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História Revenge Girl - Mosqueteiro Solitário


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


Este é o último de hoje. O cerco de Awly está fechando! E aí? Facham suas apostas o/

Capítulo 36 - Mosqueteiro Solitário


Depois de um dia inteiro de discussões pelas fantasias, a noite chegou. Estava nesse momento trancada em meu banheiro ajeitando meu coque, que teimava em desmanchar. Minha maquiagem já estava pronta e eu já estava vestida. Shaoran estava deitado em minha cama há tempos. Não deixei que ele saísse de meu quarto antes de mim, se não minha fantasia ia ser revelada.

Alguns minutos depois, enfiando grampos e mais grampos no cabelo, terminei. Olhei-me no espelho e aprovei o que vi. Uma perfeita sininho de coque desarrumado e com cachos sobressalentes. Saí do banheiro e vi meu Peter Pan com cara de tédio encarando o teto. Ao me notar, levantou de supetão e abriu um sorriso.

- Gostei do vestido. – ele disse parando o olhar em meu busto.

- Gostei da calça. – disse referindo-me a calça colada que o favorecia muito. Ele sorriu pervertido e selou meus lábios demoradamente. Não demorou muito para que entrássemos na sala, deparando-nos com um Zorro de bigodes falsos ao lado de uma Alice, morena de cabelos longos. Ao lado deles tinha um médico e uma bombeira com a saia mais curta já vista.

- Sininho e Peter Pan? Adorei! – Alice vinha em nossa direção saltitando em seu vestido rodado e coberto de lantejoulas, que ela mesma costurou, diga-se de passagem.

- Também adorei a sua Tomy... E essa bombeira? Vai apagar o incêndio dos caras ao te verem com essa saia? - brinquei.

- Como se sua roupa fosse completamente decente. – Mei me analisava da cabeça aos pés.

- Tem quem goste. – retruquei.

- Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem... Mas será que podemos ir? – Hiro se intrometeu. Não precisou pedir duas vezes, os seis partiram rumo á festa.

Nesta festa não tivemos tantos problemas para estacionar, apesar de estarmos em dois carros, tudo foi rápido. Entramos sem pegar fila, estava indo tudo muito bem.

Ao entrar deparei-me com um salão enorme e decorado com vários tipos de cores, na maioria das vezes, cores quentes. Elas se misturavam em forma de painéis, quadros, lenços... No meio podia ser vista uma enorme pista de dança iluminada e com o famoso globo de cristais sob ela. Puxei os cinco para a pista, que estava praticamente vazia, e começamos a dançar.

Ritmos diferentes passaram por aquela pista até que ela se enchesse por completo. Dancei sozinha, com as meninas, com Shaoran. Já estávamos naquilo há mais de três horas, e o cansaço parecia não fazer parte da noite.

- E agora, vamos desacelerar o ritmo... – o DJ falou colocando uma música mais lenta. Abracei Shaoran e começamos a arrastar-nos a passos lentos pelo salão.

Olhei em volta e não encontrei Tomy e companhia, tinham desaparecido no meio da multidão. Aproveitei para procurar por Peter. Ele disse que vinha a festa, mas não tinha aparecido até agora. E pelo o que me contou, iria me surpreender esta noite.

- Procurando por eles? – Shaoran perguntou, percebendo a movimentação frenética de minha cabeça. Não, Não. Na verdade estou procurando por Peter. Viu ele por aí? Claro que não ia dizer isso a Shaoran, apesar de ser a verdade, ainda tenho um pouco de sanidade em meu corpo.

- Claro, eles sumiram. – menti. Ele deu de ombros e me abraçou mais forte.

Algum tempo depois a música voltou a agitar e encontramos Tomy e Eriol. Mei e Hiro ainda estavam desaparecidos. Dançamos um pouco e a sede bateu. Depois de quase quatro horas na pista de dança, o corpo reclama.

- Eriol... Estou morrendo de sede. – Tomy reclamou. Aproveitei a deixa.

- Shaoran... – comecei. Ele olhou pra Eriol.

- A gente já volta. – e foram para o bar.

- Bem, agora que eles já foram, vamos ao que interessa. Onde está Peter? – Tomoyo perguntou. Não disse que ás vezes eu, Tomy, e Mei íamos á casa de Peter? Elas também tinham se aproximado bastante dele.

- Não sei. Já mandei mais de duas mensagens, mas ele não me responde. – disse tirando o celular pequeno bolso estratégico do vestido.

- Acha que ele vai furar?

- Não, ele não é desses. E além do mais, disse que queria me fazer uma surpresa.

- Surpresa? – ela indagou curiosa.

- É, também não entendi. – ela deu de ombros.

