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História Revenge Girl - Ciúmes? A gente vê por aqui.


Escrita por: MandsChan

Capítulo 25 - Ciúmes? A gente vê por aqui.


Narrado por Tomoyo

Estava saindo mais cedo da agência, já eram seis e quarenta e eu estava livre, não podia acreditar. Ao sair pude ver uma Starbucks me convidando para entrar, do outro lado da rua. Atravessei, me aproximei e vi que tinha fila de espera. Que inferno, os nova-iorquinos tinham cafeína circulando nas veias, ao invés de sangue. Dei a volta na esquina e fui até meu carro, que excepcionalmente hoje estava estacionado fora da TGZ Models.

Dirigindo pelas ruas de New York, estava à procura da Starbucks mais próxima, e mais vazia, eu necessitava de um enorme copo de café para esquentar um pouco. Depois tinha que realizar minha peregrinação atrás de Shaoran. A Sakura é uma mula teimosa, eu disse pra ela se resolver o quanto antes com ele, para não causar problemas, para não sofrer... E o que ela faz? Exatamente o contrário! E agora eu pago o pato dando uma de detetive pela cidade e ainda por cima longe do meu namorado!

Falei com Eriol no telefone hoje, mas não foi suficiente nem para matar um pouco da saudade que eu tenho dentro de mim. Minha vontade agora é de voar até Washington agarrá-lo e nunca mais soltá-lo. A Sakura tinha conhecido minha sogra ANTES DE MIM! Absurdo.

Parei no estacionamento da Starbucks perto de casa, uma próxima ao Central Park. Adoro vir aqui, é uma das únicas que proporcionam um lugar seguro para estacionar o carro.

Entrei, e o cheirinho de café invadiu minhas narinas. Fechei os olhos apreciando o breve momento e fui logo em direção ao balcão. Aquelas tentações de brownies e cookies eram tão injustas. A modelo aqui sofre.

Fiz meu pedido e fui sentar numa mesa. Distraída com a decoração do local passei meus olhos pelo salão. Até que eles se fixaram num casal em especial. A moça era absurdamente linda. De cabelos longos, negros e levemente ondulados nas pontas.Tinha um sorriso lindo e olhos castanho-avermelhados que pareciam em brasa de tão brilhantes. Ela ria abertamente. Já o rapaz esboçava um tímido sorriso. A moça então pegou a mão do rapaz em cima da mesa e disse algo carinhoso, ele apenas assentiu. Levantei rapidamente da mesa e me pus na frente do “casal feliz” em questão de segundos.

- O que significa isso Shaoran Li? – disse nervosa. A Sakura ia ter um ataque se soubesse disso.

Narrado por Sakura

Já eram mais de oito da noite e nada de Tomy me ligar, se ela tivesse esquecido iria matá-la. Já estava andando de um lado para o outro no quarto de Eriol. Ele me olhava monótono.

- Se andar mais, vai cavar um buraco e irá parar no andar de baixo. – ignorei seu comentário e peguei seu celular novamente para checar se Tomy havia ligado, ou se havia alguma nova mensagem. Ato que repetia a cada quinze segundos. – Sakura, vamos jantar? Estou com fome.

- Pode ir, eu vou esperar Tomy ligar. – disse pegando seu celular mais uma vez na intenção de olhá-lo. Ele me encarou.

- Pare de esperar, e ligue logo para ela. Se não ligar, jogo este telefone pela janela. E olha que ele é meu. – ele disse sério. Eriol estava ficando cada vez menos envergonhado.

- Você está certo, dane-se que ela ainda esteja na agência, vai ter que me atender. – disquei seu número rapidamente. Chamou três vezes.

- Amor, você não sabe o que aconteceu! – ela disse em um tom meio desesperado do outro lado da linha. Pensando que eu era Eriol, novamente.

- O que aconteceu? – disse preocupada.

- Argh, Sakura. – ela disse decepcionada e um tanto quanto... Temerosa.

- Sim, Sakura, aquela que você devia ter ligado há umas horas atrás!

- Para de ser folgada, por que ao invés de ficar me fazendo de pombo correio, não pega o próximo voo para New York? Ele está a 28 minutos de você. – revirei os olhos.

- Eu já teria pego um voo a muito tempo, se eles não estivessem cancelados até o final da tarde de amanhã.  – Tomoyo respirou rápido.

- Como é que é? Sakura! Você tem que estar aqui agora. – ela falou preocupada.

- Bem que eu queria, não aguento mais essa situação. Eu tenho que conversar com ele, ouvi-lo, ele tem que me ouvir... Espere um minuto, está sabendo de alguma coisa que eu não sei? – disse curiosa.

- Como assim? – sua voz estava mais alta. Ela aumentava o tom de voz quando ficava nervosa. O que ela estava tramando?

- Você disse que eu tinha que estar aí agora... Está sabendo de alguma coisa? –o silêncio instalou-se do outro lado da linha. – Fale!

- Não estou sabendo de nada. – ela mentia muito mal, pelo menos para mim.

- É sobre Shaoran, não é? Você ainda não me disse se encontrou ele. – ela suspirou. Suspiros. Nunca é um bom sinal.

- Sakura, eu estou realmente cansada, será que podemos conversar amanhã?

- Desconversar só vai aumentar meu nervosismo Daidouji.

