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História Revenge Girl - Pick me. Choose me. Love me.


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


Primeiramente gostaria de dar um destaque pra este LINDO título de capítulo (I love Greys Anatomy <3)
Em segundo lugar, apenas um pedido: NÃO ME MATEM.

Boa noite :*

Capítulo 21 - Pick me. Choose me. Love me.


Peter era realmente uma pessoa ótima. Todo mundo que me conhecia dizia que a minha mudança de personalidade tinha sido para pior... Mas a mudança de Peter era exatamente o contrário. Agora ele era extrovertido, engraçado, simpático, sexy, atém de ter uma aparência mil vezes melhor que a antiga... Eu acho que se já não tivesse completamente enrolada com Shaoran e tendo uma quedinha por Awly, podia sim me interessar por Peter. Ele era uma ótima companhia.

- E então eu abri a porta e um bolo de neve me cobriu dos pés a cabeça! – ele contava animado uma de suas aventuras na sua viagem para o Canadá. – Precisaram de pás para me tirar de lá de baixo, e eu fiquei todo molhado, foi horrível. – ele dizia alegre.

- Você é uma figura. Parece eu, tudo de cômico acontece contigo.

- Seria trágico se não fosse cômico, este é meu lema. – ele contou tomando um gole de seu café. Ri e levei meu copo de frappuccino á boca.

- Sakura... Posso te fazer uma pergunta? – ele dise parando de rir e me encarando mais sério.

- Pode. – disse despreocupada.

- O que aconteceu na noite do baile? Você desapareceu, todos comentavam, mas ninguém sabia onde te encontrar... – ele falou cauteloso, parecia até que sabia o quão delicado aquele assunto era para mim. Fiquei um pouco desconfortável.

- Eu... Prefiro não falar do passado Peter, se não se importa. – disse na tentativa de cortar o assunto. Ele apenas assentiu e sorriu fraco.

- Tudo bem, me desculpe por me intrometer...  -

- Não, não se preocupe. Você não fez nada demais... – disse com o sorriso mais convincente que pude. Ele assentiu e mudou de assunto estrategicamente.

Eu nunca tinha parado para pensar que Peter também poderia me questionar sobre aquele dia. Ele estava mudado, mas ainda tem memória Sakura, ainda se lembra do passado... Será que ele vai continuar insistindo nesta história em outra ocasião?

O tempo voou e o papo com Peter fluiu cada vez mais. Ele não tocou mais naquele assunto, me deixando mais confortável na conversa.

- Saki, seu celular está acendendo. – ele disse observando meu celular que estava em cima da mesa. Olhei-o e vi na tela “19 mensagens não lidas”. Gelei. Merda de modo silencioso. Só podia ser Awly, ele tinha me mandado 19 mensagens e eu não respondi. Abri minha caixa de mensagens depressa e o espanto passou pelo meu rosto.

Shaoran tinha me deixado inúmeras mensagens de texto e voz querendo saber meu paradeiro. Olhei o relógio do celular e quase pulei de susto. Já eram 22h46, ele iria me matar.

- Mau Deus, olhe as horas! – disse levantando-me apressada e indo para o caixa. Peter me seguiu.

- Desculpe, eu devia ter controlado o tempo... Ter te avisado, sei lá. – ele tentava tomar a culpa.

- Esqueça, a culpa é minha, na verdade do nosso papo tão gostoso. – disse sorrindo. Como eu conseguia ser tão gentil com ele? Até eu estava surpresa. Paguei a conta e fui correndo para a porta, quando abri na intenção de jogar-me nas ruas, parei. Estava caindo uma tempestade lá fora.

- Não acredito! – disse nervosa. – E agora?

- Você está de carro? – ele questionou-me.

- Estou, mas ele está na garagem da agência, que agora está fechada. – disse lamentando-me da inusitada situação.

- Meu carro está na rua de trás, quer uma carona? – ele perguntou prestativo. Ia responder, quando meu celular tocou. Olhei na tela e a foto de Shaoran apareceu. Respirei fundo e atendi, esperando o escândalo.

- Alô? – disse baixo. A Sakura fria e durona estava afinando? Estar apaixonada é uma droga mesmo.

- ONDE VOCÊ ESTÁ? – ele berrou em meus ouvidos. Afastei um pouco o celular da orelha por um segundo.

- ME DESCULPA! – respondi também alto, mas ao mesmo tempo suave.

- Você acha que eu tenho cara de idiota? Estou te esperando há horas e você não atende esta merda de celular! Já liguei pra Tomoyo, pro Eriol, pro universo inteiro e você não aparece! – ele tagarelava extremamente irritado.

- Calma, eu tenho uma explicação. – disse tentando pensar na melhor maneira de contar que tinha esquecido dele por completo.

- Me explica depois, agora vem para a minha casa, nesse segundo. – ele disse seco.

- Saki, e aí? – Peter disse questionando-me sobre a carona. Shaoran escutou sua voz.

- Quem está aí? – por que o Peter só piora as coisas?

- É o Peter, ele vai me dar uma carona até aí. – disse tentando manter um tom de voz firme.

- COMO? – pronto, e a bomba explodiu. – O que está fazendo com ele? E o seu carro?

- Explicações deixadas para depois, lembra? – ele bufou.

- Onde está?

- Na Starbucks, na frente da agência.

- Espere aí, chego em 10 minutos. – e depois tudo que ouvi foi “tu tu tu”. Ele tinha desligado na minha cara.

...

Tinha dispensado a carona de Peter, e agora estava parada do lado de fora da Starbucks, que tinha fechado, com o sobretudo na cabeça, tentando me proteger da chuva, deixando á mostra meu corpo no collant preto e decotado da campanha da Vogue. Arrependi-me de não ter trocado de roupa.