E mais uma música começou, e depois mais outra, e outra... Nós simplesmente não conseguíamos ficar paradas, apesar do cansaço, nossos corpos se moviam ao ritmo das músicas. Piratas, marinheiros, bombeiros, presidiários... Todos os olhares masculinos estavam virados para a Alice e a Sininho, a dupla dinâmica de mulheres com sede. Já eram quase três da manhã, e nada dos nossos “garçons” e nossas bebidas.

- Onde é que eles se meteram? Já faz mais de vinte minutos que esses dois sumiram. – Tomy reclamava. – Vamos lá, Saki. – ela disse pegando minha mão e dirigindo-se ao bar. Enquanto desviávamos das fileiras de pessoas, senti meu celular vibrar, tinha recebido uma mensagem.

A imagem de Peter veio em minha cabeça no mesmo instante, porém ela se desfez ao ver de quem era a mensagem.

“Um por todos e todos por um... É o lema dos mosqueteiros não?

Então eu valho por todos... Já que sou um mosqueteiro solitário vagando pelo salão...”

Arregalei os olhos e parei. Era Awly, me respondendo pela primeira vez depois do pedido de desculpas mal feito pelo o que Mei lhe falara. Ele estava ali, realmente perto de mim. Awly estava na festa, vestido de mosqueteiro.

- Saki, por que parou? – Tomoyo reclamou.

- Hum... Er... Peter me mandou uma mensagem. – menti, sob muita pressão.

- Ah ele chegou? Ótimo, vá encontrá-lo que eu vou ver se acho esses dois perdidos. – ela bufou e em instantes desapareceu de minha vista.

Comecei, involuntariamente a girar pelo salão á procura de um mosqueteiro. Meu celular vibrou novamente.

“Girar, girar não te tira do lugar, olhe para frente e com certeza vai me achar.”

Olhei para frente e avistei uma capa e um chapéu com uma pena branca na ponta, no meio da multidão. Ele começou a se perder dentre as pessoas. Fiquei imóvel. Será que era ele? Recebi outra mensagem.

“O que está esperando minha flor? A pena vai sair de sua vista... Siga-me se for capaz.”

Olhei para frente novamente e pude ver apenas uma ponta da pena do chapéu, bem distante. Num impulso desesperado apressei-me em seu encalço.

A pena se distanciava a uma velocidade incrível e eu a seguia da melhor forma possível. Nem sabia se era ele, se estava sendo tudo em vão, apenas o seguia. A pena foi se dirigindo para um lugar mais afastado, onde havia menos pessoas. Já podia ver o chapéu com clareza e parte da capa.

A figura foi me guiando para a área externa no salão, até chegarmos ao jardim. Ela então correu para detrás de uma árvore no fim do jardim externo e uma mão coberta de uma luva preta de couro fez sinal para que eu parasse onde estava, na porta dos fundos.

A distância entre a porta e a árvore não era tão grande, mas era distante o suficiente para não conseguir ter ideia da altura do ser escondido atrás da árvore. Eu não estava acreditando naquilo. Eu tinha acabado de correr o salão inteiro atrás de um suposto mosqueteiro que poderia ser meu admirador secreto há oito anos. E agora aqui, com as asas amassadas e a respiração descompassada esperava alguma reação que fosse do ser atrás da árvore. Meu celular vibrou.

“Prazer, minha Sakura.”

Quando levantei os olhos da tela do celular, ele estava lá, fazendo uma reverência para mim, há uns bons metros de distância bem lado da árvore. Um mosqueteiro mascarado, todo vestido de preto, de luvas de couro, capa que arrastava no chão e de chapéu, com a pena branca no topo. Queria poder ver a cor de seus olhos, ou identificar alguma feição de seu rosto, mas com a máscara nos olhos e a distância isso se tornava impossível.

Não pude deixar de expressar minha surpresa ao vê-lo parado logo ali, na minha frente. Ele olhou para baixo por alguns segundos. Então, recebi outra mensagem.

“Tão próximos, mas ao mesmo tempo tão distantes...

Por que não encurta esta distância, minha flor? Venha até mim.”

Levantei os olhos e vi que ele me chamava com as mãos. Congelei.

Eu iria até ele? Iria conseguir andar alguns metros e finalmente descobrir quem era Awly? Iria ignorar tudo que tinha me feito acreditar hoje de manhã? Iria ignorar o fato de Shaoran estar lá dentro, em algum lugar, me procurando, com uma bebida na mão?

Meu celular vibrou outra vez.

“O que está esperando? Ontem fomos interrompidos, mas hoje sou só eu e você. Não era isso que sempre quis? Estou deixando você me desvendar.”

Ele deu um passo em minha direção. Um solitário passo que não ajudou em nada na minha visão. Um passo de incentivo a mim.

Era agora ou nunca.


Notas Finais


Vai ou não vai?!


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