- Mas eu não-

- Desembucha. – ordenei.

- Eu encontrei Shaoran hoje.  – um sorriso brotou em meus lábios involuntariamente. Eu pareço uma idiota, estar apaixonada é constrangedor.

- E aí? Falou pra ele me ligar? Onde ele estava? Não estava no jornal? Ele não foi trabalhar? – eu tagarelei sufocando-a de perguntas.

- Será que pode me deixar terminar? – me calei. – Ele estava na Starbucks, aquela que a gente adora, perto de casa. – franzi o cenho confusa.

- Starbucks? O Shaoran não gosta de ir à Starbucks. Ele não gosta de café, e frapuccino o deixa enjoado. – explicava.  – O que ele estava fazendo lá? Falou pra ele me ligar?

- Eu não sei o que estava fazendo, e não, não deu tempo de dizer. – abri os lábios levemente demonstrando meu choque. Não tinha dado tempo? Eriol me olhava confuso e entediado, já que eu só tagarelava no telefone andando de uma lado para o outro.

- O que aconteceu? Como assim não deu tempo? Era um simples recado, em questão de segundos você podia ter dito isto a ele...-

- Sakura, não deu tempo, oras. – ela estava enxugando a história, eu tinha certeza.

- Mais detalhes, por favor. – pedi com o resto de paciência que ainda possuía.

- Tudo bem, vou dar os detalhes, mas não surta, por favor. – ela advertia.

- Sabia que quando se está contando uma coisa para alguém e pede para a pessoa ter calma ao ouvir, ela só fica ainda mais nervosa?  - dizia irônica.

- Que seja, quer ouvir ou não? – podia jurar que ela revirava os olhos do outro lado da linha.

- Fale. – disse apreensiva, não sabia o que estava por vir.

- Eu estava saindo da agência mais cedo, então vi a Starbucks me convidando, do outro lado da rua. Atravessei e vi que ela estava cheia, então virei a esquina, peguei meu carro, e...-

- Direta ao ponto Tomoyo.

- Tudo bem. – ela respirou e continuou. – Eu entrei na Starbucks, aquela perto de casa, e fiz meu pedido. Sentei em uma mesa, e avistei Shaoran numa mesa um pouco distante. Ele estava com um semblante carregado.

- Ainda não entendi o que ele fazia sozinho na Starbucks. – disse pensativa.

- Ele não estava sozinho, Mei estava com ele.  – ela disse um tanto quanto baixo. Arregalei os olhos.

- Mei? Que Mei? – disse um pouco mais alto.

- Eu disse para você não surtar. – ela advertia.

- E tem como? Que Mei é essa?

- Eu também não sei direito! Ele disse que não tinha que me dar satisfações, estava um grosso, com cara de acabado. A menina, muito simpática por sinal, que se apresentou. Eu fui embora sem nem retirar meu pedido.

- “Muito simpática por sinal” – eu dizia imitando a voz de Tomoyo. – Não acredito, eu saio da cidade por um dia e ele já vai na Starbucks com outra! Ele nunca foi comigo na Starbucks. – eu lamentava.

- Eu tentei resumir, você quis todos os detalhes. E além do mais, foi você que saiu sem dizer pra onde ia, ou se voltava...

- Tomoyo! A culpa é do seu namorado! Eu não sabia de nada, eu- Eriol levantou e pegou o telefone de minhas mãos.

- Amor, eu te ligo depois, estou morrendo de saudades, um beijo, te amo. – e desligou o telefone.

- Hiragizawa, aquele seu amigo é um sem vergonha. – disse sentando-me em sua cama, nervosa.

- Acalme-se, ele não vai fazer nenhuma besteira. E você não me disse ainda o que decidiu, se vai ficar com ele, se vai largar ele...

- Isso eu ainda não sei, para isso precisava conversar com ele! Só que ele está ocupado no momento, ocupado com a simpática da Mei  - disse revirando os olhos. Ele riu.

- O Shaoran não ia ficar com outra assim, tão rápido, Saki. Se bem que, o que os olhos não veem o coração não sente né?– ele ria, tentando descontrair. Da pior maneira, diga-se de passagem.

- Isso não tem a menor graça. Meu coração está sentindo sim, assim como aquela carinha linda dele vai sentir se eu descobrir algo que não me agrade sobre este assunto. Estou possessa com aquele lá.

- Está morrendo de ciúmes, não? – ele provocou. Eu realmente estava sentindo falta do garoto envergonhado. Intimidade é uma droga mesmo.

- E se estiver? Qual o problema? Eu nunca disse que não sentia ciúmes dele.

- E nunca disse que sentia também. – ele lembrou. Sentou do meu lado, na minha cama. Abracei-o de lado.

- Você acha que...-

- Por favor, Saki, nem cogite essa possibilidade. Shaoran é louco por você.

- Você a conhece? Essa tal de Mei? – perguntei levantando a cabeça para encará-lo.

- Não. Mas tenho certeza que é só uma amiga. – por mais sinceras que aquelas palavras fossem não conseguiram me reconfortar. Eu queria saber o que estava acontecendo, já. Levantei-me de supetão.

- Eriol, já volto. Tem um lugar que preciso ir. Não me espere pro jantar.


Notas Finais


Pra onde será que ela vai hein? Me contem!


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