigarros foram ouvidos.

- Estou pronto. – Eriol disse com as bochechas levemente vermelhas por presenciar aquela cena. Ele deve estar delirando se acha que alguma coisa estava rolando de verdade, e eu ia desmentir isso para ele, mas suas bochechas me encantaram tanto que eu apenas relevei.

- Venha logo bochechas de querubim, não podemos perder mais tempo. – eu disse sorrindo puxando Eriol pela mão em direção aos elevadores, suas bochechas só ficaram mais vermelhas com esse meu comentário. Mas o que me fez rir mais, só que internamente, foi o comentário que ouvi de Shaoran, enquanto fechava a porta: “Venha logo bochechas de querubim”, ele imitava minha voz de forma melosa, e depois bufou : ”Puta veadagem”.


Notas Finais


E é com esta sutileza em pessoa chamada Shaoran Li que dou boa noite hoje pessoal :* hahaha


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