Homens passavam pela rua e mexiam comigo, me cantando. Eu apenas revirava os olhos desejando que Shaoran chegasse o mais rápido possível. Então vi surgir da esquina da rua um carro preto conhecido, em alta velocidade, cantando pneus. O carro parou na minha frente, dei a volta e sentei no banco do passageiro. Fechei a porta e o carro acelerou.

- O que você pensa que está fazendo vestida desse jeito no meio da rua a essa hora da noite? – ele disse mal prestando atenção no trânsito.

- As explicações não seriam deixadas para depois? – repeti a frase que tinha me salvado minutos antes.

- Já é depois. – ele disse sério. Suspirei. E contei tudo. Ele apenas ouvia, sem me interromper ou olhar na minha cara. Ele parou num farol vermelho, perto do Outback, quando terminei a história.

- Espero que me desculpe... Eu realmente não queria... –

- Não queria ter se esquecido de mim? – me olhou melancólico.

- Shaoran, não é bem assim... – ele revirou os olhos.

- Ah não? – riu sarcástico.  – Eu ia te falar uma coisa importante, Sakura. Esta noite. Então você se atrasa me deixando super preocupado. E não foi um atraso de vinte minutos, foi um atraso de mais de duas horas. Quando eu finalmente consigo falar com você te encontro na porta da Starbucks, praticamente nua, sendo que tinha acabado de se despedir do cara com quem tinha passado ás ultimas horas, e que obviamente não era eu. Nunca sou eu. – ele tagarelava nervoso. Eu parei de escutar depois da primeira frase, esta ficou repetindo-se em minha mente... Ele tinha uma coisa importante para contar-me...

- O que tinha de importante para contar-me? – disse praticamente ignorando seu discurso anterior.

- Isso já não importa mais. - ele disse triste.

- Mas que droga, fala Li. – disse ficando irritada.

- Você realmente acha que está no direito de exigir algo por aqui? – ele zombou bravo. Revirei os olhos.

- Pare de rodeios e diz logo. – já estava ficando realmente nervosa.

- Já disse que não importa mais, não vou quebrar a cara de graça pra você Kinomoto. – ele disse me olhando fundo nos olhos. Aquela frase só me confundiu.

- Quebrar a cara?

- É. É só isso que faço toda vez que me aproximo muito de você. Já que a cada hora um cara diferente aparece na sua vida. – eu já estava começando a me sentir mal.

- Shaoran, por favor, a culpa não foi de Peter...-

- Claro que não foi, a culpa nunca é do Peter, ou do Hiro, ou do John, Felix, Kevin, ou dos outros milhares de caras que sempre aparecem do nada e nunca têm culpa de nada. – ele disse cético. Meus olhos já estavam começando a marejar. Droga. Eu iria chorar na frente dele?

- Para. – pedia tentando disfarçar minha voz.

- Parar com o que? De dizer a verdade?  Que foi Kinomoto? A mulher de ferro não aguenta ouvir umas verdades? – ele provocava.

- Já disse para parar! – disse começando a me alterar novamente.

- Não paro, você tem escutar tudo o que eu estou sentindo. Me deve isto. – me descontrolei.

- Não! Eu não te devo nada! A culpa não é minha se você não encara o fato de eu não ter que te dar satisfações, ou você me dar satisfações. Isto aqui não é um namoro Shaoran, eu e você não somos NADA! – dizia as coisas mais sem sentido de sempre, tentando me esquivar do rumo da conversa e esconder o que realmente estava sentindo. O farol abriu. Ele desligou o carro no meio da pista, levando muitas buzinadas. Virou-se para mim e segurou meu rosto com as duas mãos.

- Era isto que estava tentando mudar hoje, mas você não deixou. – ele disse aproximando nossos rostos.

- O quê? – disse num sussurro.

- Eu ia te pedir em namoro Sakura. – ele disse me fazendo arrepiar a espinha. – Já não aguento mais você dizer que não me deve satisfação, não aguento ter que engolir você dormindo na cama de seu priminho, não aguento a instabilidade da nossa relação. Já estamos há dois meses vivendo como um casal, agindo como um casal, mesmo sem ser oficialmente um casal. Há tempos que eu estou apaixonado por você. – ele disse sincero, despejando um bolo de informações que aceleravam meu coração. Minha respiração estava descompassada. – Eu não aguento mais te ter tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. – ele falou roçando seu nariz no meu. Fechei os olhos por um segundo sentindo o carinho, então voltei a encará-lo. – O que me diz... Aceita ser minha namorada? – ele disse selando meu lábios e depois encarando-me apreensivo pela resposta.

Tudo o que eu mais temia e queria estava acontecendo. Ele queria namorar comigo, ele queria oficializar o que tínhamos. Realmente era tudo o que precisava. Eu estava apaixonada por ele, e ele por mim. Não há nada melhor do que um amor correspondido. Isso seria perfeito se minha vida fosse um clichê de contos de fadas... O problema era que minha vida era real, real até demais. Toda a situação seria perfeita e romântica, a não ser que o futuro namorado seja o seu antigo objeto de vingança e que você não consegue confiar em sua palavra, além de ter uma queda por um anônimo galanteador.

Minha cabeça estava num tsunami de ideias. Ao mesmo tempo em que as palavras a pouco proferidas eram tudo o que eu mais desejava ouvir, acabaram se tornando uma facada em meu coração. Então tomei a decisão mais aceitável para aquela situação, tomei a atitude que qualquer pessoa faria se estivesse em meu lugar.

Eu...


Notas Finais


o.o aiaiai Yukito!


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